A produção de hortaliças e frutas enfrenta uma série de desafios significativos, sendo um dos principais o controle rápido e efetivo das pragas que ameaçam as lavouras. 

A magnitude desses desafios é agravada pela diversidade de pragas que prejudicam os campos, associada ao seu grande potencial de dano. 

Cada espécie apresenta ainda características únicas relacionadas ao ciclo de vida, às condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento, ao local de interferência nas hortaliças e frutas (podendo ser na parte aérea, como folhas, ramos e hastes, bem como abaixo do solo, em raízes e tubérculos), e ainda em relação às medidas de controle, que complicam ainda mais a tarefa dos agricultores em realizar o controle efetivo.

Os danos causados por essas pragas podem levar a perda total da produção, como é o caso da traça-do-tomateiro. Outras espécies, como a larva-alfinete, podem reduzir consideravelmente, além da produção, a qualidade dos tubérculos de batata, ocasionando desclassificação e descarte.

Desafios do controle de pragas em hortifrútis

No cultivo do tomate, por exemplo, a traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) aparece como uma praga desafiadora, impactando drasticamente a produção , assim como também das culturas da pimenta e do pimentão. 

Esta pequena mariposa, originária da América do Sul, estabeleceu-se globalmente, tornando-se uma ameaça significativa para os produtores. O ciclo de vida rápido e a capacidade de desenvolver resistência a inseticidas convencionais tornam a traça-do-tomateiro uma ameaça que pode inviabilizar a produção da cultura.

Já na cultura da batata, as brocas, como a broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantalis), representam um desafio persistente para os agricultores. Essas larvas penetrantes afetam diretamente os tubérculos, comprometendo a qualidade e a produção da cultura. 

A capacidade das brocas de se ocultarem nas partes mais profundas e abaixo do solo torna o controle ainda mais complexo. Adicionalmente, cabe ressaltar que essa espécie de broca também afeta outras culturas importantes, que podem ser cultivadas em locais próximos ou até mesmo em sequência, na mesma área, como berinjela, jiló, pimenta, pimentão e tomate.

Desafios específicos no controle

Os desafios do controle de pragas englobam quatro parâmetros principais, incluindo: 

  • Identificação precisa: muitas pragas têm estágios larvais que são difíceis de identificar. O uso inadequado de inseticidas pode resultar em um controle ineficaz.
  • Condições climáticas variáveis: mudanças climáticas podem criar ambientes propícios ao desenvolvimento de pragas. Algumas pragas têm preferências climáticas específicas, tornando difícil prever sua atividade.
  • Ciclos de vida rápidos: podem se multiplicar rapidamente, especialmente em altas temperaturas, aumentando a população e o potencial de dano, o que exige ações de controle imediatas.
  • Desenvolvimento de resistência: o uso constante de certos inseticidas pode levar ao desenvolvimento de resistência nas pragas. Além disso, o setor de inseticidas permaneceu, nos últimos 20 anos, sem inovações no segmento (novas moléculas, de grupos químicos distintos das amplamente empregadas no controle de pragas).

Pragas pra ficar atento na sua lavoura de hortifrúti

A lista de ameaças com potencial de reduzir  ou até mesmo inviabilizar a produção de hortifrútis é grande, e inclui outras pragas de grande relevância, capazes de causar danos em diferentes espécies de interesse agrícola, que podem ser cultivadas próximas a lavouras comerciais. Essa listagem inclui:

  • ácaros como o ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e o ácaro-da-falsa-leprose do citrus (Brevipalpus phoenicis);
  • larva-alfinete ou vaquinha verde-amarela (Diabrotica speciosa);
  • psilídeo (Diaphorina citri)
  • mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis);
  • tripes (Frankliniella occidentalis, Thrips spp., F. schultzei).

Essas pragas desafiam a produtividade e, para além, – a qualidade da produção hortifrúti, exigindo, comumente, medidas distintas de controle, tendo em vista que, além de insetos, um controle efetivo para ácaros é necessário. Nesse último ponto, cabe ressaltar que a maioria dos inseticidas não confere controle efetivo aos ácaros, exceto se o inseticida utilizado tiver ação acaricida. Esse detalhe é extremamente importante e deve ser obrigatoriamente observado. 

