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A safra de soja 2022/23 está em andamento nas principais regiões produtoras, e o cenário não poderia ser mais satisfatório para os agricultores, que viveram um período de grandes desafios no último ciclo, com quebra de produção por conta das condições climáticas.
Apesar dos ânimos restaurados por conta das previsões de novo recorde de produção para a soja brasileira, relaxar não é uma opção. Os produtores estão atentos aos seus programas de manejo, a começar já pela semeadura e pela plantabilidade. Afinal, a única maneira de atingir as metas de produtividade e recuperar o fôlego do setor é colhendo uma grande quantidade de grãos de qualidade em 2023, a partir de estratégias para garantir o vigor do cultivo.
O foco neste início de safra é não dar sorte para o azar. No final do último ciclo, os produtores não se deixaram abalar, como bem pontuou Leonardo Sologuren na abertura do 14º Desafio CESB de Produtividade, ocorrido em junho:
“No final do dia, queremos que os produtores desafiem a si mesmos a ser altamente produtivos”.
Essas palavras refletem o que todos querem para a cultura que é o motor da economia brasileira, e parece que há muita disposição para cumprir esse desafio. O Mais Agro está de olho no andamento do plantio de soja e nas condições para o cumprimento das metas, apresentando todas as informações atualizadas ao longo deste artigo.
Safra de soja 2022/23 por região
O calendário de vazio sanitário para este ano definiu os períodos de janela de plantio de soja. A medida visa diminuir a pressão da ferrugem asiática, além de auxiliar no manejo de outras doenças e pragas, mantendo as áreas limpas de plantas hospedeiras para mitigar as ameaças à produtividade. Aqueles que seguem o calendário já começam a produção com o pé direito e no momento adequado.
A seguir, as datas previstas para o plantio nas principais regiões produtoras de soja:
Outros Estados, como Piauí e Maranhão, não foram destacados no mapa acima, embora contribuam de maneira significativa para a produção nacional de soja. Ambos, no entanto, têm o calendário dividido em microrregiões, cujas janelas de plantio variam do final de setembro ao começo de dezembro de 2022.
Os demais Estados participam timidamente dos números totais da sojicultura brasileira, alguns com início do plantio previsto para fevereiro, março e abril de 2023, como é o caso de Ceará, Amapá e Alagoas, respectivamente.
Andamento do plantio de soja
Os levantamentos de plantio e colheita da Conab da última semana de outubro indicam que os doze principais Estados produtores de soja avançam na semeadura:
- Mato Grosso: 87,6% de área plantada;
- Mato Grosso do Sul: 73%;
- São Paulo: 65%;
- Paraná: 46%;
- Goiás: 41%;
- Minas Gerais: 27,5%
- Santa Catarina: 21,3%;
- Tocantins: 20%;
- Bahia: 10%;
- Maranhão: 3%;
- Rio Grande do Sul: 3%;
- Piauí: 1%.
Percebe-se que a tendência para a safra de soja 2022/23 é seguir a janela de plantio, para que não haja atrasos na colheita nem problemas de manejo por conta do clima inadequado para cada período de desenvolvimento das plantas. Dessa forma, Estados produtores com semeadura mais tardia, como Bahia, Tocantins, Piauí, Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, começaram o plantio em período ideal, ainda em outubro.
O Paraná, em contrapartida, cuja janela de plantio é uma das mais antecipadas, não apresenta a semeadura dentro do esperado, estando muito aquém do andamento verificado no mesmo período da safra anterior, que já alcançava 60%. Áreas das regiões oeste e sudoeste do Estado foram afetadas por longos períodos de chuva e clima predominantemente nublado.
Essa condição afetou o andamento do plantio e tornou o desenvolvimento das plantas mais lento. Além disso, algumas áreas tiveram de ser replantadas. O contexto faz com que a colheita também sofra com atrasos, com nova projeção para iniciar somente em fevereiro.
Minas Gerais é outro Estado que mostra atrasos no processo de semeadura, comparando com o andamento das operações em 2021. Algumas áreas pontuais apresentam necessidade de replantio, dessa vez por conta da condição climática de baixa umidade. O mesmo se verifica em parte do leste do Mato Grosso.
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Projeções de produção para a safra 2022/23 de soja
De início, previa-se uma produção de 150,36 milhões de toneladas de soja na próxima temporada, um número que já indicava recorde, sendo o maior desde as 139,3 milhões de toneladas colhidas na safra 2020/21. No entanto, o mês de novembro foi inaugurado com uma elevação dessa projeção, que agora indica 154,35 milhões de toneladas de soja produzida na safra 2022/23, de acordo com levantamento feito pela StoneX.
O incremento de mais de 200 mil toneladas nas projeções se deve ao clima favorável verificado no início do plantio em algumas regiões, salvo as exceções comentadas. Parte do aumento de produção que vinha sendo estimado já era em função da expansão de área plantada, número que aumentou ainda mais com o alargamento da área destinada à sojicultura em Goiás e em Minas Gerais.
Assim, ao que tudo indica, seguindo as janelas de plantio, estabelecendo programas de manejo integrado e acompanhando os regimes de chuva para antever qualquer desvio do planejamento, a safra 2022/23 de soja será a maior da história da agricultura brasileira.
O já comentado 14º Desafio CESB revelou em junho o maior produtor nacional de soja da safra 2021/22, que alcançou uma produtividade de 126,85 scs/ha. Esse resultado foi 2,5 vezes superior à média nacional e constrói uma representatividade na sojicultura que impulsiona o aumento da competitividade do Brasil no cenário global.
Para a nova temporada, os sojicultores devem estar atentos às metas de produtividade de sua região e aos produtos para controle de pragas, doenças e daninhas que melhor entregam boa performance e rentabilidade, de acordo com os históricos registrados por iniciativas como a do CESB. Assim, será possível fazer da safra 2022/23 uma produção recorde e um exemplo de boas práticas agrícolas pela superação de desafios.
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