A florada do café é um dos momentos mais críticos para a cultura, demandando atenção especial por parte do cafeicultor, especialmente entre os meses de setembro e novembro.
Nessa fase, inicia-se um período vulnerável para a lavoura, em que o clima favorece doenças que podem causar danos severos e prejudicar rapidamente a produtividade, como a mancha-de-phoma, a cercosporiose e a mancha-aureolada.
O controle preventivo com fungicidas de amplo espectro é imprescindível para proteger a florada, viabilizar o desenvolvimento saudável dos chumbinhos e, consequentemente, dos frutos.
Para alcançar a máxima eficiência no manejo, é crucial respeitar o timing correto de aplicação dos fungicidas, principalmente considerando que doenças como a mancha-de-phoma atacam rapidamente, exigindo monitoramento constante e manejo preciso. Fungicidas eficientes, aplicados nos momentos adequados, são aliados essenciais na prevenção dessas doenças.
Confira a seguir as principais recomendações para posicionar corretamente as moléculas fungicidas, superar essas problemáticas e obter altas produtividades com qualidade de bebida.
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O café é uma cultura sensível – especialmente no período da florada – a uma importante variedade de doenças que podem comprometer significativamente sua produtividade e a qualidade dos grãos.
1. Mancha-de-phoma
Causada por fungos do gênero Phoma spp., é comum em regiões de alta altitude, favorecida por alta umidade, chuvas, temperaturas amenas e ventos fortes. Os sintomas incluem manchas escuras irregulares nas folhas, curvatura nas bordas, lesões nos ramos e mumificação dos chumbinhos. Pode causar perdas de até 50% na produção, sendo um grande desafio para os cafeicultores.
2. Cercosporiose
Conhecida como mancha de olho pardo, é causada pelo fungo Cercospora coffeicola e afeta todas as fases do café, desde mudas até o enchimento dos frutos. Os sintomas incluem manchas circulares castanho-claras com centro branco-acinzentado, cercadas por halo amarelado. Nos frutos, as lesões podem causar maturação precoce e queda, afetando a qualidade da bebida. A cercosporiose prejudica a produtividade e a qualidade do café, especialmente em condições de baixa luminosidade e nutrição inadequada.
3. Mancha aureolada
Causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae, infecta a planta por ferimentos de pragas, granizo, ventos fortes, podas ou então por aberturas naturais. Nas folhas, surgem manchas pardo-escuras com halo amarelado, levando à necrose e à perfuração. Nos ramos, provoca requeima e seca, com folhas mortas aderindo aos ramos. Nos frutos, a infecção na fase de chumbinho causa necrose e queda prematura, podendo ser confundida com cercosporiose e mancha-de-phoma.
4. Antracnose
Causada pelo fungo Colletotrichum coffeanum, essa doença afeta partes da planta de maneiras distintas. Nas folhas, aparecem manchas irregulares e cinzas. Nos ramos novos, pode causar a morte dos ponteiros. Nas flores, surgem manchas ou listras que destroem rapidamente a flor. Nos frutos verdes, aparecem pequenas manchas necróticas escuras; nos maduros, provoca mumificação e escurecimento, tornando-os negros e ressecados.
Importância do posicionamento correto dos fungicidas para o manejo preventivo na pré e pós-florada do café
O posicionamento correto dos fungicidas é um fator crucial para o sucesso no controle de doenças durante todo o ciclo do café, especialmente na florada. A aplicação eficiente de fungicidas depende do momento certo, da escolha adequada das moléculas e da tecnologia do produto.
A adoção de um manejo preventivo eficaz, considerando estratégias integradas de manejo, é fundamental para proteger a lavoura da incidência de doenças que podem reduzir a produtividade rapidamente, como é o caso da mancha-de-phoma. Pensando nisso, é recomendado que as aplicações de fungicidas sejam iniciadas preventivamente, já no outono-inverno.
Após a primeira aplicação, na pré-florada, é preciso manter intervalos regulares de até 30 dias para a segunda aplicação, na pós-florada.
Caso seja necessário realizar mais aplicações, deve-se intercalar os fungicidas com produtos de outros grupos químicos, de modo a evitar a seleção de resistência nos patógenos e assegurar uma proteção mais duradoura e eficaz.
De modo geral, é imprescindível seguir a bula e as recomendações do fabricante, além de contar com a assistência técnica de um engenheiro-agrônomo para recomendações mais adequadas e assertivas para cada realidade.
Esse manejo cuidadoso, que alia o uso de fungicidas de diferentes grupos químicos a outras práticas de manejo integrado, permite ao cafeicultor maximizar o controle das doenças durante todo o ciclo, especialmente nas fases de pré e pós-florada, protegendo a produtividade e a qualidade dos grãos de café.
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