O mercado de hortifrúti no Brasil tem vivido períodos de bastante instabilidade e oscilação. Desde o final de 2021, as variações climáticas, que resultam em condições adversas para os cultivos ao longo do país, interferem diretamente nas produções, afetando a quantidade e a qualidade de frutos e hortaliças, além de modificar o comportamento dos patógenos, dificultando o controle de doenças, de maneira que o produtor precisa estar atento às inovações fungicidas para alcançar uma proteção completa nas lavouras.
O 9º Boletim Hortigranjeiro, publicado pela Conab em setembro, indica um aumento de 6,8% na comercialização interna de hortaliças entre os meses de julho e agosto, mantendo a tendência de queda nos preços dos principais produtos, como alface, batata, cenoura e tomate. Apesar dessa média, a conjuntura é muito diversa entre as regiões produtoras, que enfrentam contextos diferentes em relação ao clima e à pressão de doenças.
No início de agosto, a região Nordeste, por exemplo, sofreu perdas de produção devido à alta quantidade de chuvas, o que limita a oferta no mercado e cria um cenário de preços mais elevados. No Sul, por outro lado, as geadas é que foram as responsáveis pelas dificuldades de produção e de manejo de doenças, o que também encaminha para aumento dos preços e diminuição da oferta, visto as baixas temperaturas verificadas em agosto.
No que diz respeito ao comércio de frutas, houve um aumento total de 5,5% entre julho e agosto de 2022, embora os números sejam 3,7% inferiores ao mesmo período de 2021.
De maneira geral, há baixa oferta e aumento de preços para a banana, cultivo que vem sofrendo com o aumento da incidência de antracnose; a oferta de citrus é instável pelo país, com possibilidade de influência negativa do tempo frio e seco nas lavouras em fase de desenvolvimento; e a quebra da safra de maçã, devido à abundância de chuvas durante a floração e à estiagem no período do enchimento dos frutos, resulta em baixa comercialização e alta nos preços.
Outra cultura de extrema importância e que sofre com dificuldades em relação ao controle de doenças é a uva, amplamente consumida tanto in natura quanto em produtos processados. O LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) publicado em julho pelo IBGE aponta uma queda de produção de mais de 11% na viticultura nacional, comparando julho de 2021 com julho de 2022, dado diretamente relacionado ao clima e à incidência de doenças.
Esse cenário destaca a urgência em proporcionar uma proteção completa contra as doenças do hortifrúti, as principais ameaças à produtividade, a fim de diminuir a pressão entre oferta e demanda e estabilizar os preços para o consumidor final, oferecendo produtos de qualidade. Com perspectivas de condições climáticas mais estáveis nos próximos meses, o produtor rural precisa aproveitar o momento para recuperar os números de produção, por meio de um manejo de doenças assertivo e eficiente.
Qual a relação entre o clima e as doenças no hortifrúti?
As doenças da parte aérea são as mais preocupantes em cultivos de hortifrúti, isso porque, para produzir um produto adequado ao mercado, não somente a quantidade deve ser considerada, mas também é imprescindível que a qualidade e a aparência sejam mantidas intactas. Cor, tamanho e imperfeições precisam de total atenção do hortifruticultor, tanto para comercialização em varejo quanto direcionada para a indústria.
Produzir plantas saudáveis é a única opção para o produtor que deseja obter altas rentabilidades com o hortifrúti. Nesse contexto, o manejo de doenças está voltado para manter a pressão de patógenos em níveis abaixo dos danos financeiros e para garantir o perfeito estado, tanto externo quanto interno, de frutas e hortaliças, prezando por aparência, sabor e aroma adequados para comercialização, fatores que são exigência para qualquer consumidor.
O controle de doenças do hortifrúti é, assim, uma preocupação do início ao fim do cultivo, a partir de práticas que dependem diretamente das condições ambientais. O desenvolvimento e a qualidade da cultura estão em função do clima, assim como a incidência de doenças, pois a presença de patógenos pode ser favorecida de acordo com as condições climáticas.
