O produtor que acompanha a central de conteúdos Mais Agro já sabe que, do ponto de vista dos especialistas, nós estamos vivendo a “era das Spodopteras” no campo.
É claro que a dinâmica de pragas muda a cada safra, e que o clima influencia diretamente a incidência e a pressão das espécies, assim como o seu comportamento – mas qualquer pessoa que colocou os pés em uma lavoura nas últimas safras concorda que a pressão de lagartas têm se intensificado, e que o controle tem se tornado mais complexo.
Nós abordamos esse tema ao longo da safra 2023/24, alertando sobre o aumento da ocorrência de Spodopteras na soja e sobre a importância do manejo integrado. Mostramos que a área tratada com lagarticidas aumentou expressivamente entre 2021/22 e 2022/23, principalmente em decorrência do controle das Spodopteras.
O cenário projetado para a safra 2023/24 era de uma pressão ainda maior devido ao El Niño, e a realidade seguiu esse roteiro: o clima intensificou os desafios para os produtores de soja em relação à infestação de lagartas, que começaram os danos logo cedo, prejudicando o estabelecimento inicial das lavouras.
Após os sojicultores enfrentarem uma das safras de soja mais difíceis dos últimos anos em praticamente todas as regiões do Brasil, é hora de, mais uma vez, enriquecer o manejo com base nos aprendizados do último ciclo. E, se tratando do manejo de Spodopteras, aprendemos que quanto menos brechas deixarmos, mais eficiente será o controle.
Então, como podemos começar fechando essas brechas? Aproveitando os benefícios da aplicação de inseticida na mesma época da dessecação pré-plantio!
Inseticida na dessecação pré-plantio: 3 motivos para adotar essa estratégia
Pensando no cenário das daninhas, que também tem se tornado mais complexo nas últimas safras, os benefícios da dessecação pré-plantio já são bem conhecidos pelos produtores.
Aqui na central de conteúdos Mais Agro nós já esclarecemos mitos e verdades sobre esse tema tão importante, e também elaboramos um guia básico para a dessecação pré-plantio da soja.
Mas agora é hora de dar destaque para mais uma oportunidade operacional que está sendo cada vez mais consolidada – e que vai além das daninhas e da produção de cobertura – pensada principalmente para o controle de Spodopteras: a aplicação de inseticida na mesma época da aplicação do herbicida, em dessecação pré-plantio, objetivando atingir toda a superfície (palhada).
A seguir, confira quais são as principais vantagens dessa estratégia e como isso pode impactar seus resultados nas próximas safras!
1. Redução da população de lagartas no início do ciclo da cultura
Lagartas polífagas, como as do gênero Spodoptera, podem se alimentar de uma variedade de plantas hospedeiras, como milho tiguera, plantas daninhas e até mesmo culturas de cobertura usadas para produzir palhada para o plantio direto da soja.
Ou seja, a sobrevivência dessas pragas ao longo dos ciclos tem sido favorecida pelas mudanças no sistema de produção, principalmente pela questão do escalonamento de produção.
Apesar de alguns produtores pensarem que as lagartas não podem sobreviver na palhada, estudos mostram que algumas espécies, principalmente do gênero Spodoptera, têm, sim, sobrevivido na palhada e gerado danos significativos no início do desenvolvimento da soja.
É aqui que entra um dos principais motivos para realizar a aplicação de inseticida na dessecação pré-plantio: com essa estratégia, é possível interromper o ciclo de vida dessas pragas antes que elas tenham a chance de infestar a nova cultura, evitando que elas causem danos às plântulas recém-emergidas.
A aplicação de inseticida na época da dessecação pré-plantio controla pragas existentes na palhada. Menos pragas presentes no início do ciclo significa menor pressão sobre a cultura nas suas fases mais vulneráveis, como a emergência e o estabelecimento.
E menos danos iniciais significam menos perdas de plantas e, consequentemente, um maior estande final, o que pode resultar em uma safra mais produtiva.
2. Eficácia contra a Spodoptera, a protagonista das infestações
Ainda sobre a sequência de conteúdos sobre o aumento da incidência de Spodopteras que publicamos, também lançamos uma matéria que ressalta a relação desse aumento de pressão com o cultivo da soja Bt.
