Nos últimos anos, os produtores vêm enfrentando problemas com o aumento da resistência de patógenos aos fungicidas, o que coloca à prova os manejos tradicionais de controle de doenças da soja. Há cada vez menos opções de fungicidas e, até meados da próxima década, não previsão de surgimento de produtos com novos modos de ação eficientes. Nesse cenário, manejar a resistência é fundamental para assegurar a produtividade e a sustentabilidade da lavoura.

Alinhado ao Plano de Agricultura Sustentável (The Good Growth Plan) da Syngenta, desenvolvemos o programa Manejo Consciente em parceria com as principais instituições de pesquisa do Brasil. O objetivo é disseminar as práticas adequadas e sustentáveis de manejo, orientando os sojicultores sobre a utilização correta dos defensivos, o planejamento de safras e a assistência técnica no campo.

A melhor estratégia para uma lavoura sem doenças é respeitar as características individuais das doenças, a fim de definir o modo de ação contra elas. Adotar as técnicas de manejo integrado, o planejamento detalhado das safras e a aplicação correta de fungicidas, é benéfico porque:

  • Potencializa a produtividade das lavouras de soja;

  • Poupa o gasto com produtos e com a revitalização do solo;

  • Oferece mais proteção à biodiversidade e à população.

As principais doenças da soja

As doenças causadas por fungos podem afetar toda a lavoura, caso o controle não seja realizado no tempo certo e de maneira correta. Confira, no vídeo a seguir, as principais doenças que impactam a cultura da soja:

 

A ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) é uma das doenças mais agressivas e imprevisíveis, pois só se torna perceptível quando já se encontra em fase avançada de seu ciclo. Pode causar desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, o que gera prejuízos de até 90% na produtividade.

Comparativo: severidade da ferrugem com aplicação x sem aplicação

O oídio (Microsphaera diffusa) desenvolve-se em todas as partes da soja, atacando folhas, hastes e vagens. Pode ocasionar perdas de até 40% da produção e seu sintoma típico é uma camada esbranquiçada que cobre a parte aérea da planta, diminuindo a capacidade de realização da fotossíntese.

Uma doença que afeta a fase inicial da formação das vagens é a antracnose (Colletotrichum truncatum), podendo causar abortamento e queda dos legumes. Além disso, provoca necrose dos pecíolos e manchas por toda a planta.

Já a mancha-alvo (Corynespora cassiicola) pode gerar perdas de até 25% na lavoura, dependendo do período do ataque e das condições climáticas. Suas lesões são caracterizadas por pontuações pardas com halo amarelado, que evoluem para grandes manchas circulares, resultando em desfolha e maturação precoce.

A cercosporiose (Cercospora kikuchii) é uma doença altamente perigosa que origina manchas escuras e irregulares, ocasionando o crestamento das folhas e a desfolha antecipada. Também pode infectar os grãos, que adquirem uma coloração arroxeada e, quando semeados, apresentam menor vigor do que as sementes livres do patógeno.

Também conhecida como mancha-parda, a septoriose (Septoria glycines) é observada inicialmente nas folhas primárias, causando lesões circulares que se tornam necróticas. É uma das primeiras doenças a aparecer na lavoura e pode se estender ao longo do ciclo.

Apesar de se propagarem com rapidez, as doenças podem ser controladas de modo preventivo, e o enfrentamento eficaz requer a adoção do Manejo Consciente, com o uso de medidas distintas em diferentes frentes e momentos do ciclo da cultura.

10 princípios do Manejo Consciente para um controle mais eficiente e sustentável

O programa Manejo Consciente aborda um conjunto de 10 princípios focados nas características químicas dos produtos e também nas características agronômicas do cenário onde o produtor está inserido. Seguir esses princípios é a melhor maneira de reduzir a margem de risco de forma segura. São eles:

10 princípios do Manejo Consciente

1. Iniciar as aplicações de fungicidas preventivamente: uma vez instalada a doença, o controle curativo torna-se mais trabalhoso e menos eficiente, podendo inclusive gerar gastos superiores.

2. Usar os 4 modos de ação dos fungicidas nos programas: rotacionar entre carboxamidas, triazóis, estrobilurinas e multissítios. Essa variação permite uma melhor eficiência dos fungicidas e um menor risco de desenvolvimento de resistência.

