Doenças em hortifrúti como oídio, antracnose, queima-das-pontas, mancha-púrpura, septoriose, mancha-de-alternária, entre outras, provocam perdas anuais consideráveis no Brasil, podendo afetar boa parte da produção, quando não devidamente manejadas.
Muitas dessas doenças podem ser facilmente controladas, desde que os agentes causais sejam rapidamente identificados. Além disso, com base em um planejamento fundamentado nas informações sobre o histórico de doenças na área cultivada ou na região, muitas delas podem ser até mesmo evitadas, especialmente em épocas de condições ambientais favoráveis.
Para o controle dessas doenças, muitas estratégias podem ser implementadas, no entanto, recomenda-se que sejam sempre focadas no manejo integrado de doenças (MID), um conjunto de táticas de controle, que, de forma integrada, potencializam e reduzem consideravelmente as doenças.
Métodos de controle de doenças em culturas de hortifrúti
O controle de doenças em hortifrúti, baseado no MID, envolve diferentes métodos de controle que visam não só reduzir o inóculo das doenças (população dos patógenos), mas também potencializar o seu controle e incluem controle cultural, físico, biológico (quando compatível), genético e químico.
Controle cultural
Nesse tipo de controle, busca-se reduzir o inóculo de doenças presentes na área de produção. As medidas de proteção baseadas no controle cultural incluem:
- eliminação do vegetal inteiro ou de partes das plantas doentes. No caso de frutíferas, com a prática da poda, por exemplo, quando a doença permitir. É importante lembrar, que algumas doenças demandam medidas legislativas, ou seja, leis, decretos e portarias federais que exigem a erradicação ou eliminação total de plantas doentes, como é o caso de pomares de citrus com presença de Greening;
- preparo e irrigação do solo de maneira adequada: é importante lembrar que as doenças podem ser disseminadas nas áreas de produção por meio da prática da irrigação;
- época e densidade de plantio: plantios fora das épocas indicadas podem ficar mais suscetíveis à ocorrência de doenças, especialmente porque, nesses períodos, as condições climáticas costumam ser desfavoráveis. Além disso, em plantios muito adensados, facilmente se cria condições denominadas de microclima, com alta umidade, menor passagem de ar, favorecendo a ocorrência de doenças;
- implantação de barreiras físicas: as barreiras físicas protegem o cultivo de ventos fortes que possam favorecer não somente a passagem de esporos de doenças (que podem ser disseminados para longas distâncias), mas também evitam que as plantas sejam afetadas pelo vento e, dessa maneira, desenvolvam pequenos ferimentos, porta de entrada para fungos e bactérias;
- equilíbrio nutricional: fundamental para o bom desenvolvimento das plantas, além de influenciar diretamente na capacidade das plantas de tolerar o ataque de doenças, como também de desencadear respostas de defesa contra os patógenos;
- A adição de matéria-orgânica aos solos cultivados também auxilia no aumento da população microbiana, como fungos e bactérias que atuam não somente na decomposição de restos culturais, como também no equilíbrio da microbiota do solo e na supressão de patógenos.
Controle físico
O controle físico, por outro lado, é exercido por meio da alteração da temperatura, por exemplo, o tratamento térmico (também conhecido como termoterapia), em que sementes ou mudas são submetidas a altas temperaturas por determinado período de tempo para controle dos patógenos associados a elas. A termoterapia também é aplicada na pós-colheita, para proteger frutas e hortaliças de patógenos que causam podridões.
Outros métodos de controle físico:
- emprego da radiação solar: nesse método de controle, utilizam-se filmes plásticos que retêm comprimentos de onda na faixa dos 390 nm para estimular a esporulação dos fungos (que são responsáveis pelo aumento do inóculo e das doenças).
- atmosfera controlada onde são alteradas as concentrações de gás carbônico (entre 5 e 7%) e de oxigênio (entre 2 e 3%), condições que dificultam a sobrevivência dos patógenos;
- refrigeração do ar: consiste na modificação da temperatura do ar, mantendo frutos e hortaliças acondicionados em baixas temperaturas. Esta técnica é utilizada especialmente na pós-colheita.
O controle físico é bastante utilizado no tratamento de sementes de hortaliças. Porém, aqui, cabe destacar que, para a sua segura aplicação, é necessário conhecimento técnico sobre quais temperaturas, tempo, se as sementes serão submetidas a vapor seco ou úmido, e cuidados necessários, pois danos fisiológicos podem ocorrer no processo.
Controle biológico de doenças de plantas
Esse método de controle consiste na redução da densidade de inóculo (como fungos e bactérias) ou das atividades da doença, por meio da adição de um ou mais organismos ao sistema de cultivo. Esses organismos podem ser bactérias ou fungos, que atuam como inimigos naturais dos patógenos causadores de doenças.
Esse controle ocorre por meio de diferentes mecanismos de ação, podendo ser a partir da produção de compostos tóxicos aos patógenos (antibiose), seja pela competição por nutrientes e espaço, pelo parasitismo e até mesmo pela indução de resistência nas culturas (estimulando os mecanismos de defesa contra os patógenos, antes que as doenças ocorram).
É importante frisar que, antes do uso conjunto do controle biológico e químico, é necessário consultar a compatibilidade entre ambos os tratamentos, e/ou o manejo que deve ser adotado, como o espaçamento entre aplicações, ou até mesmo misturas de produtos.
Controle genético
Já o controle genético é baseado na escolha de cultivares resistentes ou tolerantes às principais doenças presentes na área de cultivo, quando essas estiverem disponíveis. Vale ressaltar que a resistência genética não impede que a doença ocorra, mas sim que a doença progrida, o que pode causar reduções na produtividade da cultura.
