A cultura do algodão segue firme durante todo o mês de julho. De acordo com o levantamento realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) até a data de 16 de julho, já havia sido colhido cerca de 27,2% do algodão na safra 2021/22.

Os números permanecem positivos em relação ao andamento da safra, principalmente por conta das condições climáticas favoráveis durante a maior parte do desenvolvimento das lavouras. No entanto, algumas regiões produtoras foram afetadas por intempéries durante o ciclo. Em algumas, ocorreram chuvas excessivas e em outras, estiagem. Com isso, as estimativas iniciais de produção foram revistas pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) no final de junho.

No dia 24 de junho, a Abrapa divulgou uma revisão de safra com estimativas que apontavam o número de 2.609 mil toneladas de algodão em pluma na safra 2021/22, o que ainda corresponde a um número 10,8% maior que a colheita passada. Esses dados foram divulgados durante uma reunião na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados.

Já no 10º levantamento de grãos realizado pela Conab, divulgado no início de julho, os números apontavam para um crescimento de 18,2% em relação à safra anterior, o que corresponde a uma produtividade de pouco mais de 2.787,2 mil toneladas.

Hoje o Brasil é o quarto maior produtor de algodão do mundo e o segundo maior exportador, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Andamento da colheita

A colheita foi iniciada em abril e avançou pouco durante o último mês nas áreas produtivas, devido às condições climáticas desfavoráveis que prejudicaram o andamento.

“Infelizmente, em um momento em que o mundo quer mais o algodão brasileiro, tivemos essa questão climática que impactou nas lavouras”, destacou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

A previsão é que em julho essa etapa seja intensificada, já que no dia 1º de agosto começa oficialmente a safra 2022/23 do algodão brasileiro.

Confira como está o andamento da colheita até 19 de julho, segundo a Conab, nos principais Estados produtores de algodão:

Centro-Oeste

O Estado do Mato Grosso chegou a 20,3% da colheita, avançando bastante em relação à última estimativa, que apontava 11,7% de áreas colhidas. De acordo com a revisão da Abrapa, o Estado deve ter uma produção estimada em 1.985,20 mil toneladas de algodão.

O Estado do Mato Grosso do Sul avançou para 40% de área colhida contra 35% da semana anterior e a estimativa de produção gira em torno de 42 mil toneladas. Goiás também apresentou grande progresso passando de 25% para 50% de uma semana para outra, com estimativa de colheita em 49,20 mil toneladas.

Bahia, Maranhão e Piauí

Até o dia 16 de julho, os produtores da Bahia haviam colhido cerca de 50,9% do algodão produzido no Estado, um grande avanço em relação à semana anterior, momento em que a colheita estava em 31,2%. A produção está estimada em 577,90 mil toneladas.

Os produtores do Maranhão, que começaram a colheita mais tardiamente, contam com 13% de área colhida, assim como o Piauí, que avançou para 37% de área colhida.

Minas Gerais

Minas Gerais se manteve com o mesmo percentual de 20% de área colhida no período de uma semana, com perspectiva de produção estimada em 46,40 mil toneladas.

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Perspectivas para a safra 2022/23

As primeiras estimativas detalhadas para a safra 2022/23 foram divulgadas pelo Relatório WASDE do USDA, que já divulgou a possibilidade de haver alterações ao longo do tempo por conta da oferta da cultura.

Projeta-se que o consumo global de algodão seja de 26,46 milhões de toneladas, com uma perspectiva de produção em torno de 26,14 milhões de toneladas, o que mostra um forte aumento na demanda após dois anos de recuo. Além disso, a maior parte das lavouras do Hemisfério Norte se encontram em desenvolvimento vegetativo e estão suscetíveis aos efeitos do clima.

Para o Brasil, o ICAC (International Cotton Advisory Committee) prevê uma redução de 1% na área plantada, devido ao atual cenário econômico no mundo.

Sobre a Syngenta

A cultura do algodão no Brasil é uma das mais importantes, tanto para o mercado interno como para o externo, e o avanço no cultivo da cultura está proporcionando bons resultados em produtividade nas últimas safras.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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