Não é difícil entender porque as doenças são um dos maiores desafios da produção de hortifrúti: além de reduzir a capacidade produtiva da planta, problemas como míldio e requeima afetam a qualidade de frutas e hortaliças, podendo torná-las impróprias para consumo ou reduzir o seu valor comercial.

É por isso que quem trabalha com esse tipo de cultivo entende muito bem o famoso ditado “prevenir é melhor do que remediar”, pois uma vez que temos a planta, o patógeno e o ambiente favorável, o trabalho de controlar a doença se torna muito mais difícil e caro para o produtor.

Aqui na Central de Conteúdos Mais Agro nós já temos um guia completo para o controle de míldio e requeima no hortifrúti, que tem ajudado os produtores a lidarem melhor com essa problemática, mas neste artigo em especial, compartilhamos uma notícia que está mudando as perspectivas para as próximas safras: a molécula mandipropamida está de volta ao jogo!

E por que isso é tão significativo? Porque a mandipropamida é comprovadamente uma molécula extremamente importante para o manejo de doenças em HF. Com acesso a essa tecnologia, produtores de HF recuperam a força contra míldio e requeima – mas é preciso ser estratégico na escolha! 

Mandipropamida de volta ao jogo: como essa molécula atua contra doenças como míldio e requeima?

Quando ressaltamos a importância do manejo preventivo, o motivo é: doenças como a requeima podem dizimar uma produção inteira de hortifrúti em pouquíssimo tempo. 

Sabemos que muitos fatores podem interferir e abalar a proteção do cultivo, assim como fortalecer o patógeno, e é por isso que o ideal é planejar o manejo considerando soluções que sejam preventivas e com diferentes ingredientes ativos, fazendo a rotação de mecanismos de ação e evitando a seleção de patógenos resistentes. 

O fato é que, com um ambiente favorável à doença, qualquer demora na ação ou a escolha incorreta de manejo pode significar um grande prejuízo.

É nesse contexto que a disponibilidade de mandipropamida vai fortalecer os produtores de HF contra ameaças como o míldio e a requeima, pois essa molécula atua na proteção de folhas, frutos e novos crescimentos das plantas contra os patógenos, principalmente os oomicetos.

Primeiro: qual a diferença entre fungos e oomicetos e como isso interfere na escolha do fungicida?

Os oomicetos pertencem a um grupo específico de organismos microscópicos que compartilham características tanto de fungos quanto de algas.

Uma das principais distinções entre fungos e oomicetos é a composição de suas paredes celulares: os fungos têm paredes celulares compostas, principalmente, de quitina, enquanto os oomicetos têm paredes celulares que contêm celulose e outros polissacarídeos. Além disso, os oomicetos se reproduzem por meio de esporos flagelados, enquanto os fungos se reproduzem principalmente por meio de esporos não flagelados. 

Essas diferenças estruturais e reprodutivas contribuem para as distintas características e comportamentos dos dois grupos de organismos no ambiente, incluindo sua capacidade de causar doenças em plantas. E, nesse ponto, a escolha do fungicida correto para oomicetos é fundamental! 

Segundo: qual o modo de ação da mandipropamida e por que ela é ideal para combater oomicetos?

Imagine a parede celular dos oomicetos como um escudo protetor. Essa parede é essencial para a sobrevivência e a disseminação dos patógenos, pois garante sua estrutura e rigidez.

A mandipropamida age como um sabotador inteligente. Ela entra em contato com os patógenos e impede a produção de um componente crucial da parede celular: a celulose. Sem celulose, o escudo protetor dos oomicetos fica fraco e incompleto.

Consequência: os patógenos ficam vulneráveis e não conseguem se defender do sistema de defesa natural das plantas, que os elimina rapidamente. Podemos resumir isso em 3 fases:

  1. Inibição da celulose sintase PiCesA3: a mandipropamida bloqueia a ação da enzima PiCesA3, responsável pela produção de celulose, um componente essencial da parede celular dos oomicetos.
  2. Parede celular fraca: sem celulose, a parede celular dos oomicetos se torna frágil e incompleta, comprometendo sua estrutura e função protetora.
  3. Vulnerabilidade e morte: os oomicetos ficam vulneráveis aos efeitos do ambiente e ao sistema de defesa natural das plantas, sendo inativados e eliminados.

Além disso, a mandipropamida inibe a germinação dos esporos, interrompe a reprodução e, quando aplicada imediatamente após a infecção e a produção de esporos, promove o controle inicial dessa infecção.

Ou seja, é uma opção que fortalece o manejo contra doenças do HF, como míldio e requeima, e que ainda pode ser combinada com outros ingredientes ativos, potencializando a proteção.

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Traduzindo a mandipropamida em solução: como escolher o fungicida ideal para míldio e requeima

Agora que já entendemos a importância e o impacto da volta dessa molécula ao jogo para os produtores de HF, surge a importante questão: como escolher o fungicida ideal para proteger os cultivos de hortifrúti? 

Além da eficácia no combate aos oomicetos, é importante considerar fatores como controle superior, residual prolongado e praticidade no manejo. Ademais, a cultura, o tipo específico de doença e as necessidades do produtor também devem ser consideradas.

Essas características são fundamentais para garantir uma proteção realmente eficaz, completa e duradoura contra as doenças, protegendo produtividade, qualidade e rentabilidade.

Pensando nisso, selecionamos os top produtos do portfólio Syngenta que contam com a ação superior da mandipropamida:

REVUS® e REVUS OPTI®

REVUS® é um fungicida composto por mandipropamida que atua tanto por contato quanto em profundidade (ação translaminar). Ele pertence ao grupo químico éter mandelamida e é apresentado em uma formulação de suspensão concentrada (SC), de fácil aplicação e manejo.

Já REVUS OPTI® combina dois ingredientes ativos complementares, a mandipropamida e o clorotalonil, proporcionando um duplo modo de ação que garante:

  • Controle superior: eficácia comprovada contra um amplo espectro de doenças fúngicas em HF, incluindo míldio, requeima, mancha-de-alternária e outras doenças fúngicas importantes.
  • Ação translaminar e protetora: atua tanto na superfície das folhas quanto no interior da planta, protegendo-a contra a entrada e a reprodução de fungos, mesmo após a chuva.
  • Efeito residual prolongado: persistência no ambiente por um período prolongado, garantindo proteção contínua das lavouras, mesmo com chuvas frequentes.
  • Rápida aderência: Incorpora-se rapidamente à camada de cera da folha, protegendo as plantas contra a lavagem pela chuva.

PERGADO MZ® 

O fungicida PERGADO MZ® conta com a sinergia perfeita entre o mancozebe e a mandipropamida. Essa combinação de diferentes ativos permite a atuação do produto em diferentes sítios de ação, sendo uma excelente opção no manejo antirresistência dos patógenos.

A formulação inovadora desse fungicida atua interrompendo o crescimento do patógeno em diversos estágios do ciclo e induzindo a morte do oomiceto ao inibir a produção de ATP. Além disso, tem distribuição uniforme na superfície do alvo e é absorvido lentamente pela planta, o que prolonga o tempo de ação do produto e o torna resistente a diferentes condições climáticas.

Confira os diferenciais da inovadora formulação de PERGADO MZ®:

Ao contar com soluções reconhecidas pela alta performance, como REVUS®, REVUS OPTI® e PERGADO MZ®, os produtores têm à disposição uma gama de soluções poderosas para o controle de míldio e requeima

Com a mandipropamida como ingrediente ativo em cada produto, os produtores de HF podem ter confiança de que agora seus esforços para proteger os cultivos estão fortalecidos e completos.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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