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A anomalia da soja – também conhecida como anomalia das vagens ou podridão de grãos e sementes – e o quebramento das hastes são duas novas doenças da principal cultura agrícola do Brasil, detectadas pela primeira vez em algumas regiões do Estado do Mato Grosso, na safra 2018/19. Fato que levou a Syngenta a investigar o problema e a solução, iniciando a jornada de inovação descrita no vídeo a seguir:

Com o aumento das áreas afetadas nas três safras subsequentes (2020/21, 2021/22 e 2022/23), muitos estudos têm sido realizados no sentido de identificar a causa desses problemas. 

Inicialmente, o problema conhecido como anomalia da soja era associado a distúrbios fisiológicos e nutricionais, no entanto, com o avançar das investigações e pesquisas, diferentes espécies de fungos têm sido encontradas nas identificações morfológicas e moleculares, estando relacionados a essas anomalias.

Nesse contexto, a Syngenta, como referência em Pesquisa e Desenvolvimento, firma o compromisso de elucidar todas as possíveis causas da anomalia da soja e compartilhar as soluções, para disponibilizar as respostas para os produtores e desenvolver táticas de manejo que sejam efetivas na redução dos danos. 

Entendendo o cenário da anomalia da soja

A anomalia da soja, agora subdividida em podridão dos grãos e sementes e quebramento das hastes da soja, foi detectada nas últimas duas safras de forma mais agressiva, principalmente em municípios na região da BR-163, no Estado do Mato Grosso.

As perdas registradas têm preocupado produtores, visto que ambas as condições têm causado perdas expressivas na produtividade da cultura.

Inicialmente, o problema havia sido registrado em regiões com maior ocorrência de chuvas. No entanto, na safra 2021/22 também foram detectadas em regiões produtoras com clima seco, preocupando ainda mais produtores, técnicos e pesquisadores. 

Na safra 2022/23, houve relatos de perdas após armazenamento, com aumento expressivo de grãos avariados nos silos. Assim, o problema ganhou mais destaque e a preocupação tornou-se ainda maior.

Várias hipóteses foram levantadas sobre a causa da anomalia da soja, tais como: época de semeadura, sensibilidade das variedades, densidade populacional, sistema de cultivo, tratamento de sementes, e o efeito de fungicidas na redução ou controle dos possíveis patógenos associados.

Assim, a condição tem sido amplamente discutida, investigada e estudada por diversas instituições públicas, como a Embrapa, fundações, como a Fundação Mato Grosso e a Fundação Rio Verde, e empresas privadas, como a Syngenta, que desde a safra 2020/21 vem realizando coletas de amostras em diversas regiões produtoras para investigar as causas associadas aos sintomas observados.

A seguir, a cronologia do entendimento da anomalia da soja e do quebramento das hastes, com base nas pesquisas feitas pela Syngenta:

  • sintomas de anomalia das vagens e quebra das hastes foram observados em locais específicos ainda na safra 2018/19, sem causar perdas significativas na época;
  • na safra seguinte, o problema atingiu outras lavouras, mas ainda de forma localizada;
  • na safra 2020/21 o problema alcançou outras regiões e em maior proporção. Algumas lavouras registraram perdas expressivas de produtividade;
  • em janeiro de 2022, sintomas foram visualizados no campo em maior proporção, iniciando as coletas das vagens com sintomas típicos para diagnose no Laboratório da Syngenta, em Holambra (SP);
  • em março de 2022 foram realizados os primeiros isolamentos dos possíveis patógenos causadores, encontrados nas vagens e submetidos a testes de screening (seleção) com os principais modos de ação e produtos utilizados para o manejo do complexo de doenças em soja;
  • em maio de 2022, resultados preliminares foram obtidos dos testes de screening. A partir de então, os dados obtidos em laboratório foram comparados e relacionados aos obtidos em campo;
  • em setembro de 2022 os primeiros resultados foram gerados e compartilhados com a comunidade científica e, em outubro, tivemos a publicação da revista Cultivar, em conjunto com importantes pesquisadores e consultores, apresentando informações relevantes ao produtor;
  • em novembro de 2022, a Syngenta firmou uma parceria com a rede Embrapa e participa ativamente dos protocolos que buscam entender as melhores ferramentas para manejar esse complexo de doenças;
  • em dezembro de 2022, os sintomas de quebramento de haste foram visualizados no campo e coletados, para investigação e diagnose em laboratório;
  • no estádio reprodutivo, os sintomas em vagens foram novamente observados e coletados para realizar o mesmo procedimento feito na safra anterior.

Os dados de laboratório e campo de ambas as safras e de diferentes regiões onde os problemas foram detectados foram analisados e confrontados com os obtidos pelo restante da comunidade científica, possibilitando algumas conclusões, relatadas adiante.

anomalia da soja

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Quais são as principais informações sobre a anomalia da soja?

A origem do nome que designa o problema – anomalia da soja – faz referência aos incomuns sintomas observados: altos índices de grãos e vagens deteriorados na pré-colheita da soja, abertura de vagens e germinação de grãos na vagem. 

Assim, configurou-se uma “anomalia”. Porém, com o avanço das descobertas, muitos pesquisadores já estão adotando a nomenclatura de podridão de grãos e sementes ou podridão de vagens da soja.

O quebramento de hastes, como o próprio nome remete, foi designado em função dos sintomas observados nas plantas: uma curvatura na base do caule que causa a quebra da haste da soja e, por consequência, o tombamento de plantas em diferentes estádios de desenvolvimento.

anomalia da soja

Infográfico com principais sintomas da podridão dos grãos e sementes e do quebramento das hastes. Fonte: Mais Agro, 2023.

