O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de algodão do mundo. A fibra natural é uma matéria-prima importante na indústria têxtil e a cultura também faz parte da produção de outros itens, como biodiesel e papel-moeda. No entanto, as ameaças de doenças podem comprometer toda a produtividade da lavoura.
A agressividade da ramulária (Ramularia areola), por exemplo, e de outras doenças secundárias tem preocupado os cotonicultores que entendem o manejo de patógenos como uma estratégia fundamental para proteger a lavoura contra essas ameaças.
Ramulária e demais doenças do algodão: como identificá-las no campo?
Para que o manejo da cotonicultura seja realizado de forma eficaz, o produtor deve conhecer e identificar as principais doenças do algodão por meio de constante monitoramento, a fim de obter dados que levem à melhor tomada de decisão, com foco na preservação do potencial produtivo da lavoura.
A seguir, serão apresentadas as principais doenças que atingem o algodoeiro:
Mela (Rhizoctonia solani)
A mela do algodoeiro é uma doença que atinge a fase inicial de estabelecimento da cultura, a depender das condições climáticas, podendo causar sérias perdas em produtividade a ponto de atrasar o estabelecimento do dossel e gerar a necessidade de semear a área novamente.
Os principais sintomas dessa doença são lesões de aspecto oleoso que vão adquirindo a característica de escaldadura ou podridão mole. Essas lesões podem evoluir para manchas necróticas quando a umidade está relativamente baixa.
Ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides)
O patógeno da ramulose consegue sobreviver nos restos culturais e, por isso, a manifestação da doença pode acontecer por conta da contaminação do solo ou de sementes que contenham o patógeno.
O principal sintoma da ramulose são as lesões necróticas que aparecem nas folhas do algodoeiro, causando enrugamento das folhas novas ou desprendimento e perfurações no centro daquelas com lesão mais antiga.
Além disso, favorece o aparecimento de gemas laterais, que formam um aglomerado de ramos com entrenós curtos e entumecidos, comprometendo o crescimento saudável das plantas.
Ramulária (Ramularia areola)
Também conhecida como mancha-de-ramulária, essa é a principal doença do algodão. Sua severidade se agravou nos últimos anos devido ao aumento de área cultivada, principalmente em sistemas de monocultivo e sucessão de culturas.
Há grande incidência nas regiões produtoras do cerrado brasileiro, por conta do clima favorável à doença. Sua presença é percebida pelo aparecimento de manchas angulosas nas folhas logo no início de sua manifestação, que evoluem para manchas esbranquiçadas ou amareladas com aspecto pulverulento, podendo tornar-se lesões necróticas.
Além disso, pode causar a queda prematura das folhas ou seu apodrecimento, atingindo as maçãs do baixeiro da planta. A desfolha é outra característica da doença, que ocasiona a abertura precoce dos capulhos.
O manejo no início da doença é essencial para evitar grandes perdas de produtividade, visto que a disseminação do patógeno acontece de forma rápida, pelo vento, pela chuva e pela irrigação.
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola)
É uma doença fúngica que atinge principalmente as folhas do algodão, mas pode ser encontrada também em sementes e grãos. Sobrevive em restos culturais ou em plantas hospedeiras na entressafra e provoca sérias quedas de produtividade.
Os sintomas mais comuns são lesões com halo amarelo que, com o tempo, vão ficando castanha-escuras até tornarem-se necróticas.
Mancha-de-alternária (Alternaria spp.)
Provocada por fungos do gênero Alternaria, essa doença atinge a lavoura desde os cotilédones e pode provocar séria desfolha no campo, resultando em altas perdas de produtividade.
Os sintomas podem demorar a aparecer e permanecem durante todo o ciclo da cultura, prevalecendo as manchas circulares rodeadas por um halo marrom-escuro. Quando evoluem, essas manchas coalescem, formando áreas necróticas que podem rasgar a folha.
Em casos mais severos, o patógeno pode atingir toda a estrutura reprodutiva do algodão, que se deteriora, apodrece e cai.
Cercosporiose (Cercospora spp.)
A cercosporiose é uma doença muito comum em culturas como soja e milho e está presente em praticamente todas as regiões produtoras do país, o que a torna um desafio para a cotonicultura, principalmente pela intensificação da sucessão desses dois cultivos.
Os sintomas se caracterizam por manchas foliares de coloração marrom ou parda, de centro esbranquiçado e bordos escuros. Pode atingir caules e pecíolos, formando lesões elípticas e até mesmo cancros com área necrosada deprimida.
Mancha-de-mirotécio (Myrothecium roridum)
É uma doença cujo patógeno sobrevive em restos culturais e pode ser transmitida por sementes. A disseminação acontece pela contaminação das partes sadias das plantas, por meio de orvalho e respingos provenientes de áreas infectadas.
Os principais sintomas da doença aparecem inicialmente nas folhas, percorrendo brácteas, maçãs, pecíolos e caules, onde surgem manchas circulares de coloração violeta e avermelhadas nas margens, com centro marrom-escuro.
A importância do fungicida multissítio para o manejo de doenças
Em um manejo assertivo de doenças na cultura do algodão, é recomendável que o produtor use as boas práticas agrícolas aliadas a um programa de manejo integrado.
Algumas das medidas a serem adotadas para evitar a disseminação de doenças como as citadas anteriormente são:
- utilização de cultivares resistentes e sementes sadias;
- rotação de culturas, para diminuir os inóculos da doença na área;
- destruição de soqueiras, para evitar a proliferação de doenças;
- uso de reguladores de crescimento e espaçamentos adequados, para a formação de um microclima favorável, com boa aeração no interior do dossel;
- realização do manejo químico, rotacionando os mecanismos de ação dos produtos sempre em conjunto com um fungicida multissítio.
Quanto a esse último item, vale lembrar que os fungicidas multissítios desempenham um papel importante no manejo de doenças, no entanto, o correto posicionamento é fundamental para a eficiência do controle na lavoura.
Multissítio tem marca: Bravonil® da Syngenta
Para proteger a produtividade e ter uma lavoura livre de doenças, a Syngenta conta com Bravonil®, fungicida multissítio que oferece alta performance no controle de ramulária e outras doenças do algodão.
O multissítio da Syngenta tem a conveniência como uma das principais vantagens, pois pode ser aplicado junto a outro fungicida com mecanismo de ação distinto. Além disso, sua formulação contém tecnologia que evita danos no sistema de pulverização e não entope os bicos, oferecendo também maior praticidade no preparo da calda de aplicação, que fica mais homogênea e eficiente.
Veja, no infográfico abaixo, outros benefícios de Bravonil® na lavoura de algodão:
Todos esses benefícios estão consonantes com o programa de Manejo Consciente do Algodão, idealizado pela Syngenta para atuar na prevenção do complexo de doenças, auxiliando o produtor na realização de boas práticas agrícolas no campo, a fim de extrair o máximo potencial produtivo da cultura.
O conceito de inovação está presente no DNA da Syngenta, uma empresa que está à frente no mercado quando o assunto é desenvolvimento de novas tecnologias.
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