A cultura da cana-de-açúcar vem perdendo espaço de cultivo nas últimas safras, por conta da alta demanda por grãos. Apesar disso, a cana continua tendo uma importância econômica de destaque, visto sua função na economia verde e o crescente interesse pelo biocombustível brasileiro, um protagonista na transição energética mundial. Com menor área e maior valorização, a cana precisa ser protegida, em volume e em qualidade: não permitindo a perda de produtividade para a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata), uma das pragas mais preocupantes para os canavicultores.
O produtor rural enfrentou recentemente muitos desafios climáticos, mas a canavicultura conseguiu atingir bons resultados na safra 2022/23 e visa um incremento de 4,4% a mais em relação à safra passada, com a estimativa de produção de 637,1 milhões de toneladas em 2022/23. Bons resultados em tempos de crise demonstram que há técnicas, conhecimentos e ferramentas realmente eficientes sendo implementados na cana-de-açúcar brasileira. No entanto, não se pode perder de vista as dimensões do potencial de crescimento que ainda há para conquistar.
É consenso que uma parte desse potencial produtivo não aproveitado está intimamente relacionado ao manejo de pragas agrícolas, incluindo as sugadoras. Elas vêm aumentando em incidência, e são registrados altos índices de perdas e danos. A cigarrinha-das-raízes na cana está sob os holofotes, por sua ampla distribuição pelas regiões produtoras e pelo aumento populacional que vem sendo observado.
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Por que a cigarrinha-das-raízes é um problema para a cana-de-açúcar?
Mahanarva fimbriolata é a principal espécie de cigarrinha encontrada nos canaviais, embora já se tenha registros de outras do mesmo gênero, cuja incidência é menos preocupante. Um inseto sugador de 12 milímetros, de cor avermelhada para os machos, ou marrom-avermelhada para as fêmeas, que depositam seus ovos em estruturas inferiores das plantas ou sob a palhada que protege o solo.
Esse ambiente é muito favorável para o desenvolvimento populacional da cigarrinha-das-raízes, que pode estar presente na área antes mesmo do plantio, condição que leva à necessidade de estruturar um manejo que controle a praga de maneira consistente, beneficiando, inclusive, os cultivos seguintes, pela diminuição da pressão dos insetos.
Quando jovens, agem nas raízes, extraindo água e nutrientes que seriam distribuídos para a planta por meio do sistema radicular. Quando adultos, conseguem migrar para as estruturas aéreas, onde se alimentam da seiva das folhas e injetam toxinas durante esse processo. Essas substâncias danificam o tecido foliar e causam necrose. Somados, esses danos apresentam as seguintes consequências:
- redução da eficiência do sistema radicular;
- perda de vigor e de força para o desenvolvimento vegetativo;
- desidratação do colmo;
- diminuição da área foliar e limitação da fotossíntese;
- queda da produtividade e prejuízos financeiros.
Quem já se deparou com aquela imensidão de hectares de cana, cultivada com persistência, empenho e investimentos, tornando-se, dia a dia, cada vez mais seca entende o potencial de dano da cigarrinha-das-raízes em situações severas de infestação.
80% é a taxa de produção que pode ser perdida em condições críticas.
Vale lembrar que, quando se trata de cana-de-açúcar, o volume resultante da colheita não é o único valor da matéria-prima. A qualidade tem um peso gigantesco nas negociações, pois são o teor de açúcar e outras características qualitativas que definem o potencial de moagem e processamento nas usinas, mandatórios da indústria canavieira.
A desvalorização da cana como efeito da ação da cigarrinha-das-raízes é justificada pela queda de teor de caldo e aumento da quantidade de fibra, algo comprovado por pesquisas científicas que buscam mensurar como a praga afeta os resultados nas usinas. Verifica-se, assim, que a queda na qualidade da matéria-prima é proporcional à pressão da praga nas lavouras.
30% é a taxa de queda de qualidade da cana em decorrência da cigarrinha.
Ainda, esses prejuízos se mostram superiores em safras colhidas entre maio e junho, cujo desenvolvimento das plantas ocorre durante o período de chuvas regulares, o que demonstra que a temporada das águas é favorável para infestações de cigarrinha-das-raízes.
Quando a colheita é realizada com os insetos presentes na área, também é possível que os danos sejam maiores. Isso porque o controle preventivo não surtiu os efeitos necessários ao longo do ciclo e não há mais tempo para o manejo curativo nesse estágio, assim, a redução da qualidade da matéria-prima torna-se incontornável, e as plantas são colhidas com um percentual de dano bastante elevado.
Evolução da cigarrinha exige evolução de manejo: qual a solução para um controle eficiente?
O manejo da cigarrinha-das-raízes na cana pode ser feito por meio de aplicação foliar, quando forem identificadas as primeiras ninfas, preferencialmente no início do desenvolvimento da cultura, a fim de evitar o crescimento populacional da praga e os resultados inferiores no que diz respeito à quantidade e qualidade verificados quando as infestações coincidem com o final do ciclo do cultivo.
Nesse contexto de aplicação, o inseticida Engeo Pleno® S se mostra uma evolução no manejo, agora indicado para uma nova modalidade, a aplicação foliar. Sua composição combina tiametoxam e lambda-cialotrina, ingredientes que, em sinergia, entregam uma ação sistêmica de contato e ingestão, controlando ninfas e adultos com doses otimizadas do produto.
A dose ideal para a aplicação foliar de Engeo Pleno® S é 1,5 L/ha, volume suficiente para controlar infestações iniciais. Por suas características de composição e formulação e por meio do posicionamento correto, o produto proporciona diversos benefícios ao produtor rural, entre eles:
- efeito de choque imediato;
- longo residual;
- controle de cigarrinha-das-raízes e outros insetos sugadores;
- maior produtividade para seu canavial.
Isso é possível porque a formulação de Engeo Pleno® S evoluiu e agora conta com a tecnologia Zeon. Assim, há uma liberação gradual dos ingredientes ativos, potencializando a eficiência da composição, protegendo o produto da lavagem pela chuva e possibilitando uma cobertura mais homogênea das folhas.
Outro fator de destaque é a flexibilidade do produto, que entrega bons resultados em qualquer época do ano, atendendo produtores que cultivam cana em diferentes períodos, por todo o território nacional. Somado a isso, está o amplo espectro que o produto oferece, pois, além da cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata), tem eficiência no manejo de:
- bicudo-da-cana-de-açúcar (Sphenophorus levis).
- broca-da-cana (Diatraea saccharalis);
- cupins (Heterotermes tenuis);
- pão-de-galinha (Euetheola humilis);
É por esses e outros motivos que Engeo Pleno® S continua sendo preferência entre os canavicultores. Afinal, é um produto com histórico de bons resultados para o controle de pragas, gerando confiança e ótimo retorno sobre o investimento.
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