Estar à frente das mudanças climáticas faz parte das estratégias de manejo de doenças no hortifrúti. É conhecendo o clima da região e as possibilidades de variação de temperatura e umidade que se consegue estabelecer um planejamento antecipado para controlar as principais doenças, prevendo o aparecimento de patógenos que podem incidir sobre a lavoura a partir de suas características frente ao clima e ao histórico da região.
Controlar doenças no hortifrúti sempre foi um desafio a ser superado na agricultura, isso porque os patógenos, em condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, alastram-se rapidamente pelas lavouras, danificando boa parte da produção. A seguir, um breve resumo em relação às principais doenças do hortifrúti e as condições ambientais que favorecem sua incidência.
Requeima
Planta de tomate danificada pela requeima. Fonte: Mais Agro, 2022.
A requeima é uma doença causada por organismos parasitas conhecidos como oomicetos, cujo patógeno é o Phytophthora infestans. Esses pequenos seres são microscópicos, unicelulares, semelhantes aos fungos e se reproduzem de maneira sexuada ou assexuada, o que oferece uma capacidade de dispersão e aumento populacional difícil de controlar sob condições ambientais favoráveis (alta umidade e baixa temperatura).
Muito comuns nas culturas de batata e tomate, esses parasitas produzem esporos que infectam as plantas, causando um sintoma com aparência de queimadura nas folhas e frutos: a requeima.
Essa doença pode comprometer até 90% da produção, e os oomicetos responsáveis por ela não perdem sua agressividade em condições climáticas desfavoráveis: eles permanecem nas lavouras até que o clima se torne favorável para a sua reprodução, reiniciando o ciclo de infecção. Uma vez em fase reprodutiva, a possibilidade de controlar a ação desses patógenos é quase nula, de maneira que o manejo da requeima prevê ações preventivas.
Míldio
Planta de uva danificada pelo míldio. Fonte: Mais Agro, 2022.
O míldio é outra doença causada por oomicetos, presente mais comumente em cultivos de uva, sendo o patógeno que acomete a cultura o Plasmopara viticola. Os primeiros sintomas geralmente são as lesões nas folhas, mas, em condições severas, os danos alcançam também outras estruturas, como bagas, inflorescência e ramos herbáceos.
Quando acomete os frutos, o míldio causa ressecamento, altera a coloração, provoca amolecimento e queda precoce. Com desenvolvimento favorecido por condições climáticas de alta umidade do ar e temperatura média entre 18 ºC e 25 ºC, o patógeno alastra-se rapidamente em lavouras localizadas em regiões com essas características ambientais, podendo comprometer a produção em até 75%.
Manchas foliares
Planta de alface danificada por mancha foliar. Fonte: Mais Agro, 2022.
O complexo de manchas foliares nas culturas de hortifrúti é causado por uma variedade de fungos, que incidem sobre lavouras de hortaliças, como a alface, assim como leguminosas e tubérculos. Os mais comuns no Brasil são patógenos do gênero Alternaria spp, Cercospora spp. e Septoria spp.
Essas doenças afetam especialmente as folhas, diminuindo o vigor das plantas por prejudicar sua capacidade fotossintética. Isso implica em queda de produção, pois as hortaliças ficam inviáveis para consumo e outras espécies de cultivos têm o desenvolvimento de frutos gravemente prejudicado.
Novos fungicidas oferecem proteção completa ao hortifrúti
Considerando a abrangência da incidência de doenças no hortifrúti e as características específicas de cada patógeno, por algum tempo esse manejo foi bastante complexo, representando uma das principais dificuldades do produtor rural.
Atualmente, no entanto, os conhecimentos a respeito do comportamento das doenças, de acordo com as condições climáticas, e a disponibilidade de produtos fungicidas específicos para cada situação verificada nas lavouras permitem a realização de um controle muito mais assertivo, contando com formulações de alta performance que resultam em produtos de alta qualidade no mercado.
O portfólio da Syngenta para o hortifrúti oferece proteção completa contra doenças, tanto as causadas por oomicetos quanto as fúngicas, de maneira a contribuir para a superação do desafio que a incidência de patógenos representa para os produtores.
