A cultura da soja é considerada uma das principais commodities da agricultura moderna, fornecendo uma fonte importante de proteínas e óleos em todo o mundo. No entanto, ano a ano, a cultura enfrenta um desafio crescente: as pragas. 

O aumento das ocorrências e os registros de perda de sensibilidade e até mesmo de resistência aos inseticidas acendem o alerta. É hora de entendermos melhor esse cenário e explorar soluções eficazes.

Pragas na cultura da soja: uma ameaça em ascensão

Embora a cultura da soja possa enfrentar ataques de diversas espécies de pragas, tanto insetos quanto ácaros, são os percevejos e as lagartas que assumem o papel principal quando se trata de contabilizar as perdas na produção.

Na safra 2023/24, a Embrapa emitiu um alerta precoce sobre a incidência dessas pragas, destacando que sua presença se manifestava antes do período habitual em que representavam ameaças à produtividade da cultura da soja.

Você pode estar se perguntando: por que os percevejos têm se tornado um problema cada vez mais frequente e por que estão causando danos às culturas de forma tão precoce? 

É importante ressaltar que esse desafio não se restringe apenas à soja, mas também afeta outras culturas vulneráveis aos ataques desses insetos. A resposta para essa questão será abordada ao longo deste artigo.

Percevejos da soja

Os percevejos, membros da família Pentatomidae, são insetos amplamente encontrados, totalizando cerca de 4.100 espécies em todo o mundo, com aproximadamente 650 delas presentes aqui. Conhecidos como “marias-fedidas” devido ao odor desagradável que exalam, eles são particularmente abundantes nas regiões Oriental, Etiópica e Neotropical.

Esses insetos desempenham um papel significativo como pragas agrícolas, podendo causar danos importantes em diversas culturas. Na cultura da soja, destacam-se duas espécies em particular: o percevejo-marrom-da-soja (Euschistus heros) e o percevejo- -barriga-verde (Dichelops melacanthus). 

Essas espécies se alimentam diretamente das vagens e sugam os grãos, provocando danos que podem passar despercebidos durante o crescimento da cultura, mas que se tornam evidentes durante a colheita ou a comercialização.

Características do percevejo-marrom-da-soja (E. heros)

Entre as principais pragas que atacam a soja, o percevejo-marrom assume posição de destaque no Brasil. Amplamente distribuído nas principais regiões produtoras, têm apresentado frequente perda de sensibilidade e até mesmo resistência aos inseticidas químicos, tornando-se, assim, uma ameaça persistente, especialmente nas regiões do Centro-Oeste e norte do Paraná, até Estados do Norte do país, como o Maranhão.

Presente durante todo o ciclo da soja, causa danos significativos a partir do início da formação das vagens até a maturação dos grãos. Sua alimentação, que acontece por meio da sucção do aparelho bucal nos legumes, resulta em grãos chochos e enrugados, afetando diretamente a produção e a qualidade dos grãos, podendo ocasionar perdas de até 30% na produção da soja.

Para combatê-lo, o controle tem sido realizado com o uso de inseticidas químicos desde as fases iniciais da planta

Conhecido pela coloração marrom-escura na fase adulta, o percevejo-marrom tem aproximadamente 11 mm de comprimento, com uma distintiva meia-lua branca no final do escutelo.

Presença da “meia-lua” branca, localizada ao final do escutelo do percevejo-marrom.

O percevejo-marrom é encontrado na soja entre os meses de novembro a abril, com tempo suficiente para três gerações. Além da soja, pode se alimentar de plantas daninhas, como o amendoim-bravo, antes de entrar em diapausa após a colheita da soja. 

Permanece sob a vegetação por cerca de sete meses, escapando do ataque de parasitoides e predadores e garantindo sua sobrevivência para a próxima safra de verão. Esse comportamento, aliado ao fato de se alimentar de diversas culturas de interesse agrícola, bem como plantas daninhas, confere ao percevejo-marrom vantagens, possibilitando seu surgimento nas lavouras assim que a cultura da soja emerge.

Características do percevejo-barriga-verde (D. melacanthus)

O percevejo-barriga-verde é uma praga comum em climas quentes, especialmente na vasta extensão que vai do Norte do Paraná ao Centro-Oeste do Brasil.

As fêmeas dessa espécie depositam, em média, cerca de 13 ovos, com um período de incubação variando em torno de 4,4 dias. Cada fase de desenvolvimento, do primeiro ao último ínstar, apresenta durações específicas, resultando em um ciclo total de aproximadamente 26,1 dias, desde o ovo até o estágio adulto.

A longevidade dos adultos varia de 31 a 43 dias, sendo a temperatura ideal para seu desenvolvimento em torno de 25 °C. Em temperaturas mais baixas, como durante o inverno, quando os dias são mais curtos (aproximadamente 11 horas de luz), esses insetos podem entrar em diapausa até a primavera, quando reiniciam o processo reprodutivo.

O percevejo-barriga-verde é reconhecido pela presença de pronoto e extremidade dos espinhos escurecidos, além da cabeça característica do gênero, terminando em duas projeções pontiagudas. 

Seu abdômen exibe uma coloração verde na face ventral, embora nos adultos encontrados no inverno essa tonalidade possa ser substituída por uma coloração marrom-acinzentada.

