A cultura da macieira no Brasil passou por um grande avanço a partir da década de 70, ganhando mais importância no mercado quando o país passou de importador para exportador da fruta. Isso foi possível a partir de mudanças tecnológicas significativas no controle de doenças, com o objetivo de atingir um alto patamar de qualidade para a comercialização.

Na fruticultura, a maçã é um dos produtos com representativa participação da agricultura familiar e apresenta grande versatilidade em sua produção, com mais de 2,5 mil diferentes espécies e mundialmente consumida. No entanto, as doenças são um dos desafios constantes dos produtores, que podem ter a produtividade de suas lavouras afetada se o manejo não for realizado da forma correta.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil está entre os 12 maiores produtores de maçã do mundo. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia) indicam que o país colheu em 2022 uma área de 33,3 mil hectares de pomares da cultura, produzindo mais de 1 milhão de toneladas, cujo valor somou R$ 1.975.266 mil.

As maçãs são destinadas diretamente para o consumidor final, por meio da comercialização em hortifrútis, feiras, supermercados, e devem passar por um rigoroso processo de manejo durante o desenvolvimento das frutas até chegar ao armazenamento, podendo perder valor agregado devido a uma possível má qualidade do fruto causada por doenças.

Curiosidades sobre a cultura da maçã no Brasil

Macieira

A cultura da macieira no Brasil se concentra na Região Sul, com destaque para as regiões de São Joaquim, em Santa Catarina (o Estado responsável pela maior parte do produção em 2022), Vacaria e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A maçã pode ser consumida fresca ou ser base para produtos como geleias, bebidas, doces, compotas e vinagre.

Entre as inovações que estão sendo aplicadas para a maçã no Brasil, está a produção de biogás a partir do bagaço que seria descartado. Segundo um estudo publicado na Revista Campo & Negócios, esse potencial é um forte aliado na transição energética, contribuindo para o avanço das estratégias de redução de desperdícios no agro.

Há diversas características da maçã que são benéficas para a saúde humana e merecem ser destacadas:

  • ajuda na digestão;
  • modera o apetite;
  • controla o colesterol;
  • previne alergias e irritações;
  • evita a formação de coágulos sanguíneos;
  • age no baço e pulmão.

Os principais tipos de maçãs produzidos no Brasil são a Gala e a Fuji, tanto para consumo interno como para exportação. É importante ressaltar que, no que se refere à tecnologia de produção, há o aperfeiçoamento permanente no manejo dos pomares, além da Certificação de Produção Integrada (PIM), que atesta se a qualidade dos frutos está de acordo com as normas preestabelecidas, proporcionando um fruto mais atrativo, suculento e, claro, rentável.

As doenças da macieira: problema e solução

As condições climáticas são fatores determinantes para a disseminação de doenças da maçã, podendo prejudicar o desenvolvimento saudável do pomar. Geralmente, a incidência de patógenos é favorecida pelo grande volume de chuvas, o que promove a rápida infestação da lavoura a partir de respingos de água e vento.

Os períodos de floração e brotação são críticos para o desenvolvimento das macieiras quando se refere a doenças, isso porque geralmente ocorre entre os meses de setembro e outubro, quando as condições climáticas mudam por conta da troca de estação e há maior incidência de chuvas, favorecendo o aparecimento de patógenos.

É nessa fase que o produtor deve estar atento ao aparecimento de doenças, pois um pomar com floração comprometida resulta em baixa frutificação e, consequentemente, em uma menor produtividade.

A cultura da maçã pode ser acometida por uma ampla variedade de doenças e patógenos no Brasil, sendo a de maior gravidade a sarna-da-macieira (Venturia inaequalis), que pode afetar, inclusive, safras futuras.

Sarna-da-macieira: por que se preocupar com essa doença?

Sarna da macieira

Causada pelo fungo Venturia inaequalis, a sarna-da-macieira é uma das principais doenças que incidem sobre a cultura, podendo causar até 100% de perdas em regiões produtoras localizadas acima de 1.200 metros e que apresentam clima bem definido, com primavera fria e úmida.

A sarna-da-macieira vem sendo uma grande preocupação entre os produtores de maçã nos últimos anos, justamente pela alta incidência da doença nos pomares brasileiros, visto que as condições climáticas estão favorecendo cada vez mais o desenvolvimento do patógeno.