Bravonil® Top: conveniência no manejo de doenças difíceis
O fungicida Bravonil® Top oferece excelência de controle contra manchas foliares e também protege a lavoura contra requeima, com resultados superiores na cultura da batata. A solução chega para o produtor pronta para aplicação, o que oferece conveniência e facilidade na operação de manejo de doenças.
Apresentando uma formulação inovadora, a solução conta com dois ingredientes ativos sinérgicos, oferecendo seletividade e maximização de controle. São também benefícios de Bravonil® Top:
flexibilidade no momento da aplicação e praticidade no manejo de resistência;
alta eficiência no controle de manchas e requeima;
performance superior, com posicionamento em todos os estágios da cultura.
Um grande destaque desse fungicida inovador é que ele apresenta em sua composição um multissítio já consagrado, o clorotalonil, que, em conjunto com o difenoconazol (um triazol especialista no controle de manchas), oferece efeito preventivo e curativo no controle de doenças, além do manejo antirresistência.
Ridomil Gold® WG: nova formulação contra míldio e requeima
O produto que já era tradição no controle de requeima foi aperfeiçoado com uma nova formulação: Ridomil Gold WG é resultado da combinação de um fungicida sistêmico (metalaxil-m) e outro de contato (mancozebe).
O produto representa uma inovação no controle de doenças do hortifrúti causadas por oomicetos, como a requeima e o míldio, registrado para aplicação em diversas hortaliças, além de batata, cebola, goiaba, entre outras culturas.
Ridomil Gold WG oferece ao produtor os seguintes benefícios:
maior consistência nos resultados em relação à concorrência;
maior velocidade de penetração nas folhas;
efeito sistêmico, com capacidade de translocar por toda a planta, protegendo da raiz às folhas;
eficaz em condições climáticas adversas.
A solução conta também com a tecnologia Pepite, proporcionando maior estabilidade e solubilidade para a aplicação, por apresentar homogeneidade de partículas, excelente abertura em água, baixa produção de poeira e superioridade no efeito de contato com a planta.
Pergado MZ®: inovação para a cultura da uva
O fungicida Pergado MZ® é composto por dois ingredientes ativos distintos (mancozebe e mandipropamida), de maneira a proporcionar diferentes efeitos sobre os organismos e apresentar performance superior no manejo de resistência, com resultados mais que satisfatórios no controle de míldio em cultivos de uva.
A solução é, assim, uma inovação no controle de doenças do hortifrúti, entregando eficácia prolongada e conveniência no manejo. Sua ação paralisa o crescimento do fungo em diversos estágios do ciclo e causa a morte do oomiceto por inibir a produção de ATP. Além disso, a solução distribui-se na superfície da planta e penetra lentamente, o que aumenta o tempo de ação do produto e o torna resistente a diferentes condições climáticas.
Miravis® Duo: um fungicida simplesmente poderoso
O grande lançamento da Syngenta é o fungicida Miravis® Duo, com formulação à base de Adepidyn®, molécula inédita no mercado que inaugura um novo grupo químico (n-metoxy-pirazol-carboxamidas), capaz de manejar as doenças mais difíceis.
O produto veio para revolucionar o controle de manchas foliares, a partir de um ativo exclusivo que apresenta altíssimo poder intrínseco de controle. Miravis® Duo oferece um amplo espectro de ação e é um produto multicultura, podendo ser aplicado em cultivos de alface, batata, cebola, cenoura, tomate, uva, entre outros.
A inovação que Miravis® Duo representa é algo que há muito se esperava no segmento de fungicidas, sendo hoje uma ferramenta de manejo aliada do produtor para superar as piores doenças.
Alta atividade intrínseca de controle.
Longo residual e rápida absorção.
Amplo espectro de ação no controle de mais de 40 patógenos em mais de 30 cultivos no Brasil.
Controla as doenças mais difíceis de forma poderosa, simplificando o manejo de doenças para o agricultor.
Essas são algumas das características de Miravis® Duo: o fungicida simplesmente poderoso, inédito no mercado e que completa com muita qualidade e inovação o portfólio da Syngenta para a proteção completa do hortifrúti!
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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