Atualizado em 24/09/2024.

Quando o assunto é qualidade e produtividade no setor de hortifrúti, as manchas foliares se destacam por representarem os principais desafios no manejo de doenças na batata e no tomate, além de outras culturas de especial relevância econômica que fazem parte da alimentação cotidiana da população. 

Seja para o consumo in natura ou para processamento industrial, a produção hortifrutícola não pode parar, muito menos sofrer perdas severas pela contaminação de patógenos.

A FAO (Food and Agriculture Organization) que, há 75 anos, realiza pesquisas e cria alternativas para o combate à fome no mundo, coloca a eficiência na produção agrícola como uma das principais medidas para atender a demanda por alimentos. No Marco estratégico para 2022-2031, a organização reforça a importância de se evitar perdas nas lavouras para que sejam entregues produtos do hortifrúti em abundância e de qualidade, como maneira de enfrentar os desafios mapeados para esse período:

  • 690 milhões de pessoas no mundo continuam sem acesso a alimentos de qualidade;
  • outras dezenas de milhões sofrem com carência de micronutrientes;
  • a quantidade de pessoas com sobrepeso cresce de maneira alarmante;
  • o número de pessoas subalimentadas aumentou em 132 milhões desde 2021.

Todos esses fatores tornam a produção de culturas do hortifrúti ainda mais urgente, como uma das principais estratégias para promover a segurança alimentar. Nesse contexto, já é consenso que o combate aos fitopatógenos é uma missão primordial. 

Isso leva a Syngenta, líder global na proteção de cultivos, a desenvolver novas tecnologias e soluções que respondem a esse cenário, com capacidade de potencializar o manejo de doenças na batata, no tomate, e em outros cultivos que são base da alimentação humana.

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Os desafios no manejo de doenças na batata e no tomate

As doenças de plantas – fitopatologias – são causadas por fungos de diversos gêneros e espécies, além de bactérias, oomiocetos e vírus. Esses microrganismos precisam de condições específicas de clima e ambiente para se desenvolverem e causarem sintomas, mas os métodos de cultivo também influenciam uma maior ou menor pressão de patógenos na área de cultivo.

Fatores, como saúde do solo, presença de plantas daninhas, monocultivo e aplicação incorreta de defensivos, costumam favorecer a incidência de patógenos e tornar o manejo de doenças na batata e no tomate mais complexos. Inclusive, a falta de um manejo consciente e integrado pode fazer com que um patógeno se dissemine rapidamente pelas áreas ao redor, tornando o controle extremamente desafiador.

O estudo da Embrapa, Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira, indica um aumento da incidência, no custo de controle e na ponte verde de doenças de plantas no Brasil nos últimos anos, além de um evidente crescimento no uso de defensivos. 

Esse é um cenário preocupante, especialmente para hortifruticultores, tendo em vista que alimentos in natura danificados por patógenos podem tornar-se impróprios para consumo, além de comprometer toda a produção, a rentabilidade do produtor e o abastecimento do mercado.

O estudo mostra que é importante ter uma gestão que permita antecipar ações e prevenir esses danos, a partir de práticas como:

  • conhecimento do histórico da área;
  • ciência das espécies de patógenos recorrentes na cultura de interesse;
  • monitoramento da área e das condições ambientais;
  • adoção de práticas do MID (Manejo Integrado de Doenças);
  • uso de produtos e tecnologias com performance superior.

Um exemplo são as manchas foliares, que representam as principais doenças da batata e do tomate, cuja severidade é tão intensa que não se deve esperar pelos sintomas para se aplicar medidas de controle em áreas que já tiveram registro dos patógenos. Assim, é fundamental um manejo preventivo e assertivo, especialmente em lavouras com longo histórico de cultivo da mesma cultura.

As condições do verão, com altas temperaturas e chuvas recorrentes, faz com que os patógenos se propaguem mais rapidamente e o resultado são frutos, folhagens e tubérculos de baixa qualidade e diminuição do volume de produção. Isso faz os preços no mercado doméstico se elevarem, afetando o abastecimento e o acesso aos alimentos, o que configura um problema econômico e social.

Principais manchas na batata e no tomate

O controle de manchas foliares é o maior desafio. Entre as doenças da batata, a pinta-preta, causada pelo fungo Alternaria solani, é a mais recorrente, enquanto septoriose (Septoria lycopersici) e as manchas causadas por bactérias do gênero Xanthomonas spp. são as principais doenças do tomate.

