As pragas estão entre as principais preocupações dos produtores de soja e, entre elas, podemos destacar o percevejo-marrom (Euschistus heros). Entre as espécies de maior incidência nas lavouras brasileiras, esse percevejo costuma ser uma das pragas mais comprometedoras, impactando a qualidade da soja e podendo reduzir a produtividade em até 30%.

As características de alta mobilidade e capacidade de sobreviver em diferentes espécies de plantas hospedeiras, além do ciclo de vida ser mais acelerado em regiões de clima mais quente, fazem do manejo do percevejo-marrom uma atividade desafiadora.

Diversos fatores podem influenciar na população e no nível de dano da praga, entretanto, entre os principais pontos que merecem a atenção do produtor, está o monitoramento das plantas e a identificação da praga, além da escolha dos métodos de controle a serem utilizados.

Embora muito se fale sobre a identificação e a presença dos adultos do Euschistus heros na lavoura, a fase de ninfa também deve ser levada em consideração, uma vez que representa o momento de maior dano econômico do percevejo-marrom na soja, podendo responder por até 70% dos danos causados pela espécie. Por esse motivo, é essencial estar atento ao controle dessa praga desde o início do seu ciclo de vida.

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Ciclo de vida do percevejo-marrom

Para entender melhor os danos e os hábitos de alimentação da ninfa do percevejo-marrom, é essencial compreender seu ciclo de vida. 

Inicialmente, a fêmea deposita seus ovos na soja – normalmente agrupados, de 5 a 8 unidades – principalmente nas folhas e vagens e, após a eclosão dos ovos, as ninfas passam por 5 ínstares, também chamados de estádios de crescimento, até se tornarem insetos adultos. 

O adulto sobrevive, em média, por 116 dias e, durante o período de entressafra da soja, consegue se alojar sob a palhada ou em plantas daninhas hospedeiras. O percevejo-marrom é capaz de entrar em diapausa, ou dormência, permanecendo sem se alimentar e se mantendo apenas com as reservas adquiridas na safra da soja até o próximo cultivo.

Ovos e ninfas recém-eclodidas de Euschistus heros.

Identificação da ninfa do percevejo-marrom

Os percevejos em fase de ninfa são menores em tamanho comparado a um inseto adulto, porém essa não é a única diferença visual. As ninfas recém-eclodidas se caracterizam pelo corpo alaranjado, cabeça preta e não possuem asas. 

Ao decorrer dos ínstares, as ninfas adquirem uma coloração mais amarronzada, o corpo fica mais arredondado e só na fase adulta – de 11 a 15 mm de comprimento, em média – o inseto desenvolve completamente as asas e passa a apresentar os pronotos alongados e escurecidos, que são característicos dessa espécie.

Quais os danos causados pela ninfa do percevejo-marrom?

É a partir do terceiro ínstar que a ninfa começa a se alimentar da soja com seu hábito sugador. 

A ninfa insere seu aparelho bucal na planta, principalmente nas vagens e nas flores, para succionar a seiva, e, ao mesmo tempo, injeta toxinas no tecido vegetal, que servem para facilitar a sucção do alimento pela praga. A espécie ocasiona diversos danos à planta:

  • má formação dos grãos, 
  • maturação desuniforme,
  • abortamento de grãos e vagens,
  • retenção foliar e consequente dificuldade na colheita,
  • redução de vigor e de potencial germinativo,
  • perda de produtividade.

Nos estádios iniciais, esses insetos permanecem sugando continuamente a seiva das plantas, já que ainda não voam, não acasalam e estão em desenvolvimento. 

Além disso, diferentemente dos adultos, que costumam ser encontrados no dossel superior das plantas, as ninfas comumente se localizam no terço médio da planta.

MIP para o controle do percevejo-marrom

Para evitar os danos e ter um eficiente controle do percevejo-marrom, principalmente das ninfas, é importante que o produtor adote os princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP), estando atento, inicialmente, ao monitoramento e à identificação.

O monitoramento regular das plantas é um forte aliado contra o percevejo-marrom e as demais espécies. Por meio de técnicas de amostragem, como o pano de batida, por exemplo, o produtor consegue estimar com maior assertividade o tamanho da população da praga no campo e o momento correto de intervir com algum método de controle. 

O momento ideal para se iniciar o monitoramento do percevejo-marrom pode depender bastante das condições climáticas da safra, mas, de maneira geral, essa praga costuma ter maior eclosão dos ovos e maior colonização das ninfas durante os estágios R3 e R4, significando que os maiores danos ocorrem no início da formação das vagens até a fase de maturação fisiológica

Os cuidados de monitoramento e controle devem ser redobrados nesse momento, com a vistoria das plantas ao menos uma vez por semana.

Além da aplicação de métodos de controle cultural, como remoção de plantas daninhas hospedeiras próximas à área de cultivo, o produtor tem à disposição uma importante ferramenta química de ação rápida e residual prolongado.

Controle de confiança com ENGEO PLENO® S

Diante de um grande desafio, como é o percevejo-marrom, é importante contar com um produto eficaz já nas primeiras aplicações. Nesse sentido, o inseticida ENGEO PLENO® S, formulado pela Syngenta, oferece diversos benefícios e, por isso, é um dos defensivos mais lembrados pelos produtores. Sua solução eficiente é fortemente recomendada para os produtores que desejam alcançar o máximo potencial produtivo da soja.

A combinação dos ingredientes ativos tiametoxam e lambda-cialotrina, que uniu um neonicotinoide e um piretroide, permite um excelente controle do percevejo-marrom nas fases de ninfa e adulto, respondendo com superioridade no combate das pragas da soja. 

Sua ação sistêmica, que permite que os princípios ativos sejam transportados para as demais regiões da planta, aliado a sua liberação gradual e controlada proporcionada pela tecnologia Zeon, tornaram ENGEO PLENO® S o líder no mercado quando se fala no enfrentamento do complexo de percevejos. 

Frequentemente recomendado para as estratégias de controle do MIP, esse inseticida possui microcápsulas protegidas por fotoestabilizantes que, além de possibilitarem uma ação controlada, permitem maior aderência às folhas. Seguindo o posicionamento correto e utilizado em conjunto com as melhores tecnologias de aplicação, ENGEO PLENO® S entrega performance de choque e residual sem igual.

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