Colheita iniciou com atenção para ocorrência do bicho-mineiro, phoma e ferrugem
A colheita da safra de café 2025 avança em Minas Gerais com alerta para a necessidade de um manejo fitossanitário em muitas lavouras. O estado que este ano tem expectativas de colher mais de 26 milhões de sacas, desde o início da safra tem registrado temperaturas amenas, que tem condicionado o surgimento de algumas pragas e doenças.
A urgência do manejo fitossanitário
A necessidade de repensar o planejamento de colheita nesse momento se tornou essencial para os produtores que têm registrado bicho-mineiro, phoma e ferrugem tardia. O Desenvolvimento Técnico de Mercado da Syngenta, Felipe Borges, pontua o ocorrido.

“É preciso atenção com esse manejo, pensando na proteção da florada da próxima safra. O que estamos vendo principalmente nas regiões mais quentes é uma incidência muito grande de bicho-mineiro, e isso é reflexo de todo manejo anterior”.
Além disso, a soma do clima ameno com alta umidade em algumas regiões, também tem colaborado para mais um ponto de atenção: a ocorrência da phoma e da ferrugem.
“Esse clima ameno e até mesmo alguns ferimentos em ramos já colhidos, tem favorecido esse cenário”, destaca Felipe.
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Segundo ele, a severidade desses patógenos pode comprometer até 80% da área foliar da lavoura, afetando diretamente o potencial produtivo da próxima safra.

“Mesmo em fase de colheita, é essencial que o produtor siga realizando os tratos fitossanitários, respeitando o período de carência, para proteger o enfolhamento e garantir produtividade no próximo ciclo. Nesse caso a aplicação do Miravis Duo®️ se faz muito importante ”, reforça Borges.
Avanço da colheita no Sul de Minas
Com o avanço da colheita na região, a Fundação Procafé fez os primeiros levantamentos. De acordo com o pesquisador André Moraes, os volumes colhidos até agora estão dentro do esperado, mas o peso dos grãos podem estar comprometidos. “A perda de peso está sendo observada em algumas áreas. Embora variável, ela é um ponto de atenção. Há lavouras em que o café apresenta peso normal, enquanto em outras o grão está mais leve”, destacou André Moraes, pesquisador da fundação.

Apesar de os volumes estarem dentro do que era previsto, outro monitoramento importante é com relação a qualidade. Alguns produtores do Sul de Minas, de acordo com a Procafé, relatam que a cata — ou seja, a quantidade de frutos defeituosos — está mais alta do que o esperado.
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Apesar dos desafios observados neste início de colheita, o retorno das chuvas após o período de veranico trouxe um alívio importante e renovou as expectativas para o próximo ciclo produtivo.

“As plantas conseguiram se reidratar e crescer novamente. A gente costuma dizer que elas ‘puxaram’ com o retorno das águas. Com isso, as lavouras estão bem projetadas para a próxima safra”, observou Moraes.
Previsão de geada ainda não preocupa o Sul de Minas
Em relação ao clima, André também comentou que, até o momento, o risco de geada está restrito ao sul de São Paulo. Portanto, não há sinalizações concretas de que o fenômeno atinja o Sul de Minas nas próximas semanas.
“Por enquanto, é uma previsão de frio apenas até o sul paulista. Aqui pra gente, ainda não tem nenhuma especulação mais concreta”, concluiu.
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