Em meio à expectativa de mais uma produção recorde para a safra de soja 2023/24, os sojicultores enfrentam um desafio crescente: o aumento dos prejuízos causados por pragas, especialmente as lagartas da soja.

As condições climáticas impostas pelo fenômeno El Niño têm favorecido o desenvolvimento dessas lagartas desde o início do cultivo, tornando o manejo um desafio ainda maior. Entre as pragas mais preocupantes nesse cenário, destacam-se as lagartas do complexo Spodoptera: Spodoptera frugiperda, Spodoptera eridania e Spodoptera cosmioides, causadoras de danos significativos nas lavouras.

Diante disso, os produtores precisam fazer as escolhas certas e incluir em seu plano de manejo inseticidas para lagartas não alvos das tecnologias Bt, como INSTIVO®, da Syngenta, que é a ferramenta ideal para garantir um manejo consciente e eficaz:

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Descomplicando o manejo de lagartas da soja: o complexo Spodoptera

As lagartas da soja, principalmente as do complexo Spodoptera, são pragas iniciais cuja recorrência tem sido motivo de preocupação para os produtores, uma vez que elas têm a capacidade de causar desfolha intensa, comprometendo a área foliar e, consequentemente, o desenvolvimento das plantas e a produtividade da lavoura.

As características das lagartas e os danos que causam à soja estão descritos a seguir:

Spodoptera frugiperda

A Spodoptera frugiperda, conhecida como lagarta-do-cartucho, é conhecida por seu hábito noturno. Quando totalmente desenvolvida, apresenta comprimento de 35 a 40 mm e pode ser identificada por pontos pretos, chamados pináculos, distribuídos por pares em cada lado dos segmentos do corpo.

Outra característica é a presença de quatro pontos pretos no último segmento abdominal, distribuídos como os vértices de um quadrado. Embora a cabeça apresente uma figura de um ípsilon invertido, isso por si só não é suficiente para determinar a espécie. A fase larval pode durar de duas a quatro semanas, dependendo da estação.

Lagarta da espécie Spodoptera frugiperda em folha de soja
Lagarta da espécie Spodoptera frugiperda em folha de soja.

Os adultos dessa espécie têm uma envergadura de asas de 32 a 38 mm e demonstram dimorfismo sexual evidente nas asas anteriores, sendo que as fêmeas apresentam uma coloração predominantemente cinza, enquanto os machos têm asas mais escuras. 

Uma característica comum a ambos são as asas posteriores branco-prateadas com veias bem demarcadas e uma faixa marrom próxima à margem. As fêmeas podem depositar até 1000 ovos, que ficam dispostos em camadas e cobertos por escamas provenientes de seu abdômen.

Em termos de danos, essa lagarta é a mais letal entre as Spodopteras, podendo cortar as plantas ao nível do solo, além de causar danos em flores, vagens e grãos, reduzindo drasticamente a produtividade. Além disso, é importante ressaltar que a Spodoptera frugiperda pode causar danos significativos em plantas de soja Bt.

Spodoptera cosmioides

A Spodoptera cosmioides, também chamada de lagarta-preta-da-soja, é outra espécie que requer atenção. Essas lagartas variam em termos de coloração, podendo apresentar tons que vão do amarelo-claro ao preto e, quando totalmente desenvolvidas, podem alcançar até 50 mm de comprimento.

Sua morfologia corporal é marcada por listras dorsais amarelas ou ocres e manchas triangulares pretas que são mais evidentes nos sétimo e oitavo segmentos abdominais. No último instar, essas manchas podem ser menos proeminentes.

Lagarta da espécie Spodoptera cosmioides em folha de soja
Lagarta da espécie Spodoptera cosmioides em folha de soja.

As mariposas têm um tamanho que varia de 16 a 20 mm e também apresentam dimorfismo, sendo que machos têm asas anteriores de cor marrom-avermelhada e fêmeas têm asas anteriores pardas com riscos ou desenhos brancos. As asas posteriores dos machos são brancas com manchas cinzas e as das fêmeas são de coloração branca. A oviposição é feita em massas sobre as folhas.

Uma característica comportamental dessa espécie é a sua vagarosidade, deslocando-se lentamente, especialmente no último instar. No entanto, alimentam-se vorazmente das folhas, reduzindo a área foliar e comprometendo o processo de fotossíntese da planta, além de também atacar as vagens. Ademais, a Spodoptera cosmioides não é afetada pela toxina Cry1Ac da soja Bt.

Spodoptera eridania

As lagartas dessa espécie, conhecidas como lagarta-das-folhas, apresentam uma linha abaixo dos espiráculos que pode ser interrompida ou perder sua intensidade na parte lateral do corpo. As manchas triangulares do primeiro segmento abdominal são grandes e mantêm aproximadamente o mesmo tamanho até o oitavo segmento abdominal.

