A mancha-branca do milho encontra-se amplamente distribuída no Brasil e em outras partes do mundo, principalmente na América do Sul, Central, Ásia e África. Foi observada pela primeira vez em 1977 no país e desde então têm registrado aumento considerável, preocupando produtores de milho. Os danos causados pela doença podem refletir em perdas de produtividade de até 60%.

Diversas medidas de controle são recomendadas para o controle da mancha-branca, no entanto, é indispensável que o controle seja iniciado de forma preventiva, especialmente em áreas de histórico da doença, uma vez que a mancha-branca é uma doença de difícil controle, e considerada uma das principais  da cultura do milho.

Afinal, quem é o agente causal da mancha-branca no milho?

Embora as discussões sobre quem de fato é o agente causal da mancha-branca, diversos pesquisadores defendem que a mesma seja causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis em associação a bactéria Pantoea ananatis.

No entanto, alguns autores justificam que, partindo do princípio de que os fungicidas são a forma de controle químico mais eficiente para o manejo da doença, o fungo seria o principal agente causal. [1] Já em estudos de isolamento e reisolamento do patógeno em sintomas característicos da doença, em muitos casos, a bactéria tem sido determinada como o principal agente causal. Dessa maneira, ambos têm sido descritos como agentes causais. 

Como diferenciar a mancha-branca de outros problemas na lavoura?

Em meio a tantas doenças que ocorrem na cultura do milho, por uma infinidade de patógenos, sejam eles fungos, bactérias, molicutes, vírus ou nematoides, pode parecer complexo diferenciar sintomas para a diagnose correta de uma doença. No entanto, salvo algumas situações, o processo é mais simples do que parece.

Embora alguns estresses, especialmente causados por condições ambientais, ou por aplicações de defensivos (como sintomas de fitotoxicidade), ou por deficiências nutricionais, as doenças causadas por patógenos possuem algumas distinções que permitem o reconhecimento. Por exemplo, no caso da ocorrência de fitotoxicidade, geralmente, o local onde o defensivo entrou em contato com as plantas, será, de forma geral, afetado.

Em deficiências nutricionais, por outro lado, os sintomas costumam ocorrer em pontos da planta, e de forma geral. No entanto, quando falamos de doenças causadas por patógenos, os sintomas ocorrem de forma e distribuição aleatória, isso porque onde o patógeno entra em contato com a planta, a doença pode ocorrer.

Por exemplo, quando a estrutura de disseminação do patógeno é depositada por meio de chuva ou vento, na superfície da folha, é nesse local onde a doença terá início, podendo, dessa maneira, manifestar sintomas em diversos pontos aleatórios da planta e da lavoura, o que não ocorre nas situações anteriormente descritas.

Sintomas da mancha-branca e como identificar a doença a campo

Os sintomas iniciais da mancha-branca incluem:

  • lesões novas: formação inicial de lesões circulares, aquosas (comprovadamente causadas inicialmente pela bactéria) e de coloração verde-clara;
  • evolução dos sintomas: após a evolução do ataque do patógeno, as lesões tornam-se necróticas (tecidos mortos), de coloração palha, formatos circulares ou elípticos (de maior comprimento do que largura e de bordas arredondadas);
  • pode causar ainda seca prematura das folhas, redução do ciclo da cultura, e por consequência diminuição do tamanho e peso dos grãos, podendo inclusive, em ataques severos, os sintomas serem observados também na palha da espiga.

É importante frisar que os sintomas iniciam na ponta das folhas, onde geralmente o patógeno é depositado primeiro, avançando para a parte intermediária e base. Além disso, as primeiras lesões costumam surgir nas folhas inferiores, progredindo para os demais terços da planta.

Mancha-branca do milho

Sintomas típicos da mancha-branca em folha de milho. No canto superior da imagem, é possível observar as manchas iniciais aquosas (em círculos vermelhos). Fonte: Mais Agro, 2023.

A época em que o patógeno costuma causar danos mais severos é após o pendoamento (principalmente florescimento e em fase de enchimento de grãos), mas isso não quer dizer que o patógeno não esteja presente antes desse estádio de desenvolvimento.

Pelo contrário, a proteção da cultura, tendo em vista a sobrevivência do fungo em restos culturais, é indispensável em fases anteriores, para que, no momento em que a planta entrar em um estádio de desenvolvimento mais sensível e crítico, ela esteja protegida, tendo em vista que o patógeno reduz a área foliar e, por consequência, a capacidade fotossintética da planta, fundamental para a translocação de fotoassimilados (compostos resultantes da fotossíntese que são acumulados em tecidos da planta, principalmente folhas), para o enchimento de grãos.

Como a mancha-branca ocorre: disseminação e condições ambientais favoráveis

O inóculo primário (primeiras estruturas do fungo ou da bactéria que dão início a doença), estão presentes nos restos culturais, que não possuem tempo hábil para se decompor entre uma safra e outra. Dessa maneira, logo após a cultura emergir, em condições ambientais favoráveis à manifestação da doença, os primeiros sintomas ocorrem rapidamente.

