A safra de grãos brasileira vive um excelente momento, destacando-se como a maior da história. O sucesso se deve, em grande parte, à soja, a cultura mais importante do cenário econômico, que vem batendo recordes com boas safras nos últimos anos.

Para ter uma boa produtividade e manter a sanidade da lavoura durante todo o desenvolvimento do ciclo, o produtor enfrenta desafios diários no campo. Entre eles, a presença das lagartas de difícil controle, que atacam as plantas e causam inúmeros prejuízos.

O controle dessas ameaças faz parte de um manejo assertivo. Dentro das boas práticas agrícolas, superar a resistência das pragas aos principais produtos no período mais importante da lavoura, que é a fase reprodutiva, está entre os principais desafios do agricultor.

Lagartas: quais as principais ameaças da soja?

Dentre as pragas que podem atacar a cultura da soja, as lagartas de difícil controle estão entre as que mais causam dor de cabeça aos produtores, levando a muitos prejuízos financeiros e quebras de safra.

Pela facilidade de se proliferarem, as perdas de produção podem chegar a 50% se o controle não for realizado no momento certo. Hoje, duas espécies figuram entre as mais preocupantes no campo, porém, um terceiro tipo tem sido visto com frequência nas lavouras do Cerrado e também merece atenção. Confira:

Lagarta helicoverpa

(Helicoverpa armigera)

Em 2013, essa praga registrou níveis populacionais nunca vistos antes e deixou os produtores do Cerrado em alerta. É uma espécie polígafa, que se alimenta de diversos tipos de cultura, adapta-se facilmente em qualquer condição climática e é resistente a inseticidas, o que dificulta o seu controle.

Seu ciclo reprodutivo dura de 30 a 60 dias, o que permite o crescimento de mais de uma geração em uma mesma lavoura. Os ovos são depositados na parte inferior do tecido foliar e levam cerca de 5 dias até a eclosão. As ninfas passam por seis períodos de desenvolvimento, sendo as de 3° ínstar o estágio dos ataques mais severos, alimentando-se da seiva nutritiva das inflorescências e dos frutos, deixando a planta fraca e comprometendo o seu desenvolvimento.

Lagarta falsa-medideira

(Chrysodeixis includens)

Essa espécie tem a coloração verde e o seu movimento na planta assemelha-se à medição de palmos. É uma lagarta mais comum na Região Sul do país e sua característica principal é causar uma grande desfolha na lavoura caso não seja controlada.

A lagarta se alimenta do limbo das folhas e à medida que vai atacando, deixa apenas as nervuras. Assim, as hastes ficam fracas e quebradiças, gerando a desfolha precoce e prejudicando o seu potencial de desenvolvimento.

É considerada uma lagarta de difícil controle devido à dificuldade de encontrá-la no baixeiro das plantas. Como sua população aumenta muito em pouco tempo, quando o produtor se dá conta, os prejuízos já são grandes.

Spodopteras

Não muito comum nas lavouras de soja, as lagartas do complexo Spodoptera (frugiperda, cosmioides e eridania) têm sido motivo de alerta aos produtores. Na última safra, a incidência elevada da sp. frugiperda causou preocupação entre os sojicultores.

A Spodoptera frugiperda é mais comum nas lavouras de milho e algodão, mas também aparece ocasionalmente na soja. É uma grande devoradora da parte reprodutiva das vagens das plantas e compromete severamente a produtividade.

Já a eridania tem a característica de migrar das plantas de fim de ciclo para uma hospedeira, sobrevivendo na entressafra. A cosmioides se alimenta das vagens das plantas, tem a coloração preta e provoca uma desfolha na lavoura. Ambas as espécies são polífagas e atacam diversas culturas.

Vale destacar que as lagartas de difícil controle têm a característica de serem resistentes, ou seja, adquiriram maior sensibilidade a produtos do mesmo grupo químico, adaptando o seu comportamento para continuar com o ataque e sobrevivendo durante todo o ciclo da cultura.

Por isso, quando tratamos de controle de lagartas da soja, o manejo antirresistência inclui medidas de controle da cultura que, aliadas ao MIP (Manejo Integrado de Pragas), tem o objetivo de controlar as pragas no campo.

Resistência: um grande desafio no controle de lagartas

A resistência de pragas mostra-se um grande desafio no campo, tanto para os produtores, que podem perder em produtividade caso optem por um manejo ineficiente, como para as empresas que desenvolvem as tecnologias de aplicação, já que as soluções precisam ser eficazes, proporcionar amplo espectro e performance superior no controle.

