Atualizado em 14/05/2024.
Safra após safra, a soja brasileira oscila em posição de liderança global, com o Brasil disputando contra os Estados Unidos o posto de maior produtor e exportador de soja do mundo.
A cadeia produtiva da soja é de suma importância para a economia do país, pois, somente em 2023, contribuiu com mais de 40% do total das exportações brasileiras do agronegócio.
Contudo, a produção desse grão é constantemente ameaçada pelo crescimento de diversos desafios. Existe um Inimigo Oculto que não pode ser negligenciado, devido a seu alto potencial destrutivo e capacidade de permanência nos ambientes produtivos do Brasil.
Os nematoides se apresentam como um adversário que, de forma silenciosa, mitigam o alcance de melhores tetos produtivos para a cultura da soja. A gravidade dessa problemática para a agricultura do país está resumida no infográfico abaixo:
Esse estudo pioneiro, realizado pela Syngenta em parceria com a Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia, evidenciou que os prejuízos ocasionados pelos nematoides na agricultura podem ultrapassar R$ 873 bilhões de reais até 2031.
São mais de R$ 27 bilhões acumulados em prejuízos apenas para a cultura da soja, representando que, a cada dez safras, uma safra inteira é perdida para os nematoides. Portanto, compreender a biologia e a dinâmica de ocorrência desses vermes é de suma importância para a manutenção da produtividade das lavouras de soja no Brasil.
Portanto, é fundamental saber identificar as espécies de nematoides que impactam a cultura e avaliar os prejuízos que ocasionam. Dessa forma, se torna mais factível dominar as técnicas de manejo, para minimizar os danos causados por esses parasitas e assegurar a produtividade da soja no Brasil.
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Por que nematoides são considerados o Inimigo Oculto da soja?
Os nematoides podem ser encontrados em todas as regiões produtoras do Brasil e são chamados de Inimigo Oculto, pois são capazes de causar enormes prejuízos à produção, mesmo que sua presença e danos não possam ser imediatamente percebidos.
Isso se deve ao fato de que os nematoides não podem ser vistos a olho nu, ou seja, quando os sintomas começam a ser perceptíveis – na maioria das vezes demonstrados em reboleiras – os danos já atingiram níveis elevados para o desenvolvimento da cultura. A foto abaixo denuncia a presença de nematoides em uma lavoura de soja:
Um dos cultivos mais prejudicados é a soja, a cultura de maior importância econômica para o país e, se tratando de abordagem de controle é preciso considerar que é possível apenas reduzir os níveis de dano econômico causados pela presença desses vermes nas áreas produtivas, por meio do manejo de suas populações.
Por isso, a adoção de medidas de manejo integrado é vital, pois tem o objetivo de possibilitar o estabelecimento de um controle eficiente e uma convivência, com o menor nível possível de prejuízos dos nematoides para cadeia produtiva, tão estratégica para o país.
Mas, para que isso seja possível, é preciso conhecer quais as principais espécies de nematoides que atacam a cultura da soja.
Quais são as principais espécies de nematoides que mais afetam a cultura da soja no Brasil?
Só para a cultura da soja, já foram identificadas mais de 100 espécies de nematoides que atacam as raízes, além de algumas espécies que atacam a parte aérea e que também podem se tornar uma preocupação para o sojicultor brasileiro.
Dentre as principais espécies com as quais o produtor deve se atentar, especialmente por estarem tão amplamente distribuídas pelas regiões produtoras do país, estão:
Nematoide-das-galhas (Meloidogyne spp.)
Os danos causados pelos nematoides do gênero Meloidogyne são caracterizados pelo crescimento atípico das células vegetais, resultando em hiperplasia celular que forma galhas de variados tamanhos nas raízes, sintomas pelos quais esse nematoide é conhecido e que afetam seriamente o desenvolvimento das plantas.
Geralmente visíveis em reboleiras com plantas amarelecidas e atrofiadas, esses ataques comprometem a absorção de água e nutrientes, levando ao nanismo e ao murchamento das plantas. As fêmeas do nematoide ovipositam dentro dessas galhas e, após a eclosão, as formas jovens continuam a atacar as raízes, exacerbando os danos ao sistema radicular.
Nematoide-das-lesões (Pratylenchus spp.)
As fêmeas dos nematoides do gênero Pratylenchus spp. depositam os ovos no solo e causam lesões radiculares ao liberarem toxinas no córtex das raízes, fato que o torna conhecido como nematoide-das-lesões. Esse processo não só prejudica a absorção de nutrientes, mas também deixa as plantas vulneráveis a infecções por fungos e bactérias, resultando em necroses e podridões.
