O bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) é considerada a praga de maior gravidade na cultura do café, podendo causar danos irreparáveis à lavoura. A alta pressão dessa espécie é uma das grandes preocupações dos cafeicultores, que devem ficar atentos aos próximos dias, já que as condições climáticas e de ambiente favorecem o aparecimento dessa ameaça.
Nas últimas safras, o aumento da incidência do bicho-mineiro nas lavouras de café tem sido constante, o que mostra que o controle desta praga deve ser realizado durante todas as fases do seu ciclo de desenvolvimento. Além disso, a grande desfolha provocada por conta de seu ataque pode prejudicar significativamente as produções de safras atuais e futuras.
Condições comuns para a alta pressão do bicho-mineiro
Em áreas com alta infestação de bicho-mineiro, é necessário mapear quais ações levaram ao desequilíbrio da praga nas lavouras, observar qual a real situação do ataque e definir a estratégia ideal de controle para evitar a perda de produtividade.
Vale ressaltar que não realizar o controle do bicho-mineiro pode levar a perdas de produção que chegam a 70%, pois a queda severa de folhas prejudica a capacidade fotossintética dos cafeeiros.
Entre as condições comuns e prováveis que aumentam a incidência do bicho-mineiro nos cafezais, além das condições climáticas, estão:
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Falha na identificação dos níveis de controle: não realizar o monitoramento constante pode levar a altos níveis de infestação da praga nos cafezais.
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Baixa adoção de ferramentas de alta eficiência: não aplicar um manejo adequado para o controle do bicho-mineiro na prevenção, falha na aplicação sequencial de solo ou uso frequente de inseticidas de choque pode causar um desequilíbrio populacional da praga.
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Tratos culturais: a não execução dessa estratégia de modo integrado e regular pode causar a grande incidência do bicho-mineiro.
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Falhas na avaliação: é imprescindível o acompanhamento de um engenheiro agrônomo para recomendação exata de soluções e doses para o manejo adequado da praga.
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Mal uso das ferramentas e da tecnologia de aplicação: produtos precisam ser eficazes e aplicados no momento correto para atingir o alvo de forma precisa.
Dentro desse cenário, é importante lembrar que o ciclo do bicho-mineiro é muito rápido e, ao detectar minas ativas nas folhas ou a presença de um grande número de larvas, o controle deve ser realizado de forma rápida e efetiva para que a infestação não cause riscos à produtividade da lavoura.
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O ciclo de desenvolvimento do bicho-mineiro
Crédito foto: Revista Cultivar
O bicho-mineiro em sua fase adulta é representado por uma pequena mariposa de hábitos noturnos, que apresenta coloração branca e prateada. Ela se instala nas folhas dos cafeeiros para ovipositar, principalmente em épocas de clima seco e altas temperaturas.
Atentar-se ao número de mariposas na lavoura durante o procedimento de monitoramento também é importante, pois o bicho-mineiro é uma ameaça que se reproduz rapidamente, causando grandes infestações em pouco tempo.
O ciclo evolutivo da praga dura entre 19 e 87 dias, de acordo com as condições climáticas da região (quanto mais quente, mais chances de alta reprodução). Após a oviposição nas folhas, os ovos eclodem em pouco tempo e a lagarta vai abrindo minas ativas nas folhas que deixam um vazio entre as duas epidermes.
Essas minas ativas resultam em grande desfolha e, consequentemente uma redução da taxa fotossintética, causando danos irreversíveis para as safras, já que, ao perder sua principal matriz energética, o cafeeiro utiliza suas reservas que seriam destinadas ao pegamento de flores para a formação de novas folhas.
Após o completo desenvolvimento, a lagarta abandona a folha e constrói uma crisálida , até se transformar em mariposa e dar sequência ao seu ciclo evolutivo. Por isso, a orientação de manejo é realizar o controle completo do ciclo da praga (ovos, lagarta, pupa e mariposa), para que várias gerações não prejudiquem o desenvolvimento da lavoura.
No vídeo abaixo, é possível entender porque a infestação do bicho-mineiro é tão rápida e assimilar as diversas formas de manejo para conter as altas populações.
Boas práticas de manejo do bicho-mineiro
Sabendo das condições comuns que favorecem a alta pressão de bicho-mineiro nos cafezais, é importante que, além do controle químico, sejam adotadas outras práticas em conjunto para o manejo efetivo da praga.
Além disso, é fundamental estudar o cenário da área afetada para definir a melhor estratégia de manejo para determinada região. No caso de locais em que o nível de incidência de pupas é muito alto, é indicado que o controle da praga seja feito por meio de manejo cultural, ou seja, a adoção do manejo mecânico que consiste em soprar as folhas com pupas que estão embaixo da planta para o centro da linha e passar a trincha, de forma que elimine a possibilidade de um novo ciclo de mariposas.
Ciente desse problema nos cafezais, a Syngenta conta com o programa Manejo Praga Zero Bicho-mineiro que consiste em um conjunto de práticas eficazes aliadas a um portfólio completo de soluções para cada situação da lavoura, proporcionando o controle efetivo da praga no campo.
Confira algumas práticas aliadas ao uso de inseticidas:
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Manejo preventivo: o monitoramento constante e o uso de um inseticida com aplicação de solo complementado com aplicações foliares que aja de forma assertiva enriquece as boas práticas de manejo para o cafeeiro.
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Manejo para altas infestações: no caso de situações em que a pressão do bicho-mineiro está prejudicando a lavoura, é importante trabalhar com soluções que tenham efeito de choque e residual, com a opção de aliar um produto com ação ovicida.
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Manejo para grande número de minas ativas: quando a quantidade de minas ativas é muito grande, a melhor opção é entrar com produtos que tenham ação de choque e longo residual, evitando que as mariposas se proliferem e resultem em grandes infestações no futuro.
Não existe receita mágica para controlar o bicho-mineiro. São diversas situações que podem ocasionar a alta pressão dessa ameaça e observar cada situação de maneira individual é a melhor forma para traçar estratégias eficientes de controle.
Nesses casos, é melhor prevenir do que remediar e a Syngenta está sempre ao lado do produtor, investindo em tecnologia, inovação e pesquisa para apresentar sempre soluções e informações que colaboram em todos os momentos da lavoura, do planejamento até a colheita.
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