A safra 2023/24 apresentou desafios significativos para os produtores de soja com a infestação de lagartas, principalmente as Spodopteras, emergindo como um sério problema para as lavouras.
Os profissionais do setor têm caracterizado essa realidade como a “Era das Spodopteras“, devido à crescente incidência de lagartas do gênero Spodoptera não apenas nas lavouras de soja, mas também nas de milho e algodão no Brasil.
O manejo eficiente e bem-sucedido das lagartas do gênero Spodoptera é dificultado em função do cultivo consecutivo de suas culturas hospedeiras, sendo, portanto, crucial o planejamento de ações.
Isso engloba não apenas a definição de estratégias de controle, que envolvem métodos como controle genético, cultural e químico, mas também a escolha criteriosa dos inseticidas utilizados.
Essas estratégias visam, primordialmente, a implementação de práticas de manejo antirresistência, com o objetivo de proteger tanto as biotecnologias quanto as moléculas químicas.
Considerando que as biotecnologias disponíveis para o controle genético dessas lagartas têm apresentado falhas e alguns grupos químicos de inseticidas também têm enfrentado desafios no controle eficaz, o planejamento para o sucesso da próxima safra de soja começa agora: desde a seleção de cultivares adequados, especialmente voltados para o controle de lagartas, até a escolha criteriosa do inseticida ideal, aliado à sua aplicação no timing correto.
Danos causados pelas lagartas do gênero Spodoptera
As perdas de produtividade provocadas pelas lagartas do gênero Spodoptera podem superar os 30%, considerando que a área foliar afetada compromete diretamente a capacidade da planta de realizar a fotossíntese, resultando na produção de grãos de soja em quantidade e qualidade reduzidas.
Além disso, à medida que a população de lagartas se mantém e se reproduz, elas se transformam em uma ameaça significativa para a cultura subsequente, destacando-se especialmente pela capacidade de cortar as plântulas rente ao solo.
Os impactos econômicos das infestações de lagartas na soja são consideráveis. Além das perdas diretas na produção, os custos relacionados ao controle dessas pragas aumentam, envolvendo despesas com insumos e mão de obra. Portanto, é fundamental a adoção de estratégias proativas para gerenciar e minimizar esses impactos.
Durante sua fase larval, as Spodopteras spp. alimentam-se de maneira voraz das folhas da soja, deixando lesões distintas caracterizadas por padrões irregulares.
Comportamento das diferentes espécies de lagartas do gênero Spodoptera
Enquanto a S. frugiperda, conhecida como lagarta-do-cartucho, demonstra preferência pela alimentação de folhas jovens, expandindo seu ataque para vagens e grãos, a S. cosmioides, também chamada de lagarta-das-vagens, direciona sua atenção para brotos, folhas e estruturas reprodutivas.
Por sua vez, a S. eridania, denominada lagarta-das-folhas, demonstra uma clara preferência alimentar por folhas.
Os adultos desse gênero, de forma geral, possuem hábito noturno, mantendo-se escondidos durante o dia, abrigados principalmente do calor, e ativas durante a noite. As lagartas são capazes de consumir grandes quantidades de folhas.
Confira, no infográfico abaixo, as principais diferenças entre as espécies de lagartas do gênero Spodoptera e o potencial de danos nas lavouras de soja.
O importante papel do planejamento na prevenção de infestações
O sucesso da próxima safra inicia-se no planejamento. A escolha de materiais (cultivares) resistentes/tolerantes desempenha um papel fundamental na redução da vulnerabilidade da lavoura ao ataque de lagartas, especialmente as Spodopteras.
Além disso, a utilização de inseticidas eficientes é crucial para o controle eficaz, uma vez que contribui não apenas para a proteção imediata da área de cultivo, mas também para a extensão da vida útil das biotecnologias utilizadas.
Biotecnologias e controle químico: uma abordagem complementar
Embora existam biotecnologias desenvolvidas para o controle das Spodopteras, é essencial compreender que o controle químico desempenha um papel complementar vital. A aplicação adequada de inseticidas, no momento correto e com produtos eficazes, não só protege as lavouras no curto prazo, mas também contribui para o manejo antirresistência.
As biotecnologias oferecem soluções sustentáveis, mas a pressão de seleção contínua pode diminuir sua eficácia ao longo do tempo. Portanto, a integração de estratégias de controle químico, quando necessário, ajuda a preservar a eficácia dessas ferramentas inovadoras e evita o desenvolvimento de resistência.
Práticas recomendadas para o controle integrado
- Monitoramento regular: estabeleça programas de monitoramento para avaliar a presença de lagartas nas lavouras. A identificação precoce permite a implementação imediata de medidas de controle.
- Escolha de cultivares resistentes: opte por cultivares de soja que apresentem resistência ou tolerância às Spodopteras.
- Uso consciente de inseticidas: quando necessário, utilize inseticidas eficientes e apropriados. Consulte profissionais especializados para orientação sobre a escolha correta e a aplicação adequada.
- Rotação de culturas: pratique a rotação de culturas para interromper o ciclo de vida das lagartas e reduzir a pressão de seleção para resistência, quando possível. Além disso, realize o controle eficiente de plantas daninhas, tendo em vista que as lagartas do gênero Spodoptera também sobrevivem e se reproduzem em uma ampla gama de espécies de plantas daninhas.
- Aprimoramento do solo: mantenha a saúde do solo, pois plantas saudáveis são menos suscetíveis a ataques de pragas.
Preparando-se para uma nova safra de soja
A safra 2023/24 serviu como um alerta para a ameaça significativa que as Spodopteras e outras lagartas representam para as plantações de soja. No entanto, por meio de práticas agrícolas sustentáveis, adoção de tecnologias inovadoras e um planejamento cuidadoso, os produtores podem enfrentar esses desafios de maneira eficaz.
Ao investir na escolha de cultivares adequados, na aplicação responsável de inseticidas e na adoção de práticas de manejo integrado, os agricultores podem não apenas proteger suas lavouras na próxima safra, mas também contribuir para a sustentabilidade a longo prazo da agricultura de soja. A batalha contra as lagartas é complexa, mas, com estratégias bem delineadas, podemos colher os frutos de uma safra resiliente e produtiva.
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INSTIVO® conta com uma composição única de dois ativos sinérgicos – clorantraniliprole + abamectina, proporcionando uma ação incomparável de amplo espectro. É o único inseticida capaz de controlar todas as espécies de Spodopteras, tornando-se a escolha definitiva para a proteção das lavouras de soja.
O diferencial de INSTIVO® reside em sua combinação única de diferentes modos de ação, atuando de forma prolongada e complementar no sistema nervoso e muscular das lagartas. Isso não apenas impede que elas danifiquem as plantas, mas também preserva a produtividade da lavoura.
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