A cultura do milho é a segunda mais importante para a produção agrícola do Brasil. Cultivado no país desde o início de sua colonização, o grão faz parte do hábito alimentar da população e tem um importante papel na economia, gerado pela exportação para outros países.
Atualmente, a maior parte do produto brasileiro exportado é usado para o consumo animal. Já o que fica no país é destinado ao consumo humano, animal e para geração de energia, além do uso na indústria farmacêutica, onde é empregado em aproximadamente 85 tipos diferentes de antibióticos.
A cultura do milho no Brasil
O milho, assim como o trigo e o arroz, é também uma importante fonte energética, porém, diferente desses outros cereais, que são refinados nos processos de industrialização, conserva a sua casca rica em fibras quando passa pela pela indústria. Além disso, é rico em carboidratos e fibras alimentares, e ainda contém proteínas, lipídios, vitaminas A, B e E e sais minerais.
Considerado um dos alimentos mais nutritivos que existem, a cultura do milho passou por muitos anos a impressão de estar estagnada, tanto em área quanto em tecnologia e produtividade.
Nos últimos anos, porém, o cenário mudou e começou a ser vista como uma alternativa economicamente viável, o que levou à incorporação de novas tecnologias e técnicas de manejo da lavoura.
Com isso, o milho passou a ocupar um novo patamar de produtividade e, junto de outras culturas, mudou o sistema produtivo brasileiro.
No Brasil, a produção é realizada através do plantio em duas épocas do ano. O milho primeira safra, mais tradicional, tem o cultivo realizado durante o período mais chuvoso e acontece no fim de agosto na região Sul do país e entre outubro e novembro no Sudeste e Centro-Oeste.
Já a segunda safra, chamada de “milho safrinha”, tem crescido de forma significativa nos últimos anos, sendo que o plantio ocorre depois da colheita da soja.
A prática de ter duas safras ao longo do ano não acontece só no Brasil. China e Nigéria também têm duas épocas para realizar o plantio do grão. Na índia, assim como na Indonésia, as duas semeaduras acontecem nos períodos de solo mais úmido, com o crescimento do volume de chuva. Filipinas, México, Tailândia e Vietnã também adotam a mesma forma de cultivo, sempre buscando os períodos do ano que contribuem para o desenvolvimento da planta.
No entanto, é preciso atenção à lavoura. Afinal, a ação de doenças pode interferir na sanidade das plantas, gerando queda na produtividade.
Doenças: elas comprometem a produtividade
Para extrair da lavoura os melhores resultados, o produtor precisa estar atento a fatores que possam limitar o desenvolvimento da cultura. O aumento na densidade das plantas, aliado ao uso de cultivares suscetíveis a doenças e às condições climáticas favoráveis, podem gerar o cenário ideal para a incidência de doenças na produção.
O milho é atacado por diversos patógenos que se manifestam com facilidade em todas as regiões produtoras do país. E o possível prejuízo na lavoura está diretamente ligado à forma como o manejo da cultura é realizado.
Entre as principais doenças do milho estão:
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Cercosporiose
Identificada pela primeira vez na região Sudoeste do Brasil, nos anos 2000, a cercosporiose é causada pelo fungo Cercospora zeae-maydis. Atualmente, a ameaça possui grande distribuição em todas as áreas de plantio de milho do país e pode causar danos graves à lavoura.
A doença foliar encontra condições favoráveis para o seu desenvolvimento em temperaturas que variam entre 22°C e 30°C e com boa umidade relativa do ar. O patógeno leva até 14 dias para concluir o ciclo em híbrido suscetível, sendo que os que possuem algum tipo de resistência surgem depois de um ciclo de 21 dias.
A disseminação ocorre a partir de esporos e restos de cultura, que são levados pelo vento ou por respingos da chuva. Deste modo, o plantio de culturas similares, assim como a semeadura direta no mesmo espaço, torna-se fonte de inóculo local, favorecendo a ocorrência da doença.
Os sintomas percebidos no tecido foliar das plantas são manchas amareladas de tecido plesio necrótico predominantemente retangulares, medindo de 1 a 3 mm de comprimento, e de forma retangular.
Conforme o desenvolvimento da doença, que vai adquirindo coloração marrom escura, acontece a necrose de todo o tecido foliar.
Lesões em bainhas foliares, colmos e brácteas da espiga, sobretudo no ápice, ocorrem em lavouras severamente afetadas, causando o acamamento das plantas.
