A presença de pragas do algodão, como a mosca-branca (Bemisia tabaci) e o pulgão-do-algodoeiro (Aphis gossypii), tem sido um desafio crescente para os produtores de algodão. A cada safra, essas pragas vêm se tornando mais relevantes, exigindo atenção redobrada para evitar prejuízos significativos. 

Na safra 2024/25, foram observados casos de infestação em níveis alarmantes na cultura da soja, especialmente em regiões como São Paulo, o que pode refletir na safra de algodão, assim como aconteceu no ciclo 23/24.

Nesse cenário, a Syngenta tem sido protagonista, oferecendo soluções, como ELESTAL® Neo, capazes de superar os desafios que envolvem o manejo da mosca-branca e do pulgão-do-algodoeiro nas lavouras.

Neste conteúdo, trazemos mais informações sobre o cenário atual dessas pragas no algodão, quais impactos elas podem causar nas lavouras e como ELESTAL® Neo tem despontado como uma solução única para o controle da mosca-branca e do pulgão-do-algodoeiro. Confira!

Pressão das pragas iniciais do algodoeiro já preocupa produtores

A pressão de pragas iniciais do algodoeiro, como a mosca-branca (Bemisia tabaci) e o pulgão-do-algodoeiro (Aphis gossypii), já tem causado preocupação entre os cotonicultores, considerando o histórico das últimas safras.

Apesar de ter chegado ao Brasil só na década de 90, a mosca-branca rapidamente se alastrou por quase todo o território nacional e grandes surtos dessa praga vêm sendo registrados em lavouras dos principais Estados produtores de algodão, incluindo o Mato Grosso e a Bahia.

Na safra 2023/24, registrou-se a maior pressão histórica dessa praga e agora, na safra 2024/25, a mosca-branca volta a causar problemas, especialmente no Estado de São Paulo, onde foram registrados níveis de infestação elevados na cultura da soja, até acima da temporada passada. E isso é preocupante, já que na safra passada esse cenário afetou negativamente as culturas subsequentes, como o algodão.

O aumento da incidência da mosca-branca nas lavouras está intimamente relacionado com o clima, já que condições de temperaturas mais elevadas e menos chuvas tendem a encurtar o ciclo dessa praga e aumentar a sua capacidade reprodutiva. 

O ciclo de vida da mosca-branca (Bemisia tabaci) é composto por 4 fases: ovo, ninfa, pupa e adulto.

Já no caso do pulgão-do-algodoeiro, perdas de produtividade de mais de 40% vêm sendo observadas em lavouras em que não há adoção de medidas de controle. E nos casos em que o seu ataque está associado à transmissão de vírus causadores de doenças, como o mosaico-das-nervuras-do-algodoeiro e o vermelhão, as perdas de produtividade podem chegar a 50%.

Por se tratar de uma praga que ocorre em todas as regiões onde o algodão é cultivado, a presença do pulgão-do-algodoeiro é recorrente nas lavouras, principalmente durante os primeiros 100 dias após a emergência das plantas. Entretanto, as infestações que ocorrem dos 30 aos 70 dias são as mais expressivas e danosas para a cultura.

Quais danos a mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro causam na cultura do algodão?

Tanto a mosca-branca quanto o pulgão-do-algodoeiro são capazes de causar danos diretos e indiretos nas plantas, comprometendo não somente a produtividade, mas também a qualidade do algodão.

Os danos diretos estão relacionados ao processo de alimentação dessas pragas. No caso da mosca-branca, as ninfas e os adultos, ao se alimentarem da seiva das plantas, injetam toxinas que causam anomalias, ou desordens fitotóxicas, que levam ao amarelecimento de folhas, ramos e estruturas reprodutivas do algodão. 

Já no caso do pulgão-do-algodoeiro, seus danos estão associados ao enfraquecimento das plantas recém-emergidas, em razão do consumo da seiva das plântulas. Dependendo da duração da infestação, o pulgão-do-algodoeiro pode causar enrugamento e encarquilhamento das folhas dos ponteiros, deformação dos brotos e ainda pode migrar para as flores e maçãs do algodão, prejudicando o desenvolvimento dessas estruturas e, consequentemente, comprometendo a qualidade da pluma.

O pulgão-do-algodoeiro (Aphis gossypii) se reproduz por partenogênese, ou seja, sem a necessidade de acasalamento, o que faz com que as populações dessa praga aumentem rapidamente.

Os danos indiretos dessas pragas estão associados a dois problemas: a fumagina e, principalmente, a transmissão de viroses.

Ao se alimentarem, a mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro excretam substâncias açucaradas, popularmente conhecida como “mela”, que favorecem o desenvolvimento de fumagina nas folhas, uma doença fúngica que afeta a capacidade fotossintética da planta. Ao final do ciclo da cultura, a excreção dessas substâncias ainda pode manchar a pluma e reduzir a sua qualidade, causando o chamado “algodão doce” ou “algodão caramelizado”.

Mas o dano indireto com maior impacto para a cultura é a transmissão de viroses. A mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro são, juntos, vetores de mais de 100 espécies de vírus, incluindo o mosaico-das-nervuras-do-algodoeiro, o vermelhão e o vírus do enrolamento das folhas de algodoeiro, que são adquiridos de plantas doentes durante o processo de alimentação e transmitidos para plantas sadias. Quando o ataque da mosca-branca é associado a essas doenças, por exemplo, as perdas de produtividade no algodão podem chegar a 50%.