A doença foi constatada pela primeira vez no Brasil em 1950, no Estado de São Paulo, e disseminou-se de tal forma que passou a ser uma realidade em todas as regiões produtoras de maçãs. Sua identificação pode ser feita com atenção aos principais sintomas que a doença causa:

  • lesões de coloração verde-oliva, isoladas ou espalhadas em ambas as superfícies das folhas;
  • ao se desenvolverem, essas lesões apresentam aspecto aveludado, coloração cinza-escura e contorno aproximadamente circular;
  • nos frutos, surgem pequenas lesões circulares que evoluem e causam deformações, rachaduras e quedas prematuras;
  • em ramos novos, pode apresentar lesões e cancros.

A severidade da doença é favorecida por locais de alta umidade e temperaturas que variam entre 15 ºC e 21 ºC. Uma informação importante é que a infecção do fungo Venturia inaequalis depende do tempo de molhamento foliar: quanto maior o contato da folha com a umidade, mais severo será o ataque da sarna, sendo que folhas novas são mais suscetíveis à doença. 

Nesse cenário, a doença pode depreciar o fruto, tornando-o inviável para a comercialização. Para evitar o aparecimento da sarna, é necessário reduzir a fonte de inóculo primário da doença, por meio do enterrio ou da aceleração da decomposição de folhas caídas ao chão.

Além disso, o uso de lona plástica e de cultivares resistentes também são boas práticas para prevenir a manifestação da doença nos pomares de maçã. Para deixar o manejo ainda mais completo, a pulverização de fungicidas com formulação moderna e eficiente é essencial para a prevenção e o controle da sarna-da-macieira.

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fungicida maçã

Chegou um fungicida simplesmente poderoso para o controle de doenças

Sabendo das dificuldades do produtor de maçã em relação a fórmulas eficazes para o controle da sarna-da-macieira, a Syngenta inovou mais uma vez no desenvolvimento de novas tecnologias e apresenta MIRAVIS®, um fungicida simplesmente poderoso no manejo de doenças.

As doenças são grandes limitadoras para a obtenção de altas produtividades e, pela agressividade que apresentam, é necessário que o mercado desenvolva novas moléculas a fim de obter o máximo de controle e evitar a resistência dos patógenos aos mesmos mecanismos de ação.

Com isso, especialistas da Syngenta desenvolveram ADEPIDYN® technology, uma molécula única e inovadora que faz parte de um novo grupo químico de fungicidas. Considerada 3 em 1, com partes distintas que atuam de maneira sinérgica, a molécula compõe a formulação de MIRAVIS®, aliando poder de controle, excelente residual e amplo espectro de ação, de maneira a atender a diversas necessidades dos produtores.

Adepidyn

Os diferenciais de MIRAVIS® no controle de doenças são:

  • Inovação: produto à base de ADEPIDYN® technology, uma molécula inovadora de alta eficácia.
  • Amplo espectro: além da sarna-da-macieira, apresenta amplo espectro de ação até em relação às doenças mais difíceis.
  • Incomparável: alta atividade intrínseca de controle.
  • Multicrop: além de maçã, MIRAVIS® tem excelente performance em diversos cultivos.

No comparativo abaixo, é possível constatar a alta eficiência de MIRAVIS® no controle da sarna da macieira, apresentando um novo patamar de controle de doenças na cultura da maçã:

Infográfico

Entre as recomendações de aplicação do fungicida, é importante seguir à risca a bula do produto e contar com a orientação de um engenheiro-agrônomo. De acordo com o FRAC (Comitê de Ação de Resistência a Fungicidas), MIRAVIS® deve ser aplicado, no máximo, três vezes ao longo do ciclo, de forma preventiva e com um intervalo de 15 dias entre as aplicações. Vale ressaltar que a solução não necessita da adição de adjuvantes.

MIRAVIS® é simplesmente poderoso, pois apresenta alta seletividade à cultura e flexibilidade de uso em diferentes estádios fenológicos, sendo uma formulação revolucionária no manejo da sarna-da-macieira.

Uma nova dimensão em fungicidas poderosos chegou para elevar o patamar de controle de doenças ao mais alto nível, a fim de dar condições para que a cultura expresse seu máximo potencial produtivo com sustentabilidade e maior rentabilidade ao produtor.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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