Inovação e sustentabilidade marcam produção cafeeira no país

Ela tem 59 anos e vem de uma família que já produz café. Marisa Helena Contreiras é produtora de cafés especiais em Areado, no Sul de Minas, e está entre os muitos produtores que compõem o perfil do cafeicultor brasileiro

Cafeicultora parceira da Nucoffee e da Syngenta, Marisa Helena Contreiras.

Produtores apaixonados, que em cada geração vivenciam o novo momento do setor no Brasil. O país não é apenas o maior produtor e exportador de café do mundo; é também destaque em tecnologias, inovações e transformações impulsionadas por esses profissionais.

Qual é o perfil do cafeicultor Brasileiro?

Uma pesquisa recente realizada pelo Sebrae concluiu que pelo menos 75% dos cafeicultores brasileiros já passaram ou estão passando pelo processo de sucessão familiar. A cafeicultura como herança de família tornou-se comum entre os brasileiros. “Eu sou a segunda geração do café e sou uma farmacêutica que deixou a vida de empresária para empreender na cafeicultura. Hoje, não me vejo fazendo outra coisa que não seja produzir café”, explica Marisa.

Essa mudança entre tantas gerações tem favorecido o Brasil. O perfil do cafeicultor brasileiro inovador e tecnológico tem levado às plantações as principais tendências e tecnologias que transformam a cafeicultura. 

Cafeicultores parceiros da Nucoffee em lavoura de café em Minas Gerais

“Temos visto que, cada vez mais, nossos cafeicultores estão olhando para a tecnologia com o intuito de maximizar a produtividade, otimizando os recursos que possuem e realmente potencializando a rentabilidade de seus negócios”, explica Ricardo Schneider, presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais (CCCMG).

O cafeicultor Brasileiro tem perfil sustentável?

Ser precursor de técnicas que revolucionaram a cafeicultura já faz parte da rotina do produtor brasileiro . Um exemplo é a sustentabilidade, cada vez mais presente na vida dos cafeicultores. 

Em um momento em que a otimização de recursos, combinada a um manejo preventivo, tornou-se essencial para uma cafeicultura mais sustentável, o cafeicultor já implementa diversas técnicas que garantem uma produção eficiente e ambientalmente responsável.

Lavoura nova de café sendo cultivada no interior de Minas Gerais, em fazenda parceira da Syngenta e da Nucoffee

“Fazer uma cafeicultura ambientalmente inteligente, produtiva e responsável, isso é sustentável. Fazer parte da construção de um mundo melhor e conciliar tudo isso é um grande desafio, mas temos superado”, destaca a cafeicultora Marisa.

Investimentos do cafeicultor brasileiro

Desde que os cafeicultores no Brasil começaram a buscar mais qualidade, do campo até a xícara, muitos processos foram alterados, incrementados e aprimorados. As Indicações Geográficas (IG) potencializam ainda mais os sabores e aromas especiais encontrados na xícara.

De acordo com uma pesquisa do Sebrae, as áreas de IG possuem um potencial produtivo de pelo menos 38 milhões de sacas por ano, e pelo menos 27% dos cafeicultores brasileiros investem nessas áreas. Cerca de 60% desses cafeicultores possuem alguma certificação

Para Ricardo Schneider, as Indicações Geográficas colaboraram para uma nova forma de comercializar o café. “Em casos de cafés mais especiais, pontuados, lotes de produtores de uma origem única são comercializados diretamente para o mercado consumidor. Isso agrega um grau de informação e interesse por uma região específica, quando você consegue combinar isso com um terroir, às características únicas daquela região.”

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Qual deve ser o futuro dos produtores?

Atualmente, muitos desafios são enfrentados pelo setor cafeeiro, como as instabilidades climáticas e a logística. No entanto, a amplitude do mercado de café , que oferece ao produtor uma boa liberdade de comercialização, tem colaborado para que novos rumos sejam traçados pela cadeia. 

“Nós temos uma tradição com o café, que faz parte da rotina do brasileiro. Temos produtores que são persistentes e resilientes, então o futuro é com certeza promissor”, pontua Ricardo. 

Grãos de café trabalhados em pós-colheita cm tecnologias da Nucoffee

A pesquisa também apontou que 74% dos cafeicultores são brancos, com idade acima de 36 anos e, no mínimo, uma graduação de nível superior. Os homens continuam sendo maioria, com 65% de representatividade. Uma pesquisa reuniu produtores das principais regiões cafeeiras do Brasil, como Minas Gerais e São Paulo.

Outro ponto relevante é o surgimento de produtores mais novos na cafeicultura, ainda que de forma um pouco mais lenta, tem ocorrido, Esses cafeicultores representam de certo modo, a cafeicultura do futuro, focada cada vez mais em inovações. 

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável. Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.