Existe um ditado que diz que melhor do que começar bem, é terminar bem. Mas quando o assunto é manejo de doenças na soja – em que cada detalhe conta para o potencial produtivo – é preciso começar corretamente, no tratamento de sementes (TS) e terminar com excelência, dando a devida importância às últimas aplicações.
Atualmente, os investimentos em fungicidas são altos e representam grande parte dos custos de produção, isso devido ao aumento da pressão de doenças nas lavouras brasileiras, à resistência dos patógenos e ao clima favorável ao seu desenvolvimento e disseminação.
Diante de um cenário cada vez mais complexo, é fundamental que os sojicultores entendam que as últimas aplicações na soja consolidam todo o cuidado adotado nos manejos ao longo do ciclo. Etapas como TS, aplicação zero e aplicações no reprodutivo são essenciais para a construção da sanidade da lavoura – mas as últimas aplicações têm como objetivo selar o manejo de doenças e proteger a lavoura em uma etapa crucial para a definição da produtividade.
As famosas doenças de final de ciclo (DFCs) são consideradas uma das principais causas de perdas na lavoura. Isso porque, além de reduzir a produtividade, essas doenças afetam também a qualidade dos grãos colhidos, prejudicando ainda mais a rentabilidade final do produtor.
Para entender melhor a importância das últimas aplicações na soja, confira 3 motivos para não negligenciar esse cuidado na etapa final do trabalho empenhado ao longo de toda a safra.
1. Protege contra Doenças de Final de Ciclo da soja (DFCs)
As Doenças de Final de Ciclo (DFCs) são um desafio crítico na produção de soja, impactando diretamente tanto a quantidade quanto a qualidade da colheita. Entre as principais DFCs encontradas no Brasil, o crestamento foliar destaca-se como uma ameaça significativa.
Esta doença, causada pelo fungo Cercospora kikuchii, pode levar a uma considerável desfolha prematura da soja, comprometendo a eficiência fotossintética da planta e o enchimento dos grãos, afetando, consequentemente, a produtividade.
Além disso, essa doença também pode ocasionar a mancha-púrpura nos grãos, prejudicando a comercialização, especialmente para as empresas produtoras de sementes.
Outra DFC relevante é a ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Esta doença se espalha rapidamente, comprometendo as folhas e reduzindo a capacidade da planta de realizar a fotossíntese de forma eficaz, causando desfolha prematura e redução do ciclo.
A mancha-parda, causada pelo fungo Septoria glycines, se manifesta por meio de lesões circulares nas folhas, também podendo levar à desfolha precoce e comprometer a eficiência fotossintética das plantas.
O oídio (Microsphaera diffusa), por sua vez, é um fungo que se desenvolve na superfície das folhas, formando uma camada branca de esporos. Essa doença pode impactar negativamente o processo de fotossíntese, reduzindo a produção de carboidratos e, consequentemente, prejudicando o enchimento dos grãos.
A prevenção eficaz contra as Doenças de Final de Ciclo (DFCs) é vital para garantir a integridade da folhagem até o final do ciclo e a normalidade no processo de enchimento dos grãos, maximizando, assim, a produção. E como fazer isso? Por meio das últimas aplicações de fungicidas na soja!
2. Reduz a pressão de patógenos na área e promove a sustentabilidade do manejo
Além de fornecer uma proteção direcionada contra doenças específicas que ocorrem no final do ciclo da soja, as últimas aplicações de fungicidas desempenham um papel crucial na redução da pressão de patógenos na área cultivada. Esse benefício aborda aspectos fundamentais no Manejo Integrado de Doenças.
Primeiro, o cuidado na utilização de fungicidas e a realização de associações, como fungicida sistêmico + fungicida multissítio, durante as últimas aplicações, contribui para a prevenção da seleção de resistência dos patógenos.
Ao evitar o uso excessivo e promover a rotação de produtos, essas práticas são essenciais para manter a eficácia dos fungicidas a longo prazo. Isso assegura que as safras futuras possam continuar a se beneficiar dessas medidas de controle.
Em segundo lugar, com a eficiência da construção da sanidade da lavoura e a redução da pressão de patógenos na área, o produtor consegue alcançar mais facilmente um equilíbrio do agroecossistema. Isso porque as últimas aplicações ajudam a reduzir os impactos e danos na lavoura da safra vigente, mas também ajuda a quebrar o ciclo dos patógenos, que podem sobreviver na palhada e restos culturais, reduzindo assim a pressão dessas ameaças na safra seguinte.