1. Pinta-preta na batata

A doença conhecida como “pinta-preta” na batata é causada pelo fungo Alternaria solani. Esse patógeno é um dos principais responsáveis por perdas significativas na produção de batatas.

Lavoura de batatas infestada de Alternaria.

Sintomas e desenvolvimento da doença:

  • Folhas: os sintomas iniciais são manchas necróticas circulares, de cor marrom a pardo-escura, com bordos bem definidos e anéis concêntricos. As manchas aumentam rapidamente e podem se coalescer, levando ao desfolhamento e à redução da fotossíntese.
  • Hastes e pecíolos: lesões em hastes e pecíolos são alongadas, deprimidas e de cor marrom a pardo-escura, frequentemente com anéis concêntricos. Essas lesões afetam o transporte de nutrientes e água pela planta.
  • Tubérculos: manchas escuras, deprimidas e circulares a irregulares, com bordos púrpura ou bronzeada. A polpa sob as lesões é seca e coriácea, afetando a qualidade dos tubérculos.
Pinta-preta em folha de batata.

O fungo prospera em temperaturas entre 25 °C e 32 °C e alta umidade. Os conídios são resistentes a baixos níveis de umidade e podem sobreviver em restos culturais e solo.

Impacto econômico: reduz a qualidade e a quantidade dos tubérculos, afetando a comercialização e o valor de mercado.

2. Septoriose no tomate

A septoriose é causada pelo fungo Septoria lycopersici. É uma das doenças mais destrutivas do tomate, com perdas econômicas significativas.

Sintoma de septoriose em folha de tomate.

Sintomas e desenvolvimento da doença:

  • Folhas: manchas pequenas e encharcadas na face inferior das folhas, que se tornam circulares, acinzentadas com bordas marrom-escuras. As lesões podem coalescer, levando ao amarelecimento e desfolhamento progressivo.
  • Hastes e frutos: lesões em hastes e pedúnculos são menores e mais escuras, raramente afetando os frutos.

A septoriose no tomate é mais severa em condições de umidade e temperatura elevadas. A chuva e a irrigação por aspersão aumentam a dispersão do patógeno.

Impacto econômico: pode causar perdas de até 100% em condições favoráveis, reduzindo a área foliar e a qualidade dos frutos.

3. Mancha-bacteriana no tomate

A mancha-bacteriana é causada por várias espécies do gênero Xanthomonas, como Xanthomonas perforans e Xanthomonas vesicatoria.

Sintomas de mancha-bacteriana nas folhas e no fruto do tomate.

Sintomas e desenvolvimento da doença:

  • Folhas: lesões necróticas irregulares, que podem coalescer e levar ao amarelecimento e morte das folhas. Os frutos expostos ao sol podem sofrer escaldadura.
  • Frutos: lesões grandes, marrons, deprimidas e ásperas, que afetam a qualidade e a comercialização.
Sintoma de mancha-bacteriana nas hastes do tomate.

A mancha-bacteriana no tomate é mais severa em temperaturas acima de 25 °C e em condições de chuva e vento. Terrenos arenosos também favorecem a doença.

A bactéria é transmitida por sementes e mudas infectadas e pode se espalhar por gotas de chuva ou irrigação.

Impacto econômico: causa redução na produtividade, perda de valor comercial dos frutos e pode levar a perdas de até 52% na produção.

Esses fungos causam danos durante o desenvolvimento das culturas, mas também podem gerar perdas de produção – estimadas entre 10% e 40% – após a colheita, pois um fruto contaminado pode comprometer o restante dos produtos armazenados. Assim, o controle de doenças do hortifrúti é uma medida essencial para reduzir os desperdícios de alimentos dentro e fora das fazendas.

Clima é decisivo para a pressão de patógenos

As condições climáticas do verão brasileiro são muito favoráveis à incidência de doenças da batata, do tomate e de outras culturas. 

O livro Sanidade vegetal: uma estratégia global para eliminar a fome, reduzir a pobreza, proteger o meio ambiente e estimular o desenvolvimento econômico sustentável, publicado pela Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), evidencia como o clima está diretamente relacionado às doenças de plantas, por meio do esquema conhecido como Triângulo da Doença, em que alterações em qualquer uma das variáveis muda a pressão de patógenos e/ou a severidade dos danos:

Nessa perspectiva, a mudança nas condições de temperatura e umidade pode interferir gravemente na incidência de doenças do hortifrúti, pois as interferências no ambiente afetam os patógenos e os hospedeiros (as culturas), convergindo para modificações no quadro de doenças, o que pode ocasionar epidemias e grande volume de perdas.