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Controle químico
O controle químico baseia-se na utilização de fungicidas, uma vez que os patógenos raramente podem ser erradicados (ou seja, eliminados), totalmente da área de cultivo. A união dos demais controles com o químico mantém os patógenos em baixas populações, reduzindo o risco de pressão de seleção de indivíduos ou populações resistentes.
Não importa a cultura ou doença, o Portfólio Syngenta é a solução certa para você!
Contamos com um portfólio robusto para controle de doenças em hortifrúti. As soluções Syngenta não só são a melhor escolha, como também oferecem diversas opções de fungicidas que podem ser utilizados no manejo, visando a rotação de ingredientes ativos, mantendo a sua lavoura protegida e auxiliando no manejo antirresistência. Confira a seguir!
AMISTAR TOP®
AMISTAR TOP® é um fungicida sistêmico que conta com a ação de duas moléculas com dois mecanismos de ação distintos: enquanto a azoxistrobina (C3), inibe a respiração dos fungos, o difenoconazol (G1) inibe a síntese de ergosterol (gorduras) nas células fúngicas, inibindo assim o seu desenvolvimento e, portanto, os danos nas culturas alvo.
Os benefícios de Amistar Top® incluem amplo espectro de ação, podendo ser utilizado em inúmeras culturas de hortifrúti, no controle de manchas foliares, como:
- antracnose (Colletotrichum gloeosporioides);
- oídio (Podosphaera xanthii),
- septoriose (Septoria lactucae);
- mancha-de-alternaria (Alternaria porri);
- pinta-preta (Alternaria solani);
- verrugose (Elsinoe australis);
- mancha-preta ou pinta-preta (Guignardia citricarpa);
- queima-das-folhas (Alternaria dauci);
- mancha-de-micosferela (Mycosphaerella fragariae), entre outras.
Além disso, tem ação preventiva, curativa e antiesporulante, ou seja, pode ser utilizado em áreas ou regiões com histórico de manchas foliares, em manejo preventivo. Evita ainda que os fungos produzam estruturas reprodutivas, utilizadas para novas infecções.
Possui alta seletividade às culturas de hortifrúti, não apresentando fitotoxicidade, auxiliando na proteção e produtividade da sua lavoura.
Bion® 500 WG
Já Bion® 500 WG, é um fungicida pertencente ao grupo químico benzotiadiazol (P1), que induz os mecanismos de defesa em plantas por meio da ativação de sinais químicos, dessa forma sua lavoura se mantém protegida dos patógenos.
Bravonil® 720
Já o Bravonil® 720 é um fungicida de contato do grupo químico das isoftalonitrilas (M05), ou seja, multissítio, que possui diferentes mecanismos de ação para o controle das manchas foliares. É indicado no manejo preventivo de doenças, tais como:
- pinta-preta (Alternaria solani);
- míldio (Peronospora destructor);
- mancha-púrpura (Alternaria porri);
- mancha-de-alternária (Alternaria dauci);
- antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), entre outras.
SCORE®
É um fungicida sistêmico do grupo químico dos triazóis (G1), com formulação do tipo concentrado emulsionável. Possui como mecanismo de ação a inibição da síntese de ergosterol, componente essencial da membrana plasmática dos fungos.
É recomendado para controle de manchas, como:
- verrugose (Sphaceloma perseae);
- antracnose (Colletotrichum gloeosporioides);
- oídio (Sphaerotheca fuliginea);
- septoriose (Septoria lactucae);
- mancha-púrpura (Alternaria porri);
- pinta-preta (Alternaria solani);
- queima-das-folhas (Alternaria dauci);
- sarna-da-macieira (Venturia inaequalis), entre outras.
Unix® 750 WG
Unix® 750 WG (formulação em grânulos dispersíveis) é um fungicida sistêmico, do grupo químico da anilinopirimidina (D1), com mecanismo sobre a inibição da biossíntese de metionina (aminoácido essencial para os fungos).
Recomendado para o controle de manchas, tais como:
- mancha-púrpura (Alternaria porri);
- pinta-preta (Alternaria solani);
- mancha-de-alternaria (Alternaria solani), entre outras.
Miravis® Duo
É um fungicida sistêmico à base de Adepidyn®, uma molécula inovadora e única, pertencente ao novo grupo químico (N-metoxy-pirazol-carboxamidas) e difenoconazol. Seu maior diferencial é o poder de alta atividade intrínseca de controle, combinando os grupos químicos que inibem a síntese de esteróis (G1) nos patógenos e a inibição da enzima succinato-desidrogenase na respiração (C2).
Essa combinação resulta em amplo espectro de controle, protegendo as culturas contra manchas foliares, como:
- pinta-preta (Guignardia citricarpa);
- mancha-de-alternária (Alternaria dauci);
- oídio (diversas espécies);
- septoriose (Septoria lycopersici);
- mancha-púrpura (Alternaria porri);
- queima-das-folhas (Alternaria dauci)
Miravis®
É um fungicida sistêmico pertencente ao novo grupo químico (N-metoxy-pirazol-carboxamidas), à base de Adepidyn®, uma molécula inovadora e única. É uma solução que apresenta excelente performance em diversos cultivos, alta atividade intrínseca de controle e amplo espectro de ação contra as doenças mais difíceis, incluindo:
- sarna-da-macieira (Venturia inaequalis).
É importante ressaltar que as demais indicações sobre recomendações técnicas de preparo de caldas, doses, tecnologia de aplicação e intervalos de segurança devem ser consultadas na bula dos produtos.
Lembre-se sempre de respeitar a bula em relação ao número máximo de aplicações recomendadas, realizando a rotação de grupos químicos na sua lavoura.
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