Contar com técnicas e ferramentas que otimizam as operações é fundamental para obter bons rendimentos com menor custo, e a operação de quebra-lombo com aplicação de herbicidas na cana é uma dessas possibilidades.
A operação de quebra-lombo já é por si só uma maneira de evitar prejuízos na colheita, corrigindo as ondulações do solo que fica irregular após o plantio convencional por conta do método de distribuição das mudas. No entanto, essa necessidade de introduzir os maquinários pode ser aproveitada para já realizar a aplicação de herbicidas.
O que é a operação quebra-lombo?
O quebra-lombo na cana é uma técnica que visa uniformizar o terreno da lavoura de maneira a prepará-lo para melhorar os resultados na colheita. Para isso, é usado um implemento específico, o cultivador quebra-lombo, que quebra as elevações de solo (lombo) formadas nas entrelinhas durante o plantio. O equipamento movimenta a terra, aplainando o solo, distribuindo o excesso de terra e desmanchando os torrões.
Assim, obtém-se uma área uniforme para que sejam viáveis as operações com maquinários a serem realizadas posteriormente, mas o foco principal é preparar a lavoura para que as colhedoras consigam alcançar corretamente a base de corte, sem gerar perdas de volume de cana.
Benefícios do quebra-lombo na cana
Na realização do manejo quebra-lombo, é preciso ter em vista seus efeitos na lavoura, para compreender a amplitude de benefícios que essa operação entrega, com resultado principal de evitar perdas de produção na operação de colheita.
O principal benefício da operação quebra-lombo é evitar as perdas de produção na operação da colheita. Conforme a cana se desenvolve, ela pode tombar no chão pela ação da chuva e do vento, e se houver um sulco na linha do cultivo, as plantas tendem a cair para dentro dele, ficando em uma posição que as colhedoras não conseguem alcançar, mesmo abaixando a base de corte. Essas plantas tombadas, então, não vão para a indústria, gerando perdas de volume. Um problema que pode ser manejado com o quebra-lombo, que distribui o solo e cobre os sulcos.
É comum, em situações em que o quebra-lombo não é realizado, que se ajuste o corte das colhedoras para baixo, mas isso faz com que a máquina também recolha grande quantidade de impurezas, como solo, abaixando o nível de ATR e gerando perdas financeiras pela desvalorização da matéria-prima. Assim, além de ser possível colher mais, o quebra-lombo também ajuda a proteger a qualidade do produto.
A uniformização do terreno também permite que a colhedora alcance a base de corte correta, evitando que sobrem tocos muito altos na lavoura. Isso faz com que se aproveite ao máximo o volume de produção em toneladas por hectare. Além disso, a lavoura fica livre de torrões, permitindo que o solo retenha mais umidade pela ausência de bolsões de ar. O quebra-lombo ainda serve para colocar mais solo no pé da planta e capinar as entrelinhas.
No primeiro caso, a vida útil da planta pode ser aumentada, pois deixa a cana mais profunda e vigorosa, e também há menor chance de danos na soqueira, pois plantas mais profundas ficam protegidas do atrito causado pelas colhedoras. No segundo caso, há a consequência da eliminação mecânica de plantas invasoras que emergiram, de maneira a reforçar a proteção do potencial produtivo da cultura.
Como a operação quebra-lombo é realizada?
Operação de manejo quebra-lombo na cana. Fonte: Jornal da Cana.
São usados tratores específicos, de roda fina, para não amassar as plantas, em um período de 60 a 70 dias após o plantio, quando já tiver ocorrido o perfilhamento. A realização do quebra-lombo quando a cultura já está mais alta pode ocasionar a quebra das plantas. Quando a cana está muito pequena, por outro lado, é possível que o solo jogado nas linhas acabe soterrando alguma planta. Por isso, a operação deve ser realizada no momento correto, para que não gere perdas para o produtor.
