O Brasil é o maior produtor mundial de laranja e lidera a produção e a exportação de suco de laranja: a cada dez copos de suco de laranja consumidos no mundo, oito são produzidos no Brasil. O Estado de São Paulo é o maior produtor, responsável por aproximadamente 77% da produção nacional.

No entanto, a citricultura brasileira enfrenta desafios, entre eles, o controle de pragas e doenças que ameaçam a produtividade e a qualidade das frutas. Uma das pragas mais preocupantes para os produtores de laranja é o ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis), vetor da doença leprose dos citrus que, apesar da disseminação lenta, é extremamente agressiva.

Essa doença causa grandes prejuízos, incluindo a redução da produtividade devido à queda de ramos e folhas, a desvalorização dos frutos afetados e a perda de viabilidade dos pomares, colocando em risco a sustentabilidade da citricultura.

A compreensão da biologia do ácaro, da dinâmica de transmissão do vírus e dos métodos de controle é importante para o manejo eficaz dessa praga. Continue lendo e entenda qual é a melhor estratégia para promover um controle sem precedentes, deletar o ácaro e as principais pragas da citricultura e obter boas produtividades.

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Ácaro-da-leprose: uma ameaça para os laranjais

A incidência do ácaro-da-leprose é preocupante, particularmente em regiões onde as condições climáticas favorecem sua proliferação, como temperaturas elevadas, períodos prolongados de estiagem e baixa umidade relativa do ar.

Esse ácaro causa danos diretos e também é o vetor do Citrus leprosis vírus (CiLV) que causa a leprose dos citros, uma das doenças mais importantes da citricultura devido ao seu alto potencial de acarretar perdas de produção, que podem ser de 30 a 100% no ano. Todas as variedades de laranjeiras doces são suscetíveis à doença.

O ácaro está presente em diversos países e, no Brasil, está amplamente disseminado em todo o cinturão citrícola, bem como em outros Estados, devido à grande variedade de espécies vegetais que podem servir como hospedeiras.

Morfologia e dinâmica do ácaro-da-leprose

Esse ácaro é caracterizado por um corpo achatado e quatro pares de pernas, com os machos possuindo duas setas sensoriais. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos e apresentam uma coloração alaranjada com manchas escuras no dorso, que podem variar dependendo do clima, do tipo de alimentação e da idade.

O ácaro precisa se alimentar de plantas infectadas por pelo menos dois dias para adquirir a capacidade de transmitir o vírus CiLV. Uma vez infectado, ele pode disseminar o vírus ao longo de todo o seu ciclo de vida. A transmissão ocorre durante todo o ano, com picos mais intensos nos períodos de seca.

Seu ciclo de vida pode variar conforme a temperatura: se for alta, o ciclo se completa em cerca de 17 dias, se for baixa, pode levar até 35 dias. Durante esse ciclo, o ácaro passa pelas fases de ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto, com cada estágio alternando entre períodos ativos e quiescentes. As fêmeas depositam os ovos em locais protegidos na planta, preferencialmente em frutos com lesões de verrugose ou nas ranhuras dos ramos, porém não transmitem o vírus aos seus descendentes.

Ácaro da leprose dos citrus (Brevipalpus phoenicis). Fonte: Sindiveg

Sintomas que causam prejuízos econômicos

O ácaro, ao perfurar as células epidérmicas da planta, injeta o vírus e inicia o processo de infecção. O vírus se multiplica localmente nas células vegetais, causando lesões necróticas em folhas, ramos e frutos. Ao contrário de outros vírus que se espalham sistemicamente pela planta, o CiLV se propaga de forma limitada, resultando em danos localizados.

A presença de lesões necróticas reduz a produção e diminui o valor comercial dos frutos, além de comprometer a vida útil dos laranjais, causando a substituição precoce das árvores afetadas. Como consequência, os custos de produção aumentam, enquanto a produtividade dos pomares diminui, impactando diretamente a rentabilidade da citricultura.

Os primeiros sintomas da doença aparecem de 17 a 20 dias após a transmissão e consistem em:

  • folhas: manchas com halos necróticos, intercalados por halos cloróticos, visíveis em ambas as faces das folhas. Por volta de 12 semanas após o ataque inicial do ácaro, começa a desfolha da planta;
  • ramos: formação de pústulas necróticas que podem evoluir, resultando em definhamento, cancro e rachaduras;
  • frutos: formação de depressões necróticas, que são áreas afundadas e escuras no tecido do fruto. Essas lesões são geralmente pequenas e apresentam um aspecto escuro e rugoso, afetando tanto a aparência quanto a qualidade dos frutos. A gravidade das lesões pode levar à queda prematura dos frutos, resultando em uma perda direta da produção.
Sintomas típicos de leprose dos citrus, caracterizados por lesões cloróticas e necróticas em: (A) fruto; (B) ramo e (C) folha. Fotos: M.A. Nunes.

O manejo da leprose dos citrus exige o controle do ácaro

A chave para o manejo da doença está em controlar o ácaro-vetor. O controle eficaz exige a adoção conjunta de métodos, incluindo monitoramento constante, uso criterioso de acaricidas e práticas de manejo cultural adequadas.

O monitoramento deve ser realizado com regularidade, especialmente nas épocas do ano que favorecem a proliferação do ácaro, como os períodos de clima quente e seco. As amostragens devem focar nas áreas sombreadas das árvores, onde os ácaros tendem a se concentrar.

A dispersão do ácaro pode ocorrer de forma eficiente pelo vento, por meio de animais e insetos, ou ainda pelas práticas de manejo realizadas pelo ser humano, como a poda e a colheita. Portanto, é essencial que o manejo cultural seja conduzido com cuidado para evitar a propagação do ácaro e, consequentemente, da doença.

Algumas técnicas de manejo integrado que podem ser adotadas para o controle do ácaro-da-leprose:

  • eliminação de plantas hospedeiras;
  • aquisição de mudas sadias;
  • poda de limpeza dos ramos e frutos infectados;
  • erradicação das plantas quando as lesões atingem toda a copa;
  •  desinfestação de materiais de colheita para evitar a introdução do ácaro em áreas livres;
  • controle químico com acaricidas, alternando os modos de ação dos produtos.

A integração de técnicas de controle químico e manejo cultural, associada a um monitoramento contínuo, é a estratégia mais eficaz para minimizar os danos e manter a produtividade nos pomares de citrus.

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