Mais comum durante o cultivo no milho safrinha, a cercosporiose pode gerar perdas superiores a 80%.
Sua principal medida de controle é o uso de híbrido resistente, além da rotação de culturas e os cuidados em relação ao plantio do milho safrinha sobre palha infectada. Tais ações interferem na densidade de inóculo do fungo.
Evitar a alta população de plantas que favoreçam o excesso de molhamento predisponente à infecção é outra recomendação para o combate à doença, bem como a aplicação de fungicidas específicos.
Em híbridos suscetíveis, áreas de monocultura e safras com dias consecutivos de chuva, a aplicação de fungicidas específicos é indicada como estratégia fundamental.
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Mancha branca
A primeira incidência da doença no Brasil ocorreu no final dos anos 80. Nas lesões iniciais, o agente etiológico predominante é a bactéria Pantoea ananatis. No tecido necrosado, há predominância do fungo Phaeosphaeria maydis.
Além do Brasil, existem relatos de prejuízos gerados pela mancha-branca também na Índia e na América do Norte. Também chamada de “pinta branca”, a doença gera muito preocupação pela frequência dos ataques nas lavouras do país.
Seu desenvolvimento é favorecido em ambientes com temperaturas amenas, entre 15°C e 20°C, com umidade relativa do ar acima de 60%. O plantio tardio também colabora para ataques mais severos da doença, já que as condições climáticas durante o florescimento são as mesmas que contribuem para o desenvolvimento do patógeno. É o momento em que a planta está mais sensível , o que gera também um prejuízo ainda maior.
Assim como acontece com o cercospora, a doença se dissemina através do vento e de respingos de chuva.
Inicialmente, os sintomas são percebidos através de pequenas manchas na cor verde-clara ou cloróticas no tecido. Com o passar do tempo, elas crescem e ficam esbranquiçadas e com aspecto seco.
As manchas medem entre 2 e 3 centímetros, sendo encontradas geralmente no limbo foliar, progredindo depois para a base da planta.
Os sintomas começam nas folhas inferiores da planta e, conforme progridem, atacam as folhas superiores e, depois do pendoamento, podem ser percebidos na palha da espiga. A doença gera prejuízos superiores a 60%, principalmente quando encontra as condições climáticas ideias para o seu desenvolvimento.
O uso de híbridos resistentes e a pulverização de fungicida específico nos órgãos aéreos pode reduzir a intensidade da doença são estratégias indicadas para o combate e controle da doença.
Controle das doenças na lavoura de milho
Entre as medidas recomendadas para a realização do manejo de doenças está o investimento em tecnologias que tornem a cultura mais resistente ao ataque.
De modo geral, o manejo de doenças na lavoura do milho, deve incluir:
- O plantio em época adequada, evitando que os períodos críticos coincidam com condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento das doenças;
- Uso sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas e
- A utilização da rotação com culturas não suscetíveis.
O controle químico, feito através do tratamento da cultura suscetível, também é uma medida importante e uma ferramenta eficaz quando se trata da durabilidade das plantas e o controle da disseminação do patógeno das doenças.
Tais medidas possibilitam um benefício imediato ao produtor por reduzir o potencial de inóculo em sua lavoura e contribuir para maior estabilidade da resistência genética.
Tendo em vista a incidência e a severidade das doenças que atacam o milho, a Syngenta conta com a ação de Priori Xtra, indicado para a pulverização preventiva e para o controle de doenças na parte aérea das culturas.
A aplicação preventiva, quando se trata da cercosporiose, deve ocorrer 40 dias após o plantio. Caso seja necessário, a reaplicação deve ocorrer num intervalo de 15 dias.
Com dupla ação, resultado da combinação sistêmica de alta eficiência de triazol e estrobilurina, Priori Xtra tem a melhor performance no combate às doenças, proporcionando proteção completa para as plantas.
Seus princípios ativos oferecem maior efeito residual e mais tranquilidade para o produtor.
A Syngenta possui a mais avançada biotecnologia do mercado, oferecendo alto potencial produtivo aliado à estabilidade, segurança e sanidade de plantas e grãos.
Sempre junto ao produtor no combate às doenças que ameaçam a lavoura, a empresa oferece um portfólio completo para o manejo integrado com soluções e tecnologias para todas as fases de sua cultura. E então, quer experimentar o futuro do milho hoje?
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