Tal fato, somado à capacidade que a mosca-branca tem para se dispersar tanto a curtas quanto a grandes distâncias, o alto grau de polifagia, como também a sua grande capacidade de multiplicação, bem como a do pulgão-do-algodoeiro, torna o controle dessas pragas ainda mais importante.

Soluções para o controle de mosca-branca e pulgão-do- -algodoeiro

Para mitigar os danos causados pela mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro e proteger a lavoura, é necessário que o produtor estabeleça um manejo integrado de pragas que considera a dinâmica populacional delas, a fim de quebrar o ciclo da mosca-branca e do pulgão-do-algodoeiro, diminuir a população das gerações futuras e reduzir as migrações para culturas subsequentes.

O primeiro aspecto a ser considerado dentro do manejo integrado de pragas da mosca-branca e do pulgão-do-algodoeiro é o seu monitoramento. Por ambos serem pragas com alto grau de polifagia, ou seja, serem capazes de se alimentar de uma grande variedade de plantas, eles podem ser encontrados não somente durante o período de safra, mas também no de entressafra.

Por isso, recomenda-se que o produtor faça o monitoramento adequado dessas pragas, usando de recursos, como armadilhas adesivas e inspeções regulares da lavoura, focando especialmente na face inferior das folhas do terço médio das plantas, para a mosca-branca, e em folhas e brotos novos, para o pulgão-do-algodoeiro, onde as infestações são mais comuns. Dessa forma, é possível fazer o acompanhamento das populações dessas pragas nas lavoura e definir o melhor momento para utilizar outras ferramentas inclusas dentro do manejo integrado de pragas.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) indica que o nível de controle da mosca-branca no algodão é de 60% de folhas infestadas para adultos e 40% de folhas infestadas para as ninfas grandes. Para o pulgão-do-algodoeiro, o nível de controle é de apenas 10% de plantas com presença de colônias caso as cultivares sejam suscetíveis às doenças virais, como o mosaico da nervura, e de 70% de plantas com presença de colônias para cultivares resistentes.

Também é importante que, especialmente no caso da mosca-branca, o produtor faça a correta identificação do biótipo por meio de métodos moleculares para orientar o tratamento adequado, já que visualmente os biótipos da mosca-branca são idênticos. Existem atualmente mais de 40 biótipos de mosca-branca, sendo os biótipos B e Q os mais preocupantes em razão da sua alta fecundidade, capacidade de dispersão a longas distâncias e de sobreviver em uma ampla faixa de temperaturas.

Paralelamente ao monitoramento, o produtor pode adotar medidas de controle biológico e cultural para reduzir a disponibilidade de fontes de alimentos para essas pragas e, assim, reduzir fontes de infestação, fazendo a eliminação de restos culturais e de plantas daninhas que possam servir como hospedeiras para a mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro e introduzindo inimigos naturais dessas pragas.

Porém, caso o nível de infestação já tenha atingido o nível de controle, ou seja, o ponto em que densidade populacional da praga justifica o uso de medidas de controle para evitar prejuízos econômicos, outras soluções podem ser adotadas.

ELESTAL® Neo: a solução para controle inédito da mosca-branca e do pulgão-do-algodoeiro

Quando pensamos no uso de inseticidas para o controle da mosca-branca e do pulgão-do-algodoeiro, a seleção do produto e tecnologia de aplicação correta são imprescindíveis para se ter sucesso com essa prática. Isso porque essas pragas se escondem em locais de difícil acesso, como a face inferior das folhas.

Pensando nisso, a Syngenta desenvolveu ELESTAL® Neo, um inseticida seletivo de ação sistêmica que possui uma propriedade única, a ambimobilidade, que faz com que o produto atinja eficientemente todas as partes da planta, controlando todas as fases da mosca-branca, incluindo ninfas. É o que explica a pesquisadora Eliane Quintela, da Embrapa:

A ambimobilidade de ELESTAL® Neo também permite que o produto acompanhe o crescimento da planta e se transloque para os novos ramos, local onde o pulgão-do-algodoeiro fica alojado. Assim, ELESTAL® Neo proporciona um controle que vai além do momento de aplicação, protegendo a planta por mais tempo com um efeito residual prolongado.

ELESTAL® Neo apresenta uma alta eficiência no controle de pulgões e outras pragas, inclusive em folhas que emergiram após a aplicação do produto, em razão da ambimobilidade, que protege a planta por inteiro num movimento que nunca para.

Outra característica única de ELESTAL® Neo são os seus ingredientes ativos: a TINIVION™ technology e o acetamiprido. Essa combinação de ativos oferece um efeito de choque imediato para controle das pragas por contato e ingestão, além de contribuir para o manejo antirresistência, um aspecto muito importante considerando a plasticidade genética da mosca-branca, que favorece a resistência a inseticidas.

ELESTAL® Neo demonstra alta eficiência contra populações dos biótipos B e Q da mosca-branca, superando a perda de eficiência de controle observada em inseticidas neonicotinoides.

Portanto, ELESTAL® Neo é a solução ideal para o produtor que procura um inseticida capaz de não apenas controlar a mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro de maneira eficiente, mas também proteger a sua lavoura de forma contínua e duradoura.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.

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