Um segundo ponto importante sobre a complexidade no controle de pragas em hortifrútis é o comportamento dessas pragas que, por vezes, pode ser sobre a parte aérea das plantas (como os ácaros) e sobre frutos e tubérculos, que se encontram abaixo e acima do solo (como a larva-alfinete), exigindo abordagens múltiplas para o seu efetivo controle.

Características das principais pragas em hortifrútis

Para um controle efetivo de pragas em culturas hortifrútis, é fundamental a identificação rápida das pragas (inclusive dos seus estádios de desenvolvimento), bem como a compreensão sobre as condições favoráveis para o seu desenvolvimento, além de estratégias de manejo integrado e performance das moléculas inseticidas ou acaricidas disponíveis. 

A seguir, entenda um pouco mais sobre as principais características das pragas, sua identificação e condições favoráveis, para evitar prejuízos na sua lavoura.

Traça-do-tomateiro (T. absoluta)

Pode levar à redução de produção e produtividade do tomate em até 100%.

  • identificação: a traça-do-tomateiro é uma pequena mariposa de asas marrons, cinza ou prateada, medindo aproximadamente 10 mm de comprimento;
  • condições favoráveis: pode ocorrer durante todo o ano, principalmente em períodos mais secos e quentes;
  • ciclo de vida: o ciclo de vida é curto – de até sete dias, levando a múltiplas gerações durante a estação de crescimento. A fase de pupa (antes da emergência da mariposa) dura, em média, de sete a dez dias, ocorrendo principalmente em folhas ou no solo;
  • danos: podem formar minas nas folhas e se alimentar no seu interior. Afetam ainda folíolos, brotos apicais, botões florais, flores e até frutos, que se tornam inadequados para a comercialização;
  • dificuldades no controle: desenvolve resistência a inseticidas rapidamente, tornando o controle desafiador.

Mosca-minadora (L. huidobrensis)

A depender da região, a mosca-minadora também é conhecida como larva-minadora, minador ou até mesmo riscado. Afeta principalmente a área foliar das plantas, causando redução da área fotossinteticamente ativa, além de danificar frutos, como no caso do tomateiro.

  • identificação: os adultos da mosca são de tamanho reduzido – um a três milímetros, de coloração preta e amarela. A mosca deposita os seus ovos no interior das folhas. Dessa forma, após a eclosão, as larvas se alimentam formando os sintomas característicos do ataque do inseto: as minas, geralmente de formato serpentoide (lembrando o movimento de uma cobra);
  • condições favoráveis: climas quentes e úmidos são ideais – temperaturas a 32ºC aceleram o ciclo de desenvolvimento; 
  • ciclo de vida: a fase ov-adulto é de geralmente 16 dias a 25ºC. Em temperatura de 32ºC, é de apenas 13 dias, levando à rápida reprodução e ao aumento da população da praga na área de cultivo;
  • danos: a fase larval, é a mais danosa às culturas, reduzindo a área foliar das plantas. Em frutos de tomate, por exemplo, o ataque do inseto às folhas pode provocar queda e queimaduras dos frutos, devido à sua exposição aos raios solares;
  • dificuldades no controle: devido à parte do ciclo poder também ocorrer no solo, o controle pode ser um desafio.

Broca-pequena-do-fruto (N. elegantalis)

Considerada um desafio para inúmeras culturas, especialmente as solanáceas, a broca-pequena-do-fruto, quando não controlada de forma eficiente, pode levar à redução de até 90% da produção, especialmente pela sua capacidade de se alimentar do interior dos frutos, como o tomate.

Aspecto visual da larva (canto superior esquerdo), pupa (canto inferior esquerdo) e adulto (direita) da broca-pequena-do-fruto. Fonte: Dueñas-López, 2022).
  • identificação: a lagarta que eclode dos ovos tem coloração branca, rosada e a cabeça mais escura. Após a eclosão dos ovos, as lagartas raspam a casca do tomate, abrindo um orifício para entrada no fruto. Uma das características dessa mariposa é realizar a postura em flores, próximo ao cálice ou sépalas. Já as mariposas possuem coloração branca, com comprimento de 25 mm e partes das asas transparentes;
  • condições favoráveis: início do florescimento da cultura, períodos de estação quente e chuvosa;
  • ciclo de vida: tem duração de aproximadamente 50 dias;
  • danos: provoca danos diretos aos frutos devido à alimentação ocorrer no interior dos mesmos. A presença de orifícios nos frutos podem indicar a presença da praga no cultivo;
  • dificuldades no controle: devido a permanecerem, durante a fase juvenil, na parte interior do fruto, há dificuldade dos inseticidas de atingirem o alvo – o inseto, favorecendo assim a sua permanência no cultivo. 

