Fase demanda atenção de produtores contra pragas e doenças nas lavouras
Até o momento atual, a maioria das regiões do país contou um volume considerável de chuvas, o que afastou preocupações quanto ao desenvolvimento das lavouras. Porém, o alerta acendeu para pragas e doenças.
Por conta disso, o foco do produtor recai sobre a preservação da qualidade dos grãos, resguardando a boa produtividade.
A Mancha de Phoma é comumente registrada nas regiões mais altas e com temperaturas amenas. Já a Ferrugem, Bicho-Mineiro e a Cercóspora, geralmente atacam nas regiões mais baixas. Essas pragas e doenças precisam ser tratadas neste período.
Bicho-mineiro em planta
Segundo Felipe Ruela, Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta, a região do Sul de Minas tem observado um aumento da incidência de Phoma, ainda em estágio inicial nas primeiras folhas, muito por conta da frequência mais alta de chuvas.
Ferrugem no café
Já em relação às áreas afetadas pelo Bicho-Mineiro, os registros caíram, mesmo com as temperaturas mais elevadas em determinados períodos desta temporada.
No entanto, essa safra tem deixado claro que as características de cada região apontam para prioridade de estratégias preventivas durante a pré-colheita.
A temporada de pré-colheita e as prioridades do cafeicultor
A fase da pré-colheita, bem como outras fases do cafeeiro, demanda manejos e cuidados que podem impactar diretamente na produtividade. O tratamento de pragas e doenças, independente da variedade, faz-se essencial nesse período. Nessa etapa, o surgimento de fungos, por exemplo, causadores da Cercosporiose e Mancha de Phoma, podem comprometer toda produção do cafeeiro.
Mancha-de-phoma
Essa é também a etapa de arruação, que proporciona a limpeza adequada nas ruas dos cafezais, colaborando para uma lavoura livre de plantas invasoras, e fomentando ainda o controle de plantas daninhas. Todos esses cuidados, somados às aplicações ideais, formam um manejo que ajuda na nutrição e desenvolvimento saudável das lavouras.
A fase de pré-colheita requer atenção especial e cuidados específicos para garantir uma colheita bem-sucedida, uma vez que um manejo adequado nesta etapa vai auxiliar no aumento da produtividade da próxima safra também.
Qual o manejo ideal dessa fase?
Essa é uma pergunta importante que precisa ser respondida de forma rápida nessa reta final de temporada, com a colheita batendo às portas. Principalmente considerando que pragas e doenças impactam na produtividade em campo.
Nessa temporada, uma das principais atenções tem sido no manejo para o controle preventivo dessas pragas e doenças.
Lavoura em Boa Esperança – MG – Alysson Fagundes (Procafé)
O Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta, Luís Gustavo Monteiro, destaca que a atenção especial desse manejo, principalmente para o Sul de Minas, nesta temporada, deve ser para o controle da Phoma. O fungo que infecta rapidamente as plantas, causa desfolha e seca dos ponteiros. Gustavo pontua a necessidade de pulverização preventiva nesse momento, principalmente por conta das condições climáticas.
“Quando ocorrem condições mais desafiadoras, com uma predisposição maior para a Phoma, que é um fungo mais agressivo, você pode utilizar defensivos para mitigar eventuais estresses durante a colheita. Isso ajudará bastante a fechar as portas para doenças muito agressivas ou oportunistas”, explica Luís.
Outro manejo essencial é o controle ao Bicho-mineiro e a Broca-do-café, já que o estrago de ambas as pragas pode ser enorme. Alysson Fagundes, pesquisador da Fundação Procafé, enfatiza a importância de proteger as plantas contra essas pragas, sugerindo o uso de produtos sistêmicos para prevenção. “Nesse caso, é necessário um tratamento que seja curativo e não apenas preventivo, para garantir sua eficácia”, explicou Alysson.
Assim, pensar em um cenário preventivo deve ser um dos focos do produtor nessa fase. Por isso, o manejo fitossanitário surge de forma indispensável, proporcionando um controle mais amplo para diversas doenças e pragas que podem atacar o cafeeiro nesse período.
Outro ponto atrativo, em termos de rentabilidade e promoção de uma cafeicultura mais sustentável, são as boas práticas ambientais nessa fase dentro da lavoura. O investimento em técnicas de manejo responsável, na implementação de medidas preventivas não só significam mais proteção para as lavouras contra as ameaças atuais, mas também o fortalecimento e a resiliência do setor.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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