Com a chegada de 2025, os produtores já se organizam para a colheita da soja e para o início do plantio do milho safrinha. No entanto, é justamente nesse período de transição que é preciso redobrar a atenção para o manejo de pragas, especialmente do percevejo-barriga-verde.

A expansão do sistema de plantio direto, somada à intensificação do cultivo de milho safrinha e ao plantio antecipado da soja, têm favorecido o aumento da densidade populacional do percevejo-barriga-verde no sistema de sucessão soja-milho. Essa praga, que tem chegado às lavouras mais cedo, se consolidou como uma praga-chave, exigindo estratégias de manejo mais rigorosas e eficientes. 

Confira, ao longo deste artigo, como acontece a dinâmica de migração dessa praga e quais estratégias de manejo adotar para diminuir a pressão do percevejo-barriga-verde no início da safrinha.

Leia também:

Alta pressão de pragas no milho exige atenção do produtor

Percevejo-barriga-verde: práticas de controle no cultivo de milho

Pensando além da safra: controle de pragas na sucessão soja-milho

A influência da soja no aumento da pressão do percevejo-barriga-verde no milho

O percevejo-barriga-verde é uma das pragas mais desafiadoras no sistema de sucessão soja-milho. Esses insetos sugadores são facilmente identificados pela coloração marrom-acinzentada no dorso e verde-clara na região ventral, característica que deu origem ao nome popular “barriga-verde”.

Espécies de percevejos barriga-verde: Diceraeus furcatus (à esquerda) e Diceraeus melacanthus (à direita). Fonte: Embrapa.

Durante o ciclo de vida, tanto os adultos quanto as ninfas exibem comportamento migratório, deslocando-se em busca de alimentos e de áreas propícias para abrigo. Sua dinâmica populacional é influenciada por condições climáticas, como períodos de clima seco, que favorecem sua sobrevivência e reprodução, além da disponibilidade de hospedeiros, que vão de grandes culturas, como soja, milho e trigo, a plantas daninhas, como a trapoeraba (Commelina benghalensis).

Na soja, o percevejo-barriga-verde pode estar presente desde o período vegetativo, porém, de maneira geral, à medida que as plantas de soja se desenvolvem, especialmente da fase de formação das vagens (R3) em diante, observa-se um aumento na densidade populacional dos percevejos. É nesse contexto que o manejo antecipado desse inseto se torna essencial, pois a infestação não controlada na soja pode representar uma ameaça importante para a cultura subsequente.

Após a colheita da soja, esses percevejos utilizam a palhada como abrigo e se alimentam dos grãos deixados no solo, garantindo sua sobrevivência em um período de transição entre as culturas. Esse cenário de sucessão de culturas, somada à presença de plantas daninhas na área, estabelece uma “ponte verde” que proporciona condições ideais para a sobrevivência e a proliferação do percevejo-barriga-verde. Essa disponibilidade de alimento e abrigo contribui para o aumento populacional do percevejo, que se mantém ativo e apto para migrar para as áreas de milho recém-plantadas. 

Percevejo-barriga-verde: ameaça ao desenvolvimento inicial do milho

No milho, um único percevejo pode afetar de 3 a 6 plantas, representando uma séria ameaça nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura, período crítico em que a planta irá determinar o seu potencial produtivo. Estudos mostram que basta um percevejo por m2 para causar perdas de produção de quase 6% por hectare de milho.

Percevejo-barriga-verde se alimentando na base da plântula de milho. Fonte: Embrapa.

O ataque do percevejo-barriga-verde resulta em murchamento, encharutamento e perfilhamento. Em infestações maiores, as plântulas podem não se recuperar, levando à morte do vegetal e, consequentemente, à redução do estande. Para saber mais sobre como o percevejo-barriga-verde afeta a produção de milho, acesse o artigo: Percevejo-barriga-verde: ocorrência no milho, danos e controle.

A sobrevivência do percevejo-barriga-verde durante a entressafra é um dos principais desafios para os produtores no sistema de sucessão soja-milho. Por isso, adotar estratégias de manejo eficientes antes mesmo do início da safrinha é crucial para reduzir a população da praga e minimizar os impactos na produtividade. A seguir, exploraremos as melhores práticas de manejo e controle do percevejo-barriga-verde.

Como manejar o percevejo-barriga-verde no sistema soja-milho?

Um dos principais desafios no controle do percevejo-barriga-verde é identificar a sua infestação a tempo. Os adultos são mais ativos durante os períodos mais frescos do dia, permanecendo escondidos nos horários mais quentes. Esse comportamento, aliado ao fato de que os danos causados por esse inseto só são percebidos após as plântulas já terem sido lesionadas, dificulta o reconhecimento da infestação e atrasa a tomada de decisão para o controle.