3. Preserva a qualidade da produção e a rentabilidade final
A qualidade dos grãos desempenha um papel crucial no atendimento aos padrões exigidos pelos mercados consumidores. A competitividade no cenário agrícola global exige uma produção volumosa, mas também a entrega de grãos que atendam aos padrões de qualidade estabelecidos.
A utilização de estratégias como as últimas aplicações de fungicidas é fundamental para garantir que a colheita alcance e mantenha os padrões desejados pelo mercado. A preservação da qualidade dos grãos reflete tanto na produtividade do produtor quanto na agregação de valor ao produto final. Grãos de alta qualidade têm maior demanda no mercado, frequentemente resultando em melhores preços de venda.
Além de combater doenças específicas, as últimas aplicações de fungicidas consolidam todo o manejo realizado ao longo do ciclo da soja. Como exploramos no tópico 1, a presença das DFCs pode atrapalhar o enchimento dos grãos, resultando em grãos de menor peso e teores de óleo e proteína, afetando diretamente o valor comercial da colheita.
Em um estudo realizado pela Embrapa, o teor médio de proteína dos grãos brasileiros foi cerca de 2% superior ao encontrado nos grãos produzidos nos Estados Unidos. No entanto, os grãos defeituosos causaram perdas anuais de R$ 1 bilhão à sojicultura nacional.
Como diferencial competitivo, a instituição afirma que o Brasil pode lucrar mais com a soja priorizando a qualidade do grão. A qualidade é um aspecto favorável, tanto para a indústria brasileira consumidora de soja quanto para os países que importam o grão em grande escala, como é o caso da China, explica o analista econômico da Embrapa.
Para isso, adotar medidas que preservem essa qualidade, considerando a construção da sanidade da lavoura, do TS às últimas aplicações de fungicidas, é essencial.
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Como obter máxima eficiência nas últimas aplicações de fungicida na soja?
Para a máxima eficiência nas últimas aplicações de fungicidas na soja, é importante escolher um fungicida imponente contra doenças como ferrugem e cercospora, com as seguintes características:
- Sinergia entre triazóis: uma composição com dois triazóis sinérgicos e complementares é ideal para um manejo completo (ferrugem e manchas).
- Alta concentração de ativos: uma formulação com alta concentração de triazóis, muito superior aos principais competidores.
- Conveniência e seletividade: é vantajoso optar por uma formulação que dispense o uso de adjuvantes e seja altamente seletiva para a cultura.
- Segurança contra ferrugem e cercospora: absorção e sistemicidade superiores otimizam a eficácia contra ferrugem e cercospora (DFC’s) nas últimas aplicações.
CYPRESS® + BRAVONIL®
A implementação frequente e contínua de fungicidas sem rotação de princípio ativo pode resultar na seleção de populações resistentes de patógenos, dificultando o controle. Esse fenômeno impacta na eficiência do manejo, nos custos para os produtores, na rentabilidade e na produtividade da lavoura e também na longevidade das tecnologias fungicidas.
A rotação e a diversificação de ingredientes ativos e modos de ação deve ser considerada na hora de realizar as últimas aplicações, sendo uma estratégia crucial para minimizar o risco de resistência. Portanto, nesse momento do manejo, é importante o uso de tecnologias associadas a multissítios de ação.
É isso o que a combinação de CYPRESS® + BRAVONIL® entrega. CYPRESS® é um fungicida sistêmico que oferece benefícios tanto preventivos quanto curativos, demonstrando eficácia no controle das principais doenças de fim de ciclo da soja.
Sua formulação incorpora dois triazóis de alta concentração: o ciproconazol, reconhecido como o triazol mais eficiente no controle da ferrugem, e o difenoconazol, um componente exclusivo com comprovada eficácia contra oídio, antracnose e manchas que compõem o complexo de DFCs.
Como citamos, para otimizar ainda mais o manejo de doenças no estágio final da soja, é crucial a combinação de um fungicida sistêmico com um fungicida multissítio. A dupla CYPRESS® + BRAVONIL® tem se destacado como uma escolha de destaque nas lavouras de alta produtividade.
O fungicida multissítio BRAVONIL® oferece um amplo espectro de controle, intensificando a proteção da lavoura durante o período de pré-colheita e resguardando a tecnologia ao abordar preocupações antirresistência.
O princípio ativo de BRAVONIL®, o clorotalonil, apresenta uma formulação exclusiva que proporciona maior aderência nas folhas, conferindo resistência à chuva – um fator crítico para a proteção da lavoura, especialmente em períodos de alta umidade propícios a patógenos. Além disso, sua formulação contribui para uma mistura uniforme e fluidez na aplicação, prevenindo obstruções no sistema de pulverização e promovendo a máxima eficiência nas últimas aplicações de fungicidas na soja.
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