Anualmente, mais de 25 milhões de toneladas de alimentos são perdidos devido ao ataque de pragas em todo país, somando perdas diretas, quando o alimento foi produzido mas teve sua qualidade prejudicada, não passando nos testes de qualidade realizados para destinação ao mercado; e quando ele nem sequer foi produzido devido ao impacto direto na produtividade causado pelas pragas.

Aliado a esse fato, um problema ainda mais preocupante é que o controle de pragas tem sido cada vez mais desafiador. No Brasil e no mundo, a lista de pragas resistentes aos mecanismos de ação está em constante crescimento. 

Nesse sentido, novas tecnologias que confiram controle eficiente de pragas, baseadas em novos mecanismos de ação, são mais do que necessárias para o futuro da produção agrícola do Brasil e do mundo.

Mas antes de tudo: por que o controle de pragas tem se tornado cada vez mais desafiador?

Primeiramente, é importante entender como ocorre a seleção de pragas resistentes, visto que, munido dessas informações, é possível prolongar a vida útil dos inseticidas, adotando boas práticas agrícolas baseadas no MIP (Manejo Integrado de Pragas). 

O MIP utiliza um conjunto de métodos de controle que tem como objetivo manter a população de pragas baixa. Aliado a isso, é imprescindível que boas práticas como a rotação de ingredientes ativos e, consequentemente, de modos de ação sejam realizadas, além, é claro, da utilização de produtos registrados para a cultura e praga-alvo, e uso de doses adequadas, tecnologia de aplicação, entre outras. 

Assim, quando os inseticidas são aplicados, há menor probabilidade de que ocorra a pressão de seleção de indivíduos resistentes que, por algum motivo, conseguem sobreviver à aplicação passando essa característica para as futuras gerações. 

A resistência é um processo que ocorre de maneira hereditária, ou seja, uma característica que passa de geração em geração, da sensibilidade de uma população de pragas, que reflete na perda de eficiência de um determinado inseticida. Dessa forma, essa solução passa a não atingir o controle esperado quando usado seguindo as recomendações da bula quanto à dose, ao método de aplicação, entre outros fatores.

Resumidamente, portanto, a resistência é a seleção de organismos que acabam sobrevivendo às doses dos inseticidas, que seriam normalmente letais à população de indivíduos sensíveis da mesma espécie. 

Por tanto, a resposta de como a resistência surge está relacionada, principalmente, ao uso excessivo ou incorreto de determinado inseticida no controle de uma praga específica, especialmente quando essa aplicação ocorre em situações de altas populações da praga-alvo. Esse cenário acaba resultando no aumento da frequência em que a praga surge na área de produção e também no crescimento da sua população resistente, uma vez que essa característica é passada de geração para geração.

O cenário final é uma lavoura devastada pela praga devido a ausência de controle, permitindo assim o aumento rápido da sua população. Vale lembrar que nos sistemas de produção, baseados principalmente na sucessão de grandes culturas, a ausência de inimigos naturais, em virtude da baixa biodiversidade, também acaba por favorecer o aumento das populações das pragas. 

E o cenário é ainda mais preocupante quando os números sobre os relatos de resistência ou perda de eficiência dos grupos químicos dos principais inseticidas disponíveis no mercado são analisados. 

No mundo todo, o número exato de casos de resistência ou resistência parcial (quando os inseticidas passam a não conferir controle adequado, reduzindo assim a mortalidade dos insetos), são difíceis de serem mensurados de forma exata. No entanto, estima-se que já existam mais de 800 espécies de pragas que já tenham apresentado algum nível de resistência, seja ela completa ou parcial, a algum mecanismo de ação disponível para o seu controle.

Pragas de difícil controle

Segundo o banco de dados de resistência de artrópodes à inseticidas, da Michigan State University, atualmente, no Brasil, casos de resistência ou perda de eficiência de inseticidas às principais pragas dos cultivos agrícolas já foram registrados. Entre elas, estão:

  • Agrotis ipsilon (Lepidoptera) – lagarta-rosca;
  • Alabama argillacea (Lepidoptera) – curuquerê-do-algodão;
  • Bemisia tabaci (Hemiptera) – mosca-branca;
  • Ceratitis capitata (Díptero) – mosca-da-fruta-do-mediterrâneo;
  • Chrysodeixis includens (Lepidoptera) – lagarta-falsa-medideira;
  • Cosmopolites sordidus (Coleoptera) – broca-da-bananeira;
  • Diatraea saccharalis (Lepidoptera) – broca-da-cana-de-açúcar;
  • Dichelops furcatus (Hemíptero) – percevejo-barriga-verde;
  • Euschistus heros (Hemíptero) – percevejo-marrom;
  • Eutinobothrus brasiliensis (Coleoptera) – broca-do-algodão;
  • Leucoptera coffeella (Lepidoptera) – bicho-mineiro;
  • Plutella xylostella (Lepidoptera) – traça-das-crucíferas;
  • Spodoptera frugiperda (Lepidoptera) – lagarta-do-cartucho.

