Com um cenário de constante evolução no campo, o Giro HF da Syngenta traz um panorama atualizado sobre as principais culturas de hortifrúti do país.
Nossos especialistas rodam o Brasil para levar ao produtor informações diretas e relevantes sobre as condições climáticas, o manejo de pragas e doenças, e as tendências de mercado que impactam o dia a dia da lavoura.
Nesta edição, de setembro de 2025, confira a análise completa sobre o andamento das safras de uva, tomate, cebola e batata, com recomendações técnicas para proteger a produtividade e a rentabilidade do seu negócio.
Uva de mesa: mercado estável, clima favorável e alerta de oídio
Preço da uva reage e tendência é de estabilidade com a safra de exportação
O mercado de uva de mesa apresenta um cenário positivo para o produtor. Após um período de baixa, os preços reagiram em setembro, retornando a patamares de normalidade.
Segundo Russaika Nascimento, DTM da Syngenta em Petrolina (PE), “a tendência é que os preços se mantenham estáveis“, um movimento impulsionado pelo início da janela de exportação do segundo semestre.
Para as próximas semanas, a projeção é de intensificação dos embarques. Apesar dos desafios, como as novas taxas impostas pelos Estados Unidos, que impactaram a receita dos envios em agosto, isso não impediu a manutenção de uma remuneração considerada boa para outros destinos.
A expectativa é que a oferta de uvas se mantenha controlada no mercado interno, contribuindo para a sustentação de preços atrativos. Dados do Hortifrúti/Cepea indicam que os volumes colhidos têm sido rapidamente comercializados, com demanda aquecida.
Clima ameno favorece qualidade da fruta
As condições climáticas têm sido uma grande aliada dos viticultores. Conforme aponta a DTM da Syngenta, Russaika, o clima ameno e com baixa precipitação registrado no primeiro semestre foi fundamental para a qualidade dos frutos, cenário que se repete neste momento.
“A gente está tendo ótima qualidade no campo“, afirma Nascimento.
Em regiões tropicais, as condições térmicas permitem que a videira produza de forma contínua, com ciclos que podem variar de 90 a 150 dias.
Temperaturas ideais, que ficam entre 25 °C e 30 °C durante o desenvolvimento e a maturação, com variações a depender da cultivar, favorecem o acúmulo de açúcares e a redução de ácidos, resultando em frutos de sabor mais agradável.
Alerta fitossanitário: oídio na florada e o risco da cigarrinha-verde com o aumento do calor
Apesar do clima favorável, o produtor precisa estar atento aos desafios fitossanitários. O tempo seco e as temperaturas mais amenas são condições que propiciam a incidência de oídio, uma das principais doenças da videira.
Causada pelo fungo Uncinula necator, o oídio se manifesta como um crescimento branco pulverulento que pode colonizar folhas, ramos e frutos, causando perdas significativas na produção.
“Fique atento nas áreas de florada, porque o oídio normalmente entra nessa fase, no botão floral“, alerta Nascimento.

O controle da doença exige a associação de métodos, como a eliminação de restos culturais e a aplicação de fungicidas, especialmente nas fases de emissão de folhas novas e início da frutificação.
Outro ponto de atenção é a cigarrinha-verde. Com a previsão de aumento das temperaturas, a proliferação da praga é favorecida.
As ninfas do inseto picam as nervuras das folhas para se alimentarem da seiva e, ao mesmo tempo, injetam uma saliva tóxica que obstrui os vasos da planta.
Os sintomas evoluem de um avermelhamento ou amarelecimento das margens para a destruição total das folhas, o que reduz a área foliar, prejudica a fotossíntese e afeta diretamente a maturação e a qualidade das uvas.
Diante desses desafios, a Syngenta oferece um portfólio completo para um manejo de alta performance.
Para o controle do oídio, a DTM Russaika recomenda a aplicação estratégica de MIRAVIS® Duo, que, segundo ela, “aplicado nessa fase [de florada], entrega uma alta performance no controle de oídio”.
MIRAVIS® Duo é composto por dois ingredientes ativos sinérgicos: o difenoconazol, já reconhecido no mercado por sua seletividade e ação sistêmica, e a molécula exclusiva ADEPIDYN® technology.