Lagarta da espécie Spodoptera eridania em folhas de soja
Lagarta da espécie Spodoptera eridania em folhas de soja.

Os adultos têm asas anteriores com um traço curto na base da margem posterior, que pode desaparecer em espécimes mais velhos. Há também uma mancha arredondada, negra, que pode ser apagada ou se transformar em um traço longo estendendo-se até a margem da asa. A tonalidade geral das asas anteriores de S. eridania é bronzeada.

Quanto aos danos, além de atacar as vagens, essas lagartas causam desfolha na cultura da soja, de maneira semelhante a outras espécies do gênero Spodoptera, além de também provocarem danos em soja Bt.

O complexo Spodoptera é amplamente reconhecido por seus prejuízos em lavouras de soja e, nesse sentido, o manejo adequado é essencial para minimizar os impactos negativos dessas pragas na produtividade da cultura. Assim, o manejo integrado de pragas, aliado ao uso de INSTIVO®, surge como a abordagem ideal.

Manejo de pragas da soja: como controlar as lagartas?

A cultura da soja é assolada por diversas pragas, mas o complexo Spodoptera se destaca como uma ameaça significativa para os produtores. Por isso, uma abordagem de manejo integrado se torna crucial. Nesse sentido, três aspectos importantes devem ser considerados:

Monitoramento

É essencial monitorar regularmente as lavouras para identificar a presença e a densidade dessas lagartas. Essa prática determina o momento certo para iniciar o controle e escolher o inseticida apropriado.

  • Como monitorar? Utilize armadilhas específicas e faça vistorias regulares nas lavouras, observando os sinais de danos nas folhas e a presença de lagartas.
  • Quando monitorar? O ideal é iniciar o monitoramento desde o começo do cultivo, para detectar os primeiros sinais de infestação e agir rapidamente.
  • Por que monitorar? Antecipar o problema permite que o produtor aplique o tratamento no momento certo, maximizando sua eficácia e protegendo sua produção.

Tecnologia de aplicação

A tecnologia de aplicação de inseticidas é um componente vital no manejo de pragas da soja. A precisão na aplicação, considerando fatores como tamanho de gotas, volume de aplicação e condições climáticas, garante que o produto atinja seu alvo, reduzindo desperdícios e garantindo a eficácia do tratamento.

  • Equipamentos calibrados: certificar-se de que os equipamentos estejam bem calibrados assegura uma distribuição uniforme do produto.
  • Tamanho e velocidade da gota: ajustar essas configurações contribui para que o inseticida cubra adequadamente a planta e penetre nas áreas onde as lagartas se alojam.
  • Condições climáticas: a aplicação deve ser feita em condições de clima favoráveis, para evitar a deriva e garantir que o produto atinja seu alvo.

Escolha adequada dos produtos

Complementar o monitoramento e a tecnologia de aplicação com a escolha do inseticida apropriado é crucial. Ao escolher um inseticida, considere:

  • Eficácia contra a praga-alvo: o produto deve ser comprovadamente eficaz contra as espécies presentes na lavoura.
  • Resistência das pragas: o produto escolhido deve ser capaz de controlar lagartas que não são alvos das principais tecnologias Bt.
  • Benefícios adicionais: soluções que ofereçam benefícios como amplo espectro e longo residual são mais eficientes.

Aliado a esse manejo, o inseticida INSTIVO®, da Syngenta, é uma das ferramentas mais robustas para enfrentar esse desafio, sendo a chave para o manejo bem-sucedido do complexo Spodoptera na cultura da soja.

Controle imbatível do complexo Spodoptera com INSTIVO®

O controle consciente das lagartas da soja é essencial para proteger a produtividade das lavouras, especialmente quando lidamos com um adversário tão resistente quanto o complexo Spodoptera. Diante desse cenário, a escolha de um inseticida potente e confiável torna-se fundamental.

Nesse sentido, INSTIVO® emerge como a solução ideal para esse desafio. Sua composição única, com clorantraniliprole e abamectina, o posiciona como o único inseticida para lagartas da soja capaz de controlar todas as espécies do gênero Spodoptera. Mais do que isso, ao combinar dois diferentes modos de ação, age sobre o sistema muscular das lagartas, garantindo uma performance superior e um amplo espectro de controle.

Além disso, INSTIVO® conta com a formulação OPT, que potencializa sua eficácia e prolonga seu período de controle. Essa formulação à base de água não apenas evita a fitotoxicidade, mas também garante uma ação translaminar excepcional, graças às suas partículas menores e estabilizadas, que otimizam a distribuição e a penetração dos ativos na planta.

O uso do inseticida INSTIVO® representa uma mudança de jogo para o produtor de soja no combate às lagartas, sendo uma resposta robusta e inovadora para os desafios apresentados pelo complexo Spodoptera, que protege o investimento do sojicultor, além de maximizar os retornos financeiros.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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