Esse nematoide é polífago e tem um grande impacto econômico na agricultura brasileira, afetando quase todas as plantas cultivadas em todas as regiões produtoras do país, comprometendo significativamente a produtividade das lavouras.
Nematoide do cisto da soja (Heterodera glycines)
O nematoide do cisto da soja infesta o sistema radicular das plantas, onde as fêmeas, inicialmente de coloração branca, se tornam amarelas e, após morrerem, se transformam em cistos de cor marrom escura que armazenam os ovos.
Esse nematoide é reconhecido por reduzir as raízes e a nodulação das plantas de soja, causando sintomas visíveis como baixo crescimento, clorose, nanismo e amarelecimento das folhas. Os cistos permanecem nas áreas produtoras por longos períodos, mesmo sob condições desfavoráveis, destacando-se no Brasil pela sua preferência pela soja como hospedeira.
Os danos causados incluem deficiências nutricionais severas que afetam a absorção de nutrientes e água, podendo eventualmente levar as plantas à morte.
Nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis)
Esta espécie de nematoide está se tornando cada vez mais prevalente nas lavouras de soja do Brasil, elevando sua gravidade para a cultura nos últimos anos.
O sintoma característico do ataque desse nematoide é a chamada folha carijó, uma espécie de necrose entre as nervuras das folhas, que pode ser confundida com fitotoxicidade, levando a erros de diagnóstico no campo.
Além disso, esse nematoide causa uma expressiva desuniformidade nas plantas e a redução das radicelas devido ao parasitismo estabelecido, o que pode fazer as áreas afetadas parecerem sofrer de problemas de deficiência nutricional ou de compactação do solo.
Nematoide-da-haste-verde (Aphelenchoides besseyi)
Essa espécie de nematoide está se tornando cada vez mais frequente nas lavouras de soja, podendo causar perdas de até 100% do rendimento nas áreas mais atacadas.
O nematoide ataca a parte aérea da cultura, resultando na condição conhecida como haste verde e provocando a retenção foliar. Além disso, tem a capacidade de se multiplicar rapidamente e pode se desenvolver no solo mesmo na ausência de plantas hospedeiras.
Quais práticas de manejo o sojicultor deve adotar para combater os nematoides?
O sojicultor brasileiro precisa partir do princípio de que a solução passa pela implementação de estratégias de manejo que, unificadas, compõem o Manejo Integrado de Nematoides. Nesse sentido, as principais estratégias de manejo incluem:
Assepsia nas áreas produtivas
É preciso zelar pela limpeza de máquinas, implementos e ferramentas utilizadas na lavoura, para prevenir ou mitigar a disseminação dos nematoides de áreas contaminadas para novas áreas produtivas, ainda não infestadas.
Plantio de variedades resistentes
Uma das estratégias mais eficazes para reduzir os níveis populacionais de nematoides é justamente o plantio de variedades resistentes, ou seja, que são menos sensíveis à presença desse verme nas áreas produtivas. Já são amplamente conhecidas e utilizadas variedades resistentes aos nematoides dos gêneros Meloidogyne e Heterodera.
Rotação de culturas
A rotação de culturas é recomendada principalmente se for possível de ser feita com culturas não hospedeiras dos nematoides dos gêneros citados anteriormente, como é o caso da Crotalaria spectabilis, uma leguminosa plantada como planta de cobertura que, além de agregar para a construção da fertilidade do solo, auxilia no combate a esses vermes.
Monitoramento das lavouras
A utilização de monitoramento via satélite emerge como uma técnica promissora para detectar anomalias no desenvolvimento das plantas que podem passar despercebidas visualmente. Essas informações podem direcionar uma coleta de amostras de solo mais específica, permitindo análises de identificação e quantificação mais acuradas.
É nisso que se baseia a Operação Inimigo Oculto – uma iniciativa pioneira, conduzida pela Syngenta em parceria com a Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia –, que inclui a coleta de imagens e o monitoramento de zonas identificadas como críticas, visando orientar melhor os pontos de coleta de solo para análises, com base no histórico de cada região.
Para conhecer essa iniciativa, basta clicar e explorar o mapa interativo. O infográfico abaixo ilustra a frequência de ocorrência dos nematoides na cultura da soja, sem especificar os gêneros e englobando todo o território brasileiro:
Tratamento de Sementes
O Tratamento de sementes com nematicidas é um método de controle químico essencial para reduzir a população de nematoides a longo prazo. O tratamento das sementes de soja com nematicidas deve ser realizado em todos os plantios, para agregar constância ao controle, devido à permanência prolongada desses vermes no solo.
Do Cerrado ao Sul: o exemplo da evolução na adoção do Tratamento de Sementes Industrial com nematicidas
O Tratamento de Sementes (TS) desponta como um aliado do sojicultor. Optar por um TS completo garante não apenas a defesa da semente, mas também o estabelecimento uniforme da lavoura e um início de desenvolvimento mais robusto, fatores que são essenciais para garantir a produtividade final da cultura.
