As pragas sugadoras são grandes preocupações para quem cultiva milho, porque, além de comprometer a produtividade ao sugar a seiva nutritiva das plantas, o controle pode se tornar difícil ao atingir altas populações. Outro fator de destaque em relação à presença desses insetos é que, ao introduzir os estiletes bucais, injetam toxinas nas plantas e podem transmitir patógenos que causam graves doenças na cultura.

O percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus), por exemplo, ataca as plantas recém-emergidas na base do caule, o que pode provocar alterações fisiológicas ao injetar toxinas nos tecidos, assim, há o surgimento de lesões simétricas com bordas amareladas, causando murchamento das plantas. Quando o dano é severo, pode haver o perfilhamento das plântulas.

O pulgão (Rhopalosiphum maidis), ao sugar a seiva, excreta uma substância rica em açúcares, que cai nas folhas e favorece o desenvolvimento de fungos, formando a fumagina, uma camada escura que recobre a folha reduzindo a taxa fotossintética.

Já a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é uma velha conhecida dos produtores, principalmente nas regiões que compõem o cerrado brasileiro. Nos últimos anos, a expansão da área cultivada com milho fez com que ela ganhasse destaque nacional, trazendo prejuízos à cultura e colocando as lavouras em risco.

Por que a cigarrinha preocupa os produtores de milho?

A última safra do milho foi desafiadora. Os produtores enfrentaram diversos problemas, resultando, inclusive, na quebra de safra em algumas regiões. Além da falta de chuva, decorrente do atraso no plantio em diversas localidades, as geadas mais recentes ocasionaram perdas em diversas regiões.

Infelizmente, não foram somente os problemas climáticos que afetaram as produções, a ocorrência da cigarrinha-do-milho foi um problema que contribuiu significativamente para as perdas nas lavouras pelo país. Em algumas regiões, quase metade das áreas foram atacadas pela praga. Assim, estimam-se perdas de quase 40% em detrimento dos danos causados pelo inseto.

Apesar de todos esses fatos, a cigarrinha-do-milho sempre foi uma realidade e também sempre foi devidamente controlada nas plantações brasileiras. Conhecer como a praga funciona, entender o efeito de suas ações e quais as ferramentas e tecnologias disponíveis para fazer com que sua presença não seja um problema são aspectos essenciais para o produtor que quer obter sucesso e dominar a rentabilidade de sua lavoura.

Características da cigarrinha-do-milho

A praga é um inseto sugador que se alimenta da seiva de plantas de milho e transmite patógenos conhecidos como molicutes. Estes, por sua vez, são causadores de doenças denominadas enfezamentos, que podem gerar perdas de mais de 90% na produtividade. Há dois tipos dessa patologia: o enfezamento pálido (causado por espiroplasma) e o enfezamento vermelho (causado por fitoplasma).

A cigarrinha-do-milho também transmite o vírus causador do raiado fino, cuja transmissão acontece de plantas doentes para plantas sadias.

Conheça cada uma dessas doenças:

Doenças que atacam a cultura do milho

Como é feita a transmissão de doenças pela cigarrinha-do-milho?

Ao se alimentar da seiva de uma planta doente, a cigarrinha-do-milho contrai os molicutes, que infectam suas glândulas salivares e multiplicam-se nos tecidos da praga, durante três ou quatro semanas – período que pode ser reduzido, em condições de temperaturas elevadas. As cigarrinhas portadoras de molicutes tornam-se, então, transmissoras e, ao sugarem a seiva das plantas sadias, transmitem esses patógenos.

É muito importante ressaltar que nem toda cigarrinha-do-milho que chega à lavoura está infectada com molicutes e vírus. Porém, como ainda não é possível identificar de maneira simples e eficiente quais estão ou não infectadas, é necessário que o produtor realize um conjunto de práticas, a fim de diminuir o problema de maneira significativa.

Vale ainda destacar que, como o cultivo é intenso ao longo do ano, os insetos podem ocorrer em todas as épocas de cultivo, migrando de uma safra para a outra.

A importância do manejo de pragas sugadoras

Cigarrinha-do-milho

Quando pensamos nos prejuízos que a cigarrinha e as demais pragas provocam no campo, é importante ressaltar que não há uma prática isolada que seja eficaz o suficiente para controlar esses danos, mas sim, um manejo de pragas sugadoras que une diversas técnicas para controlar a densidade populacional dessas espécies e, consequentemente, evitar a perda de produtividade e rentabilidade.

