Ao longo dos anos, o cultivo do milho segunda safra tem se mostrado um componente vital do agronegócio nacional, refletindo não apenas o dinamismo do setor mas também sua capacidade de adaptação e inovação.

A expansão da área plantada e o aumento da produção são testemunhos do avanço tecnológico e da gestão agrícola aprimorada, demonstrando uma tendência de crescimento e fortalecimento da cultura no cenário nacional e internacional.

Dados de área plantada e produção de milho safrinha de 1990/91 a 2022/23
Dados de área plantada e produção de milho safrinha de 1990/91 a 2022/23. Fonte: Portal de Informações Agropecuárias – Conab.

No entanto, esses dados positivos não atenuam os desafios. Novos híbridos com tolerância ao enfezamento têm sido introduzidos no mercado por grande parte das empresas de sementes, por outro lado, tais materiais normalmente apresentam uma maior susceptibilidade às manchas, transformando o manejo fitossanitário em um componente crítico da produção.

Nos últimos anos, houve uma mudança no perfil das doenças que afetam a cultura. Dentre as manchas foliares, helmintosporiose e bipolaris têm se tornado mais relevantes, evidenciando a necessidade de um conhecimento profundo sobre a dinâmica das doenças no campo.

A correta diagnose das manchas foliares é vital para estabelecer estratégias de manejo fitopatológico que sejam eficazes, assegurando a produtividade do milho segunda safra frente a esses desafios.

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Manchas foliares no milho: atenção para helmintosporiose e bipolaris

A helmintosporiose e a mancha de bipolaris são muitas vezes confundidas, seja pela mudança da nomenclatura utilizada ao longo dos anos ou pela similaridade dos sintomas. Anteriormente, o gênero Helminthosporium englobava as espécies H. turcicum e H. maydis, entretanto, essas espécies foram reclassificadas:

  • H. turcicum hoje é denominada Exserohilum turcicum e é causadora da helmintosporiose, também chamada de HT ou mancha de turcicum;
  • H. maydis é atualmente classificada como Bipolaris maydis e causa a doença mancha de bipolaris.

A helmintosporiose caracteriza-se por lesões necróticas elípticas nas folhas, que podem variar de 2,5 a 15 cm de comprimento e apresentam uma coloração palha.

Essas lesões começam geralmente nas folhas mais velhas e podem progredir até a queima total do tecido foliar em ataques severos, comprometendo drasticamente a capacidade fotossintética da planta e, consequentemente, a sua produtividade.

A doença é mais severa se ocorrer antes da floração, podendo causar perdas de 50% em condições ambientais propícias e em variedades de milho suscetíveis.

As condições climáticas brasileiras, com alternância entre chuvas intensas e calor, favorecem o desenvolvimento da helmintosporiose. A umidade relativa alta e temperaturas entre 18 e 27 °C criam o ambiente ideal para a proliferação do fungo, enquanto a dispersão dos conídios é facilitada pelo vento, especialmente após chuvas, quando há alta umidade ou orvalho.

A mancha de bipolaris também é uma doença fúngica que afeta o milho, com maior severidade nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Existem duas espécies principais do patógeno: Bipolaris maydis, com raças “O” e “T”, e Bipolaris zeicola, com raças 1 e 3.

A raça “O” de B. maydis gera lesões alongadas, delimitadas pelas nervuras e com margens castanhas, enquanto a raça “T” produz lesões elípticas maiores com halo clorótico, que podem ocorrer também em outras partes, como a espiga.

B. zeicola raça 1 provoca lesões circulares de cor palha com anéis concêntricos e a raça 3, lesões estreitas e castanho-claras.

As condições ideais para o desenvolvimento dessas doenças são temperaturas entre 22 °C e 30 °C e alta umidade. A sobrevivência e a disseminação do patógeno ocorrem por meio de restos de cultura infectados e dispersão de conídios por vento e chuva.

Na imagem abaixo, é possível os identificar os principais aspectos da helmintosporiose e da mancha de bipolaris:

Sintomas e incidência de helmintosporiose e bipolaris no milho
Sintomas e incidência de helmintosporiose e bipolaris no milho. Fotos: Embrapa, 2014; 2013. Elaboração: Mais Agro.

Controle de helmintosporiose e bipolaris no milho

Para um manejo das doenças foliares mais preciso e embasado, a quantificação da severidade é essencial.

Nesse sentido, estratégias como o uso de escalas diagramáticas – como a proposta para avaliação da helmintosporiose, representada abaixo – proporcionam uma ferramenta visual e prática para avaliar os níveis de severidade da doença nas folhas, permitindo assim uma resposta mais eficiente e direcionada dos produtores.

escala diagramática para avaliação de severidade de helmintosporiose em milho
Fonte: Lazaroto et al., 2012.

Além disso, a adesão a práticas de manejo integrado, combinando o uso de híbridos resistentes, rotação de culturas, atenção à janela de plantio, adubação adequada, monitoramento constante das condições climáticas e da severidade da doença e a utilização racional de fungicidas, constitui a base para o controle efetivo de doenças foliares no milho, assegurando a viabilidade econômica da cultura.

Escolha o caminho sem manchas

PRIORI TOP® é um fungicida eficiente no controle e superior nos resultados, composto por dois ingredientes ativos complementares: azoxistrobina e difenoconazole.

PRIORI TOP® protege as folhas por inteiro em razão da absorção e da translocação otimizada de seus dois ativos, proporcionando eficiência superior contra todas as doenças do milho, com destaque para manchas, devido ao efeito preventivo e amplo espectro de ação da azoxistrobina combinado ao poder curativo do difenoconazole, um triazol sistêmico especialista no controle de manchas.

Além de alta eficiência e amplo espectro, PRIORI TOP® também favorece efeitos fisiológicos benéficos às plantas em função das propriedades da azoxistrobina, potencializando incrementos em produtividade e qualidade do produto final.

Escolha o caminho sem manchas, escolha PRIORI TOP® para um manejo superior nos resultados.

Simples para o produtor, poderoso contra as doenças

MIRAVIS® Duo é um novo fungicida para milho que se destaca pela inovação. Ele combina dois ingredientes ativos: a nova molécula ADEPIDYN® technology, que pertence ao inédito grupo químico das N-metoxy-pirazol-carboxamidas, e o difenoconazol, conhecido por seu efeito sistêmico na proteção contra fungos.

MIRAVIS® Duo atua por meio de dois modos de ação distintos: a inibição da succinato desidrogenase, interferindo na respiração dos fungos, e a inibição da biossíntese de ergosterol, essencial para a manutenção da membrana celular dos fungos.

Esse duplo mecanismo proporciona um controle preventivo e curativo, impedindo não só a penetração dos patógenos nos tecidos das plantas, mas também a progressão e a disseminação da doença em indivíduos já infectados.

Com amplo espectro de ação em mais de 40 patógenos, MIRAVIS® Duo proporciona ainda um longo residual e rápida absorção pela planta, o que significa proteção prolongada mesmo em condições de chuva. Ou seja: simplesmente poderoso.

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