A exemplo disso, na região Sul do Brasil, os sojicultores têm enfrentado desafios cada vez maiores nas últimas safras. Instabilidades climáticas, pragas, doenças e nematoides são fontes crescentes de preocupação.
No que concerne aos nematoides, há ênfase para a ocorrência do nematoide-das-galhas e o nematoide-das-lesões. Nesse contexto desafiador, o Tratamento de Sementes Industrial (TSI) surgiu como uma solução ainda mais eficaz.
Dados do Instituto Seedcare destacam a superioridade do TSI sobre o tratamento feito na fazenda, especialmente em termos de uniformidade na aplicação dos produtos. Os produtores da região Sul são os principais usuários desse tipo de tratamento no país.
Além disso, o TSI encontra-se em plena expansão para demais regiões produtoras do país, como o Cerrado, representado pelo Estado do Mato Grosso do Sul na adoção dessa tecnologia. O vídeo abaixo ilustra esse contexto da adoção de nematicidas no TSI de soja:
Tais práticas evidenciam que é possível controlar as populações de nematoides de modo a minimizar perdas substanciais que podem afetar a produtividade da cultura. Naturalmente, isso requer a adoção de um manejo integrado constante ao longo dos anos, visando manter as populações desses parasitas em níveis não economicamente danosos. Para isso, é preciso contar com as melhores ferramentas do portfólio Syngenta.
Conheça as soluções de nematicidas Syngenta para o TSI de soja
AVICTA® Completo: tripla proteção para a lavoura desde o início
AVICTA® Completo destaca-se como o único Tratamento de Sementes Industrial (TSI) para o cultivo de soja que oferece uma proteção 3-em-1 contra pragas, doenças e nematoides.
Esta oferta abrange cinco moléculas presentes em AVICTA® 500 FS, CRUISER® 350 FS e MAXIM® Advanced, que entregam efeito por contato e ingestão para um controle abrangente, particularmente eficaz contra os nematoides nas raízes.
AVICTA® 500 FS é um nematicida e inseticida sistêmico composto por abamectina, eficaz contra o nematoide-das-lesões.
CRUISER®, por sua vez, é um inseticida sistêmico neonicotinoide (tiametoxam), que se transloca rapidamente na planta de soja, protegendo-a contra pragas iniciais. Além disso, tem um efeito bioativador que reforça a robustez do vegetal.
MAXIM® Advanced, um fungicida sistêmico desenvolvido especificamente para TSI, contém três ingredientes ativos que combatem efetivamente os principais fungos de solo que atacam as sementes.
Utilizado no TSI de soja, AVICTA® Completo protege a planta desde sua emergência, momento crucial para o estabelecimento do estande, e impacta diretamente o número de plantas por área, o componente principal da produtividade.
FORTENZA® Elite: a fortaleza da produtividade
FORTENZA® Elite é uma solução completa e inovadora para o controle de nematoides, pragas e doenças na cultura da soja, reconhecida por sua performance superior.
Essa solução para o TSI combina até seis ingredientes ativos, proporcionando um amplo espectro de controle por meio de ação sistêmica, de contato e de ingestão, garantindo máxima eficiência e proteção durante os estágios iniciais da soja.
A formulação de FORTENZA® Elite reúne quatro soluções sinérgicas: FORTENZA® , CRUISER®, AVICTA® e MAXIM® Advanced que, juntas, oferecem uma proteção robusta desde o início do cultivo.
FORTENZA® é um inseticida sistêmico de contato e ingestão, composto por ciantraniliprole, que combate as principais pragas iniciais que atacam a soja. Já as outras moléculas dessa composição foram detalhadas anteriormente.
Esse produto é ideal para o TSI, eliminando preocupações com incompatibilidade, pois todos os componentes são oferecidos em uma única solução. A combinação de dois inseticidas, um nematicida e um fungicida proporciona uma proteção abrangente e eficaz desde o início do cultivo.
Como vimos, a cada safra, as perdas decorrentes da incidência de nematoides na cultura da soja são expressivas e destacam a necessidade de implementação de práticas de manejo integrado para manter a viabilidade econômica desse cultivo no Brasil.
A magnitude desse desafio exige um manejo integrado eficaz, que inclui práticas agronômicas como assepsia das lavouras, tratamento de sementes, uso de cultivares resistentes, rotação de culturas e monitoramento constante.
Essas práticas devem ser complementadas com as melhores ferramentas de controle químico do mercado, como as disponibilizadas pelo portfólio de Seedcare da Syngenta.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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