ADEPIDYN® technology pertence a um novo grupo químico e se estabelece como uma ferramenta poderosa para o manejo de doenças na uva e em outras culturas HF.
Os resultados comprovam sua eficácia em campo. Além de MIRAVIS® Duo oferecer alta eficácia no controle de oídio na uva, o produto contribuiu com incrementos de produtividade das videiras.
Além do controle superior de doenças, estudos também observam benefícios fisiológicos nas plantas tratadas com MIRAVIS® Duo, que impactam positivamente a qualidade e a produtividade do cultivo.
Já para a cigarrinha-verde, a Syngenta propõe um manejo integrado robusto com três diferentes soluções, os inseticidas ELESTAL® Neo, MINECTO® Pro e o bioinseticida NETURE®.
A combinação dessas soluções oferece um controle eficaz e versátil, protegendo a lavoura contra uma das pragas mais danosas em períodos de calor intenso e garantindo o sucesso da produtividade.
Cebola: com o tempo seco, atenção redobrada para o manejo de tripes
Menos chuva, maior pressão de pragas na cebola
As condições climáticas definem os principais desafios de cada safra. Enquanto períodos chuvosos e úmidos favorecem a incidência de doenças, o cenário atual exige um foco diferente do produtor de cebola.
A proliferação do tripes, considerada a principal praga da cebola, é favorecida por períodos quentes e secos. Ao sugar a seiva, o tripes causam o “prateamento” das folhas, que se tornam esbranquiçadas e retorcidas, podendo secar completamente.

Esse dano compromete a fotossíntese, o crescimento das plantas e, consequentemente, o tamanho e o peso dos bulbos, com perdas de produção que podem chegar a 50%.
” [Com] uma condição mais seca, a gente tem que começar a prestar atenção também mais nas pragas aí, principalmente o tripes ou a minadora”, explica Emir Zortéa, DTM da Syngenta em Guarapuava (PR).
O clima seco também favorece o aumento populacional da larva-minadora (Liriomyza spp.), tornando o manejo ainda mais complexo.
Suas larvas abrem galerias em forma de serpentina no interior das folhas, resultando em lesões esbranquiçadas que reduzem a área foliar e a capacidade de fotossíntese da planta.
Em ataques severos, as folhas podem secar prematuramente, causando uma consequente redução na produção de bulbos.
Tripes: o desafio de atingir um alvo escondido na planta
O tripes representa uma grande ameaça para a cebola e seu controle é dificultado pelo comportamento do inseto.
“Pelo posicionamento da praga, por onde ela fica na planta, as aplicações não conseguem atingi-la muito“, explica Zortéa.
De fato, o tamanho diminuto do tripes e o hábito de viver abrigado nas bainhas, “axilas” das folhas, tornam o contato do inseticida com o inseto um grande desafio.
Para o manejo do tripes e outras pragas na cebola de difícil controle, Zortéa destaca a eficácia de produtos já reconhecidos pelo mercado, como ENGEO PLENO® S, e destaca outra inovação da Syngenta: JOINER®.
JOINER® inaugura um novo grupo químico com um modo de ação inédito, que atua no sistema nervoso das pragas, promovendo a paralisação imediata da sua alimentação. Além disso, sua formulação também foi pensada para entregar um residual prolongado.
“[JOINER® é] um produto único, inovador, tem um ótimo efeito de choque e uma persistência de controle melhor que os outros produtos do mercado”, destaca Zortéa.
Essa ação imediata e o efeito residual prolongado trazem uma nova camada de segurança e tranquilidade para o produtor, garantindo que a lavoura permaneça protegida por mais tempo, mesmo em condições desafiadoras.
Tomate: mercado em recuperação e o desafio constante do geminivírus
Preço do tomate reage após um período de baixa, mas passa por um período de instabilidade
Para o produtor de tomate, o cenário do mercado é de recuperação. Após um início do primeiro semestre de 2025 com cotações baixas, “os preços vieram a reagir a partir de abril, então nós temos preços atrativos ao produtor até o momento“, analisa André Vilela, DTM da Syngenta no Estado de São Paulo.