Esses insetos são mais ativos nas horas mais amenas do dia, preferindo se esconder nos horários mais quentes, exigindo o conhecimento sobre seu comportamento para uma aplicação de inseticidas mais eficiente.

Características do percevejo-barriga-verde: extremidade dos espinhos escurecidos (pontiagudos), além da cabeça característica do gênero, terminando em duas projeções pontiagudas.

Danos causados pelos percevejos vão além da redução da produtividade…

No Brasil, os percevejos são um problema sério para a cultura da soja e para outras culturas importantes, como o milho e o algodão. 

Eles causam danos diretos aos grãos ou às sementes, o que pode resultar em perdas significativas na produtividade. Mas, para além da produtividade, os percevejos também reduzem a qualidade dos grãos e sementes colhidos. Esses danos se tornam ainda mais preocupantes durante o armazenamento, quando os grãos atacados pelos percevejos podem fermentar e apresentar aumento rápido da sua acidez.

Para lidar com esse problema, é crucial monitorar de perto as lavouras e implementar medidas de controle adequadas

Controle de percevejos: pensando além

Diante desse desafio, é fundamental que os produtores adotem uma abordagem proativa e inteligente para o controle de pragas na soja, posicionando e utilizando as ferramentas inseticidas disponíveis de forma correta, no momento mais adequado, tanto do ponto de vista da praga – quando a mesma se encontra mais exposta, quanto do ponto de vista da cultura – quando essa encontra-se em menor tamanho, sendo possível, assim, atingir o alvo, que são as pragas, de forma rápida e eficaz.

É aqui que entra também o conceito de “choque” – a ação rápida e decisiva para conter infestações e proteger as culturas. 

O controle eficaz dos percevejos na cultura da soja requer uma estratégia bem planejada, que abrange dois momentos cruciais:

  • período de colonização: é o momento ideal para iniciar o controle, quando os percevejos estão mais vulneráveis e a soja ainda está em estágio inicial de desenvolvimento;
  • fase de desenvolvimento das vagens (R4) e enchimento dos grãos (R5.1): esses estádios fenológicos da cultura marcam o ápice da atividade dos percevejos, sendo essencial, portanto, intensificar o controle nesses estágios para evitar danos significativos às plantas.

Como acertar no controle de percevejos na soja, afinal?

A resposta não é tão simples nem tão complexa. O ponto-chave da questão é, sem dúvidas, compreender as ferramentas em inseticidas disponíveis e como extrair o máximo delas. 

Um exemplo prático desse ponto é o posicionamento de inseticidas utilizando grupos químicos eficientes, no entanto, diferentes daqueles utilizados em períodos mais críticos da ocorrência de percevejos, como no estádio reprodutivo da cultura. 

Isso não significa utilizar inseticidas ineficientes, pelo contrário. Contar com opções que proporcionam um bom controle e auxiliem no manejo antirresistência, controlando as primeiras populações da praga ou populações remanescentes de outras culturas, é fundamental. 

Outro ponto importante e tão fundamental quanto o posicionamento de inseticidas é a realização de amostragens frequentes nas lavouras, a fim de identificar o momento ideal para a aplicação e o controle, de forma rápida. 

Nesse sentido, contar com um inseticida de amplo espectro, capaz de controlar as principais pragas da cultura da soja, incluindo os percevejos, é indispensável para conter as infestações assim que elas surgirem.

Pense além, pense POLYTRIN®: choque e controle de fato

Para produtores que buscam efeito de choque e eficácia, POLYTRIN® é um inseticida multicultural para diversas pragas, com destaque em percevejos e outros sugadores, devido à combinação de dois modos de ação complementares.

POLYTRIN® é a tradição no controle de pragas, agora com novo posicionamento para a cultura da soja. Com amplo espectro de ação, oferece poder de choque, garantindo resultados rápidos e consistentes. 

Sua fórmula avançada, combinando profenós (organofosforado) e cipermetrina (piretroide), atuando em várias frentes, proporciona um controle abrangente de pragas, como percevejos, lagartas, tripes e ácaros.

Benefícios de POLYTRIN® para produtores de soja:

  • Alto poder de choque: resultados imediatos e eficazes no controle das principais pragas, principalmente percevejos;
  • Amplo espectro de controle: uma solução versátil para diversas pragas, oferecendo proteção abrangente;
  • Conveniência e flexibilidade: registrado para diversas culturas, incluindo soja, milho, milheto, sorgo e algodão. Além disso, sua formulação permite tanto aplicação aérea quanto terrestre;
  • Consistência de resultados: com POLYTRIN®, os produtores podem confiar em resultados comprovados e consistentes.

Além disso, POLYTRIN® oferece uma vantagem adicional: um período de carência reduzido de apenas 7 dias, tornando-o uma escolha prática e conveniente para os produtores, tendo em vista que o manejo das fases finais de desenvolvimento da cultura permite colheita uma semana após a aplicação, fazendo com que POLYTRIN seja a escolha ideal no controle de percevejos, do início ao final do desenvolvimento da cultura da soja.

Em um cenário em que a otimização de recursos têm se tornado cada vez mais essencial, POLYTRIN® se destaca como a escolha confiável para produtores de soja que buscam um controle de pragas eficaz. 

É hora de pensar além e adotar uma abordagem inteligente para proteger a produtividade da soja contra os percevejos. Pense POLYTRIN®, choque e controle de fato!

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