A produção brasileira de soja da safra 2023/24 alcançará 146,9 milhões de toneladas, segundo estimativa da CONAB, o que representa uma queda de 5% em comparação à safra anterior.

Essa safra se mostrou particularmente desafiadora devido à intensidade do fenômeno El Niño, que causou uma série de eventos climáticos extremos e levou a perdas consideráveis na produtividade dessa cultura.

Essas perdas foram ocasionadas não só pela mudança nos padrões climáticos, que provocaram alterações no regime hídrico e de temperatura, mas pela influência na dinâmica de ocorrência de doenças em todas as regiões produtoras de soja do país.

Dentre os desafios mais notáveis, houve a expansão das anomalias da soja, representadas pelo quebramento das hastes e a podridão dos grãos e das sementes, para novas áreas produtivas, principalmente do Sul do Brasil.

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Como as anomalias se expandiram do Mato Grosso para os Estados da região Sul do Brasil?

As anomalias da soja foram observadas pela primeira vez durante a safra 2018/19 em municípios da região da BR-163, no Estado do Mato Grosso. Contudo, esse fenômeno havia permanecido restrito a essa região do país até a safra 2023/24.

Isso se deve ao fato de que, até a última safra, predominava no Brasil a ocorrência do fenômeno La Niña ou de períodos conhecidos como neutros – não influenciados significativamente por nenhum fenômeno climático – nos quais, normalmente, a região Sul enfrentava períodos de estiagem típica.

No entanto, na safra 2023/24, o país vivenciou o El Niño, que criou condições favoráveis, de umidade e temperatura, para a disseminação das anomalias da soja para diversas regiões do país. Além disso, também se observaram aumento dos casos de perdas significativas no armazenamento, com grãos danificados nos silos.

Assim, foi possível notar uma expansão das anomalias, que foram encontradas em Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, respectivamente. 

Esses fatos marcaram um significativo avanço da doença para outras regiões produtoras de soja no Brasil, além do Mato Grosso, representando um agravamento da presença dessa doença no país, acentuando as perdas de produtividade e aumentando os desafios de produção para o sojicultor brasileiro. 

O infográfico abaixo ilustra a ocorrência desses fenômenos nas áreas produtivas do Brasil. 

Na safra 2023/24, as anomalias da soja ocorreram nos municípios da região da BR-163, no Estado do Mato Grosso, sua região de origem e, para além dessa região, ocorreram nas regiões: sul do Estado do Mato Grosso do Sul; oeste e norte do Paraná; oeste de Santa Catarina; centro-norte do Rio Grande do Sul; e sudoeste de São Paulo.

Quais são os patógenos responsáveis por causar as anomalias da soja e como identificar sua ocorrência nas lavouras?

Diante desse cenário, diversos estudos foram fundamentais para determinar as possíveis causas desses fenômenos, inicialmente atribuídos a distúrbios fisiológicos, deficiências nutricionais, pragas, doenças, entre outros. 

A Syngenta foi pioneira nas investigações para descobrir as causas das anomalias da soja. Com base nas pesquisas, foram identificadas várias espécies de fungos que estão relacionadas à ocorrência do quebramento das hastes e da podridão dos grãos e das sementes.

Os agentes causadores do quebramento de hastes incluem diferentes espécies de fungos dos gêneros Diaporthe, Fusarium e Colletotrichum.

Essa doença apresenta sintomas como necrose e crescimento excessivo da haste, levando ao tombamento e à quebra da planta. Tal fato interrompe o enchimento de grãos e reduz drasticamente a produtividade da soja.

Sintomas do quebramento da haste em plantas de soja. Fonte: EMBRAPA, 2024.

Já os agentes causadores da podridão dos grãos e das sementes foram encontrados principalmente nos isolamentos de grãos e vagens, tanto com sintomas quanto sem eles, e a descoberta é que são os mesmos causadores do quebramento das hastes: Diaporthe, Fusarium e Colletotrichum

Essa doença apresenta sintomas como escurecimento interno da vagem e dos grãos, enrugamento de grãos e sementes, murcha e amarelecimento precoce das folhas antes do término do enchimento dos grãos, assim como necrose dos tecidos, causada pelo ataque de fungos necrotróficos. 

