Com a safra de soja 2024/25 em andamento e um cenário de chuvas abundantes previsto para o Cerrado a partir de dezembro, os sojicultores brasileiros devem se preparar para uma possível alta pressão de doenças. 

Nós já adiantamos esse assunto por aqui, em um artigo exclusivo com o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos, que enfatizou que o clima úmido deve favorecer os patógenos que já estão presentes no campo, criando um ambiente desafiador para os produtores.

E uma coisa é certa: quem fez a lição de casa bem feita, desde o tratamento de sementes até as primeiras aplicações de fungicidas no vegetativo, certamente vai encarar esse cenário com mais tranquilidade. Mas, quando falamos de construir a sanidade da lavoura, é fazer isso de maneira sequencial e bem planejada.

Ou seja, mesmo realizando essas etapas anteriores, as decisões que tomamos agora, especialmente no período de pré-fechamento das entrelinhas, podem fazer toda a diferença para a eficiência do controle e para a produtividade da cultura. Afinal, ainda tem muito trabalho pela frente até a colheita. 

Pensando em te ajudar a melhorar essa eficiência e evitar falhas nesse momento tão importante, destacamos 3 erros que você deve evitar na aplicação de fungicida no pré-fechamento da soja. Confira! 

1. Subestimar o clima e negligenciar as aplicações de fungicida 

O início da safra de soja 2024/25 apresentou chuvas irregulares e atrasadas em várias regiões produtoras, o que pode ter levado muitos produtores a acreditarem que a pressão de doenças na lavoura seria reduzida nesse ciclo. Essa interpretação, embora teoricamente lógica, pode ser enganosa, considerando a virada climática que já estava prevista a partir de dezembro (como contamos no nosso artigo com o Marco Antônio). 

Esse cenário de seca inicial, principalmente no Cerrado, pode ter levado alguns produtores a dispensarem um bom tratamento de sementes ou aplicações iniciais de fungicida, modificando o seu planejamento, imaginando que as doenças não seriam tão agressivas nessa temporada. 

Contudo, com a chegada das chuvas intensas e da umidade prolongada, a pressão de doenças deve aumentar rapidamente, revelando os sintomas, especialmente nas áreas mais baixas da planta, que se torna um ponto crítico de infestação após o fechamento das entrelinhas. 

É importante lembrar que grande parte dos patógenos, como os associados à podridão de grãos e vagens (anomalia da soja) e DFCs, chegam à lavoura via sementes contaminadas ou sobrevivem na palhada. Ou seja, ainda que não pareça, eles estão lá desde o início da safra, mas podem manifestar seus danos e sintomas somente no fim do ciclo da soja – quando já não há muito o que fazer, além de calcular os danos ou prejuízos. 

Por isso, manter um planejamento rígido, robusto e integrado para o manejo de doenças é fundamental para quem quer construir a sanidade da lavoura e evitar surpresas ruins. 

Ignorar as mudanças climáticas que estão ocorrendo ou se basear apenas no cenário inicial, sem se manter atualizado sobre as perspectivas ao longo da safra, pode custar caro mais adiante, com perda de produtividade e aumento da infestação de doenças difíceis de controlar.

2. Escolher qualquer fungicida para o momento do pré-fechamento

O pré-fechamento é um momento estratégico para a aplicação de fungicidas – considerado até mesmo um dos momentos mais importantes do manejo de doenças – pois é quando o produto aplicado ainda consegue atingir o baixeiro das plantas, área vulnerável que, com o fechamento das entrelinhas, se torna mais úmida e suscetível a infecções, principalmente considerando o que já comentamos, que grande parte dos patógenos sobrevivem na palhada. 

Nessa fase, é fundamental optar por fungicidas com formulações potentes, capazes de penetrar bem nas camadas mais baixas da planta. Explicando de maneira simples, esse é o momento de colocar fungicidas premium para proteger a sua produtividade.

Produtos que contenham em sua composição o solatenol em conjunto com outros ingredientes ativos, por exemplo, oferecem uma cobertura eficaz tanto para doenças já conhecidas, como antracnose, cercosporiose, septoriose, ferrugem e mancha-alvo, quanto para novos desafios, como a podridão de grãos e vagens (anomalia da soja).

Optar por formulações que ofereçam um amplo espectro de ação com alta eficácia ajuda a cobrir um complexo maior de doenças, implementando a proteção, potencializando a construção da sanidade da lavoura e reduzindo o risco de infestações que podem evoluir rapidamente, especialmente em períodos de alta umidade.

Além disso, é importante escolher ferramentas que tenham ingredientes ativos sinérgicos entre si, mas com diferentes modos de ação, garantindo uma atuação complementar e robusta contra o complexo de doenças da soja, ao mesmo tempo em que assegura o manejo antirresistência. 

