Em um período de cinco anos, entre 2016 e 2021, foram instalados 36.939 novos sistemas de energia solar fotovoltaica pelo Brasil, o que significa um aumento de 40.000%, de acordo com estudo da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). A mesma pesquisa indicou que a capacidade de geração de energia por esse tipo de sistema em áreas rurais saltou de 0,58 mW para 791,32 mW, resultado da inovação tecnológica no setor agrícola.

A alta eficiência dos painéis solares e a evidente diminuição dos custos operacionais nas fazendas fazem com que o produtor brasileiro considere cada vez mais o investimento em energia solar, para suprir parte ou mesmo a totalidade da demanda de eletricidade do processo de produção.

Para apresentar de forma objetiva as vantagens da adoção desse sistema, a seguir serão apresentados cinco fatos sobre o uso de energia solar no agronegócio comprovados por meio de pesquisas científicas ou pela experiência empírica de agricultores.

Uso de energia solar no agro: 5 fatos que não dá para negar

A energia solar é um recurso natural renovável que não corre risco de escassez por períodos longos, especialmente no Brasil, um país tropical que recebe mais de 3 mil horas de incidência do sol anualmente, segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar.

Sistemas fototérmicos, que transformam a luz do sol em calor para aquecer, principalmente, a água, eram muito utilizados nas fazendas. Todavia, a capacidade superior de geração de energia pelo sistema fotovoltaico – que transforma luz do sol em eletricidade – em áreas rurais abre novos caminhos para a produção agrícola e a gestão financeira nas fazendas.

O agronegócio brasileiro busca por soluções sustentáveis e rentáveis para o produtor, e a energia solar é uma alternativa para alcançar ambos os objetivos!

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Fato #1: Oferece economia financeira

Um sistema de energia solar pode diminuir em até 95% os gastos mensais com eletricidade. De fato, um produtor do Paraná relatou que sua conta de energia elétrica caiu de R$ 5.000 para R$ 700 depois da instalação dos painéis solares, uma queda de 86%.

Ao contrário do que muitos pensam, o investimento inicial não é superior à economia. Um estudo da UFV (Universidade Federal de Viçosa) demonstrou que o payback é de 7,4 anos, sendo a TIR (Taxa Interna de Retorno) de 33,85%, quando se trata de energia solar fotovoltaica.

Fato #2: Proporciona autonomia ao agricultor

Ter um sistema de geração de energia solar garante autonomia ao agricultor, que não depende da oferta disponibilizada pelo Sistema Brasileiro de Energia. Há dois fatores atrelados a isso: controle da quantidade de energia disponível e controle dos gastos financeiros.

No primeiro caso, o produtor sabe exatamente qual sua capacidade operacional por meio de armazenamento, em baterias, da energia coletada, podendo planejar as operações com base na gestão interna, sem correr riscos de quedas de energia imprevisíveis.

No segundo caso, o custo com energia elétrica na fazenda passa a ser fixo, sem sofrer com as variações nos preços aplicados pelas concessionárias. Acontece que cerca de 67% da energia gerada no Brasil é proveniente de hidrelétricas, que têm recorrentes problemas de abastecimento por conta da crise hídrica que vem acometendo o país desde 2020.

A baixa nos reservatórios e a diminuição da capacidade dos rios em gerar energia faz com que as termelétricas sejam uma alternativa, que, apesar de cobrirem a demanda, elevam os preços da eletricidade.

Com um sistema autônomo de geração de energia solar, principalmente em áreas rurais afastadas, não há o risco de interrupção do fornecimento por qualquer problema na rede nem de aumento de custo por conta da elevação dos preços.

Fato #3: Sistema de fácil manutenção e de longa duração

A economia do sistema de energia solar contempla recursos naturais e financeiros, no que diz respeito ao gasto de eletricidade, mas também está diretamente relacionada à infraestrutura.

A necessidade de manutenção é quase nula e acontece de maneira simples. A maior preocupação está voltada aos painéis solares, que têm durabilidade média de 30 anos. Se o retorno sobre o investimento é de aproximadamente 7 anos, o agricultor tem mais 23 pela frente para economizar antes de precisar substituir as placas fotovoltaicas.

Em se tratando do custo do investimento, vale lembrar que, em dezembro de 2021, geradores de energia solar foram incluídos nos códigos tributários como IPI Zero pelo Governo Federal, diminuindo ainda mais os custos para aquisição do sistema.

Fato #4: Alta capacidade de geração de energia solar pode gerar lucro

Dependendo do sistema de geração de energia solar instalado, é possível que o produtor obtenha mais energia do que consome. Com uma alta capacidade de megawatts, essa eletricidade extra pode gerar lucro ao produtor, sendo vendida em leilões da ANEEL, conhecidos como LER (Leilão de Energia de Reserva).

A produção da energia agrovoltaica ou agrofotovoltaica não é um futuro distante. Pesquisadores já destacam a alta incidência de luz solar nas fazendas e campos como uma grande oportunidade de produzir energia, não somente para as necessidades do sistema agrícola, mas também para a distribuição.

O produtor que queira entrar no mercado de eletricidade com a instalação de uma usina solar aproveita a superfície do terreno tanto para energia solar quanto para agricultura ou pecuária. Essa estratégia alcança uma taxa de 186% de eficiência do uso da terra.

Fato #5: Energia solar tem capacidade de atender a todas as operações agrícolas

Ainda que o sistema de energia solar instalado tenha capacidade limitada apenas para as operações na fazenda, é possível produzir energia suficiente para todos os processos, tais como: ventilação, aquecimento, iluminação, cercas elétricas, secagem de grãos e abastecimento de equipamentos e máquinas.

No entanto, o que mais chama a atenção são os benefícios da energia solar para a irrigação. As crises hídricas que se vêm estendendo ao longo dos meses devido às instabilidades climáticas prejudicam as lavouras de maneira muito severa. A opção é o cultivo por irrigação, que gera um alto custo ao produtor, pela demanda elevada de energia elétrica para fazer funcionar as bombas e pelo preço de manutenção do sistema.

Com a aplicação de uma usina geradora de energia solar já integrada ao sistema de irrigação, os produtores conseguem maior eficiência operacional, a custos baixos, o que possibilita expandir as áreas irrigadas. No Nordeste, região fortemente atingida pelas secas, aumenta o número de agricultores que usam a irrigação por energia solar a partir de um poço artesiano, uma alternativa inovadora e sustentável que diminui os riscos de produção no agronegócio.

Energia solar no agro: o custo-benefício que compensa

No caso da energia solar, o investimento rende bons frutos ao produtor, além de ser um sistema que envolve estratégias sustentáveis à produção agrícola. Por sua alta eficiência, seus resultados rentáveis e sua tecnologia que não agride o meio ambiente, governos e outras instituições estão facilitando o acesso à instalação de energia solar nas lavouras.

Além da isenção do imposto sobre a importação das placas fotovoltaicas, outras medidas governamentais incentivam a agricultura solar. O Plano Safra, do Governo Federal, inclui o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que oferece financiamento a projetos de irrigação (Proirriga) e de inovações tecnológicas (Inovagro), aos quais podem ser submetidas estratégias com energia solar.

O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) também é uma via para conseguir financiamento governamental para infraestrutura de produção na agricultura, em que se incluem os equipamentos para geração de energia solar. Sem contar as iniciativas privadas, que estão sempre incentivando o agricultor a inovar, para produzir mais e com mais rentabilidade, a partir de processos sustentáveis.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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