Tripes (F. occidentalis, Thrips spp., F. schultzei)

Os tripes, pertencentes à ordem Thysanoptera, são criaturas de tamanho reduzido, muitas vezes difíceis de serem visualizadas a olho nu. Apesar de minúsculas, carregam consigo um potencial de dano impressionante.

Sua habilidade de se alimentar perfurando as células das plantas para alcançar a seiva resulta em danos que, embora inicialmente pareçam inofensivos, podem rapidamente desencadear efeitos prejudiciais significativos, incluindo a perda de produção, produtividade e qualidade dos produtos agrícolas.

Aparência visual para distinção de algumas espécies de tripes.
  • identificação: insetos pequenos de corpo alongado e estreito, geralmente medindo entre 1 e 2 mm de comprimento. Algumas espécies têm asas, enquanto outras não. Sua coloração pode variar a depender do estádio de desenvolvimento e espécie, podendo ser prateada, marrom, verde ou amarelado.
  • condições favoráveis: são favorecidos por ambientes quentes e secos, sendo mais prevalecentes durante estações de clima ameno. A rápida reprodução e desenvolvimento são favorecidos em temperaturas entre 25°C e 30°C;
  • ciclo de vida: passam pelas fases de ovos, duas formas larvais, pupa e adulto. O ciclo de vida é relativamente curto, variando de uma a três semanas, dependendo das condições ambientais;
  • danos: perfuram as células das plantas para se alimentar da seiva, causando danos característicos, como prateamento e manchas em folhas. Além disso, sua saliva tóxica pode transmitir vírus prejudiciais às plantas, comprometendo ainda mais a saúde dos cultivos;
  • dificuldades no controle: sua capacidade de reprodução rápida e o hábito de se esconder em áreas de difícil alcance, como botões florais, tornam o monitoramento e a aplicação de inseticidas mais desafiadores. Além disso, a resistência a muitos inseticidas comuns é uma preocupação crescente.

Vaquinha (D. speciosa)

Além de reduzir a qualidade dos frutos e tubérculos em culturas HF, a vaquinha- -verde-amarela, também conhecida como larva-alfinete, pode ser um desafio para inúmeras outras culturas de interesse agrícola, como milho, feijão e soja, que podem ser encontradas próximas às lavouras de batata, agravando os danos.

Aspecto visual da vaquinha verde-amarela que, em fase larval, é conhecida também por larva-alfinete.

Além disso, na fase adulta, o inseto tem forma de besouro, o que facilita a sua locomoção e disseminação para as lavouras de HF.

  • identificação: as pupas possuem até cinco mm de comprimento e são brancas, permanecendo protegidas abaixo da superfície do solo. Já o besouro adulto possui coloração característica verde amarela;
  • condições favoráveis: o verão favorece o desenvolvimento da praga, assim como solos úmidos e sem compactação;
  • ciclo de vida: tem duração de 24 a 40 dias, dependendo das condições ambientais. Em temperaturas mais elevadas, ocorre de forma acelerada;
  • danos: na fase adulta, alimenta-se de folhas, brotações novas e até mesmo frutos e vagens, causando danos diretos de redução da produtividade das culturas. Os danos indiretos incluem a transmissão e disseminação de patógenos, principalmente vírus;
  • dificuldades no controle: a presença de larvas no solo dificulta a identificação precoce do problema. Além disso, as vaquinhas adultas são ágeis e podem se dispersar rapidamente, tornando a aplicação de medidas de controle uma tarefa desafiadora. A resistência a inseticidas também é uma preocupação crescente, exigindo abordagens integradas.

