A comum frase “o agro não para” enfatiza a questão de que a agricultura é uma parte vital e contínua da economia e da cultura do Brasil, de forma que está sempre ativa, independentemente das circunstâncias externas. De fato, essa é uma das maiores lições que 2023 tem a ensinar a quem já está encarando de frente os desafios do novo ano que se inicia.
A central de conteúdos Mais Agro acompanhou de perto cada movimento das lavouras de Norte a Sul do Brasil ao longo deste ano, conectando o produtor rural com o campo, e algo que podemos ter certeza é de que 2023 foi marcante em muitos sentidos. Foi um ano que faz jus ao agro: dinâmico, desafiador e repleto de conquistas.
Por isso, elaboramos uma rápida Retrospectiva Agro 2023, como uma forma de preparar o terreno para o que vem em seguida neste artigo: o que esperar para 2024. Continue a leitura e vislumbre com a gente essa visão panorâmica do agro brasileiro.
Retrospectiva Agro 2023: destaques das lavouras e do mercado
Clima é o tema principal quando se trata de agricultura, e com certeza você não conseguiu esquecer os altos e baixos de 2023. Em janeiro, os campos de soja do Sul viviam intensamente os efeitos do fenômeno La Niña, com o desenvolvimento inicial prejudicado pela seca.
Já o algodão crescia pleno, com as regiões Centro-Oeste e Nordeste beneficiadas pelo clima. Quando o El Niño ganhou forças no segundo semestre, o jogo se inverteu, alterando todo o padrão climático do Brasil e batendo recorde atrás de recorde da máxima de temperaturas.
Além dos desafios climáticos, há outros contrastes que merecem destaque na nossa Retrospectiva Agro 2023:
- A safra de soja 2022/23 se encerrou com os melhores índices da história, uma estimativa que se estendeu para o início do plantio 2023/24, mas que perdeu forças em dezembro, devido às perdas causadas pelo clima. Relembre aqui: Safra de soja 2022/23: projeções se confirmam no fim do ciclo?
- Essa gangorra nos campos de soja refletiu o comportamento do mercado, com as commodities atingindo preços muito baixos, depois se recuperando, depois caindo novamente. Relembre aqui: Oscilações no preço da soja em 2023: um termômetro do mercado.
- O algodão viveu dias de glória, atingindo recordes de produtividade e produção, mas também experimentou a volatilidade do mercado. Relembre aqui: Algodão: quais lições tirar para a próxima safra?
- As usinas de cana-de-açúcar não pararam de trabalhar, com muita demanda para o etanol e – ainda bem – muita cana colhida para suprir o mercado, com uma recuperação animadora para o setor sucroenergético. Relembre aqui: Economia canavieira no Brasil: panorama atual e projeções.
- O trigo teve que enfrentar um dos invernos mais quentes já vistos, o que resultou em quedas de produção e produtividade. Relembre aqui: Janela de plantio do trigo e o cenário para a safra 2023.
- Com um volume de produção recorde impulsionado pela safrinha, o milho enfrentou desafios de armazenagem, mostrando que não basta produzir bem, é preciso antecipar a infraestrutura. Relembre aqui: Cultivo de milho no Brasil: evolução, desafios e inovações do mercado.
- As pragas vieram com tudo em 2023, muito bem adaptadas às condições climáticas, mas as soluções de manejo acompanham essa evolução, e os produtores já têm as ferramentas certas para lidar com esse desafio. Relembre aqui: Transformação no manejo de pragas para os novos tempos do agro.
- Quanto às doenças, a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja) foi o assunto da vez, surgindo como uma nova ameaça. Ainda bem que os produtos certos para seu controle foram disponibilizados com rapidez. Relembre aqui: Syngenta na vanguarda dos estudos sobre anomalias da soja e quebramento de hastes.
- 2023 foi o ano dos biodefensivos, com muitas novidades de manejo sustentável para diversos cultivos. Relembre aqui: Tratamento biológico de sementes em soja: dúvidas frequentes.
Realmente, este foi um ano de tirar o fôlego, mas o agro não para diante de nenhuma adversidade, e o terreno já está preparado para 2024.
O que esperar para 2024 no agronegócio?
A persistência do El Niño é algo para que já vale a pena ir se preparando. A NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) indica, em dezembro de 2023, 62% de chance de o fenômeno se estender para abril-junho de 2024, com fortes indícios de se intensificar. Isso significa que o estresse hídrico nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste deve permanecer, assim como a alta pluviosidade no Sul.
A temperatura também sofre influência nesse cenário, com possibilidade de ondas de calor sucessivas. Ou seja, da soja já estabelecida até as safras de inverno, passando pela safrinha, as principais culturas agrícolas cultivadas no Brasil serão influenciadas pelo clima.
A atenção, portanto, deve ser redobrada quanto ao manejo agrícola, visto que a pressão de pragas pode ser elevada nas regiões com altas temperaturas, condição ideal para acelerar o ritmo de reprodução de lagartas, percevejos, bicudo e moscas.