No caso das lagartas de difícil controle, adotar as mesmas práticas de manejo em lavouras sucessivas aumenta o risco de as pragas desenvolverem uma sensibilidade ao inseticida aplicado. Isso torna o controle ineficaz e ajuda na seleção de novos indivíduos resistentes, implicando, ainda, no aumento do seu nível populacional em patamares que inviabilizam seu controle.

MANEJO ANTIRRESISTÊNCIA PARA A SANIDADE DO CAMPO

O MIP (Manejo Integrado de Pragas) é uma mudança na conceituação de controle de pragas que ocorreu em meados dos anos 60 e foi considerado um grande avanço tecnológico. O processo visa à integração de várias táticas de manejo que envolvem um processo de tomada de decisão importante, uma opção sustentável e economicamente viável ao produtor, com foco no controle de pragas e na sanidade da lavoura.

Dentro do MIP, algumas medidas são extremamente essenciais para que o manejo antirresistência atinja o objetivo de controlar as lagartas e extrair o máximo da produtividade da lavoura, como:

  • Vazio sanitário: período de ausência total de plantas vivas por 60 dias com o objetivo de proteger a lavoura de doenças e infestação de pragas que ocorrem entre uma safra e outra. Em algumas regiões produtivas, o vazio sanitário é obrigatório e acontece de 1° de julho a 15 de setembro.
  • Monitoramento contínuo: para ter a tomada de decisão precisa, o produtor precisa monitorar a lavoura constantemente para verificar, de perto, o aumento populacional das pragas e antecipar as ações de controle.
  • Solução inseticida: o uso de defensivos agrícolas deve ser utilizado quando o nível populacional das pragas atinge um estágio de prejuízo econômico ao produtor. No caso das lagartas de difícil controle, o inseticida precisa ter amplo espectro e ação rápida para evitar que os ataques causem danos irreversíveis à lavoura.

Seguindo as táticas de manejo integrado, o passo importante é a escolha assertiva do inseticida para que as lagartas da soja não prejudiquem a produtividade da lavoura e o desenvolvimento da cultura siga de forma plena e saudável.

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Ao detectar no monitoramento que a densidade populacional das lagartas chegou a um nível de causar prejuízos ao sojicultor, é hora de entrar com a aplicação de inseticida. Neste caso, Proclaim é a opção assertiva que oferece rápida ação de choque e residual.

O controle das lagartas acontece em poucas horas, porque a formulação de Proclaim paralisa os insetos em poucas horas devido ao modo de ação conhecido como “ativador dos canais de cloro”, que bloqueia a alimentação através da paralisia de músculos e células nervosas.

A solução sistêmica transloca-se por todas as partes da planta. Quando os insetos têm contato com a cultura ou alimentam-se dela, o sistema nervoso é atingido, resultando no seu controle.

Veja outros diferenciais do inseticida da Syngenta na lavoura:

  • altamente seletivo: é eficaz contra as lagartas sem prejudicar os inimigos naturais da lavoura, que auxiliam no desenvolvimento pleno da cultura;
  • ação translaminar: mesmo aplicado de um lado da folha, o inseticida se transloca para o outro lado, protegendo a folha por completo;
  • ação ovi-larvicida: controla as lagartas em todos os estádios do ciclo de vida, seja nos ovos ou no seu desenvolvimento.

Observe no infográfico abaixo os prejuízos causados pelas lagartas e como Proclaim age no controle de cada espécie:

O posicionamento indicado para a aplicação de Proclaim é no fechamento da cultura, pois é o momento mais sensível do ataque das lagartas e de maior índice de aumento da densidade populacional.

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Operação Praga Zero: programa de combate às pragas da lavoura

Idealizado e lançado pela Syngenta, o programa Operação Praga Zero tem como objetivo orientar e dar todo o suporte para produtores e agrônomos sobre a importância do manejo de pragas e como enfrentar esses desafios no campo no dia a dia.

No início do programa, em 2019, aconteceram palestras e visitas organizadas em que especialistas mostraram, de forma didática, como as ações de manejo e a tomada de decisão precisa contribuem com a eficiência no controle de pragas.

No atual cenário de pandemia, a Operação Praga Zero se reinventou para atender às necessidades do produtor rural e adaptou os atendimentos ao ambiente virtual. Através de palestras online, webinars e videoconferências, todo o suporte é oferecido com atenção e foco nas soluções dos problemas e dúvidas em relação ao campo.

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Na hora de enfrentar os desafios do campo, a Syngenta está sempre ao lado do produtor, entendendo os problemas e desenvolvendo soluções cada vez mais eficazes para extrair o máximo da lavoura. Conheça o portfólio completo de produtos, acesse nosso portal e fique por dentro das novidades do setor agronômico.

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