A sojicultura brasileira enfrentou, na safra 2024/25, um cenário marcado por adversidades climáticas que desafiaram até mesmo os produtores mais experientes. Oscilações de temperatura e de precipitação criaram ambientes propícios para o estresse das plantas, comprometendo o desenvolvimento e a produção das lavouras, e também intensificando a pressão de patógenos.
Nesse contexto, as Doenças de Final de Ciclo (DFCs) e a podridão de vagens e grãos (anomalia da soja) ganharam destaque, emergindo como ameaças capazes de reduzir drasticamente a produtividade e a qualidade da colheita.
Neste texto, veja os principais desafios fitossanitários enfrentados na safra 2024/25 e o papel das inovações que estão redefinindo o padrão de proteção na sojicultura nacional. Leia mais a seguir!
Safra de soja 2024/25 foi marcada por instabilidades climáticas e ocorrência de doenças
A safra 2024/25 ficou marcada para os produtores brasileiros como uma das mais marcantes, visto os desafios que as instabilidades climáticas trouxeram para o manejo de doenças.
Várias regiões produtoras de soja enfrentaram irregularidades de precipitações e altas temperaturas, com cenários distintos no país. De acordo com o último boletim de acompanhamento da safra de grãos da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), Estados, como o Paraná, lidaram com uma forte estiagem, que provocou o abortamento de flores e vagens tardias em algumas regiões.
O mesmo cenário se repetiu no Estado do Rio Grande do Sul, porém no início da safra, com chuvas tardias que provocaram perdas de mais de 45% em relação à produtividade que poderia ter sido obtida em condições normais. Outra condição que também teve um grande impacto no Estado foram as ondas de calor em praticamente todas as regiões, causando estresse nas plantas e a maturação desuniforme dos grãos.
Quando as plantas são submetidas a essas condições climáticas instáveis e extremas, toda a sua fisiologia acaba sofrendo efeitos negativos. Condições de estresse hídrico, por exemplo, levam a alterações no sistema radicular e nas estruturas aéreas das plantas, como as folhas, que murcham e caem precocemente. Já as variações de temperatura, especialmente mais altas, afetam a velocidade de absorção de água e processos metabólicos, prejudicando processos vitais, como a fotossíntese.
Todos esses efeitos negativos tornam as plantas mais suscetíveis às doenças, abrindo espaço para que os patógenos infectem a lavoura. Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), quase metade das doenças agrícolas que ocorrem no Brasil devem se tornar mais severas até 2100, sendo o cenário de mudanças climáticas apontado como o principal fator.
Tais relatos mostram a importância de se conhecer a fundo as interações entre os patógenos e o clima, a fim de se adotar medidas capazes de mitigar o impacto dessas doenças da soja.
Conhecendo as Doenças de Final de Ciclo (DFCs) da soja e seus impactos econômicos
As Doenças de Final de Ciclo (DFCs) representam um desafio crítico para a sojicultura, comprometendo a produtividade em um dos momentos mais importantes da lavoura.
As DFCs são caracterizadas por sintomas que prejudicam o enchimento e a maturação dos grãos e são causadas por um complexo de patógenos que atacam folhas, vagens e grãos, reduzindo a capacidade fotossintética e a qualidade dos grãos.
Entre as principais DFCs, destacam-se:
- a cercosporiose, responsável por manchas foliares e a “mancha-púrpura da semente”, que causam a desfolha antecipada das plantas, limitando o enchimento dos grãos;
- a septoriose, também conhecida como mancha-parda, que causa desfolha e maturação precoce da planta, com sintomas mais intensos se apresentando no estádio final do enchimento de grãos;
- a antracnose, que provoca queda de vagens e lesões necróticas.