“Esse crescimento pode ser atribuído a vários fatores, entre eles o uso extensivo da tecnologia Bt (Bacillus thuringiensis) em lavouras de soja. Apesar de eficaz contra diversas pragas, a soja Bt, que atualmente ocupa mais de 90% da área cultivada no Brasil, é ineficaz no controle das Spodopteras. Esse fato, aliado a práticas de manejo inadequadas, tem contribuído para o aumento populacional dessas lagartas.”
E esse é mais um motivo que faz da aplicação de inseticida na dessecação pré-plantio uma alternativa vantajosa para o produtor. Ameaças, como a Spodoptera Frugiperda, têm se tornado ainda mais preocupantes nas culturas de soja, milho e algodão, especialmente nas regiões do Cerrado.
Inseticidas formulados especificamente para controlar a Spodoptera e que podem ser posicionados no momento da dessecação pré-plantio abrem vantagem para os agricultores no controle dessa praga que não é mitigada pela tecnologia Bt e que pode ter grande impacto na rentabilidade da lavoura não só pelos danos diretos, mas também pela demanda de intervenções ao longo do ciclo, dependendo do nível de infestação da área.
Ao controlar pragas como as Spodopteras desde o início, é possível reduzir a necessidade de aplicações repetidas de inseticidas ao longo do ciclo, economizando tempo e custos.
Além disso, com a cultura comercial protegida contra essas ameaças desde o início, favorecemos um crescimento e desenvolvimento mais vigoroso, resultando em um maior rendimento final. Isso é especialmente importante em culturas de alto valor, como a soja.
3. Manejo integrado de pragas (MIP) para benefícios a longo prazo
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma abordagem estratégica e sustentável que visa controlar pragas agrícolas de maneira eficaz, combinando múltiplas táticas de manejo para minimizar os impactos ambientais e econômicos.
Nesse cenário, a aplicação de inseticida na dessecação pré-plantio entra como mais um pilar do manejo integrado, adicionando uma camada de proteção e controle para iniciar a safra da melhor forma possível, se encaixando como uma medida preventiva e estratégica dentro do sistema.
É importante lembrar que uma das bases do MIP é o monitoramento constante das populações de pragas e a tomada de decisões informadas sobre quando e como intervir.
Ou seja, a aplicação de inseticida durante a dessecação também deve ser decidida com base em dados de monitoramento que indiquem a presença de pragas como Spodoptera na palhada ou na vegetação de cobertura.
Pensando a longo prazo, o objetivo do MIP é promover um agroecossistema mais equilibrado e sustentável, ajudando a manter a saúde do solo, a biodiversidade e a produtividade da lavoura.
A aplicação de inseticida na dessecação pré-plantio – quando realizada de forma integrada e estratégica, dentro de um planejamento que considera a rotação dos mecanismos de ação dos defensivos – apoia esses objetivos, viabilizando uma lavoura menos vulnerável, o manejo antirresistência, a proteção das moléculas de controle e mais resiliência a desafios futuros.
Como ter mais eficiência na aplicação de inseticida no momento da dessecação pré-plantio?
Importante: adicionar um inseticida na dessecação pré-plantio por si só não garante a eficácia da operação. Para que a estratégia seja bem-sucedida e contribua para a sanidade e a produtividade da lavoura, é necessário se atentar a alguns fatores, como a escolha do inseticida ideal para esse tipo de estratégia.
Escolha o inseticida ideal
Alguns fatores a serem considerados ao escolher o inseticida para aplicação na dessecação pré-plantio incluem:
- Espectro de controle: o inseticida deve ser eficaz contra as principais pragas-alvo, como a Spodoptera Frugiperda.
- Modo de ação: inseticidas com múltiplos modos de ação oferecem uma proteção mais abrangente. Isso permite que as lagartas sejam controladas independentemente de como entram em contato com o inseticida.
- Velocidade de ação: para pragas que causam danos desde o início e se reproduzem rapidamente, como as Spodopteras, é importante escolher um inseticida com ação de choque rápida.
- Resistência a condições climáticas: inseticidas que aderem bem à planta e resistem a chuvas são preferíveis, pois oferecem proteção contínua mesmo em condições climáticas adversas.
