O início da colheita de café sempre foi um marco aguardado ansiosamente pelos produtores.  Mas, neste ano, há uma alta possibilidade dos cafeicultores iniciarem as colheitas em algumas regiões antes do que ocorre tradicionalmente. Com isso, algumas mudanças precisam ser feitas, acompanhando a antecipação da colheita. 

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Dermival Madeira, Representante Técnico de Vendas da Syngenta, explica que a antecipação média de cerca de 20 dias na colheita é uma realidade que alguns produtores enfrentarão este ano em Minas Gerais. Esse fenômeno é atribuído à floração precoce do ano anterior, impulsionada por condições climáticas excepcionais de altas temperaturas registradas entre outubro e janeiro.

Essa antecipação traz consigo um desafio significativo: a desuniformidade na maturação dos grãos, justamente pela ocorrência de várias floradas no ano anterior, o que faz com que o café que está amadurecendo mais cedo caia no chão. Isso resulta em uma maior quantidade de café de qualidade inferior, impactando o produto final.

“Por isso há ansiedade por parte dos produtores em começar a colheita mais cedo, o que resulta na desvantagem de colher o café ainda verde. No entanto, o benefício pode ser que isso libere as plantas de café mais cedo, permitindo um período de descanso até a próxima florada, prevista para outubro de 2024”, explicou o representante Dermival.

Esperar a maturação ideal do grão pode trazer prejuízos, como explica Juan Gimenes, Gerente de Marketing e Inovações de Café. “Se esperamos os frutos mais atrasados atingirem a maturação ideal, os adiantados já estão secando nas plantas ou até mesmo caindo no chão. Se anteciparmos a colheita, teremos um grande percentual de frutos imaturos, que resultam em um impacto negativo na qualidade final, devido a presença do defeito verde, além de amargor e adstringência.”


Desafios na colheita antecipada do café

Na região cafeeira de Nova Resende, sudoeste de Minas Gerais , o produtor Alexandre Quirino conta que sua lavoura não apenas está pronta para a colheita, mas está em um estágio de maturação que é exceção nesta época do ano.


Fazenda Madre de Deus – Nova Resende/MG

Na região de Nova Resende , estamos próximos da colheita nos próximos dias, não em toda área, mas em uma parcela mais nova e precoce. Acredito que como esta é uma lavoura nova, ela floresceu mais cedo. Está com mais de 90% de maturação“, explicou Alexandre.

Uma mudança substancial no calendário de colheita pode trazer um alerta no planejamento das fazendas. Dermival destaca a necessidade de adaptação por parte dos produtores diante dessa antecipação da colheita. “O produtor que tem na região uma alta pressão de phoma, estava acostumado a fazer uma pulverização preventiva em abril, 30 dias antes da colheita, e para ferrugem, 15 dias antes. Mas com essa antecipação, ele terá que se organizar para realizar a pulverização mais cedo. Daí a necessidade dessa proteção contra a ferrugem, da pulverização antes da colheita, com um alerta de que é essencial respeitar o intervalo de carência de cada produto”, completou Dermival.

Tecnologia como solução da colheita antecipada

A tecnologia emerge como uma aliada crucial na gestão das novas demandas da colheita antecipada. Um exemplo é a antecipação da colheita como uma oportunidade, quando alinhada com o Nucoffee Versatians, resultado de anos de pesquisa desenvolvida em parceria com a Syngenta e a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Camila Dias, Assistente Técnica de Inovações da Nucoffee, explica que a proposta de antecipação da janela de colheita em até 30 dias do que seria a previsão para cada lavoura, colhendo frutos totalmente imaturos (granados), em conjunto com a aplicação da tecnologia, é possível produzir cafés especiais.

O Nucoffee Versatians permite que os produtores otimizem a janela de colheita reduzindo ou eliminando o café de chão, e a eliminação do defeito verde, melhorando a qualidade média da safra, e, para uma segunda passada, aumenta a quantidade de frutos cereja. Além de permitir que a planta reserve mais energia e potencialize as próximas floradas. A tecnologia aplicada a frutos imaturos resulta em um café com maior atividade antioxidante, sem adstringência, com doçura e acidez”, explica Camila.

Exemplos dos pontos de maturação que podem ser encontrados durante o ciclo de evolução do cafeeiro. 

O que acontece normalmente é o produtor esperar que o talhão apresente menos de 20% de frutos imaturos para iniciar a colheita e finalizar na zona de risco, onde os frutos mais adiantados já estão secando nas plantas (Frutos Bóia) ou até mesmo caindo no chão (Frutos de Varrição). Nesse contexto, a importância do Nucoffee Versatians torna-se evidente.

 “A característica principal dos frutos imaturos na bebida final do café, seria o amargor e adstringência, após o beneficiamento do café com a tecnologia Versatians, conseguimos eliminar totalmente essas características negativas e agregar doçura e acidez prazerosa ao grão. Além de todos benefícios agronômicos para as safras futuras”, concluiu Juan.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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