Atualizado em 30/04/2024.

Que a soja possui diversas ameaças capazes de reduzir significativamente a produtividade da cultura, causando danos significativos ainda nas fases iniciais de desenvolvimento, não é novidade. 

Atualmente, a cultura pode ser acometida por um grande número de agentes patogênicos. São mais de 46, incluindo bactérias, vírus, fungos e nematoides. Esses dois últimos são os mais frequentes e, safra após safra, preocupam produtores pelos danos significativos causados em todo país.

A preocupação se dá por três motivos principais:

  • o primeiro é que os patógenos fúngicos, principalmente aqueles que sobrevivem nos restos culturais no solo, denominados necrotróficos, e os nematoides, prejudicam a cultura ainda nas fases iniciais de desenvolvimento, em que o número de plantas por unidade de área é estabelecido, impactando diretamente no rendimento da cultura. Ou seja, interferem diretamente na germinação e na emergência da cultura, podendo causar ainda a necessidade de replantio de áreas severamente atacadas;
  • esses mesmos patógenos podem afetar outras culturas antecessoras e sucessoras, como milho, algodão, entre outras;
  • existe uma sinergia entre esses patógenos em relação ao potencial de danos. Por exemplo, os nematoides podem intensificar os danos causados pelos fungos presentes no solo, facilitando a entrada desses fungos nos tecidos das plantas através das aberturas provocadas durante a penetração nas raízes.

O agravante desses problemas reside no fato de que os danos são silenciosos, ou seja, não são prontamente perceptíveis acima do solo. Isso faz com que a maioria esmagadora dos esforços destinados ao controle de doenças nas culturas seja realizada por meio da aplicação aérea.

Essa situação contribui significativamente para o aumento dos problemas causados por nematoides e fungos do solo a cada safra, resultando em reduções cada vez mais consideráveis na produtividade da cultura.

Estratégias para lidar com doenças e nematoides no início da safra de soja

Um questionamento que se repete é: como superar esse desafio, dada a complexidade desses patógenos, pois:

  • nematoides e doenças estão presentes no solo, sem que seja possível visualizá-los;
  • no interior do solo, o controle é ainda mais difícil, visto que ambos podem sobreviver por longos períodos, mesmo na ausência do hospedeiro suscetível.

Nesse sentido, diversas questões precisam ser elucidadas para compreender qual o melhor direcionamento. No entanto, um ponto fundamental deve ser levado em consideração para um controle eficaz e duradouro, que não comprometa os resultados produtivos: 

  • o controle de nematoides e doenças causadas por fungos habitantes de solo deve ser realizado safra após safra, ou seja, na implementação da cultura da soja, da cultura subsequente e assim sucessivamente. Essa prática é fundamental para manter a população dos patógenos baixa, permitindo que se possa explorar o máximo potencial genético de cada semente para produzir cada vez mais, posicionando o Brasil como um dos principais produtores de alimentos do mundo.

Com o objetivo de auxiliar no manejo das ameaças à produtividade da cultura da soja, o uso do tratamento de sementes com biológicos (TS) torna-se uma ferramenta essencial. 

Em especial, o TS à base de microrganismos tem sido amplamente utilizado, uma vez que pode contribuir para equilibrar o tripé produção x controle eficiente de nematoides e doenças x manejo antirresistência.

Para desmistificar algumas ideias equivocadas que cercam o uso do TS, é importante esclarecer o que são verdades e mitos. Nesse contexto, apresentamos respostas às principais dúvidas sobre o controle biológico de nematoides e fungos de solo por meio do TS, que podem auxiliar os agricultores na escolha do melhor tratamento de sementes.

Perguntas e respostas sobre o controle biológico utilizando o tratamento de sementes 

1. O tratamento biológico pode ser realizado em conjunto com o químico?

Diferentemente do que a maioria das pessoas imagina, atualmente, com o avanço no desenvolvimento de soluções para controle de doenças e nematoides, alguns produtos biológicos disponíveis no mercado podem ser utilizados em conjunto com produtos químicos. 

Essa união, na maioria das vezes, gera sinergia entre os tratamentos de sementes químico e biológico com maior residualidade, dependendo do agente biológico utilizado. Esse é o caso de alguns produtos à base de bactérias do gênero Bacillus, como, por exemplo, Bacillus velenzis que, associado ao tratamento químico, apresenta vantagens aos produtores.

Esse tipo de tratamento de sementes é amplamente utilizado. Para o portfólio Syngenta, o Seedcare Institute realiza estudos e testes internos incansavelmente, para disponibilizar não somente a melhor solução em TS e TSI (Tratamento de Sementes Industrial), como também para levar aos produtores as boas práticas no sentido de alcançar um resultado mais eficiente de controle. 

Descubra o Seedcare Institute neste vídeo e faça um tour virtual para explorar todas as suas instalações:

2. Todos os produtos formulados com bactérias, por exemplo, do gênero Bacillus, são iguais e podem controlar as mesmas doenças e os mesmos nematoides?

