O cultivo de hortifrúti tem importância ímpar para o abastecimento diário de produtos perecíveis e altamente nutritivos. Produzir em quantidade e qualidade suficientes, com menor índice de perdas do campo até a mesa do consumidor, exige estratégia e atenção a diferentes fatores. Entre eles, destaca-se o manejo de pragas no hortifrúti, etapa essencial para preservar a sanidade vegetal, evitar prejuízos na colheita e assegurar alimentos de alto valor comercial. 

Nos últimos anos, o hortifruticultor brasileiro tem enfrentado grandes desafios, especialmente em relação às mudanças climáticas e às variações regionais de cultivo. Nesse cenário, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) combinado com ações preventivas, monitoramento constante e o uso criterioso de métodos de controle (biológicos e químicos) permite reduzir riscos, prolongar a vida útil dos cultivos e proteger o meio ambiente. 

Considerando a crescente demanda internacional por hortifrutícolas brasileiros, como a uva, e a necessidade de ampliar a oferta interna de alimentos consumidos diariamente, como tomate e batata, adotar soluções inteligentes de manejo de pragas torna-se indispensável. 

Continue conosco e descubra como aplicar as melhores práticas de manejo de pragas no hortifrúti para fortalecer sua produção e conquistar melhores resultados. 

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Culturas fundamentais do hortifrúti brasileiro 

Com exceção das hortaliças e de outras culturas de consumo praticamente imediato, o hortifrúti brasileiro também faz a diferença no mercado externo, além de abastecer as CEASAS pelo Brasil. Por isso, elevar os níveis de quantidade e qualidade é um objetivo primordial diante do momento delicado que a hortifruticultura vive no país. 

A seguir, é apresentado um panorama amplo sobre as principais culturas do hortifrúti de importância comercial e alimentar, a fim de ilustrar o atual cenário e fundamentar a emergência em se optar por soluções eficientes no manejo de pragas diversas. 

Tais soluções devem atender aos critérios de segurança do consumidor e, ao mesmo tempo, elevar a produtividade do hortifrúti. 

Batata 

Segundo levantamento e dados da Revista Hortifruti Brasil, elaborado em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/Esalq (CEPEA), no início de 2025, a expectativa era de que a safra de batata iniciasse com maior área plantada, registrando crescimento de 3% em relação ao ciclo anterior.  

O cenário foi favorecido pela boa demanda da indústria de batata palito e pelo atendimento do mercado de mesa. O clima também contribuiu positivamente para o desenvolvimento inicial das lavouras, o que resultou em uma oferta mais robusta na safra das águas. 

Mesmo com desafios relacionados à comercialização, o panorama aponta para um cultivo de batata consistente, com maior disponibilidade de produto e boas perspectivas de mercado no médio prazo. 

Tomate 

A safra de tomate 2025 começou em um cenário de ajustes no mercado. Após a elevada produtividade de 2024, favorecida pelo clima e pelos ganhos tecnológicos, a expectativa é de menor investimento no segmento de mesa em função dos preços baixos no segundo semestre passado.  

Mesmo assim, o início da colheita do tomate na temporada de verão 2024/25 manteve bons níveis de produção, garantindo oferta elevada, o que reforça a importância do equilíbrio entre clima e demanda. Para a indústria, o momento é de estabilidade, mas com possibilidade de ampliação de área durante a safra, caso a demanda se confirme no decorrer do ano. 

Uva

A safra de uva em 2025 aponta para movimentos distintos entre as regiões produtoras. Enquanto o Vale do São Francisco (PE/BA) mantém expansão de área, as regiões Sul e Sudeste enfrentam custos elevados e menor investimento. 

Já no mercado externo, o desempenho tem sido bastante favorável. As exportações brasileiras de uva cresceram significativamente no primeiro semestre de 2025, totalizando 10,36 mil toneladas (mais 108% frente ao mesmo período de 2024) e gerando receita de US$ 26,5 milhões (alta de 78%). 

Quais são as pragas do hortifrúti que interferem em qualidade e em produtividade?

Mosca-branca, uma das pragas do hortifrúti.

Mosca-branca, uma das principais pragas do hortifrúti. Fonte: Mais Agro, 2021.

O manejo de pragas é um dos principais desafios para a produção de batata, tomate e uva, já que esses cultivos estão sujeitos a insetos e ácaros.  

Conhecer as características das pragas do hortifrúti mais comuns nas culturas dea batata, tomate e uva e como elas afetam cada cultura é essencial para adotar estratégias de controle eficazes e garantir frutos mais saudáveis e competitivos no mercado. 