A disseminação da mancha-branca ocorre por meio de respingos de chuva e as condições ambientais favoráveis à doença incluem precipitação elevada, alta umidade relativa do ar (acima de 60%) e baixas temperaturas noturnas (entre 14 a 16ºC).

A doença costuma ocorrer com maior severidade em regiões de elevada altitude (superior a 600 m), e em milho safrinha a partir do final de março, início de abril, se estendendo até maio.

Medidas de controle baseadas no MID (Manejo Integrado de Doenças) são essenciais para o controle da doença e para a redução dos danos, uma vez que a mancha-branca pode provocar perdas de produtividade superiores a 60%, representando um desafio para o cultivo.

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Medidas de controle da mancha-branca

Medidas baseadas no MID são importantes para reduzir ao máximo os danos causados pelos patógenos. Dentre essas medidas, uma das principais é o uso de cultivares resistentes à doença. No entanto, partindo do princípio de que a cultura é afetada por inúmeras doenças, é necessário que produtores observem o histórico da área de cultivo, mapeando as principais doenças para direcionamento da cultivar mais adequada.

O ajuste da data de semeadura também pode ser uma alternativa, no entanto, para a primeira safra, tendo em vista que para o milho safrinha, o inóculo do patógeno já estará presente em altas populações, exigindo maior rigor no controle, desde o início do desenvolvimento da cultura.

A adubação equilibrada também é uma medida que auxilia no controle do patógeno. Estudos indicam que doses elevadas de Nitrogênio (N), por exemplo, agravam a doença. Adicionalmente, a rotação de culturas não hospedeiras também pode ser considerada uma tática complementar de manejo, desde que o milho não seja cultivado antes dos restos culturais  do plantio anterior tenham sido devidamente decompostos, o que pode levar mais de 29 meses, a depender do tipo de solo, condições ambientais, comunidade microbiana e manejo. 

O controle de plantas daninhas em áreas de produção, como caruru (Amaranthus spp.), capim-carrapicho  (Cenchrus echinatus L.) e capim-colchão (Digitaria horizontalis Willd.) também são medidas fundamentais, tendo em vista que a bactéria sobrevive e infecta essas plantas, configurando o inóculo primário em áreas de produção de milho.

Outra medida de controle bastante utilizada e recomendada é a aplicação de fungicidas. No entanto, é indispensável que se utilize um grupo químico de boa eficiência, tendo em vista que a solução apresenta certa dificuldade e baixa eficiência de controle da doença. Além disso, antibióticos testados para o controle (uma vez que a doença também é causada por uma bactéria), têm apresentado baixa eficiência de controle.

Controle simplesmente poderoso da mancha-branca do milho? É com Miravis® Duo!

Dada a dificuldade de manejo e controle eficiente da mancha-branca do milho, a Syngenta apresenta Miravis® Duo, que conta com a mais nova molécula revolucionária no controle de doenças: Adepidyn® combinada à ação de um potente triazol, o difenoconazol, proporcionando controle eficiente e superior da mancha-branca do milho, um dos principais desafios da cultura da atualidade.

Enquanto o Adepidyn® age na inibição da succinato desidrogenase (respiração dos fungos), o difenoconazol age inibindo a biossíntese de ergosterol (componente da membrana plasmática do fungo, indispensável para o seu crescimento). Logo, ambas moléculas sistêmicas, agem em dois locais diferentes do metabolismo dos fungos, proporcionando maior segurança no controle de doenças do milho.

Miravis® Duo age, portanto, inibindo a germinação e a penetração do fungo nos tecidos foliares por meio da ação do Adepidyn® (carboxamida), enquanto o difenoconazol (triazol) age inibindo a colonização dos tecidos, após a penetração do fungo (em situações em que a doença já está ocorrendo na planta), bem como a pré-esporulação (formação e liberação de novas estruturas de disseminação do fungo). Por tanto, age tanto de maneira preventiva, como curativa, promovendo segurança também para o início da infecção.

Os diferenciais de Adepidyn® são inúmeros, especialmente por ser uma molécula resultado de estudos ao longo de 10 anos. É única e inovadora, uma nova classificação de carboxamida no FRAC (Comitê de Ação a Resistência dos Fungicidas): N-metoxy-pyrazol-carboxamida. No Brasil, é registrada para diferentes culturas além do milho, como algodão, café, trigo e hortifrútis.

É a única molécula do mercado que combina três grandes diferenciais:

  • poder de controle devido a presença de pyrazol amida, possui alta atividade intrínseca de controle;
  • excelente residual: rápida absorção pela camada de cera foliar, sendo gradualmente distribuído, promovendo excelente residual devido a sua característica de lipofilicidade, o que resulta em resistência à chuva;
  • amplo espectro de ação: alta performance multicultivos, especialmente pela presença do radical N-methoxy.

As recomendações de aplicação de Miravis® Duo ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultura incluem aplicação a partir do estádio V8, com reaplicação em VT, conforme ilustração abaixo:

MILHO

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