Além disso, esses patógenos podem continuar a danificar os grãos armazenados, ampliando os prejuízos à produção de soja.

Sintomas de podridão das vagens em plantas de soja. Foto: Syngenta.

Qual o impacto econômico causado pela expansão das anomalias para novas regiões produtoras de soja no país?

Só nas últimas três safras, essa nova ameaça resultou em aproximadamente R$ 1,5 bilhão de prejuízos apenas em sua região de origem, o Cerrado. Na safra atual, após atingir o Sul do Brasil, com registros nos três Estados que compõem a região, os prejuízos ainda precisam ser quantificados.

No final de 2023, a Syngenta publicou em seu portal Mais Agro, na seção Especialistas, uma matéria completa de alerta para os sojicultores do Sul do Brasil, antevendo a chegada das anomalias da soja nessa região. Nessa matéria, a Pesquisadora Profª. Dra. Carolina Deuner, afirmou:

Tivemos danos variando de 5 a 70% nas lavouras do Mato Grosso, ou seja, uma redução na produtividade da cultura […] No Sul, como ainda não enfrentamos uma epidemia, não temos essa quantificação, mas o potencial de dano é elevado. Mesmo que o produtor não observe uma alta incidência atualmente na lavoura, se ele não implementar estratégias ao colher, as sementes continuam se decompondo. Assim, tenho um dano na lavoura que pode aumentar conforme eu colho e transporto para o armazém.”

Atualmente, sabemos que essa previsão foi confirmada, pelo que se observou e foi relatado sobre a ocorrência de anomalias da soja na região. De fato, a epidemia da doença se instalou, apresentando elevado potencial de danos às lavouras do Sul do Brasil na safra 2023/24. 

Para proporcionar ainda mais informações, mantendo o sojicultor brasileiro sempre atualizado, a Syngenta ainda produziu uma Websérie de quatro episódios, intitulada “Combatendo a Anomalia”, que pode ser conferida em seu canal no YouTube

Assista ao episódio abaixo para entender melhor o cenário da anomalia da soja para o Sul do Brasil. Basta clicar no play:

Estratégias de manejo: quais são as melhores formas de se preparar e combater o atual complexo de doenças da soja?

É crucial recordarmos que o complexo de doenças que afetam a cultura da soja se mantém mesmo com o surgimento de novas doenças, como é o caso das anomalias. Isso significa que os produtores precisam estar atentos às novas ameaças sem negligenciar as já existentes.

Os eventos da safra 2023/24 mostram que, para executar um manejo integrado de doenças verdadeiramente eficiente, é essencial estar atento aos sinais, preparar-se com antecedência, adotar medidas preventivas, escolher as melhores ferramentas de controle e saber como aplicá-las adequadamente.

A solução para lidar com os novos e antigos desafios de doenças na cultura da soja no Brasil sempre se baseará no manejo preventivo, independentemente da região, da gravidade da incidência ou dos fatores climáticos. 

O produtor que se planejar, estará na frente e conseguirá superar mais eficazmente quaisquer obstáculos que possam afetar sua produção. Reter esse conhecimento é essencial não apenas para o planejamento das aplicações de fungicidas e a seleção do tratamento das sementes, mas também para realizar o monitoramento constante do campo, observando os sintomas e identificando as doenças corretamente.

Além disso, é importante recordar que existem outros fatores agronômicos que interferem na dinâmica de ocorrência e severidade dessas doenças, como época de semeadura, sensibilidade das cultivares plantadas, densidade populacional utilizada, sistema de cultivo vigente, tratamento de sementes empregado e o efeito dos fungicidas no controle ou na redução dos patógenos associados.

Portanto, a construção da sanidade da lavoura deve ser uma prioridade, especialmente em anos marcados pela influência do El Niño, que normalmente apresenta um aumento na ocorrência e na severidade de pragas e doenças nas regiões produtoras de soja.