O manejo com quebra-lombo é uma operação de baixo custo. O próprio maquinário já retira as daninhas que acabaram de emergir, mas é preciso fazer uma aplicação com herbicida pré-emergente para evitar a germinação de sementes pertencentes ao banco no solo, por isso, realizar a operação de quebra-lombo com herbicida é uma estratégia que pode compensar para o canavicultor.
Quebra-lombo com herbicida: por que essa operação é vantajosa?
Perdas de produção e de qualidade da cana-de-açúcar também podem estar relacionadas à falta da operação de quebra-lombo nas lavouras, que deve ser realizada em um momento em que algumas plantas daninhas ainda não emergiram. Por isso, essa ação pode manejar dois problemas em uma única operação, preparando as linhas para a colheita e ainda realizando a aplicação de herbicida pré-emergente, de maneira a aproveitar o tempo de trabalho, o combustível e a revisão do maquinário.
O ideal é ter em mãos um herbicida com longo residual e qualidade elevada, pois o quebra-lombo evita o tombamento das plantas e as perdas por quebra, mas a cana demora mais para fazer sombra, e a incidência direta do sol acaba fazendo com que as daninhas voltem a surgir.
Há implementos canavieiros específicos para unir o quebra-lombo à aplicação de herbicida, que contam tanto com as ferramentas que nivelam o solo e quebram os torrões quanto com tanques pulverizadores equipados com os bicos do tipo leque, ideais para a distribuição dirigida do pré-emergente a ser aplicado nas entrelinhas (sem que alcancem a parte aérea da cultura).
Essa alternativa é extremamente vantajosa, desde que se perceba a importância do controle de daninhas na fase inicial de desenvolvimento da planta. É nesse momento do cultivo que a cana-de-açúcar precisa de energia elevada para crescer com vigor e com acúmulo de açúcar, alcançando um peso e uma qualidade desejáveis pela indústria e rentáveis para o produtor. Diante disso, a matocompetição que as plantas daninhas promovem, disputando com a cultura por água, luz e nutrientes, pode impedir que a cana expresse seu máximo potencial produtivo.
É quando a cana ainda está jovem que as daninhas representam uma verdadeira ameaça à produtividade, além de que a presença de plantas invasoras de grande porte nas lavouras prejudica as operações e pode danificar o maquinário. Por todos esses motivos, a operação quebra-lombo com a aplicação de herbicida é vantajosa, proporcionando:
- duas funcionalidades em uma única operação;
- dispensa de custos excessivos de produção;
- benefícios de produtividade e qualidade;
- controle de plantas daninhas na hora certa.
De toda forma, não é qualquer herbicida que demonstra eficiência nesse contexto, pois a escolha de um produto com baixa eficiência e sem a seletividade adequada pode resultar em desperdício financeiro e/ou causar fitotoxicidade nas plantas.
Qual o herbicida pré-emergente eficiente junto com quebra-lombo?
Para realizar o quebra-lombo com herbicida, é preciso um produto que pega pesado com as daninhas e não pesa no bolso do produtor, de maneira a elevar os resultados e garantir a eficiência da operação. Nessas condições, a Syngenta conta com Grover® em seu portfólio, um herbicida pré-emergente altamente seletivo à cultura da cana e que não causa danos às plantas.
Grover® tem um amplo espectro de controle, manejando com eficiência mais de dez das invasoras mais prejudiciais à cana-de-açúcar, tais como:
- capim-brachiaria (Brachiaria decumbens);
- braquiarão (Brachiaria brizantha);
- capim-marmelada (Brachiaria plantaginea);
- capim-colchão (Digitaria horizontalis);
- capim-colonião (Panicum maximum);
- capim-pé-de-galinha (Eleusine indica);
- guanxuma (Sida rhombifolia);
- corda-de-viola (Ipomoea spp.).
O produto é composto por dois ingredientes ativos de modos de ação diferentes, o que proporciona excelência no controle de gramíneas. Além disso, apresenta flexibilidade de uso, podendo ser aplicado na semiúmida ou na semisseca, tornando-o uma ótima opção para a operação de quebra-lombo com aplicação de herbicida.
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