Um dos fatores que ajudou a sustentar esses valores foi o inverno mais frio, que provocou uma maturação mais lenta dos frutos, controlando a oferta no mercado. Em regiões produtoras do Espírito Santo, por exemplo, o frio prolongado atrasou a colheita em até 20 dias, diminuindo a oferta e elevando os preços.
No entanto, o mercado também vive um momento de instabilidade. Com a elevação das temperaturas no final de agosto, a produtividade aumentou e a maior oferta pressionou os preços para baixo em alguns Estados, como em São Paulo.
Fatores climáticos extremos, como calor intenso ou excesso de chuvas, seguem influenciando a produção e gerando oscilações que exigem atenção do produtor.
Alerta máximo: a ameaça do geminivírus transmitido pela mosca-branca
Do ponto de vista fitossanitário, Vilela destaca que “tivemos uma grande preocupação já nas últimas duas safras com a incidência da virose causada pela mosca-branca, que é o geminivírus“.
Essa doença tem se tornado um problema grave em todo o mundo após a disseminação do vetor, a mosca-branca (Bemisia tabaci). Ele causa sintomas, como mosaico, clorose e redução no desenvolvimento da planta, afetando diretamente a produtividade do tomate.
A incidência do geminivírus pode ser maior na presença de grandes populações da mosca-branca, que se beneficia de condições de temperaturas elevadas e baixa umidade.

Pensando em um controle eficaz e duradouro do vetor do geminivírus, a mosca-branca, “a Syngenta introduziu recentemente o ELESTAL® Neo, que tem uma característica única, que é a ambimobilidade. Então ele circula pela planta, protegendo ela como um todo e por mais tempo”, explica o DTM.
ELESTAL® Neo oferece uma alta performance de controle da mosca-branca por meio de dois ingredientes ativos sinérgicos: a inédita TINIVION® technology e o acetamiprido.
A grande inovação está na ambimobilidade proporcionada pela TINIVION® technology, que permite a translocação do produto tanto para cima quanto para baixo na planta.
Essa característica resulta em um controle superior e prolongado da mosca-branca e de outras pragas do tomate. Assim ELESTAL® Neo oferece com um rápido efeito de choque sobre os adultos da mosca-branca e, ao mesmo tempo, controla todas as fases da praga, desde ovos até ninfas.
Para o produtor, isso representa uma lavoura protegida por inteiro e por mais tempo, com um inseticida que se move pela planta de uma forma que nunca para, protegendo a sanidade do cultivo e o potencial produtivo do tomate.
Manejo integrado: não se esqueça da traça, da minadora e da requeima
Para um manejo completo e eficiente, o produtor de tomate também deve estar atento a outras pragas e doenças importantes na lavoura. Vilela reforça para “não esquecer da traça, da minadora e também da requeima“.
- Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta): É uma das pragas mais importantes da cultura. Suas larvas formam minas nas folhas e podem destruir completamente os frutos, tornando-os imprestáveis para comercialização.
- Minadora (Liriomyza spp.): As larvas escavam galerias no interior das folhas, reduzindo a capacidade fotossintética da planta e, consequentemente, a produtividade.
- Requeima: Considerada a doença mais destrutiva do tomateiro, é capaz de dizimar lavouras inteiras em poucos dias sob condições de alta umidade e temperaturas amenas.
Para proteger a lavoura contra esses alvos, a Syngenta recomenda um portfólio de soluções integradas. Para o controle da traça-do-tomateiro e da minadora, o Vilela recomenda o uso de JOINER®, inseticida com tecnologia inovadora e alto poder de controle.
Já para o manejo da requeima e do complexo de manchas foliares, a recomendação é a inclusão dos fungicidas ORONDIS® Flexi e MIRAVIS® Duo dentro do programa de manejo fitossanitário, que oferecem proteção robusta e duradoura para a cultura.