Para realizar isso, é preciso contar com as melhores ferramentas fungicidas. Nesse sentido, durante os estudos desenvolvidos pela Syngenta, foi identificado que a molécula solatenol, uma carboxamida moderna, se mostrou eficiente no combate às anomalias da soja.

Antes de tudo, ELATUS® sempre

ELATUS® é um fungicida sistêmico e de contato que une azoxistrobina, uma estrobilurina, ao solatenol em sua formulação, o primeiro ingrediente ativo registrado para controle das anomalias da soja e com reconhecida eficiência para proteger a cultura.

ELATUS® é eficaz contra o complexo de doenças da soja, incluindo as anomalias da soja, ferrugem-asiática e outras doenças, com excelente custo-benefício em uma formulação que permite fácil dissolução e rápida penetração, criando uma barreira impermeabilizante contra fungos.

ELATUS®   deve ser posicionado no período vegetativo da cultura, sendo aplicado em até 25 DAE (dias após a emergência) para um controle efetivo de todo o complexo de patógenos associados às anomalias da soja, dentro da chamada Aplicação Zero.

A Aplicação Zero consiste na primeira aplicação de fungicidas realizada após o plantio em uma área produtiva e é uma das estratégias mais eficientes para manejar o complexo de doenças da soja nos primeiros estádios de desenvolvimento da cultura.

ALADE®: o melhor em qualquer situação

ALADE® é o único fungicida que possui três ingredientes ativos altamente eficazes em sua composição, que propiciam consistência no controle do complexo de doenças da soja, incluindo as anomalias.

ALADE® passou a ter, a partir da safra 2023/24, registro para controlar os patógenos causadores das anomalias da soja (Diaporthe, Colletotrichum e Fusarium), o que reforça sua composição única para mitigar a ocorrência da podridão de grãos e sementes e do quebramento das hastes da soja.

Na composição de ALADE®, o primeiro ingrediente ativo é o solatenol, uma nova carboxamida que possui alta capacidade de aderência e penetração nas folhas, proporcionando um melhor efeito preventivo.

Os outros dois ingredientes agregam a dupla ação sistêmica dos triazóis: o ciproconazol se destaca pela alta mobilidade e eficiência; e o difenoconazol se destaca pelo amplo espectro de ação contra os principais patógenos da cultura da soja.

MITRION®: onde tem potência, não tem doença

MITRION®  é um fungicida formulado com dois dos ingredientes ativos mais eficazes do mercado: solatenol e protioconazol. Essa combinação oferece uma performance superior no controle do complexo de doenças da cultura da soja, incluindo as anomalias.

A partir da safra 2023/24, MITRION®  também recebeu registro para o controle dos patógenos responsáveis pelas anomalias da soja, devido à presença do ingrediente ativo solatenol em sua formulação.

MITRION® se diferencia de outros produtos disponíveis no mercado por seu controle mais efetivo de ferrugem-asiática e manchas foliares, graças ao efeito preventivo do solatenol e ao efeito curativo do protioconazol.

Só MITRION®  proporciona uma combinação inovadora dos dois ativos mais eficazes do mercado; máxima eficácia no controle excepcional de manchas-foliares e ferrugem-asiática; controle superior e excelente efeito preventivo e curativo no início da infecção; e conveniência, numa formulação que incorpora tecnologia avançada para aumentar o controle.

Isso tudo dentro de uma formulação que melhora a retenção e o espalhamento na superfície das folhas, além de uma translocação aprimorada do produto dentro da planta, levando a uma ação de controle imediata.

Ambas as soluções, ALADE® e MITRION®, devem ser posicionadas na fase de pré-fechamento das entrelinhas da cultura da soja, dentro do período reprodutivo, em que podem ser feitas até duas aplicações durante o ciclo e com intervalo máximo de 14 dias entre si. A aplicação posicionada nesse momento é a mais importante para o controle de doenças e para estabelecer uma sanidade duradoura da lavoura.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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