Ignorar a importância de fungicidas de alta eficácia e sinergia e escolher qualquer fungicida para o pré-fechamento da soja pode expor sua lavoura a riscos maiores e impactar diretamente os seus resultados.

3. Não continuar monitorando a lavoura frequentemente 

Sim, manter um planejamento preventivocom um protocolo integrado que envolva aplicações sequenciais: tratamento de sementes, no estádio vegetativo, no pré-fechamento e no reprodutivo – é indispensável para o sucesso do manejo de doenças na soja.

Afinal, esse planejamento estabelece uma defesa robusta e constrói a sanidade da lavoura ao longo do ciclo. No entanto, se engana quem pensa que seguir esse planejamento anula a necessidade de monitorar constantemente a lavoura, especialmente em um cenário onde cada safra apresenta suas próprias particularidades e desafios.

Estamos vivendo em um período de mudanças climáticas e de comportamento de patógenos, com novas ameaças se destacando, como a podridão de grãos e vagens (anomalia da soja), e uma dinâmica de doenças cada vez mais complexa. 

Monitorar a lavoura frequentemente é essencial para observar como esses fatores afetam o campo e para ajustar o manejo conforme necessário, unindo o histórico da área com as mudanças em tempo real.

Além de escolher fungicidas de alta performance e amplo espectro, com um acompanhamento constante você consegue ter uma visão mais estratégica de como utilizar o máximo potencial dessas tecnologias de acordo com os alvos, ajustando o manejo para enfrentar os desafios específicos da safra e aplicando a solução certa no momento certo.

Considerando que o pré-fechamento é a última oportunidade de atingir o baixeiro das plantas, as estratégias traçadas para esse momento da lavoura, considerando também a avaliação a campo, será o que ajudará a reduzir o inóculo na parte de baixo, reduzindo então os impactos no terço médio superior das plantas.

Negligenciar o monitoramento pode expor sua lavoura a pressões adicionais, caso seja necessário ajustar o seu planejamento inicial de acordo com a realidade da sua lavoura a cada safra.

Fungicidas para o pré-fechamento da soja: potência e consistência contra as doenças

Para responder a esse desafio e ajudar a evitar principalmente o erro 2 da nossa lista, aqui vai a nossa dica: nossa dupla de fungicidas de alta performance que é referência em campo, desenvolvida especificamente para o controle do complexo de doenças da soja: ALADE® e MITRION®.

Formulados para oferecer uma proteção ampla e duradoura contra as principais ameaças da soja, essas soluções são especialmente indicadas para aplicação no momento do pré-fechamento.

ALADE® é um fungicida inovador que combina três ingredientes ativos: solatenol, ciproconazol e difeconazol. Essa formulação proporciona um controle abrangente de doenças comuns na soja, como antracnose (Colletotrichum truncatum), oídio (Erysiphe diffusa), cercosporiose (Cercospora kikuchii) e septoriose (Septoria glycines).

Com um espectro de ação tão amplo, ALADE® se destaca no controle, ajudando a manter a sanidade da lavoura desde o início do ciclo. Para a safra 2023/24, ALADE® também obteve registro para combater patógenos causadores da podridão de vagens e grãos (anomalia da soja), causada por Diaporthe, Colletotrichum e Fusarium, oferecendo uma proteção ainda mais completa para as lavouras.

Para potencializar o manejo, MITRION®, formulado com solatenol e protioconazol, une dois dos ingredientes ativos mais potentes para o controle de mancha-alvo (Corynespora cassiicola), uma problemática bem conhecida pelos sojicultores, e da ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), a doença mais devastadora da soja. MITRION® também é eficaz contra outras manchas foliares, além de DFCs (doenças de final de ciclo), como Antracnose (Colletotrichum truncatum) e Cercóspora (Cercospora kikuchii). 

Assim como ALADE®, MITRION® também recebeu registro para o controle dos patógenos causadores da podridão de vagens e grãos, fortalecendo a proteção no pré-fechamento das entrelinhas e proporcionando uma cobertura completa, desde a base até o topo das plantas. Ou seja, MITRION® é mais uma ferramenta completa para o manejo de doenças da soja. 

Agora você sabe o que evitar na hora de realizar as aplicações de fungicida no pré-fechamento da soja – e quais soluções Syngenta podem te ajudar nessa missão de construir com eficácia a sanidade da sua lavoura.

Lembre-se: a antecipação é uma das melhores estratégias no campo, principalmente no manejo de doenças, e estar preparado para agir no momento certo pode ser a diferença para uma safra bem-sucedida!

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