- Posicionamento: uma característica fundamental para a escolha correta do inseticida é que ele tenha o posicionamento indicado para a aplicação na época de dessecação pré-plantio.
Dentro do portfólio robusto da Syngenta, a solução que atende com excelência a esses e outros requisitos é AMPLIGO®. Combinando dois princípios ativos, AMPLIGO® oferece uma solução rápida e eficaz contra a Spodoptera. Algumas das características que tornam AMPLIGO® uma escolha ideal para a dessecação pré-plantio são:
- Eficiência: AMPLIGO® é altamente eficaz contra uma das grandes ameaças das lavouras brasileiras, a Spodoptera frugiperda, controlando-a de forma abrangente em diferentes estágios de desenvolvimento, desde a eclosão até o estágio adulto.
- Proteção do potencial produtivo: ao realizar um controle eficaz da praga, AMPLIGO® ajuda a minimizar os danos às plântulas e promove um melhor estabelecimento da cultura, potencializando os ganhos de produtividade e rendimento.
- Ação por muito mais tempo: com uma ação que começa desde a eclosão dos ovos, AMPLIGO® oferece um residual prolongado que continua a proteger a lavoura contra a Spodoptera, fazendo com que a planta esteja segura por um período extenso.
- Aderência: AMPLIGO® se incorpora à cutícula da planta, proporcionando resistência à chuva. Isso significa que, mesmo após eventos de chuva, a proteção contra pragas permanece eficaz.
- Velocidade de ação: com uma rápida ação de choque, AMPLIGO® começa a agir em poucos minutos após a aplicação, proporcionando um controle imediato da Spodoptera na palhada e no solo.
- Recomendado para aplicação na dessecação pré-plantio: pulverização em área total, na mesma época da aplicação do herbicida não seletivo de ação sistêmica, em pré-plantio (dessecação).
Em resumo, AMPLIGO® se destaca como uma escolha ideal para essa operação, oferecendo uma combinação de eficácia, ação rápida e proteção prolongada contra a Spodoptera.
Após a dessecação pré-plantio, o manejo continua: tratamento de sementes e aplicação foliar são elos fundamentais do MIP
A aplicação de inseticida na dessecação pré-plantio é apenas o começo de uma jornada de sucesso no controle das pragas iniciais.
Para assegurar a sanidade da lavoura, é necessário prosseguir com os próximos passos do MIP, como o tratamento de sementes e a aplicação foliar de inseticidas, formando uma defesa robusta contra pragas dos estágios iniciais até o desenvolvimento pleno da cultura.
Utilizar um tratamento de sementes eficaz como FORTENZA® proporciona uma linha de defesa contra um amplo espectro de pragas desde o início da germinação, oferecendo uma proteção adicional e força para largar na frente. Enquanto AMPLIGO®, na dessecação, ajuda no controle da Spodoptera, FORTENZA®, no TS, é eficaz contra pragas como: corós, mosca-branca, complexo de lagartas e vaquinha-verde-amarela.
Conforme a lavoura cresce e se desenvolve, a dinâmica das pragas, influenciada pelas condições climáticas cada vez mais adversas, continua a representar uma ameaça.
Nesse cenário, sempre que o nível de controle for atingido, a aplicação foliar de inseticidas com produtos como INSTIVO® – que é decisivo no controle de lagartas e imbatível contra as Spodopteras – continua a cuidar do controle de maneira integrada, mantendo essas pragas abaixo no nível de dano econômico e minimizando as perdas de produtividade.
Combinar essas práticas – inseticida na época da dessecação pré-plantio com soluções bem posicionadas, como AMPLIGO®, tratamento de sementes com proteção superior, como FORTENZA®, e aplicação foliar com tecnologias de ponta e eficácia comprovada, como INSTIVO® – cria uma abordagem integrada e robusta de manejo das Spodopteras.
Cada etapa fortalece a defesa da lavoura, desde a preparação do solo antes mesmo da semeadura até o final da safra, beneficiando também as outras culturas subsequentes que também são alvo dessas pragas polífagas.
Lembre-se: consultar um engenheiro-agrônomo para planejar e ajustar essas práticas às condições específicas da sua lavoura é essencial para otimizar os resultados e garantir uma estratégia bem elaborada e assertiva. Conte sempre com o time Syngenta para isso.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
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