De maneira geral, temperaturas elevadas encurtam o ciclo de vida dos principais patógenos, de maneira que as populações podem aumentar significativamente em um curto período de tempo, além de favorecer sua sobrevivência. 

Quanto à umidade, em regiões com déficit hídrico, as culturas tendem a ficar mais suscetíveis às doenças. A alta umidade, por outro lado, costuma favorecer a reprodução e a dispersão dos fungos, agravando também os sintomas e os danos.

Assim, a melhor maneira de se precaver contra um cenário indesejável de doenças é estruturar um manejo consciente e completo, com o amparo de fungicidas que controlem, de maneira eficaz, diversos patógenos ao mesmo tempo.

Simplesmente poderoso: novo fungicida da Syngenta inova o manejo de doenças da batata e do tomate 

Diante de cenários desafiadores, é preciso soluções inovadoras. Como uma forma de antecipar o desenvolvimento de novas tecnologias para proteger as culturas do hortifrúti contra o crescente aumento na incidência de doenças e contribuir para a garantia de uma oferta de alimentos condizente com a demanda, a Syngenta criou MIRAVIS® Duo.

Esse fungicida para batata, tomate e muitos outros cultivos é também de amplo espectro, ou seja, entrega um controle poderoso contra diversos patógenos, conferindo muito mais simplicidade ao agricultor. 

Isso é possível porque MIRAVIS® Duo é composto por duas moléculas altamente eficientes. Uma delas é o inédito ADEPIDYN® technology, um princípio ativo exclusivo, com alto poder intrínseco de controle e performance incomparável.

ADEPIDYN® technology é a única molécula 3 em 1 do mercado e representa um grande progresso para a família das carboxamidas, um avanço que os especialistas não viam no setor de fungicidas há 30 anos. Impressiona seu poder de adesão à superfície de folhas de diferentes texturas, o que confere maior resistência à chuva e oportuniza boa distribuição do ativo em mais de 30 cultivos.

O poder de ADEPIDYN® technology em sinergia com o ativo difenoconazol resulta em uma combinação que gera um efeito preventivo e ajuda a controlar inícios de infecção, impedindo a disseminação dos patógenos e agindo sobre aqueles que já estiverem causando danos. Por isso, sua performance é reconhecida pelos principais pesquisadores, em todas as regiões do país e do mundo.

Resultados comprovados de controle superior para o manejo de doenças na batata e no tomate

O controle de doenças no hortifrúti pode ser simples com o uso de MIRAVIS® Duo, que tem resultados comprovados por estudos de campo realizados nos principais cultivos, em diferentes regiões do Brasil. 

Pesquisas realizadas no controle de septoriose em áreas de produção de tomate em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo mostraram que MIRAVIS® Duo apresentou um percentual de controle de 84%, muito superior em comparação com outros tratamentos

A área tratada com MIRAVIS® Duo também apresentou uma produtividade até 46% superior à testemunha. Visualmente, o poder do produto é evidente:

Comparativo do controle de doenças do tomate com MIRAVIS® Duo, testemunha vs. área tratada com o produto.

Estudos da performance da solução contra as doenças da batata também demonstraram resultados impressionantes, com incremento de produtividade em 21% e percentual de controle em 72% para a mancha-de-alternária.

Comparativo do controle de doenças da batata com MIRAVIS® Duo, testemunha vs. área tratada com o produto.

Todos esses resultados comprovam as características que tornam MIRAVIS® Duo simples para o produtor e poderoso contra as doenças:

  • alta atividade intrínseca de controle;
  • longo residual e rápida absorção;
  • amplo espectro de ação;
  • controla os principais patógenos nos principais cultivos.

Assim, mesmo que os desafios no manejo de doenças da batata e do tomate se intensifiquem por questões de clima e ambiente, o produtor rural tem acesso a uma ferramenta de alta tecnologia para apoiá-lo no controle químico e ajudar a reduzir as perdas e os desperdícios. 

Com MIRAVIS® Duo, abre-se um novo portal para a proteção dos cultivos e a sanidade vegetal, de maneira mais simples e consciente.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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