Relatos provenientes de pesquisas e divulgados pelo IRAC do Brasil (Comitê de Ação de Resistência a Inseticidas), incluem ainda algumas outras pragas que apresentam dificuldade de controle devido à presença de populações de insetos menos sensíveis aos inseticidas, como:

  • Aphis gossypii – pulgão-do-algodoeiro;
  • Grapholita molesta – mariposa oriental;
  • Helicoverpa armigera – lagarta Helicoverpa;
  • Heliothis virescens – lagarta-das-maçãs;
  • Phenacoccus solenopsis – cochonilha-do-algodão;
  • Spodoptera littoralis – lagarta-do-algodoeiro.

Como pode ser visto, o cenário de controle de pragas gera grande preocupação, tendo em vista que a maioria das pragas que apresentam dificuldade de controle têm como característica o ataque a diferentes espécies de plantas.

Essas culturas geralmente são cultivadas em sucessão, como é o caso da soja, do milho e do algodão, sendo as pragas, além de polífagas (capazes de se alimentar de diversas culturas), cosmopolitas, ou seja, amplamente distribuídas nas principais regiões produtoras do Brasil e do mundo.

Nesse sentido, a preocupação principal gira em torno de como manter a produtividade em equilíbrio com as demandas por alimentos e a necessidade de novas tecnologias que confiram o controle não somente eficiente das pragas, mas que possam ser aplicadas em inúmeras culturas, tendo em vista que a maioria dos inseticidas são registrados especificamente para uma ou poucas culturas-alvo.

Como superar o desafio do controle de pragas?

A resolução do problema não é tão simples, mas é totalmente possível. Além do manejo e da adoção de boas práticas de controle, é fundamental que novas alternativas em grupos químicos e modos de ação possam ser agregadas ao manejo de pragas.

Nesse sentido, buscando resolver esse grande problema, nós da Syngenta investimos globalmente mais de U$1,4 bi todos os anos para o desenvolvimento de pesquisas que resultem em novas soluções para o controle fitossanitário e o aumento da produtividade das culturas de forma sustentável. 

Um exemplo prático e recente é que, após longos anos de intensas pesquisas, foi desenvolvida uma molécula que será a base de uma linha revolucionária de inseticidas de alta performance, única e diferente de tudo que já se viu. Uma solução completa para o controle de várias pragas, tais como:

  • complexo de percevejos;
  • cigarrinhas;
  • bicudo-do-algodoeiro;
  • brocas;
  • tripes;
  • ácaros;
  • lagartas.

Pragas essas que são um grande problema para a produtividade das culturas, especialmente pela dificuldade de controle e pelos relatos de resistência.

Chega ao mercado a mais nova tecnologia que vai transformar o controle de pragas: PLINAZOLIN® technology

PLINAZOLIN® technology é uma molécula que possui um novo modo de ação, registrado para o manejo de uma vasta lista de pragas, e que vem para preencher três grandes lacunas do cenário de controle:

  • a dificuldade de controle de pragas;
  • a resistência;
  • a redução da eficiência dos inseticidas disponíveis no mercado e, para além disso, a possibilidade de ser utilizado em mais de 40 culturas, incluindo soja, milho, algodão, café, arroz, uma ampla gama de frutas, hortaliças e plantas ornamentais.

O controle promovido por PLINAZOLIN® technology é imediato, o que o difere da maioria das ferramentas disponíveis no mercado que, muitas vezes, pela ação ser por ingestão, resulta em danos às plantas, mesmo com a aplicação dos inseticidas. Como resultado, a nova molécula vem para proteger o potencial produtivo das culturas, de forma ambientalmente sustentável e responsável.

Principais características de PLINAZOLIN® technology:

  • controle de choque imediato, paralisando a movimentação das pragas e interrompendo os danos de forma única, pelo simples contato da praga com os tecidos tratados da planta;
  • ação por contato e ingestão: nesse sentido, não é necessário que o inseto se alimente dos tecidos vegetais para que o controle ocorra;
  • looongo período de controle: superior em qualquer situação;
    • alta capacidade de aderência às folhas, aumentando o período de controle;
    • estabilidade à luz solar;
    • propriedades de resistência à chuva;
  • conveniência e segurança na recomendação: controle superior devido ao novo ingrediente ativo e o novo mecanismo de ação – eficiente até mesmo para as pragas mais resistentes;
  • flexibilidade: permite aplicação e alta eficácia no controle de pragas das principais culturas agrícolas cultivadas.

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PLINAZOLIN® technology, inovação no controle multiculturas de pragas!

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