A relação dos agricultores com o clima é quase sempre um dilema: após o plantio de soja, por exemplo, a chuva é necessária – e muito desejada – para que as plantas germinem e o estande se estabeleça corretamente. Por outro lado, a mesma precipitação que favorece a cultura nesse momento, favorece também o desenvolvimento de plantas daninhas.

As chuvas abundantes durante longos períodos favorecem a incidência de daninhas na soja, gerando alerta no Brasil, principalmente entre os meses de outubro e março. Para realizar um manejo eficiente, os produtores precisam estar sempre atentos aos alertas e previsões climáticas – e, é claro, ter um plano efetivo de ação em caso de condições meteorológicas adversas. 

Uma excelente estratégia para proteger a rentabilidade da lavoura é realizar o manejo pré-emergente das daninhas, utilizando herbicidas que atuam diretamente no banco de sementes do solo, inibindo e/ou prejudicando a germinação das plantas invasoras e evitando a matocompetição no momento inicial do desenvolvimento da cultura da soja. 

Cenário atual: principais daninhas que causam prejuízos nas lavouras de soja

No Brasil existem, atualmente, diversas espécies de plantas daninhas que afetam a cultura da soja, porém podemos destacar três principais, que são mais recorrentes e podem prejudicar a cultura em diversas fases de desenvolvimento, por isso, merecem atenção especial do sojicultor. 

A seguir, são detalhadas informações específicas sobre cada uma delas, para que seja possível estabelecer um manejo pré-emergente eficiente. Confira.

Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)

capim pé de galinha

Muito comum nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o capim-pé-de-galinha é uma gramínea de folhas estreitas com ciclo anual ou perene, que se adapta facilmente a diferentes condições ambientais e se estabelece nas lavouras com rapidez, por sua alta capacidade de dispersão.

Cada planta tem a capacidade de produzir em torno de 40 mil sementes, de maneira que, se alcançar a fase reprodutiva em meio ao cultivo de interesse, torna-se um desafio para o sojicultor, podendo infestar a área também nas safras subsequentes. 

O capim-pé-de-galinha desenvolve-se formando touceiras, o que dificulta ainda mais o controle, prejudicando inclusive a movimentação dos maquinários durante o processo de colheita, o que também pode reduzir os resultados da produção.

Além disso, a competição por água, luz e nutrientes entre essa daninha e a cultura comercial pode causar a redução significativa da produtividade. Na soja, por exemplo, essa matocompetição prejudica a formação dos trifólios, o acúmulo de biomassa seca, o número de vagens e o número e peso de grãos por vagem. 

Capim-amargoso (Digitaria insularis)

capim amargoso

Uma planta de ciclo perene, pertencente à família das gramíneas, o capim-amargoso é incidente em lavouras de soja de Norte a Sul do país. Ela se reproduz pela dispersão de sementes, podendo florescer em qualquer época do ano, e também por meio do rizoma, formando touceiras. 

Erradicar o capim-amargoso depois do entouceiramento é uma tarefa extremamente difícil. Ainda assim, é muito importante evitar sua presença nas lavouras, pois a presença de somente uma planta por metro quadrado já consegue reduzir a produtividade da soja em cerca de 20%.

Caruru (Amaranthus sp)

caruru

A palavra “caruru” designa não uma, mas várias espécies de plantas do gênero Amaranthus, todas muito recorrentes e prejudiciais à soja. Essas daninhas são herbáceas de folhas largas que podem produzir entre 200 mil e 500 mil sementes por planta, dispersadas gradualmente por meio de uma reprodução de fluxo contínuo.

As diferentes espécies de caruru conseguem realizar cruzamentos entre si, de maneira que sua variabilidade genética é muito alta. Portanto, além da facilidade de dispersão, também são de fácil adaptação, tanto ao ambiente quanto à seleção aos ativos herbicidas.

A competitividade que o caruru estabelece com a cultura da soja é muito agressiva, gerando graves problemas ao desenvolvimento da cultura, além do fato de que sua presença na lavoura, no momento da colheita, pode inviabilizar a operação, a depender da altura e da quantidade de daninhas na área. 

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Lavoura protegida: manejo pré-emergente eficiente para controlar as daninhas da soja

Capim-pé-de-galinha, capim-amargoso e caruru foram três das principais plantas daninhas frequentes nas lavouras de soja no Brasil durante a última safra e são espécies que representam desafios de manejo ao sojicultor há alguns anos.  

Apesar de a sojicultura brasileira ter a tendência de alcançar resultados de produção cada vez melhores, o potencial produtivo da cultura é muito maior do que os números que vêm sendo registrados a cada safra. Com exceção das adversidades climáticas que causam perdas de produção, é possível manejar as ameaças que impedem o aumento da produtividade, possibilitando o aumento da produção sem expandir a área de plantio.

Para as daninhas, esse processo se dá pela inclusão do manejo pré-emergente no planejamento do agricultor. A estratégia consiste em controlar as invasoras antes que o banco de sementes depositado no solo comece a germinar, situação que acontece com maior frequência em períodos chuvosos.

daninhas da soja

Controle das principais espécies de daninhas na soja. Fonte: Mais Agro, 2022.

A questão é que o solo fértil e preparado para a soja é propício para o desenvolvimento das daninhas, que, ao longo do tempo, desenvolveram mecanismos de sobrevivência diversos, entre eles:

  • velocidade de dispersão;
  • alta capacidade reprodutiva;
  • adaptação do seu ciclo para os períodos de maiores índices pluviométricos;
  • longos períodos de dormência, em que as sementes ficam armazenadas no solo até encontrar condição favorável para emergir.

Com isso, a dessecação pré-plantio é essencial para otimizar as operações de semeadura, mas não é suficiente para impedir o surgimento de daninhas no momento da estabilização do estande da soja. Assim, controlar as daninhas da soja antes que emerjam é uma ação necessária para qualquer produtor que queira uma lavoura livre dessas invasoras ao longo do ciclo da cultura.

Controlando o mal pela raiz

Para que a soja se desenvolva no limpo, o manejo pré-emergente de daninhas na soja precisa ser realizado logo após a semeadura, antes da germinação das sementes de soja e das invasoras, além de ser mais favorável pela facilidade operacional. 

O produto para aplicação pré-emergente deve não apenas ser eficiente contra daninhas de folhas largas e estreitas, controlando todas as espécies incidentes, como também precisa ser seletivo à cultura da soja, para não causar fitotoxicidade ao cultivo. 

Para evitar a seleção de daninhas resistentes, é importante que a aplicação pré-emergente seja feita com um herbicida de amplo espectro de controle, composto por diferentes modos de ação e que conte com seletividade.

Nesse contexto, a Syngenta apresenta Eddus®, um produto com todas as características necessárias para um manejo pré-emergente eficiente:

eddus syngenta

O resultado de Eddus® nessa estratégia de manejo é uma lavoura sem daninhas e com muito mais soja. Isso não é apenas uma expectativa, mas sim uma realidade, visto que os testes com o herbicida Eddus® entregam os níveis de controle de que o sojicultor precisa, como é possível verificar nos registros a seguir:

herbicida pré-emergente

Resultado comparativo de herbicidas em aplicação pré-emergente na soja. 

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