3. Aumentar a eficácia dos programas com multissítios e triazóis: usar mais de um produto potencializa a ação do fungicida principal e elimina os fungos que poderiam manifestar resistência.

4. Máximo de aplicação de 2 carboxamidas com parceiros e no início do ciclo: desta forma será respeitada a vocação preventiva da molécula e, simultaneamente, inibindo o aparecimento de patógenos persistentes.

5. Utilizar doses, adjuvantes e intervalos recomendados pelos fabricantes: isso garante que a aplicação seja a mais efetiva possível. O uso de adjuvantes, quando indicado, é necessário para que o produto se espalhe melhor pela superfície foliar.

6. Seguir o “vazio sanitário”: período em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja, com o objetivo de reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, assim, atrasar a ocorrência da doença durante a safra.

7. Buscar o “escape” plantando na época adequada: assim, a cultura se desenvolve no período de menor pressão da ferrugem asiática, aumentando as chances de escapar dessa doença.

8. Privilegiar variedade de ciclos mais curtos: essa prática diminui o período em que a cultura fica exposta à ferrugem e a outras doenças.

9. Explorar a tolerância genética das variedades: ao escolher cultivares menos suscetíveis às doenças e mais adaptadas à região em que serão plantadas, a lavoura apresenta melhor sanidade e desempenho superior.

10. Utilizar uma tecnologia eficiente de aplicação: isso auxilia na economia de insumos e nos ganhos operacionais.

Portfólio completo para o manejo de doenças

O portfólio de fungicidas da Syngenta é direcionado para alcançar altos patamares de produtividade, desde os primeiros momentos da lavoura.

Começando com a aplicação de Score Flexi, um fungicida de amplo espectro de ação e com propriedades sistêmicas, que se destaca pelo seu caráter preventivo e curativo. O produto apresenta boa cobertura foliar e alta eficiência de controle das principais doenças do vegetativo da soja, além de auxiliar no desenvolvimento saudável da cultura até o estádio reprodutivo.

O fungicida Mitrion™  é composto pelos dois ativos mais potentes do mercado, combinando a carboxamida com melhor efeito preventivo e o triazol de melhor efeito curativo. Dessa forma, proporciona uma performance superior no controle de ferrugem e manchas na soja, com destaque para a mancha-alvo.

Alade®  é o único fungicida com a combinação de 3 princípios ativos altamente eficazes, que fornecem um controle consistente e o maior espectro de ação do mercado no manejo de doenças, incluindo antracnose, oídio, septoriose e cercosporiose.

Elatus™ é um fungicida sistêmico preventivo com dois modos de ação. O produto penetra rapidamente na planta e impermeabiliza sua superfície, impedindo a entrada de fungos. Junto com Cypress ou Bravonil, entrega amplo espectro de controle, sendo eficaz no combate a manchas, oídio, antracnose, ferrugem e DFCs.

Com amplo espectro e multipotência, Cypress combina dois ingredientes ativos: o Ciproconazol, efetivo contra a ferrugem asiática, e o Difenoconazol, ativo para o controle do complexo de manchas, oídio, DFCs e antracnose. É um fungicida versátil, pois pode ser utilizado em conjunto com outros fungicidas, e também é flexível, já que pode ser aplicado em qualquer etapa do ciclo da cultura.

Importante para o manejo de resistência, o multissítio Bravonil conta com amplo espectro de controle, podendo ser utilizado no controle de cercosporiose, ferrugem asiática, manchas e DFCs. Sua tecnologia oferece excelente cobertura foliar e fixação nas folhas, e o produto ainda contribui para a manutenção dos demais fungicidas, podendo ser utilizado em todas as fases da cultura.

Syngenta: sempre em busca de inovações para o campo

Para proporcionar uma lavoura de soja protegida do complexo de doenças e de outras ameaças, a Syngenta conta com um portfólio robusto, desenvolvido com alta tecnologia para auxiliar o sojicultor na realização do Manejo Consciente, a fim de que ele obtenha mais produtividade e rentabilidade na cultura.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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Redação Mais Agro