Já as lavouras com alta umidade podem receber maior incidência de doenças, com destaque para aquelas que já vêm em curva crescente: podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), ferrugem-asiática, manchas foliares e DFCs (doenças de final de ciclo).
Expectativas por cultura
Soja
A expectativa para a produção de soja em 2024 é de crescimento, embora não se espere uma produtividade muito maior que a da safra anterior. As previsões já foram corrigidas para baixo em dezembro, devido às perdas constatadas ao longo do desenvolvimento inicial das lavouras e ao fato de que alguns produtores optaram por fazer uma primeira safra de algodão ao invés de soja, devido ao clima e a problemas com replantio.
Algodão
A produtividade do algodão tende a cair em 8%, comparando com 2022/23. Será necessário um planejamento muito rigoroso para manter a qualidade da pluma, que é o que está atraindo bons negócios para os cotonicultores brasileiros.
Trigo
O Brasil deve investir na produção de etanol de trigo em 2024. Isso pode influenciar positivamente o cultivo de trigo, abrindo novas possibilidades de uso para a colheita além dos mercados tradicionais de alimentos e ração.
Cana
A produção de cana deve aumentar em 2024, mas a Conab indica uma possível redução no teor de ATR. O mix de produção de etanol e açúcar deve se manter estável mesmo com o aumento da demanda pelo adoçante, isso porque a alta produtividade garante o espaço do combustível nas usinas.
Milho
A produção de milho também deve sofrer reduções, com expectativa de produção de 118 milhões de toneladas, 10,2% inferior a 2022/23. Para manter esse índice, será indispensável um manejo consciente e assertivo.
Expectativas de mercado
Há previsões de que o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio brasileiro possa enfrentar uma queda em 2024, como reflexo das condições de produção. Assim, há desafios para o crescimento do setor, apesar do PIB do Brasil ter apresentado surpresas positivas no terceiro trimestre de 2023.
A receita agrícola é projetada para crescer 4,5% em 2024, atingindo cerca de R$ 1,02 trilhão, se confirmada a expectativa de recuperação dos preços das commodities. O mercado tem gerado profundas transformações na produção de alimentos e no agronegócio como um todo, indicando mudanças significativas no setor para 2024, especialmente no que diz respeito a tecnologias e oportunidades de negócios.
O agro não para: 2024 será o ano de explorar inovações!
Em resumo, o ano de 2024 para o agronegócio brasileiro será marcado por desafios de crescimento econômico, redução de produção e produtividade, permanência das adversidades climáticas, expectativa de melhoria nos preços das commodities e transformações setoriais significativas.
O segredo para manter a rentabilidade e a competitividade será caprichar no manejo, protegendo e fortalecendo as culturas agrícolas e investindo de maneira consciente nas novas tecnologias para o campo. Para cada desafio, há uma solução Syngenta exclusiva, por isso, selecionamos algumas recomendações:
- Tratamento de Sementes Industrial com biotecnologia para controle de pragas e doenças e estímulo ao crescimento do milho, ideal para a safrinha, que recebe maior pressão de fitopatógenos: FORTENZA® Vip Turbo.
- Bionematicida inédito para uma lavoura de cana-de-açúcar uniforme e com longevidade: CERTANO®.
- Para um canavial ainda mais sustentável e produtivo, um herbicida flexível, que pode ser associado a quebra-lombo ou vinhaça localizada: GROVER®.
- Nesse mesmo sentido, o inseticida ENGEO PLENO® S pode ser usado na cana via vinhaça localizada ou cortador de soqueira, reduzindo a quantidade de operações.
- O controle de doenças alcançou uma nova dimensão com a linha de fungicidas MIRAVIS®, que conta com a exclusiva ADEPIDYN® technology no controle de mais de 40 patógenos em mais de 30 culturas.
- Sojicultores agora têm acesso a um controle de pragas sem precedentes com VERDAVIS®. O novo inseticida recebe a inédita PLINAZOLIN® technology, que chegou para transformar o manejo.
- Contra a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), a Syngenta foi a primeira a entregar as melhores soluções do mercado, com produtos que podem mitigar os danos causados por essas doenças.
As inovações não param por aí. Temos novidades para o manejo de requeima e míldio no hortifrúti, além de promover avanços no setor de biológicos, incluindo o fungicida e nematicida ARVATICO®, e no segmento de inseticidas para algodão, com ELESTAL® Neo, que inaugura o conceito de ambimobilidade.
Sem dúvida, seja qual for a condição e a cultura, nenhum produtor rural brasileiro ficará na mão em 2024, e a melhor forma de proteger seu negócio é com informação de qualidade para o dia a dia no campo: assim como nos anos anteriores, a central de conteúdos Mais Agro estará oferecendo as análises necessárias para que agricultores alcancem maior eficiência produtiva em suas lavouras.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Acesse o portal Syngenta e confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
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