Nas últimas décadas no Brasil, o aumento considerável da incidência da cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) tem preocupado canavicultores.
Alguns fatores podem ser associados com esse crescimento na ocorrência da praga, como a mudança no sistema de colheita da cana, que passou de manual para mecanizada, propiciando uma densa cobertura de palha no solo e criando um microclima favorável ao desenvolvimento da espécie. O cultivo de variedades mais sensíveis, as práticas de manejo e o clima também refletem na incidência da cigarrinha.
Além disso, a presença da Mahanarva fimbriolata também se intensificou em áreas de antigas pastagens, áreas de expansão da cultura, locais de reforma e de segundo a quinto corte.
Por isso, monitorar a população da cigarrinha-das-raízes e realizar o controle no momento certo são algumas das boas práticas para evitar grandes prejuízos à produtividade.
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Cigarrinha-das-raízes: por que causa tanta preocupação?
Dentre as inúmeras pragas que atacam a cana-de-açúcar, com certeza a cigarrinha-das-raízes é uma das mais preocupantes para os canavicultores, já que a espécie está presente em todas as regiões produtoras do país e pode comprometer a produtividade em até 80%.
O mais preocupante a respeito da cigarrinha-das-raízes é que ela pode atingir altas infestações em pouco tempo, sendo que até três gerações podem atacar uma mesma safra.
O ciclo de vida da cigarrinha dura entre 60 e 80 dias e as fêmeas podem ovipositar até 340 ovos nas bainhas secas ou sobre o solo, próximo ao colmo da planta. Outras características importantes sobre a cigarrinha são:
- É um inseto pequeno, o macho tem cerca de 12 mm.
- O macho apresenta coloração avermelhada enquanto a fêmea costuma ser marrom.
- Vivem em colônias.
O ciclo da praga começa com o início do período chuvoso e a infestação é identificada pelo aparecimento de uma espuma esbranquiçada que se assemelha com espuma de sabão, localizada na base da touceira.
Principais danos da cigarrinha-das-raízes à cana-de-açúcar
Os danos causados pela cigarrinha-das-raízes à cana incluem o ataque das ninfas às raízes superficiais, deteriorando sua estrutura. Isso resulta em problemas graves na absorção e no fluxo de água e nutrientes, causando a morte das raízes, desidratação do floema e do xilema, afinamento dos colmos, e surgimento de rachaduras e rugas na superfície externa da cana.
Além disso, ao sugar a seiva de folhas e colmos, adultos de cigarrinha-das-raízes injetam toxinas que favorecem o aparecimento de manchas amarelas que evoluem para manchas vermelhas e opacas, reduzindo a capacidade fotossintética da planta e, consequentemente, o teor de sacarose da cana.
Tais danos refletem em perdas produtivas significativas e baixa qualidade da matéria-prima, impactando a indústria sucroenergética.
Estratégias para controle da cigarrinha-das-raízes na cana-de-açúcar
Ao realizar o controle da praga, deve-se levar em consideração que a cigarrinha se desenvolve em período úmido e a falta desse prejudica a formação da espuma, levando as ninfas à morte e a diapausa dos ovos. Assim, a primeira geração de ninfas é considerada pequena em relação à segunda e a terceira, mas os danos causados são extensos.
Portanto, estar atento ao início das chuvas é fundamental para agir de maneira rápida, a fim de quebrar o ciclo da praga e evitar um grande aumento populacional do inseto. O manejo deve ser realizado nesse período, com as primeiras aplicações de inseticida junto ao controle cultural e biológico, evitando que altas infestações possam prejudicar o desenvolvimento saudável da cana-de-açúcar.
Pensando sempre no produtor, a Syngenta lançou o vídeocast CanaTalks, com o propósito de compartilhar informações relevantes, conteúdo científico atualizado e difundir as melhores práticas de manejo para o setor sucroenergético. Os conteúdos contam com a presença de profissionais renomados e experientes no setor.
No segundo episódio do CanaTalks, Renato Pirola – Gerente de Marketing para a cana-de-açúcar – recebe Leandro Boncompagni, Gerente de Portfólio de Inseticidas da Syngenta, que tem muita experiência no setor sucroenergético, e Dr. José Francisco Garcia, Entomologista pela ESALQ, e diretor da GlobalCana, para discutir sobre as melhores estratégias para o controle da cigarrinha-das-raízes na cana-de-açúcar. Vale a pena assistir!
Conte com a tradição nas primeiras aplicações
Pensando em auxiliar o produtor com esse problema, a Syngenta desenvolveu ACTARA®, inseticida foliar que entrega tradição e alta eficiência no controle de cigarrinhas desde as primeiras aplicações.
Por ser um inseticida sistêmico, ACTARA® demonstra resultados satisfatórios na lavoura, além de apresentar longo residual, característica fundamental para o controle efetivo da praga no canavial.
Para aplicar o inseticida no momento correto, o ideal é iniciar o monitoramento da praga 15 dias após a primeira chuva, para ter a correta identificação dos níveis populacionais e iniciar o controle logo na primeira geração.
Além disso, ACTARA® apresenta outros benefícios, tais como:
- Consistência de controle: alta eficácia e longo residual, indispensável quando o assunto é controle de cigarrinhas;
- Rentabilidade: incremento na produtividade e no vigor das plantas, o que contribui para o ganho de lucros expressivos;
- Flexibilidade: único inseticida da cana permitido em todas as aplicações.
Outra vantagem do inseticida da Syngenta é que a solução apresenta efeito bioativador, ou seja, proporciona efeitos fisiológicos benéficos às plantas, permitindo que elas alcancem seu máximo potencial produtivo mesmo em circunstâncias de adversidades climáticas.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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