Outra descoberta é que ambos os problemas relacionados à chamada anomalia da soja são causados por um complexo de fungos, cuja ocorrência que tem predominado é a dos gêneros Colletotrichum spp. e Diaporthe spp.

anomalia da soja

Principais patógenos associados à anomalia da soja. Fonte: Mais Agro, 2023.

Dessa maneira, já é possível constatar quais boas práticas de manejo podem ser um caminho para reduzir e controlar ambas as doenças.

Quais são as melhores práticas de manejo para mitigar os danos causados pela anomalia da soja?

Os resultados obtidos até o momento têm apontado um caminho para o enfrentamento desse novo desafio da cultura da soja, principalmente na região Centro-Oeste do Brasil.

A resposta deverá ser baseada no manejo preventivo, desde o Tratamento de Sementes e as fases iniciais de desenvolvimento da cultura, incluindo o manejo integrado de doenças (MID), a escolha de cultivares mais resistentes ou tolerantes, a adubação equilibrada, a rotação de culturas, o ajuste da época e da densidade de semeadura, além da utilização de bons fungicidas para soja.

Algumas boas práticas já podem ser recomendadas a partir dos resultados obtidos em campo, incluindo:

  • iniciar a proteção das lavouras realizando tratamento de sementes com o uso de fungicidas de amplo espectro tem se mostrado uma ferramenta importante dentro do manejo, em que ofertas como MAXIM® XL, juntamente de SPECTRO® e MAXIM® ADVANCED têm apresentado excelentes resultados a campo;
  • antecipação da aplicação de fungicidas, especialmente aqueles à base de solatenol, como ELATUS® no período vegetativo (até 25 dias após a emergência) em conjunto com SCORE FLEXI®, e associados a fungicidas de contato multissítios;
  • atenção rigorosa quanto ao intervalo entre aplicações, sendo recomendado, no máximo, 14 dias entre as aplicações;
  • além do solatenol, fungicidas à base de misturas contendo solatenol com protioconazol e ciproconazol + difenoconazol são destaque em eficácia no campo. MITRION® e ALADE® são excelentes ferramentas de manejo para proteção e controle de fungos no período reprodutivo da cultura da soja.

Assim, resultados de pesquisas têm demonstrado que fungicidas conhecidos por controlar as principais doenças da soja (ex: septoria, cercospora e mancha-alvo) permitem, ainda, a proteção da cultura contra os patógenos associados à anomalia. Essas soluções estão melhor detalhadas a seguir.

Fungicidas para soja no período vegetativo

SCORE® FLEXI

SCORE FLEXI® é um fungicida sistêmico, de ação preventiva, altamente eficiente devido à formulação que combina propiconazol e difenoconazol, dois ingredientes ativos potentes que promovem excelente desempenho na proteção das lavouras.

Indicado para aplicação no período vegetativo, SCORE® FLEXI deve ser posicionado até 25 DAE, sendo muito eficaz na diminuição do inóculo e na proteção das folhas do baixeiro.

ELATUS®

Recomendado para aplicação ainda no período vegetativo (25 DAE) em associação com SCORE FLEXI®, ELATUS® é um fungicida sistêmico e de contato que une azoxistrobina e solatenol, dois potentes ativos no controle de doenças da soja.

Além disso, conta com uma formulação de fácil dissolução, que proporciona rápida penetração após a aplicação e impermeabiliza a superfície da planta, impedindo a entrada de patógenos.

Fungicidas para soja no período reprodutivo

ALADE® ou MITRION® associado a BRAVONIL®

O uso de fungicidas à base de solatenol durante o estádio reprodutivo é fundamental para evitar o estabelecimento dos principais fungos associados aos sintomas da anomalia da soja.

Nesse sentido, a Syngenta conta, em seu portfólio, com ALADE®, um fungicida translaminar, de alta sistemicidade e aderência às folhas, composto por três ativos de alta eficácia: solatenol + ciproconazol + difenoconazol, que, com seu efeito sinérgico, maximizam o controle do complexo de doenças da cultura da soja.

Os produtores podem contar também com MITRION®, fungicida inovador e de alta performance, composto pelos dois ativos mais potentes do mercado: solatenol e protioconazol. Entrega controle superior com efeito preventivo e curativo em relação às principais doenças da soja, incluindo as anomalias.

Ambos contam em sua formulação com a tecnologia Empowered Control, que proporciona maior retenção, espalhamento e translocação dos produtos na planta, resultando em uma ação imediata. Devem ser posicionados no estádio reprodutivo (antes de 70 DAE), no máximo em duas aplicações por ciclo e 14 dias de intervalo entre elas.

Ademais, é importante lembrar que, independentemente da escolha do fungicida sistêmico e sítio-específico, é indispensável a associação com um fungicida multissítio, como Bravonil®.

Últimas aplicações

O fungicida CYPRESS®, associado a BRAVONIL®, pode ser uma alternativa para o manejo das principais doenças que ocorrem no final do ciclo da cultura (DFCs), incluindo a anomalia.

Contendo ciproconazol e difenoconazol, CYPRESS® é um fungicida sistêmico de atividade preventiva e curativa, cuja polivalência se mostra tanto na parceria com outros fungicidas quanto no seu uso como principal fungicida para as últimas aplicações.

BRAVONIL® é o fungicida multissítio da Syngenta, que apresenta amplo espectro no controle do complexo de doenças da soja e é essencial no manejo antirresistência. Formulado com clorotalonil, contribui para a manutenção da performance de outros produtos, proporcionando níveis mais altos de controle do complexo de doenças da soja, melhorando seus programas de controle e sua produtividade.

O infográfico abaixo resume o posicionamento ideal de cada solução:

anomalia da soja

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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