A cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas do Brasil, com papel central na produção de açúcar e etanol, além de ser uma importante fonte de energia renovável. No entanto, os canavicultores enfrentam desafios constantes que podem comprometer a produtividade e a longevidade dos canaviais.
Não bastasse enfrentar as instabilidades climáticas e as pressões de pragas e doenças, esse ano foi marcado por focos de queimadas em várias áreas produtoras, especialmente no Estado de São Paulo, resultando em prejuízos estimados em R$ 350 milhões, destruindo 59 mil hectares de canaviais e áreas de rebrota de cana.
Nesse contexto, o setor sucroenergético busca constantemente práticas que mitiguem essas adversidades e que aumentem a produtividade e a longevidade dos canaviais. Em média, os canaviais produzem por volta de 6 anos, com a produtividade da soqueira diminuindo por volta de 8,5 ton/ha a cada corte.
Quando a produtividade das plantas cai significativamente após vários ciclos de colheita, se torna necessária a reforma do canavial, que implica em despesas altas, incluindo preparo do solo, aquisição de mudas e insumos, além do tempo necessário até que a nova plantação atinja a maturidade para colheita. Assim, o canavicultor precisa avaliar o custo-benefício de cada ciclo.
Se a produtividade diminui drasticamente ou se os custos de controle de pragas e doenças se tornam altos demais, pode ser mais viável antecipar a reforma. No entanto, técnicas adequadas de manejo podem contribuir para estender a vida útil do canavial, simplificando o manejo e reduzindo custos, o que contribui para uma produção mais eficiente e sustentável.
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Qual a importância da longevidade do canavial para a produção?
A longevidade do canavial refere-se ao número de cortes ou ciclos produtivos que um canavial pode sustentar antes de necessitar de reforma. Em média, no Brasil, essa longevidade varia entre 3 e 7 cortes, correspondendo a aproximadamente de 5 a 7 anos de produção contínua. A cada ano, estima-se que 10% a 15% dos canaviais passem por essa operação. Na próxima safra, cerca de 894 mil hectares estarão em reforma.
Para o canavicultor, o custo de reforma do canavial é um dos fatores mais críticos na gestão da lavoura de cana-de-açúcar. Para 2024/25, a estimativa é que o custo de formação do canavial seja de 14.427,46/ha.
Diante dos altos custos, investir em fatores que aumentem a longevidade é de suma importância para manter a lucratividade. Os fatores que reduzem a produtividade do canavial devem ser mitigados com o manejo adequado para que a produção seja estendida por mais cortes, podendo chegar a 10 anos.
Além dos benefícios econômicos, a longevidade também traz vantagens ambientais. Canaviais com maior vida útil necessitam de menos intervenções no solo, o que reduz a erosão e a degradação da área. Práticas de manejo que prolongam a vida do canavial também ajudam a conservar os recursos naturais e diminuir as emissões de gases de efeito estufa associadas às operações de reforma.
Principais ameaças à longevidade do canavial
De maneira geral, os fatores que afetam negativamente a produção de cana-de-açúcar e reduzem a vida útil do canavial são aqueles que comprometem a capacidade de rebrota da planta, antecipando o declínio da produtividade.
A colheita da cana-de-açúcar, por exemplo, afeta a durabilidade do canavial, principalmente pelo impacto nas soqueiras. Cortes mal executados e danos causados por máquinas comprometem a capacidade de rebrota, além de favorecer a entrada de pragas e doenças da cana-de-açúcar.
E por falar em doenças, esse fator também é determinante na longevidade do canavial, pois compromete a sanidade das plantas. Plantas debilitadas perdem a capacidade de resistir aos estresses e têm a sua eficiência fotossintética prejudicada, refletindo na qualidade das rebrotas e na produção.
Os nematoides também são problemas para o cultivo da cana-de-açúcar, pois podem reduzir a produtividade do primeiro corte de 20% a 30% e diminuir a produtividade das soqueiras de 10% a 20% por corte, levando à redução na longevidade do canavial em cerca de um corte.
Além de doenças e nematoides, a cana contabiliza perdas de aproximadamente 20% ao ano causadas pelo ataque de pragas. O Sphenophorus levis é um dos principais insetos que afeta a cultura, causando danos severos ao colmo e às raízes. As perdas de produtividade variam de 20 a 30 toneladas de cana por hectare a cada ano, além de comprometer a longevidade dos canaviais que, muitas vezes, não passam do segundo corte.
Além desses, outros fatores diminuem a duração dos canaviais, como o uso de cultivares inadequadas ou mudas de baixa qualidade que não se adaptam às condições climáticas, ao solo ou às pragas e doenças presentes na área, resultando em menor vigor e capacidade de rebrota ao longo dos ciclos de corte.
E não menos importante, a deficiência de fertilidade do solo determina a vida útil das soqueiras, pois solos pobres em nutrientes dão origem a rebrotas menos vigorosas e pouco tolerantes aos estresses, prejudicando a produtividade e antecipando a reforma do canavial.
Portanto, prolongar a longevidade do canavial exige um manejo focado em mitigar os efeitos dessas ameaças e em promover o desenvolvimento saudável da planta. A seguir, vamos explorar algumas das práticas de manejo eficazes para alcançar esses objetivos.
Técnicas de manejo para aumentar a longevidade e a produtividade do canavial
Para obter um canavial mais produtivo e longevo, é essencial que o canavicultor antecipe problemas e implemente algumas estratégias de manejo:
- Práticas adequadas de colheita: é importante ajustar os equipamentos para minimizar o corte baixo, evitando danos que comprometam a capacidade de brotação da soqueira.
- Manejo integrado de pragas e doenças: o uso de produtos específicos de controle, com tecnologias inovadoras, amplo espectro e longo residual, é essencial para manter a soqueira saudável e produtiva ao longo dos cortes.
- Escolha de variedades: selecionar variedades adaptadas ao local, resistentes aos estresses, vigorosas, com crescimento rápido e sistema radicular robusto, contribui para uma boa rebrota.
- Manejo e correção do solo: a produtividade do canavial é resultado de soqueiras vigorosas e bem nutridas que proporcionam um maior número de cortes e, consequentemente, ampliam a vida útil do canavial.
Além dessas técnicas, o uso de produtos com efeito bioativador proporciona o desenvolvimento de raízes mais profundas e robustas, aumentando a capacidade de absorção dos nutrientes e resistência a condições adversas, além de fornecer maior vigor, auxiliando na recuperação após cada corte, estendendo a longevidade do canavial.
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Sua flexibilidade de aplicação abrange diferentes momentos e métodos, podendo ser utilizado no plantio, no corte de soqueira, via pingente ou com vinhaça localizada. Produtores que investem em práticas de manejo integrado e em produtos de qualidade, como ENGEO PLENO® S, conseguem prolongar a vida útil do canavial e também aumentar sua produtividade, garantindo uma produção mais eficiente e rentável a longo prazo.
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