Há algumas safras, um assunto não sai da boca dos profissionais do campo: a mudança no comportamento das principais lagartas da soja. Produtores e especialistas chamam a atenção para um possível aumento de pressão dessas pragas, em função de fatores relacionados ao clima, ao método de produção agrícola, à eficiência dos inseticidas e à pressão de seleção de espécies de lagartas resistentes.
Com a grande diversidade de lagartas da soja, o controle torna-se um desafio, em virtude da dificuldade em identificar as espécies presentes na área de cultivo e em tomar decisões sobre um manejo assertivo, com bons resultados a longo prazo, pois o objetivo principal é conseguir manter as populações de lagartas abaixo do nível de dano econômico (NDE) para além do período de desenvolvimento da cultura.
O controle de lagartas precisa conseguir, de fato, diminuir a quantidade de indivíduos na área, freando seu ciclo reprodutivo e gerando benefícios para a cultura em sucessão e as safras seguintes. Para isso, o sojicultor precisa ter consciência de qual o contexto de sua lavoura, qual a realidade da pressão de lagartas e quais espécies precisam de medidas de controle mais incisivas.
Sabendo disso, muitos já estão adotando ferramentas digitais para aperfeiçoar o monitoramento e a análise da área. Um exemplo é o software Cropwise Protector que monitora a lavoura a partir de tecnologia de georreferenciamento e entrega dados em tempo real sobre a presença e o avanço das lagartas.
O monitoramento permitiu levantar dados sobre a safra de soja 2022/23, que mostra um avanço das principais lagartas da soja no Brasil. O cenário é preocupante para sojicultores de Norte a Sul do país, o que destaca a importância da identificação das espécies para tomar decisões assertivas sobre os produtos a serem aplicados na nova safra.
Se antes a biotecnologia Bt era suficiente para auxiliar no controle de algumas espécies de lagartas, o que se verifica agora é a maior pressão dessas pragas nas áreas com plantas Bt. Isso gera a necessidade de aumento do número de aplicações. Mesmo com a chegada de novas biotecnologias para a soja, esse cenário pode continuar, inclusive devido ao fato de que a soja Bt não tem as Spodopteras como alvo, ainda que elas apresentem um comportamento bastante agressivo, atacando a cultura cada vez mais cedo.
Assim, a escolha de inseticidas deve ser feita a fim de garantir a aplicação de produtos eficientes contra as espécies que estão gerando danos e integrar medidas que evitem a seleção de populações resistentes aos princípios ativos lagarticidas, um tema que será desvendado ao longo deste artigo.
Principais lagartas da soja: uma análise exclusiva sobre a pressão de pragas na safra de soja 2022/23
Estando entre as principais pragas da soja no Brasil, as lagartas preocupam por seu potencial de dano, pois apresentam severidade desde a emergência da cultura até a fase de formação de grãos, podendo afetar o desenvolvimento das plantas no momento do estabelecimento do estande e também ao longo das fases vegetativa e reprodutiva.
As lagartas da soja podem ser perigosas para a produtividade de uma área durante todas as fases do ciclo. Em cada fase, elas infligem ameaças diferentes:
- como pragas iniciais, atacam as primeiras folhas, podendo causar a morte das plântulas e a desuniformidade do estande;
- durante o desenvolvimento vegetativo, raspam ou perfuram o tecido vegetal, causando a queda das folhas e diminuindo a área fotossintética da planta, o que prejudica muito seu desenvolvimento e sua capacidade produtiva;
- já na fase reprodutiva, podem afetar a formação de grãos e torná-los inviáveis para a comercialização.
O maior problema é que cada espécie de lagarta tem um comportamento específico, que é fortemente influenciado por fatores ambientais, como o clima, a presença de outras pragas e as práticas de manejo aplicadas. Assim, a identificação é indispensável para ser possível ter resultados positivos de controle em lavouras com diferentes níveis de infestação.
Por isso, a análise nacional sobre o real cenário da pressão de lagartas na cultura da soja deve caminhar ao lado do uso correto de inseticidas de alta performance, permitindo alcançar benefícios para além de uma única safra ou localidade. A partir do mapa apresentado a seguir é possível entender realmente as mudanças no comportamento das principais lagartas da soja, guiando soluções que gerem bons resultados de maneira contínua.
Fonte: elaborado pela redação, a partir de dados registrados pela tecnologia Cropwise Protector, da Syngenta Digital.
Com esses dados, é possível observar que as diferentes espécies de lagartas do gênero Spodoptera apresentam grande distribuição pelas regiões produtoras. O levantamento também mostra que as infestações têm atingido o nível de dano econômico, com potencial de gerar perdas que podem ser superiores a 30% da produção.