Monitoramento do percevejo: a base para um manejo eficaz

Em situações mais graves, a detecção tardia torna os prejuízos irreversíveis, resultando em perdas inevitáveis. Por isso, os produtores que planejam realizar a sucessão de culturas devem antecipar as ações de monitoramento, iniciando a observação da lavoura antes mesmo da colheita da soja, para identificar os possíveis focos de ocorrência da praga.

O monitoramento de percevejos na soja deve ser iniciado a partir do estágio de formação de vagens (R3), considerando o limite da presença de um percevejo por metro de fileira em áreas destinadas à produção de sementes e dois percevejos por metro em lavouras voltadas para a produção de grãos.  

No milho, o monitoramento do percevejo-barriga-verde deve ser realizado desde a emergência e o controle deve ser feito quando a infestação alcançar a média de um percevejo para cada 10 plantas, até os 20 dias pós-emergência. Já o nível de dano econômico (NDE) é alcançado com a presença de 0,8 percevejo por m2, no estágio inicial de desenvolvimento da planta.

A importância da dessecação da soja 

O manejo eficaz do percevejo-barriga-verde começa ainda no cultivo da soja. Além do monitoramento contínuo da lavoura, a dessecação da soja antes da colheita desempenha um papel importante no controle da praga.

A aplicação de herbicidas para a dessecação deve ser acompanhada de inspeções regulares na palhada, permitindo detectar possíveis populações remanescentes. Assim, o manejo antecipado reduz a pressão do inseto no plantio subsequente, protegendo o desenvolvimento inicial do milho.

Prevenção de perdas na colheita da soja: reduzindo o alimento da praga

Minimizar as perdas de grãos no campo durante a colheita é uma estratégia fundamental para reduzir a oferta de alimento ao percevejo-barriga-verde, contribuindo para o controle populacional dessa praga.

Antes da operação, é indispensável realizar ajustes precisos nos maquinários, além de adotar técnicas operacionais adequadas para evitar que grãos sejam derrubados no solo. 

Controle de plantas daninhas: eliminando os refúgios do percevejo

As plantas daninhas desempenham um papel importante na dinâmica populacional do percevejo, atuando como hospedeiras alternativas entre os ciclos de soja e milho. Uma estratégia para o controle dessas plantas invasoras é o uso do manejo químico por meio de herbicidas. Esse manejo deve ser planejado com rotação de ativos e aplicação no momento adequado para evitar resistência e tornar o controle das daninhas mais eficiente, reduzindo os hospedeiros alternativos.

Controle químico: tratamento de sementes e aplicações foliares 

O controle químico continua sendo a principal ferramenta para o manejo do percevejo-barriga-verde. O tratamento de sementes com inseticidas específicos protege as plântulas nos estágios iniciais de desenvolvimento, quando são mais vulneráveis aos danos. 

Além do tratamento de sementes, é importante se planejar para as aplicações foliares de inseticidas. O uso de produtos com tecnologia avançada, como formulações de liberação gradual, proporcionam um controle residual prolongado e abrangem tanto as ninfas quanto os adultos. 

No entanto, para que esse manejo seja efetivo, o produtor deve estar atento ao momento mais adequado para aplicação do produto, pois de 10 a 15 dias após a emergência da planta, esse controle não será mais eficaz, já que a toxina já foi injetada pelo percevejo.

Sendo assim, controlar o percevejo-barriga-verde nas fases iniciais do desenvolvimento do milho é essencial para proteger a lavoura e garantir uma produtividade elevada. Para isso, é indispensável o uso de um inseticida eficiente e com tecnologia avançada, como ENGEO PLENO® S, uma ferramenta de confiança, com resultados consistentes.

ENGEO PLENO® S: tradição e confiança no controle do percevejo-barriga-verde

Com um histórico de eficácia e confiança, ENGEO PLENO® S é um aliado estratégico para o produtor no combate ao percevejo-barriga-verde. Composto pelos princípios ativos tiametoxam e lambda-cialotrina, ENGEO PLENO® S é reconhecido há anos pelo seu efeito de choque e pela ação residual prolongada, proporcionando proteção superior. 

Sua formulação exclusiva contempla a tecnologia ZEON: um microencapsulamento exclusivo que libera os ingredientes ativos de forma gradual e promovem maior aderência às folhas, além de contar com fotoestabilizadores que protegem o produto da degradação e possibilitam maior tempo de ação.

ENGEO PLENO® S é a melhor ferramenta para as primeiras aplicações, sendo excelente no controle de ninfas e adultos. Confira o posicionamento do produto:

Nunca foi sorte, sempre foi consistência

Reconhecido por sua tradição e consistência, ENGEO PLENO® S é uma referência no mercado, proporcionando confiança ao produtor no manejo de pragas. Seu desempenho no controle do percevejo-barriga-verde no milho não deixa dúvidas: nunca foi sorte, sempre foi ENGEO PLENO® S.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.