Ácaros (T. urticae e B. phoenicis)

Os ácaros são pragas significativas em diversos cultivos, representando uma ameaça substancial à produção agrícola. Esses pequenos aracnídeos, muitas vezes invisíveis a olho nu, desempenham um papel significativo na dinâmica dos ecossistemas agrícolas. Entre os ácaros de importância para as culturas hortifrúti, destacam-se o T. urticae, conhecido como ácaro-rajado, e o B. phoenicis, ou ácaro-da-leprose.

Aspecto visual do ácaro-rajado e do ácaro-da-falsa-leprose do citrus. Fonte: Guilhermo León M., 2012.
  • identificação: o ácaro-rajado mede aproximadamente 0,5 mm de comprimento e sua coloração varia de verde-pálido a vermelho intenso, com presença de manchas escuras nas costas. Já o ácaro-da-leprose possui cerca de 0,6 mm e sua coloração varia de amarelo a marrom-avermelhado.
  • condições favoráveis: encontram seu ambiente ideal em climas quentes e secos. São favorecidos por temperaturas superiores a 25°C e baixa umidade relativa do ar;
  • ciclo de vida: possuem rápida reprodução e desenvolvimento acelerado, podendo completar seu ciclo em questão de poucas semanas, a depender da espécie;
  • danos: incluem desde a descoloração de folhas até a transmissão de doenças virais, afetando diretamente a qualidade e a produção das plantas;
  • dificuldades no controle: a resistência a muitos acaricidas e a propensão à rápida proliferação evidenciam a necessidade de estratégias de controle eficazes, que contemplem diversas espécies, especialmente em cultivos hortifrútis.

Como vimos, diversas pragas ameaçam a produtividade das culturas hortifrútis. No infográfico abaixo, é possível verificar as condições favoráveis para a ocorrência de cada uma:

Nesse contexto, os principais desafios no seu controle incluem a diversidade de espécies associada a ineficiência de grande parte das moléculas disponíveis no mercado. A pergunta que paira é: como controlar todas essas pragas de forma eficiente, driblando a resistência?

Controle inovador de pragas com ação inseticida e acaricida em um único produto? Com a nova solução Syngenta, é possível! 

Diante desses desafios, a Syngenta apresenta JOINER®, uma solução inovadora para o controle de pragas em hortifrúti. Esse inseticida sem precedentes não apenas combate as dificuldades específicas associadas a cada praga mencionada, mas também oferece um modo de ação inédito para garantir uma proteção abrangente às plantações devido a um novo modo de ação e um novo grupo químico: PLINAZOLIN® technology.

Com um grupo químico inédito e um novo modo de ação, é possível deletar ácaros, brocas, larvas, tripes, moscas-minadoras, traças e a vaquinha-verde-amarela (larva- -alfinete), de forma eficiente, rápida e duradoura.

JOINER® controla até mesmo as pragas resistentes, isso porque não apresenta nenhuma resistência cruzada. Os principais benefícios de JOINER® incluem: 

  • eficácia: controle imediato e longo residual;
  • espectro: mais controle das principais pragas do hf;
  • flexibilidade: alta eficácia multicultivos.

É um inseticida e acaricida que atua por contato e ingestão, impedindo o relaxamento muscular dos ácaros e insetos. PLINAZOLIN® technology é uma molécula de características únicas:

  • adere fortemente nas folhas;
  • ação por contato e ingestão;
  • novo modo de ação (grupo 30 – único que modula o receptor GABA no sistema nervoso das principais pragas das culturas hortifrútis);
  • rápida parada alimentar das pragas;
  • longo efeito residual;
  • excelente estabilidade UV;
  • seletivo às culturas;
  • amplo espectro de ação;
  • baixa volatilidade;
  • resistente à chuva.

Sua formulação moderna confere distribuição homogênea das partículas, além de versatilidade, sendo recomendado tanto para aplicação terrestre quanto aérea. 

Controlar pragas em cultivos hortifrútis é uma tarefa complexa, exigindo estratégias precisas e inovação constante. Com a apresentação de JOINER®, a Syngenta está na vanguarda dessa batalha, proporcionando uma solução abrangente para os agricultores. 

Ao compreender os desafios específicos de cada praga, JOINER® emerge como uma resposta eficaz, destacando-se não apenas pela sua formulação avançada, mas também por sua capacidade de enfrentar os desafios dinâmicos do cenário complexo de controle de pragas.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.