O mesmo se verifica para as duas espécies de lagartas falsas-medideiras, com destaque para a Rachiplusia nu, que vem causando danos severos, e para a lagarta Helicoverpa armigera, cujas infestações foram identificadas principalmente em condição de nível de controle (NC).
Para esse levantamento, foram selecionadas apenas as áreas que apresentaram algum nível de pressão das pragas em situação de atingimento do nível de controle ou de dano econômico, deixando de fora da análise os monitoramentos que não apresentaram a praga ou que estavam em nível de equilíbrio (NE).
Analisando os dados e criando estratégias para controlar lagartas na soja nas próximas safras
Outro dado que contribui para a compreensão de como controlar lagartas na soja é a época de incidência de cada gênero mapeado:
- as lagartas do gênero Spodoptera apareceram principalmente nos meses de novembro e janeiro;
- a Helicoverpa apresentou maior pressão em outubro, novembro e janeiro;
- já as falsas-medideiras, em dezembro e janeiro.
Na prática, isso significa que o complexo de Spodopteras inflige maior pressão ao longo do desenvolvimento vegetativo da soja, quando a população de lagartas já teve tempo suficiente de contato com a cultura implantada para se multiplicar. Além disso, pode-se fazer uma relação com o clima, sendo possível inferir que essas espécies são favorecidas por alta umidade e temperatura elevada.
A Helicoverpa armigera, por outro lado, parece se estabelecer mais cedo, já apresentando pressão significativa quando a soja ainda está em fase de emergência, em um período de clima mais ameno e chuvas menos frequentes. Assim, a falta de monitoramento e medidas de manejo desde o início do cultivo leva ao aumento de pressão da praga, que segue causando danos até o estágio reprodutivo da cultura.
Por último, as falsas-medideiras demonstram uma ocorrência mais tardia, quando as lavouras já estão entrando na fase de floração e enchimento de grãos, que coincide com um momento em que o clima é marcado pelo pico do calor e das chuvas do verão brasileiro. Essas lagartas chamam a atenção para a pressão de pragas na cultura da soja por realmente representarem mudanças no perfil de incidência e nas práticas de manejo.
O curioso caso da lagarta-falsa-medideira nas lavouras de soja brasileiras
Até a safra de soja 2019/20, a espécie Chrysodeixis includens, conhecida como lagarta-falsa-medideira, estava entre as principais lagartas da soja e representava um desafio de manejo aos produtores, por sua entrada tardia na área e a dificuldade de posicionar inseticidas na hora certa, de maneira a impedir que avançassem do nível de controle para o nível de dano.
Acontece que, naquele ciclo agrícola em questão, foi feita uma descoberta que alterou as perspectivas de como controlar lagartas na soja: foi identificada uma nova espécie de lagarta-falsa-medideira, a Rachiplusia nu. Muito semelhantes entre si, tanto em características visuais quanto comportamentais, o manejo de lagartas ficou ainda mais desafiador.
A Rachiplusia nu, aparentemente, vem apresentando resistência à soja Bt, de maneira que a biotecnologia já não é suficiente para mantê-la sob controle. Assim, a população dessa nova lagarta-falsa-medideira saltou repentinamente, pressionando as lavouras. Para o produtor, parecia impossível identificar as lagartas, tarefa que apresenta resultados assertivos quando realizada via análise morfológica em laboratório.
Em um cenário em que a identificação visual é impossível e o manejo fica comprometido pela falta de conhecimento de qual é a espécie de lagarta que está causando danos na área, qual seria o melhor caminho para o sojicultor percorrer com resiliência para enfrentar os obstáculos?
Como se preparar para controlar lagartas na soja na safra 2023/24?
Sabendo quais as principais pragas da soja no Brasil entre as espécies de lagartas (complexo de Spodopteras, Helicoverpa armigera e as lagartas-falsas-medideiras, Rachiplusia nu e Chrysodeixis includens) e seu comportamento, de acordo com o clima e com o estádio de desenvolvimento da cultura, é possível fazer algumas previsões para a próxima safra.
É importante destacar que tudo indica que o fenômeno climático El Niño pode se instalar a partir do segundo semestre de 2023, coincidindo com o período de plantio e desenvolvimento inicial da soja, com possibilidade de permanecer por todo o ciclo. Para o Brasil, isso significa mais chuvas e mais calor na região Centro-Sul, exatamente onde se encontra a maior concentração das principais lagartas da soja.
