O consumo de hortaliças e frutas frescas ou semi-processadas é um dos pré-requisitos para uma alimentação saudável. A quantidade recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de, pelo menos, 400 gramas por dia. No entanto, a maior parte da população mantém a ingestão das HFs abaixo dessa média.
No Brasil, o consumo per capita de hortifrútis já estava abaixo do recomendado e caiu ainda mais nos últimos anos. A pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, constatou essa redução entre os anos de 2015 e 2019.
É possível creditar esse baixo consumo a cinco pontos principais, os quais descrevemos a seguir.
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Condições econômicas
O baixo poder de compra dos brasileiros e o aumento médio dos preços dos hortifrútis tornam inviável o consumo da dose recomendada pela OMS. Com o orçamento apertado, a população acaba optando por alimentos mais baratos, mas que não oferecem valor nutricional necessário ao corpo, como os ultraprocessados.
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Disponibilidade
A sazonalidade pode dificultar o acesso a alguns vegetais e frutas, pois é inviável a oferta ao longo de todo o ano. Produtos como batata-doce, melão, manga e limão tiveram um aumento nos índices de consumo, o que pode estar relacionado à maior disponibilidade desses alimentos, uma consequência do crescimento das áreas de cultivo e da produtividade decorrentes dos investimentos em tecnologia.
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Estilo de vida
Uma vida mais saudável está diretamente ligada ao consumo de alimentos naturais. A análise do consumidor de hortaliças cruas e frutas, realizada pela Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, mostra a correlação positiva entre a presença desses itens nos hábitos alimentares de pessoas que praticam exercícios físicos. A pesquisa também constatou o baixo consumo de alimentos benéficos à saúde entre fumantes.
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Falta de conhecimento
Embora as pessoas conheçam os hortifrútis, ainda não há uma consciência plena sobre seu valor nutricional e contribuição à saúde. Por isso, é essencial disseminar a importância da ingestão desses alimentos para o organismo, até mesmo como resposta aos altos investimentos em marketing feitos pelas empresas produtoras de alimentos processados.
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Falhas no armazenamento e na distribuição
Os problemas encontrados nas centrais de armazenamento e nas cadeias de distribuição levam a grandes perdas de frutas e hortaliças, encarecendo os alimentos para o consumidor final. A comercialização realizada por um canal formal e, portanto, organizado, não chega a 20% do volume total produzido.
O que esperar para 2022?
Após dois anos conturbados, de preocupação crescente com a saúde diante de uma pandemia a nível mundial, torna-se essencial reforçar a importância de uma alimentação rica em nutrientes para a prevenção de doenças e o fortalecimento da imunidade.
O grande desafio continua sendo o baixo poder aquisitivo do brasileiro, num país em que grande parte da população vem de classes menos favorecidas. Por isso, é indispensável melhorar a eficiência das cadeias de distribuição, a fim de diminuir as perdas durante o processo de armazenagem e transporte, permitindo, assim, a oferta de frutas e hortaliças a preços mais acessíveis.
Além disso, colocar os hortifrútis em foco é uma oportunidade para melhorar as práticas agrícolas e comerciais, apoiando também os pequenos produtores.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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