Embora existam inúmeros produtos registrados com bactérias do gênero Bacillus, sejam elas B. thuringiensis, B. subtilis, B. velezensis, há uma diferença entre as cepas que constituem os produtos formulados, a depender do seu fabricante, e isolado o que está sendo comercializado, bem como possíveis associações com outros microrganismos.

Dessa maneira, um B. velezensis, por exemplo, de uma determinada fabricante, possui uma cepa específica (linhagem com características diferentes), conferindo diferenças no controle, tanto no que diz respeito ao alvo quanto em relação à eficiência com que esse controle é exercido.

Por isso, é fundamental que se compreenda essas diferenças, para que o produto correto, com controle eficaz do alvo desejado, bem como com eficiência satisfatória, seja utilizado. Mesmo que a bactéria utilizada por diferentes fabricantes seja a mesma, o alvo pode e vai variar muito em função da cepa.

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3. Para o controle de nematoides, basta que se escolha uma cultivar resistente aos problemas existentes na minha lavoura?

Não. Essa afirmação é um mito! Isso acontece porque, mesmo utilizando os recursos do controle genético (uma das táticas de Manejo Integrado de Doenças), a maioria das cultivares apresenta resistência a um ou poucos nematoides. 

Por isso, essa é uma medida complementar e não deve ser utilizada de forma isolada, visto que a resistência geralmente é direcionada a uma espécie ou até mesmo uma raça específica, especialmente o nematoide-do-cisto que, em comparação às outras espécies, possui diferentes raças (variações da espécie), e dessa forma, a resistência da cultivar pode ser para apenas uma ou algumas delas, exigindo outros métodos complementares de controle, como o tratamento de sementes (TS).

4. É preciso inúmeros microrganismos em um produto de controle biológico para máxima eficiência? 

Mito! Diferentemente dos químicos, para os organismos destinados ao controle biológico, a lógica não é bem assim. Isso acontece porque cada um deles produz diferentes substâncias, entre metabólitos secundários, enzimas e antibióticos que podem interferir no metabolismo e na sobrevivência da espécie em associação, por isso, no caso dos biológicos, menos misturas, ou seja, um menor ou único microrganismo presente na formulação, pode ser mais vantajoso, pois, nesse contexto, ele terá condições de atuar sem a interferência de um segundo ou terceiro microrganismo.

Portanto, essa característica também deve ser observada quando produtos para o controle biológico forem adquiridos: menos microrganismos em uma formulação pode ser mais!

5. O tratamento biológico de sementes é eficiente?

Verdade! O desempenho do TS biológico é tão eficiente quanto outros tratamentos, como o químico. Isso acontece pelas características dos biocontroladores, que permitem a produção de inúmeros metabólitos secundários, que agem de forma tóxica aos microrganismos patogênicos. 

Além disso, produzem biofilme, uma barreira física contra a penetração de nematoides e fungos, que se formam em torno das raízes durante todo o seu período de crescimento.

Na figura é possível observar a colonização da superfície de uma semente de soja pela bactéria do gênero Bacillus. A primeira coluna mostra sementes não tratadas (portanto, sem proteção). A segunda coluna, demonstra sementes tratadas após 0, 3 e 7 dias, demonstrando a produção de biofilme na proteção das sementes contra patógenos, tanto fúngicos quanto nematoides. Fonte: Baptista et al., 2022.

6. É possível produzir o produto utilizado no controle biológico na própria fazenda, facilmente e com qualidade?

Bom, diante das palavras facilmente e com qualidade, já podemos imaginar que essa resposta não é bem assim quando se trata de produção de biológicos on farm

Embora até seja possível produzir produtos para controle biológico na própria fazenda, essa tarefa não é tão simples. Além de exigir conhecimento técnico aprofundado sobre os microrganismos que estão sendo reproduzidos, é necessário um conjunto de equipamentos e boas práticas para assegurar que o está sendo produzido seja, de fato, o organismo-alvo (unicamente, sem contaminações). 

Além disso, é necessário seguir uma legislação específica para a reprodução de microrganismos na fazenda, uma vez que a reprodução a partir de um biológico adquirido pode violar a legislação. Portanto, apesar da ideia de ser mais “barato” (não tão barato assim), produzir o biológico na própria fazenda pode sair caro, especialmente quando se trata de qualidade.

O processo de fabricação de produtos utilizados no controle biológico é extremamente rígido e possui inúmeras etapas de controle de qualidade, o que, na produção na fazenda, é muito difícil de ser alcançado. 

Cabe lembrar que estamos falando de organismos vivos, e a produção desses exige um ambiente totalmente controlado (asséptico) para assegurar que espécies nocivas aos cultivos ou ao próprio microorganismo não sejam produzidas, evitando assim a contaminação ou a ineficiência do produto.

A partir das necessidades em reforçar o controle de nematoides e doenças provocadas por fungos de solo, que podem ser favorecidas pela presença dos nematoides, dado o potencial de danos dessas ameaças e sua ampla distribuição nas principais regiões produtoras do país, desde 2023, produtores podem contar com um fungicida e nematicida microbiológico para o TS: ARVATICO®. 