Praga 

Características 

Cultura afetada 

Como afeta 

Mosca-branca (Bemisia tabaci) 

Suga a seiva das plantas, injeta toxinas, transmite vírus e favorece a formação de fumagina 

Batata, Tomate, Uva 

Enfraquecimento das plantas, disseminação de viroses e redução da qualidade dos frutos 

Ácaro-rajado (Tetranychus urticae) 

Se alimenta principalmente do tecido das folhas, provocando o escurecimento e o secamento das folhas 

Batata, Tomate, Uva 

Reduz o vigor da planta e compromete a produção de frutos e tubérculos pela queda das folhas 

Traça-da-batatinha (Phthorimaea operculella) 

Ataca folhas, hastes e tubérculos, criando galerias 

Batata 

Compromete folhas e tubérculos, reduzindo qualidade e produtividade 

Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) 

Ataca todas as partes aéreas da planta, especialmente folhas e frutos 

Tomate 

Danifica frutos e folhas, podendo inviabilizar a colheita 

Traça-dos-cachos (Cryptoblabes gnidiella) 

Ataca folhas, flores e cachos 

Uva 

Compromete cachos e flores, prejudicando a qualidade dos frutos 

Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis) 

Abre minas e galerias nas folhas, causa secamento e tem alta capacidade reprodutiva 

Batata 

Danifica folhas e reduz a capacidade fotossintética da planta 

Broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantalis) 

Deposita ovos em frutos prematuros, ainda verdes 

Tomate 

Afeta diretamente os frutos antes da maturação, reduzindo qualidade e aproveitamento comercial 

Como realizar o manejo de pragas do hortifrúti? 

Recomenda-se que o manejo de pragas no hortifrúti seja feito de maneira integrada, unindo práticas preventivas, monitoramento constante e diferentes formas de controle. Essa abordagem de manejo de pragas do  hortifrúti contribui para uma maior produtividade, menor perda de qualidade dos alimentos e mais segurança para o consumidor final.

1. Prevenção

  • Escolha de variedades resistentes: sempre que possível, opte por cultivares adaptadas à região e mais tolerantes a pragas. 
  • Condições de cultivo adequadas: mantenha irrigação e adubação equilibradas, evitando excesso de umidade ou deficiência de nutrientes, o que pode deixar as plantas mais vulneráveis. 
  • Manejo cultural: rotação de culturas, consórcios e controle de plantas daninhas ajudam a reduzir focos de infestação. 
  • Plantas repelentes e armadilhas naturais: uso de espécies, como citronela ou hortelã, para afastar insetos. 

2. Monitoramento

  • Inspeções frequentes: observar folhas, caules e frutos para detectar sinais de pragas no início da infestação. 
  • Amostragem padronizada: definir pontos de avaliação na lavoura para acompanhar a população de pragas. 
  • Uso de armadilhas: adesivas ou com feromônios para monitorar a presença de insetos, como a mosca-branca e a mosca-minadora. 

3. Controle

  • Controle biológico: uso de bioinsumos para hortifrúti com inimigos naturais (joaninhas, crisopídeos, parasitoides) e microrganismos benéficos(fungos entomopatogênicos, vírus e bactérias benéficas). 
  • Controle químico: uso criterioso de inseticidas registrados, respeitando: 
  • Rotação de mecanismos de ação. 
  • Seleção de produtos de alta tecnologia, com amplo espectro e menor impacto ambiental. 
  • Período de carência, para que os alimentos estejam livres de resíduos no momento da colheita. 

Por que o período de carência é fundamental para o controle de pragas do hortifrúti? 

 O período de carência, ou intervalo de segurança, diz respeito à distância entre a última aplicação para controle de pragas do hortifrúti e a colheita, para que os alimentos possam ser consumidos. 

Cada inseticida apresenta um período de carência distinto, de maneira que aqueles que exigem um intervalo maior podem dificultar o manejo para o produtor, uma vez que sua aplicação deverá ser realizada bem antes da colheita, para que o produto final não contenha resíduos. 

Por isso, uma solução com tecnologia inseticida para o controle de um amplo espectro de pragas e com intervalo de segurança curto é a melhor estratégia para o manejo de pragas no hortifrúti.

Solução amplo espectro para o controle de pragas do hortifrúti

O controle das diversas pragas do hortifrúti nas principais culturas de importância pode ser feito com a eficiência necessária por meio de MINECTO® Pro. O inseticida oferece um novo patamar de performance ao hortifruticultor, pelas seguintes características: aplicação multicultura; controle de amplo espectro e manejo antirresistência. 

MINECTO® Pro alcança resultados superiores por conta da sinergia entre duas moléculas com modos de ação diferentes, pois sua composição conta com ciantraniliprole e abamectina, ativos extremamente eficientes no controle de diferentes pragas. No vídeo a seguir, é possível entender um pouco mais sobre essa tecnologia em relação às pragas destacadas anteriormente neste artigo:

O inseticida foliar apresenta ainda um período de carência que é o sonho de todo hortifruticultor, possibilitando o controle de todas as pragas do hortifrúti poucos dias antes da colheita.

Qual o período de carência de Minecto® Pro?

Por ser multicultura, MINECTO® Pro tem intervalos de segurança diversos para cada cultivo. Considerando os produtos de destaque atualmente na hortifruticultura brasileira, têm-se as seguintes recomendações:

  • Batata: período de carência de 14 dias entre a aplicação de MINECTO® Pro e a colheita. 
  • Maçã: 14 dias. 
  • Melão: 7 dias. 
  • Pepino: 3 dias. 
  • Pimentão: 3 dias. 
  • Tomate: 3 dias. 
  • Uva: 14 dias. 

Com MINECTO® Pro, o agricultor tem o que precisa para um controle único de diversas pragas, com superioridade, rapidez e otimização, protegendo a qualidade dos cultivos até o final do ciclo. 

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas. 

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