Essa alteração no clima favorece a incidência das pragas, que, aliás, podem aparecer ainda mais cedo, por já estarem amplamente distribuídas nas áreas de cultivo. Com temperatura e umidade elevadas, o ciclo de vida das lagartas fica mais curto, aumentando sua capacidade de reprodução e de multiplicação populacional.
Assim, cria-se um alerta no que diz respeito ao controle de lagartas na soja, aumentando a importância de aplicar medidas de manejo nos estádios iniciais da cultura. Visto ainda que há grande variedade de espécies na maioria das regiões mapeadas na análise aqui apresentada, reforça-se a necessidade do uso de inseticidas de amplo espectro e longo residual.
Como controlar lagartas na soja?
Diante do cenário de alta pressão das principais lagartas da soja, de sua ampla distribuição pelo Brasil e da instalação de uma condição climática ainda mais favorável para o desenvolvimento das espécies mapeadas, não há espaço para tentativa e erro, se o objetivo é manter a produção de soja brasileira em curva crescente. Afinal, não queremos safra cheia, queremos safra recorde!
Por isso, o produtor rural precisa conhecer bem o contexto de sua lavoura, analisar a pressão de pragas na cultura da soja e as ferramentas disponíveis no mercado que entregam a melhor performance de controle possível.
Há muitos tipos de inseticida para lagarta da soja, mas dois se destacam por sua eficiência e por alcançarem o objetivo urgente que se verifica: o manejo de muitas espécies ao mesmo tempo, em alta pressão e com resultados que beneficiem as safras seguintes.
Tecnologia para combater todas as lagartas
Imagina que bom seria um inseticida que controla todas as principais lagartas da soja? A dificuldade da identificação ficaria para trás, dando mais fôlego para investir em monitoramento e calendário de aplicação. Essa tecnologia já existe! Estamos falando de Influx®, o inseticida para soja contra todas as lagartas.
A solução é realmente inovadora, pois conta com a exclusiva tecnologia VISIQ®, que confere maior potência de controle e residual prolongado. Isso é possível devido ao seu efeito translaminar e proteção UV, que retarda a fotodegradação dos ativos na folha e torna o produto mais eficiente.
É o verdadeiro avanço das formulações, que proporciona maior tempo para a absorção do produto pela folha, por conta das partículas estarem revestidas por uma camada fotoprotetora que funciona como um escudo para o ingrediente ativo, conferindo maior eficiência contra as lagartas de difícil controle.
Somado a isso vem a formulação Pepite, que oferece rápida dissolução em água, favorecendo a homogeneização da calda e facilitando a aplicação. Para completar, é preciso destacar a composição, com a combinação de dois ativos (benzoato de emamectina + lufenurom), extraindo o melhor de ambos e aumentando o espectro de controle.
Por tudo isso, Influx® é conhecido por ser inovador, da formulação à ação, agindo como um inseticida de contato e ingestão, controlando todo o complexo de lagartas da soja.
Inseticida para lagarta da soja imbatível contra as Spodopteras
Como se pode perceber pelo mapeamento da pressão de lagartas da soja na safra 2022/23, nem todo produtor precisa lidar com as falsas-medideiras ou com a Helicoverpa armigera, mas o complexo de Spodopteras é difícil de driblar. São muitas espécies pertencentes a esse gênero, que já ameaçam a agricultura brasileira há muitas safras. Por isso, um inseticida imbatível contra as Spodopteras é indispensável para quem lida com esse contexto.
Instivo® é aquele produto que, quando entra em campo, é fim de jogo para as lagartas, mas quando o adversário é o complexo de Spodopteras, o resultado é ainda mais previsível. Com sua formulação OPT, a eficácia é intensificada, e o controle, prolongado. À base de água, o produto não gera fitotoxicidade e promove uma excelente ação translaminar, com distribuição homogênea dos ativos na folha, conferindo maior período de controle.
O segredo de Instivo® é que sua formulação permite cobrir completamente as folhas, por ter partículas menores e estabilizadas para potencializar a distribuição e a penetração dos ativos. Assim, forma-se um reservatório que aumenta sua concentração na planta e proporciona um longo período de controle para alcançar a máxima eficácia.
A composição (clorantraniliprole + abamectina) faz desse inseticida para lagarta da soja o único que controla todas as espécies de Spodopteras. Instivo® é a solução que combina dois diferentes modos de ação, atuando no sistema muscular das lagartas com performance superior e amplo espectro de controle.
O cenário em relação às principais lagartas da soja pode não ser dos mais favoráveis para a próxima safra, mas o problema pode ser contornado com eficiência estando sempre um passo à frente, por meio de informação, monitoramento e posicionamento estratégico de soluções de alta performance.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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