Sua eficácia agronômica é comprovada para a cultura da soja, podendo ser utilizado em qualquer cultura com ocorrência dos alvos biológicos!

O mais novo biológico da Syngenta para o tratamento de sementes em soja chega ao mercado: ARVATICO®!

Para uma nova agricultura, que busca o equilíbrio no controle e nos resultados, a Syngenta desenvolveu ARVATICO®, uma tecnologia exclusiva em biológicos.

ARVATICO® é uma solução versátil para compor o manejo eficiente de nematoides e doenças, com excelente formulação, facilidade de aplicação e efeitos de crescimento. Protege o sistema radicular, o que proporciona plantas mais saudáveis, resultando em produtividade com sustentabilidade. 

E não são só as fases iniciais de desenvolvimento que são beneficiadas, a bactéria de ARVATICO® possui, ainda, a capacidade de proteger as raízes durante todo o ciclo da cultura, devido à formação de biofilme (uma espécie de “capa” protetora).

A inovadora formulação de ARVATICO® contém endósporos de Bacillus velezensis, isolado CNPSo 3602 (exclusivo Syngenta), estrutura resistente que confere compatibilidade com produtos químicos e biológicos disponíveis no mercado. Além disso, também possui metabólitos prontamente disponíveis, os quais protegem as sementes desde o momento do tratamento.

Confira no vídeo a seguir como ARVATICO® age contra os nematoides e os fungos que ameaçam o estande inicial e a produtividade das lavouras de soja:

Como funciona ARVATICO®?

Os endósporos são depositados nas sementes no TS (tratamento de sementes), ou via sulco. Após a semeadura, no interior do solo, os endósporos da bactéria presente no TS ou no sulco de plantio germinam, dando origem ao Bacillus velezensis, que vai atuar prontamente na proteção das raízes da cultura.

Mecanismos de ação de ARVATICO®:

ARVATICO® age por meio de quatro principais mecanismos de ação, o que lhe confere mais uma vantagem, uma vez que inúmeras formas de atuação envolvem a produção de uma infinidade de compostos, que reduzem a possibilidade de nematoides e fungos de solo burlarem o controle, conferindo:

  • produção de um biofilme (camada protetora), que atua como barreira física e química contra a ação dos nematoides e dos fungos de solo, colonizando assim o sistema radicular da cultura;
  • redução da atração e da penetração de nematoides juvenis nas raízes, em função da produção de compostos e metabólitos secundários que agem diretamente na morte nos nematoides, inibindo ainda a eclosão dos ovos;
  • competição por espaço e nutrientes, produzindo lipopeptídeos (compostos com ação tóxica) que, além de causarem a morte dos micélios, inibem a germinação de conídios e esporos, agindo, portanto, duplamente: um único produto, com ação nematicida e biofungicida;
  • produção de fito-hormônios que estimulam o crescimento radicular e vegetativo, atuando, portanto, na promoção do crescimento da cultura.

ARVATICO® foi testado e aprovado para o controle dos principais patógenos de solo que desafiam a produtividade da cultura da soja, bem como nematoides, incluindo:

  • Fusariose (Fusarium solani);
  • Tombamento (Rhizoctonia solani);
  • Podridão cinzenta do caule (Macrophomina phaseolina);
  • Nematoide-do-cisto-da-soja (Heterodera glycines);
  • Nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita);
  • Nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus).

ARVATICO® é raiz biologicamente fortalecida para uma lavoura fortemente protegida por mais tempo.

Diferenciais de ARVATICO® e porque ele é uma excelente ferramenta para o controle de nematoides e fungos em soja

Controle e versatilidade em um único produto. ARVATICO® é composto por uma bactéria que produz metabólitos, como a fengicina e plantazolicina, que agem modificando os exsudatos das raízes (que é o que atrai o nematoide), assim o inimigo oculto (principalmente o juvenil, que tem pouca energia) não “encontra” a raiz e morre por inanição. 

Os benefícios de ARVATICO® incluem:

  • excelente controle de nematoides e doenças, quando comparado a outros biológicos do mercado;
  • plântulas com maior volume radicular, permitindo maior absorção de água e nutrientes;
  • proteção do potencial produtivo das cultivares de soja;
  • compatibilidade com produtos químicos (inseticidas, fungicidas e nematicidas), e biológicos;
  • formulação diferenciada que permite proteção superior e aplicação no tratamento de sementes;
  • seletivo para as sementes;
  • melhoria de solo;
  • facilidade de aplicação.

Além disso, plantas tratadas com a nova solução Syngenta em biológicos resultam em melhor nodulação:

  • número e peso de nódulos pode ser até 30% superior em plantas tratadas com ARVATICO®, quando comparado com outros TS.

ARVATICO® é, de longe, a melhor escolha para proteção da cultura da soja frente ao ataque de nematoides e doenças! ARVATICO® é sustentabilidade com resultado!

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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