Para isso, temos três pilares para que esse manejo de pragas sugadoras seja assertivo e traga os resultados necessários para a lavoura.

Controle cultural

Uma das práticas de grande relevância que engloba o controle cultural envolve as plantas tigueras, como é chamado o milho voluntário que incide na lavoura em decorrência de grãos perdidos após a colheita. Essas plantas favorecem a permanência dos patógenos e do vetor, por isso, é muito importante que o agricultor realize monitoramentos constantes na entressafra do milho para identificar a presença dessas plantas e eliminá-las.

Controle genético

O uso de cultivares resistentes é uma ótima ferramenta para evitar perdas em produtividade e proteger a lavoura de enfezamentos, contribuindo para o desenvolvimento de plantas saudáveis.

Controle químico

O controle químico em uma lavoura começa sempre pelo tratamento de sementes, que deve contemplar soluções eficientes para a proteção das sementes contra o ataque de pragas abaixo e acima de solo nos estádios iniciais da cultura, proporcionando o bom estabelecimento do estande.

Junto a esse manejo, o monitoramento da lavoura é essencial para que as melhores decisões sejam tomadas quando o assunto é controle de pragas, principalmente na escolha da tecnologia ideal quando a densidade populacional das pragas sugadoras atinge um nível de dano econômico.

Portfólio completo para manejo de pragas sugadoras

Apesar de todo o prejuízo causado pela cigarrinha-do-milho, percevejo-barriga-verde e pulgão na lavoura de milho, é necessário relembrar que esses insetos podem ser manejados.

Pensando nessa necessidade, a Syngenta oferece produtos que auxiliam o produtor em todos os momentos do ciclo da cultura de forma eficaz. O manejo de sugadores do milho tem como objetivo apresentar as melhores práticas agrícolas associadas a soluções de alta tecnologia, trazendo a proteção de que o campo precisa para alcançar o máximo potencial produtivo.  

Confira as soluções que compõem esse portfólio robusto no manejo de pragas sugadoras:

Fortenza® Duo: tudo começa pela semente

Para uma melhor proteção nos estágios iniciais da lavoura, a Syngenta conta com Fortenza® Duo, o mais poderoso tratamento de sementes inseticida para a cultura do milho. Composta por dois ativos inseticidas (Ciantraniliprole e Tiametoxam), a tecnologia apresenta os seguintes diferenciais:

  • Controle: maior espectro de controle de pragas, abaixo e acima do solo;

  • Residual: tratamento de sementes com efeito residual prolongado;

  • Proteção: maximiza o potencial produtivo e a lucratividade.

Engeo Pleno® S: nunca foi sorte

No manejo do  complexo de insetos sugadores, as primeiras aplicações são extremamente importantes para o controle dessas pragas. Engeo Pleno® S é a solução com desempenho superior e resultados comprovados no manejo de sugadores devido à exclusiva tecnologia Zeon, que oferece rápida proteção e paralisação do dano, que pode ser percebido pouco tempo após a aplicação. Os diferenciais desse inseticida são:

  • Choque e residual sem igual: o controle da praga acontece de forma rápida e o residual prolongado proporciona um bom período de proteção na lavoura;

  • Controle superior: excelente no controle de ninfas e adultos de todos os tipos de percevejos;

  • Inseticida sistêmico: com os princípios ativos Tiametoxam e Lambda-cialotrina, Engeo Pleno® S penetra na planta e possibilita alto controle dos percevejos.

É recomendável também a rotação de produtos que possuem outros grupos químicos, como Magnum, outra solução que compõe o portfólio de controle de sugadores da Syngenta.

Polytrin: mais eficiência no seu manejo

Para uma excelente performance de controle da cigarrinha-do-milho e outras pragas sugadoras, o inseticida + acaricida Polytrin confere amplo espectro de controle e sua ação translaminar atinge o alvo com eficácia.

Sua formulação contém dois princípios ativos de sítios de ação distintos (Profenofós + Cipermetrina), que trazem os seguintes benefícios dentro do manejo:

  • Rápida ação de choque: atua por contato e ingestão, controlando de forma eficaz os insetos jovens e adultos;

  • Amplo espectro: além da cigarrinha-do-milho, Polytrin controla a lagarta-do-cartucho;

  • Ação translaminar: ao penetrar na planta, a solução tem uma tecnologia que distribui rapidamente o inseticida no local tratado, para um melhor atingimento do alvo.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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Redação Mais Agro