Com estimativa de aumento da produção de café em comparação à safra anterior, a safra 2022/23 promete bons resultados aos produtores. No entanto, para que esses resultados de fato se concretizem, além das condições climáticas ideais, é importante que o manejo pré-colheita seja realizado a fim de proteger os frutos já prontos da safra atual, bem como os ramos produtivos que serão responsáveis pela produção da safra seguinte.

Além dos cuidados envolvidos durante todo o ciclo da cultura, a etapa que antecede a colheita, denominada pré-colheita, é fundamental para bons resultados, isso porque, mesmo que a lavoura seja bem manejada nas fases anteriores, se os cuidados essenciais na etapa final não forem tomados, a qualidade do café poderá ser prejudicada.

A fase de pré-colheita do café é um ponto crítico e deve ser manejada de forma assertiva, mantendo a cultura protegida de potenciais pragas e doenças que podem não só prejudicar a produção na safra vigente, mas também em safras futuras. As principais doenças que ocorrem no cafezal e podem afetar o desempenho da cultura nos anos seguintes, incluem:

  • ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix);
  • mancha-olho-pardo ou cercosporiose (Cercospora coffeicola);
  • mancha-de-ascochyta (Ascochyta coffeae);
  • mancha-de-phoma (Phoma spp.).

Dessas, a mancha-de-phoma é uma das mais importantes, visto que pode, além de causar interferências na produção do ano vigente – reduzindo-a em até 50% – também prejudica as plantas de café na próxima safra.

O que é a pré-colheita do café e como este momento impacta na rentabilidade do cafeicultor?

A pré-colheita do café é o momento que antecede a operação de colheita e, assim como as demais, deve ser pensada e planejada nos mínimos detalhes. Dentro da escala fenológica, a pré-colheita envolve a fase final de enchimento de frutos, até a maturidade fisiológica, períodos que antecedem a colheita.

Nessa etapa é importante que os produtores planejem a colheita, a arruação (limpeza da área abaixo das plantas), a mão-de-obra necessária, o terreiro, o manejo no terreiro, as tulhas, o beneficiamento e a comercialização.

Além disso, essa fase crucial do cafezal define a rentabilidade do cafeicultor, uma vez que fungos que causam a cercosporiose e a mancha-de-phoma podem estar atacando neste momento e reduzindo consideravelmente tanto a qualidade quanto a produtividade dos talhões atacados.

Mancha-de-phoma: um grande problema, de tamanho microscópico

Os fungos do gênero Phoma spp., responsáveis pela mancha-de-phoma, afetam o cafezal especialmente na fase de florescimento e no final da formação dos frutos. Os sintomas observados no cafezal incluem:

  • deformações em folhas jovens e lesões em folhas expandidas;
  • formação anormal de flores e frutos, que permanecem de tamanho reduzido;
  • morte de ramos, reduzindo as áreas de produção das safras atual e próxima;
  • mumificação de frutos novos, em fase de “chumbinho”;
  • redução do número de frutos por roseta;
  • lesões no caule de plantas jovens.

mancha-de-phoma

Sintomas da mancha-de-phoma na folha do cafeeiro.

Fonte: Mais Agro, Syngenta.

Todos esses sintomas afetam, por fim, a qualidade dos frutos do café e, por consequência, a bebida produzida.

Condições ambientais favoráveis, especialmente em áreas de produção de café de altitude entre 800 e 1000 metros, como temperaturas abaixo de 22ºC, alta umidade relativa do ar, ventos frios e chuvas finas, principalmente entre os meses de setembro e outubro, favorecem o aparecimento da doença e merecem atenção redobrada, inclusive com acompanhamento das previsões climáticas, para planejamento de aplicações preventivas.

Vale ressaltar, ainda, que indica-se controle já no final do período das águas, na fase de pré-colheita, que corresponde ao mês de abril nessas regiões, especialmente para conter o inóculo já presente na área e evitar problemas na safra futura. A aplicação de fungicidas deve, no entanto, respeitar o período de carência para a colheita.

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Como proteger o cafezal das doenças na pré-colheita de café?

Normalmente áreas com histórico de incidência de doenças na pré-colheita sempre demonstram esse problema uma vez que os tipos de fungos, responsáveis por elas, conseguem sobreviver nos restos culturais e/ou desenvolver estruturas de resistência capazes de resistir às intempéries climáticas, permanecendo viáveis por diversas safras. Assim sendo, havendo condições climáticas favoráveis e, associado à presença do hospedeiro suscetível, a doença evolui rapidamente, gerando grandes prejuízos ao cafeicultor.

Por isso, no caso de manejo pré-colheita de café, o uso de fungicidas é uma prática rotineira e de extrema importância para conservar a qualidade dos frutos que estão em formação e em enchimento final, protegendo-os do ataque de fungos.

Após o início dos sintomas em uma parte da planta, o fungo já estará presente em outros pontos, sem que os sintomas tenham sido expressos, período conhecido como latente. Por isso, essa proteção é fundamental.

Priori Top®: pré-colheita protegida, qualidade garantida

Baseado no manejo preventivo, Priori Top® é indicado para ser aplicado em áreas de histórico da doença e em condições ambientais favoráveis, ou assim que os primeiros sintomas forem visualizados no cafezal. É importante lembrar que, o quanto antes a doença for combatida, evitando a sua disseminação, menores serão os potenciais danos (podendo inclusive esses serem evitados).

Vale ressaltar ainda que Priori Top® é indicado para o controle de doenças no cafezal na pré e pós-florada, para proteção das flores e chumbinhos e na pré-colheita, para proteção dos frutos.

A seguir, conheça os principais benefícios de Priori Top® para a proteção da lavoura de café na fase de pré-colheita:

  • amplo espectro: alta eficiência no controle de Phoma spp.;
  • flexibilidade: pode ser usado em diferentes estádios da lavoura;
  • potência: combina dois ingredientes ativos do grupo químico dos triazóis (difenoconazol, com mecanismo de inibição da síntese de ergosterol – G1), e do grupo químico das estrobilurinas (azoxistrobina, com mecanismo de ação na inibição da respiração – C3) que potencializam o controle com residual prolongado.

Em condições ambientais favoráveis, deve-se ficar atento à necessidade de reaplicações, que podem ser realizadas a depender do produto (vide indicação da bula), após 14 dias. É recomendado ainda evitar espaçamentos muito longos entre as aplicações, visto que isso favorece o aumento da população do fungo remanescente na área.

 

No vídeo a seguir, nosso especialista fala da importância do tratamento pré-colheita e da flexibilidade de uso de Priori Top® para o manejo da mancha-de-phoma na cultura do café.

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