O bom volume de chuva dos últimos meses, trouxe para a cafeicultura brasileira o bom desenvolvimento dos frutos da safra 25. Há também uma expectativa melhor entre os cafeicultores, pensando na safra de 2026. No entanto, o excesso dessas chuvas também traz atraso garantido em algumas atividades em campo. 

Esse cenário ocorre em todas as áreas cafeeiras do país, e os últimos índices levantados pela Fundação Procafé, por exemplo, apontam para uma boa recuperação do déficit hídrico no Sul de Minas. 

“Os dados apontam para essa recuperação, o que é muito positivo e traz um ânimo maior para o produtor”, destaca Felipe Borges, Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta.

Operações em atraso nos cafeeiros

Por outro lado, as chuvas também ocasionaram atrasos em operações previamente programadas nas lavouras. Muitas dessas atividades já foram postergadas devido à florada tardia registrada na maioria das regiões. Tanto outubro quanto novembro apresentaram bons volumes de chuva, o que comprometeu, por exemplo, aplicações via drench e outras pulverizações.

Na maioria das regiões produtoras do Brasil, a florada veio de forma tardia

“Muitos produtores não conseguiram realizar essas aplicações durante a florada, conforme seus planejamentos”, comenta Felipe.

Com o aumento gradual do volume de chuvas nas regiões produtoras, a maioria dos cafeicultores buscam atualizações dessas operações. Contudo, esse contexto abre precedente para riscos relacionados a patógenos.

“Abre-se uma janela para a incidência de doenças como mancha de phoma e ferrugem. Esse é um momento de alta umidade foliar. Por exemplo, a ferrugem precisa ser controlada o quanto antes, de forma preventiva. Agora é o momento em que ela está infectando a planta, por isso o controle deve ser imediato”, explica Felipe.

Em um cenário delicado, os produtores ainda não conseguem mensurar o resultado da longa estiagem

A ausência de espaço entre uma chuva e outra, além do acúmulo de atrasos, representa risco para os produtores, podendo resultar no aumento de grandes pragas e doenças futuras.

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Cenário das atividades brasileiras com lavouras em recuperação

Inicialmente, as lavouras apresentaram um baixo pegamento dos frutos. No entanto, ainda não é possível mensurar com precisão as perdas causadas pela estiagem.

“Cada região está apresentando um comportamento diferente. Registramos problemas de pegamento, mas as lavouras estão vegetando muito bem”, analisa Felipe.

Esse cenário reflete o impacto do longo período sem chuvas e das altas temperaturas. E, falando em altas temperaturas, surge uma nova preocupação entre os produtores: a possibilidade de ataques da principal praga da cafeicultura, o bicho-mineiro.

O surgimento de pragas e doenças ao longo do verão, também devem estar no radar do produtor

“As temperaturas elevadas favorecem o ataque do bicho-mineiro, embora a incidência não seja tão alta quanto no ano passado. Ainda assim, continuamos monitorando sua presença. Além disso, registramos casos de cochonilha em algumas áreas, bem como cercosporiose”, alerta Felipe.

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A maioria das propriedades já fez a adubação ou parte dela. Os resultados, entretanto, mostram crescimento das plantas com menor absorção de cálcio e maior de potássio. Esse desequilíbrio, apesar de comum, tem favorecido a ocorrência de cercosporiose, segundo Felipe. 

“Em resumo, este é o momento de o cafeicultor redobrar a atenção, manter as práticas normais de manejo e tentar adiantar o que for possível. Para aqueles que estão com operações atrasadas, é crucial a otimização ao máximo das ações em campo”, orienta Felipe.

Atualizar essas operações não só protegem as lavouras como também prepara o terreno para a safra de 2026.

A Syngenta apoia o produtor rural em todos os momentos, oferecendo soluções inovadoras e sustentáveis. 

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