O impacto econômico dessas doenças é agravado por sua capacidade de sobreviver em restos culturais e se disseminar rapidamente sob condições favoráveis. Em lavouras não monitoradas, a antracnose, por exemplo, pode causar perdas de produtividade de 30% em casos severos.
A complexidade do manejo aumenta quando múltiplos patógenos atuam simultaneamente, mascarando sintomas e dificultando diagnósticos precisos. Produtores que negligenciam o monitoramento contínuo tendem a investir em pulverizações calendarizadas, elevando custos operacionais sem garantir eficácia. Esse cenário reforça a necessidade de estratégias integradas, que combinem identificação precoce e uso racional e estratégico de defensivos.
A problemática da podridão de vagens e grãos, a doença emergente da soja
A podridão de vagens e grãos, também conhecida como anomalia da soja, emergiu como uma ameaça de alto risco, especialmente em regiões de clima úmido e quente. Inicialmente restrita ao Mato Grosso, a doença expandiu-se para o Sul e Sudeste do Brasil na safra 2023/24, impulsionada pelo fenômeno El Niño, que elevou a umidade e as temperaturas. Estados, como Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, relataram incidências inéditas, com sintomas como:
- escurecimento interno de vagens;
- grãos enrugados e malformados;
- amarelecimento precoce de folhas.

Os prejuízos vão além do campo: os fungos causadores da doença (Diaporthe spp., Fusarium spp. e Colletotrichum spp.) continuam a degradar grãos armazenados, comprometendo a qualidade do produto final.
Na safra 2024/2025, um estudo conduzido nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Paraná analisou mais de 50 amostras de plantas de soja, das quais foram recuperados 90 isolados de Diaporthe spp., um dos agentes causadores da anomalia da soja.
Como prevenir as DFCs e a podridão de vagens e grãos na soja?
A prevenção eficaz contra as DFCs e a podridão de vagens e grãos exige uma abordagem integrada, que considere desde o planejamento agrícola até a escolha estratégica de insumos. O primeiro passo é entender que esses patógenos se beneficiam de condições específicas e falhas no monitoramento. Por isso, é fundamental adotar práticas como:
- rotação de culturas: quebra o ciclo de sobrevivência dos fungos no solo;
- tratamento de sementes: protege as plantas desde a germinação;
- escolha de cultivares resistentes: minimiza a suscetibilidade a múltiplos patógenos;
- monitoramento contínuo: via imagens via satélite ou drones, ou inspeções presenciais.
A antecipação de pulverizações é outro pilar crítico. Aplicações preventivas com produtos sistêmicos criam uma barreira química que limita a colonização dos patógenos, promovendo uma proteção prolongada mesmo em condições climáticas adversas.
Dessa forma, a integração de soluções inovadoras no portfólio de manejo é indispensável. Produtos com formulações que combinam múltiplos mecanismos de ação e amplo espectro de controle oferecem praticidade e eficiência para o produtor no controle das DFCs e da podridão de vagens e grãos.
Pensando nisso, a Syngenta conta em seu portfólio com ALADE®, um fungicida preventivo capaz de promover alta consistência de controle de DFCs e podridão de vagens e grãos, resultados esses que já vêm sendo comprovados a campo.
Resultados de ALADE® no campo: o melhor em qualquer situação

Diante da complexidade das doenças da soja, ALADE® surge como uma solução revolucionária, projetada para enfrentar os desafios mais críticos da cultura. Sua formulação exclusiva, composta por solatenol, ciproconazol e difenoconazol, redefine o padrão de controle ao unir três ingredientes ativos de alta performance que oferecem consistência no controle de manchas e ferrugem, além da mais alta eficácia contra a podridão de vagens e grãos:
- solatenol: age preventivamente com aderência superior, penetrando folhas e vagens para proteção translaminar;
- ciproconazol + difenoconazol: dupla de triazóis sistêmicos que amplia o espectro e a seletividade, combatendo patógenos já estabelecidos.
Os resultados práticos comprovam sua eficácia. Em lavouras de soja que utilizaram ALADE® no manejo antecipado, é visível a diferença que o produto faz para o controle de DFCs na soja.

O maior período de efeito residual e efeito sistêmico de ALADE® também é notável em plantações que incluem o produto no manejo preventivo de DFCs na soja, mantendo a lavoura protegida e saudável por mais tempo.

Além disso, a tecnologia Empowered Control® presente em ALADE® proporciona cobertura uniforme sem necessidade de adjuvantes, otimizando aplicações. Essa combinação única permite posicioná-lo nas aplicações antecipadas a partir dos 30 DAE (dias após a emergência), ou nas aplicações no pré-fechamento, a partir dos 45 DAE, atuando na prevenção de DFCs e podridão de vagens e grãos.
Em um cenário onde a pressão de doenças aumenta a cada safra, ALADE® consolida-se como a escolha estratégica para proteger a sua lavoura e estar um passo à frente das adversidades.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
Deixe um comentário