Batata: reta final da safra de inverno e alta pressão de mosca-minadora
Panorama da safra: áreas em diferentes estágios e desafios atuais
A cultura da batata vive um período crucial. “Nós estamos indo para a reta final da safra de inverno. No entanto, ainda temos muitas áreas em diferentes estágios de desenvolvimento, desde fechamento de linha, muito próximo da colheita ou propriamente colhendo”, relata Sebastião Gelli, DTM da Syngenta na região do triângulo mineiro (MG).
Essa safra de inverno, cultivada sob irrigação, é estratégica e conhecida por gerar tubérculos de alta qualidade. Contudo, além dos desafios no campo, os produtores enfrentam um cenário de mercado adverso.
Com o pico da colheita da safra de inverno concentrado entre agosto e setembro, o aumento da oferta tem pressionado as cotações para baixo, com preços que, em muitos casos, não são suficientes para cobrir os altos custos de produção.
A agressividade da mosca-minadora nas últimas semanas
Somado à pressão do mercado, um desafio fitossanitário tem exigido atenção máxima do produtor. “Nas últimas semanas, a gente tem observado um aumento bem significativo da pressão de mosca-minadora em várias áreas aqui da região, o que tem exigido uma atenção redobrada”, alerta Gelli.
A mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis) é uma praga séria e limitante para a batata. Seu controle é dificultado por fatores, como ciclo de vida curto, alta capacidade reprodutiva e, principalmente, pelo fato de suas larvas se desenvolverem protegidas no interior das folhas.
Os danos são severos: as minas ou galerias que as larvas criam reduzem a área foliar, debilitam a planta, diminuem a capacidade de fotossíntese e podem servir de porta de entrada para doenças fúngicas, comprometendo diretamente a produtividade da batata.

Para combater a alta pressão da mosca-minadora na batata, é preciso contar com ferramentas de alta performance. “A Syngenta tem um portfólio bem robusto de soluções pensando no manejo dessa praga. Dentre eles, destaca-se o JOINER®“, explica Gelli.
JOINER®, com a tecnologia PLINAZOLIN®, traz um novo modo de ação e um amplo espectro de controle, sendo uma ferramenta fundamental no manejo de pragas da batata de difícil controle, como a mosca-minadora.
Essa escolha estratégica não só protege a safra atual, como também prepara o terreno para a próxima safra, visão reforçada por Gelli, que afirmou que o bom manejo de pragas e doenças na safra atual é o primeiro passo para o sucesso no futuro.
Importância do planejamento e monitoramento para a tomada de decisão no manejo de pragas e doenças do HF
O panorama apresentado neste Giro HF para as culturas de uva, cebola, tomate e batata revela um ponto em comum: o sucesso da safra está diretamente ligado à capacidade do produtor de antecipar e responder aos desafios de forma estratégica.

Seja o oídio na uva, o tripes na cebola, o geminivírus no tomate ou a mosca-minadora na batata, a lição é clara: fazer o monitoramento de pragas e doenças é essencial para proteger a produtividade e a rentabilidade das culturas e, quando combinado a um bom planejamento fitossanitário, essas práticas fazem toda a diferença na hora de colher os resultados no campo.
“O manejo integrado de pragas é fundamental e parte principalmente de um bom monitoramento, mas principalmente de um bom planejamento na hora de tomar as decisões em momentos estratégicos da cultura”, conclui Gelli.
Um bom monitoramento permite a identificação precoce das ameaças, enquanto um planejamento robusto garante que o produtor tenha em mãos as ferramentas certas para cada desafio.
Para isso, o produtor pode contar com soluções inovadoras da Syngenta, como os inseticidas JOINER®, ELESTAL® Neo , MINECTO® Pro e ENGEO PLENO® S, os fungicidas MIRAVIS® Duo e ORONDIS® Flexi, e o bioinseticida NETURE®, nos momentos mais estratégicos da sua lavoura.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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Boa noite,fiz rotação de fungicidas na cebola e mesmo assim entrou bastante míldio,qual tratamento,combinações e dosagem por hectare vcs indicam?tempo está frio, chuvoso,muita garoa e nublado.
Boa tarde, Dioni! Sentimos muito em saber disso. Você poderia me informar de qual região é? Assim conseguimos entender melhor a situação.